Ali estávamos nós. Uma cambada de putos com tudo ao nosso dispor, comida, roupas, campos de treino... isto tudo para quê? Para morrer, a seguir, provavelmente. Tinha tomado um banho nuns balneários próximos e havia chegado agora a um campo de treino. Mas e depois? Não iria conseguir treinar sozinho com certeza... Felizmente, ou infelizmente, um vulto surgiu na minha frente.
- Ei puto, faz-te falta um adversário? - disse um jovem, um pouco mais velho do que eu. Parecia alguém bastante requintado para o mundo ninja, mas era com certeza alguém da nossa espécie.
- Claro - disse eu colocando-me em posição de combate. Ele avançou para mim com os punhos carregados de chakra e, graças a seja o que for, consegui-me desviar a tempo, agilmente aliás. Apoiei a mão no chão e acertei-lhe um pontapé ascendente, uma pequena parte de um Konoha Senpuu. Ele ergueu-se no ar e assim fiz eu também, acertando-lhe um Okasho que o fez desfazer-se em fumo. O meu Sharingan activou-se instantaneamente quando ia levar com uma espada nas costas e fez-me usar um Shunshin para longe.
- Boa rapagão... - disse ele começando a executar uma série de selos. O meu Doujutsu acompanhou todos aquele selos e também me fez concentrar chakra no peito, tal como o meu adversário. Inspiramos ambos uma grande quantidade de ar e de seguida disparamos várias balas de ar em múltiplas direcções. Todas se entrecruzaram não causando algum dano em qualquer um de nós.
- Palhaço... - murmurei enquanto concentrava chakra a nível cerebral. Várias raízes começaram a brotar do chão, prendendo o homem ao que posteriormente se tornou um majestoso carvalho. Ele sorriu quando eu apareci da árvore com uma kunai e depois, aquela realidade deixou de existir para dar lugar à anterior. De repente, vi uma bola de fogo enorme a ir a meu encontro desde o tecto... sorri, juntei as mãos e dei um pequeno "kai", partindo aquela outra realidade. Saquei de uma kunai e lancei-a para o homem, multiplicando-a em várias com a humidade do ar. Com a katana de há pouco, o homem defendeu-se de todas e entretanto, já eu formava múltiplos selos e concentrava chakra no estômago. Dei um pequeno pulo na direcção dele e lancei uma grande quantidade de água que o fez balançar até se conseguir segurar nela com o Mizu no Kinobiri.
- Renkudan! - disse ele a executar uma série de selos que eu desconhecida. Fê-los com demasiada velocidade e o meu Sharingan não foi capaz de acompanhar todos., especialmente o primeiro. Desviei-me das balas de vento com vários Shunshin e na ultima, desapareci em corvos (genj), aparecendo de seguida em frente ao homem. Olhei-o nos olhos, concentrei chakra e inverti-lhe a visão. Avancei para e concentrei chakra nos punhos, acertando-lhe com um Okasho em cheio, visto que ele se desviou na direcção errada. Voou até embater numa parede, mas rapidamente se levantou e se perguntou o que se passava ali - Kai - berrou. Ele fez alguns selos e vi uns caules a brotar do chão, prendendo-me de seguida. O meu Sharingan latejou e usou Kyouten Chiten para espelhar a ilusão, tornando-me assim o atacante. Lá estava ele, preso, sem saber o que lhe tinha acontecido. Parou a ilusão dele próprio e avançou para mim de katana em punho. Só tive tempo de agarrar numa kunai, o que não era o suficiente para me defender, portanto concentrei chakra e expandi a lâmina da pequena arma com chakra Fuuton. Fiz um pouco de força e quebrei a katana dela, o que o fez arregalar os olhos de tal forma que pareciam que iam sair das órbitas.
- Vamos lá acabar com isto - disse colocando os dedos em forma de "t". Concentrei algum chakra e formei três clones de corvos. Eles partiram para uma renhida luta de Taijutsu com o rapaz enquanto eu fiquei no meu sitio a concentrar chakra na mão direita. O chakra tomava agora a forma de uma esfera e rodava a uma velocidade fascinante. Estava feito. Formei um selo com a outra mão e fiz um dos clones explodir, lançando o homem para o chão. Ordenei aos outros dois que o agarrassem e estes assim o fizeram, levantando-o de seguida.
- Nani!? - disse ele olhando para mim, que vinha a uma grande velocidade para ele, com aquela bola de chakra azul.
- Rasengan! - disse quando a bola embateu no estômago do jovem. Rodopiou até embater na mesma parede à pouco, e eu caí de joelhos, no chão. As minhas reservas não estavam grande coisa, mas o que precisava agora era, sem dúvida, de um bom prato de comida.