Duelo do Luffy:Fukkatsu Kamui
Exame Chunnin
Na arena ainda pairava a poeira do combate anterior, de tal forma que se inalava nos narizes de todos os espectadores. Kamui sentia-se mal, não pelo pó, sentia-se assim por causa de todo aquele festival. Tinham sido bonecos e brinquedos dos seus Kages e lideres que os mandaram para aquela missão. Todos eram gennins, estava claro que quem sobrevivesse àquilo e regressasse à vila seria promovido... ou então não. Mas de uma coisa o jovem tinha a certeza, o formato deste torneio, era ironicamente muito semelhante ao Exame Chuunin.
***
Avancei para a arena, onde já lá estava a minha adversária. Era uma rapariga, o que me causou alguma confusão. Era suposto espancar uma míuda? O seu cabelo era curto e ondulado, chegava a baixo dos ombros, de cor castanha. Magra, de altura média e comum. O seu nome? Um tanto ou quanto estranho, Riri, uma kunoichi de Kirigakure no Sato, a vila da névoa.
Ficou-me a olhar embaraçada, percebia-se que estava com algum receio do duelo que se avizinhava, mas isso também eu estava. A meu ver, parecia-me ser mais forte, mas nunca devo subestimar o adversário. Mas se realmente fosse mais forte e se ganhasse o duelo facilmente, ela podia morrer às mãos dos organizadores, por ter sido derrotada facilmente. Caso isso acontecesse ia tentar prolongar o duelo mais tempo, mas não a podia subestimar.
– Ouviram as regras não ouviram? - Perguntava aquele que parecia ser o árbitro do duelo.
Os dois adversários, agora frente-a-frente, olharam-se uma vez, e ambos anuíram com a cabeça. Com isto o árbitro prosseguiu com as suas palavras.
– Lutem! - Gritou saindo dali com um salto.
Quem também saía dali com um salto era a minha adversária, Riri. Eu? Fiquei apenas ali, não me conseguia mover com tanta velocidade como ela. Maldito Akagan que me enfraquecia o corpo, nem queria imaginar se não tivesse estas pernas de madeira. Graças a isso quase que consigo ser um ninja normal. Deixei-me ficar no meu sitio.
Riri, rapidamente colocou a mão ao bolso e de seguida atirou contra mim uma rajada de kunais. As armas, voavam pelo ar vindo contra a minha cabeça e tronco. Para me livrar destas armas, comecei a reunir algum do meu chakra pelo corpo, de seguida fiz uma sequência de selos algo lento, e nesse instante criei duas placas de terra vindas do chão, envolvias criando uma bola à minha frente. Dessa forma as kunais cravaram-se na terra e evitei com que me acertassem.
– Doton? - Perguntava Riri, rectoricamente.
– Sim, sim e tu? - Questionei como se a desafiasse.
A rapariga tirou das costas uma arma estranha, não me apercebi do que era. Era metálico e grande, um pouco mais pequeno que ela. Abriu-o e então percebi, era um leque enorme. Rodopiou com ele e assim soltou uma grande rajada de ar: – Kamaitachi no Jutsu! - Gritava, enquanto aquele ar todo caminhava para mim. Se não me desviasse ia lixar-me.
Enquanto corri para o lado para me refugiar daquilo voltei a falar para ela.
– Fuuton portanto. - Disse-lhe.
Não estava a conseguir fugir aquele vento perigoso, mas então fez-se um clique no meu cérebro, um raciocínio que chegou assim do nada. Pela segunda vez foquei parte do meu chakra, fazendo um pequeno grupo de selos com alguma lentidão, e de seguida parei de correr. O vento mortal aproximava-se para mim, foi quando coloquei as palmas da mão na terra e espalhei toda a minha energia. No último segundo duas placas de terra levantaram-se enormes do chão. Assim reduziram a abertura por onde o vento passava, e estreitaram-lhe o caminho, este teve de se ver livre por cima caminhando em direcção ao céu. Tal como tinha raciocinado, estava livre de mais um ataque.
– Merda! - Gritei depois de ver Riri no ar.
A rapariga tinha usado as minhas barreiras de terra para saltar, e em cima de mim usava aquele leque enorme para me atacar. Martelava-me as duas pernas com ele com tamanha força que provocou rachaduras no chão. Felizmente, as minhas pernas eram de madeira, e dor? Nem vê-la. Mas a minha oponente não sabia disso. Nem ela nem os organizadores do torneio, quer dizer, acho que não me tinham inspeccionado. Seria o suficiente para que não a matassem. Por isso, fiz birra por um curto tempo a fingir que me doíam as pernas.
Enquanto isso, a ninja de Kirigakure preparava-se para me dar um soco, mas não era um soco qualquer. Pelo que percebi estava a revestir a mão com chakra. Uns segundos depois e tentou-me socar, mas rebolei para o lado muito rapidamente e apenas o chão de terra tinha sofrido com aquilo.
Voltei novamente a concentrar o meu chakra, tinha de “animar” este combate para que os organizadores não nos matassem. Aproveitei o céu enublado para lhes mostrar uma coisa “gira”, calculei que fossem gostar. Uni as mãos, uma, duas, três vezes criando selos. Com esses selos gritei:
– Raiton! Sora no Okami! - Com isto, uma das milhentas nuvens que se viam no céu começou a escurecer, ficou completamente negra até que soltou um raio vermelho. O raio deu forma a uma besta, era um lobo faíscante de tons vermelhos, parecia o inferno a descer ironicamente dos céus. A rapariga não teve tempo para se mover. Apenas levou com aquele raio, os seus músculos paralisaram por instantes e alguns cortes surgiram-lhe na pele.
Precisava de a prender, e parar com este combate. Novamente concentrei grande parte do meu chakra. Olhei para ela, parecia-me indefesa ali no chão. Sem fazer selos, apenas com força mental e uma pitada de chakra enviei pelo chão quatro cobras de terra. Enrolaram-se na presa, Riri, e assim mantiveram-na no chão sem se poder mexer.
– E o vencedor é... - Já o árbitro anunciava o vencedor, eu, quando Riri se desfez em fumo e do fumo saía um tronco.
– Dablíu, tê, éf ? - Mas que merda, ela tinha usado um Kawarimi no último instante.
Calculei que ela viesse para me atacar com algum taijutsu ou mesmo com o seu leque de ferro, por isso não tinha tempo a perder. Tive e usar algo mais complexo, e pelo o que tinha visto ela não usava Genjutsu. Procurei focar o minha matéria azul na cabeça, assim imaginei uma bola de fogo e com isto a rapariga entrara no Magen, Jigoku Kōka no Jutsu. Não precisava de a ver, bastava apenas que ela estivesse num certo raio de distância. E estava, mesmo atrás de mim. Quando olhei para trás, a rapariga jazia no chão, com certeza que não aguentara aquela técnica, era demasiado forte para ela, até mesmo para mim era complicado de o realizar, de tal maneira que caía no chão de joelhos com os braços a apoiarem-me.
– O vencedor do duelo é Fukkatsu Kamui, de Takigakure no Sato.