Primeiro dia em Iwagakure
Após uma semana de viagem, Megumi e Hikari, seu filho, avistam, ao fundo da estrada, o portão principal de Iwagakure. O dia estava a acabar e o cansaço começava, a cada passo dado em direcção à nova casa, a pesar mais no corpo dos dois novos inquilinos.
- Aqui está! Aqui está! – Diz Hikari correndo em círculos, festejando.
- Hikari, não te afastes muito! – Diz Megumi, carregando as duas malas grandes.
A esforçada, e cansada, jovem mãe debatia-se para conseguir chegar ao seu destino. Cada passo lhe custava mais.
- Mamã? Que se passa? – Pergunta Hikari, chegando perto de sua mãe.
- Nada, não te preocupes – Diz Megumi, deixando cair as malas, involuntariamente.
Subitamente, Megumi vê-se ajoelhada no chão. Não conseguia sentir as pernas. Começava, também, a sentir tonturas, dificultando a sua visão. Finalmente cai redonda no chão.
- Mamã! – Grita Hikari, abanando a sua mãe que se encontra inconsciente – Vamos mamã, temos de conseguir chegar mais perto do portão… Tenho a certeza que encontraremos ajuda lá – Diz Hikari puxando o braço de Megumi, tentando arrastá-la consigo.
Infelizmente, a sua força não era suficiente pois o seu corpo de criança ainda não tinha desenvolvido o suficiente para concretizar aquele acto.
- Mamã… Mamã acorda! – Diz Hikari, chorando e abanando o corpo de sua mãe.
A chegada da noite diminuía o campo de visão dos guardas de Iwagakure, impedindo que notassem a pequena família em apuros. A noite dominava e Hikari, assustado e faminto, continuava a derramar lágrimas inocentes por cima do corpo de sua mãe.
Quase a adormecer, pois o cansaço da viagem e a pressão psicológica eram demasiado para uma criança como Hikari, começa a ouvir uns barulhos ao seu redor. Parecia que lhe estava a cercar.
- Quê? Quem está aí? – Pergunta Hikari, escondendo-se atrás do corpo de Megumi, com medo de ser um animal perigoso.
Dum pequeno arbusto que se encontrava muito perto de Hikari, sai uma pequena cabeça humana.
- Ah!!! – Grita Hikari, começando a fugir para o outro lado, com o susto, encostando-se a um rochedo.
- Papá, mamã, tem alguém aqui – Diz a pequena cabeça, voltando a se esconder no arbusto.
- Quê? Onde, onde? – Diz alguém que se encontrava em cima do rochedo onde Hikari estava encostado.
Mais uma vez, Hikari corre, mas tropeça e, rebolando, bate com a cabeça, desmaiando também.
- Hei, Charles, assustaste-o – Diz outra voz, aproximando-se do indefeso Hikari.
- Desculpa, Ray, nem o notei. Yuukie, onde estás? – Diz Charles.
- Mamã, papá! Tem aqui mais alguém – Diz Yuukie.
Ray e Charles aproximam-se de Megumi. Ray, uma ninja médica de Iwagakure, observa a débil mãe.
- Isto é mau… Esta rapariga está com uma febre alta e o seu corpo parece exausto. Temos de a levar ao hospital num instante ou o pior pode acontecer – Diz Ray, séria.
- Certo. Conto contigo Ray. Eu trato do pequenote – Diz Charles.
- Entendido. Então, vou na frente – Diz Ray, pegando em Megumi e correndo em direcção ao hospital central de Iwagakure.
- Agora é a vez do pequenote – Diz Charles, indo em direcção a Hikari – Hei, Yuukie, que pensas que estás a fazer? – Pergunta ele, vendo a sua filha, Yuukie, tocar na cara de Hikari com um pequeno pau.
- Hei, papá, será que morreu? – Pergunta Yuukie, inocente.
- Idiota… Ele não morreu, apenas desmaiou – Responde Charles, pegando em Hikari.
- Mamã disse que foi o papá que o matou – Diz Yuukie.
- Como disse, ele não morreu! Agora vá, vamos para casa e colocar esta criança bem confortável – Diz Charles, colocando Hikari no seu ombro e segurando a mão de Yuukie.