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-- AAAH!
Com um rugido, a pedra atrás de mim explodiu em vários pequenos fragmentos, e muita poeira, que me acertaram nas costas. Olhei rapidamente para trás, e concentrando chakra em meus pés, saltei para a frente, sem me importar para onde ia.
Logo atrás de mim vinha um punho fechado, exalando chakra, que pertencia à ninguém mais, ninguém menos que minha sensei Haruno-senpai.
Após
aterrissar, me joguei para trás de uma moita, fiz os selos necessários e executei um
Kakuremino no Jutsu, usando a manta que me cobria. Ajoelhei, e fiquei na espera, enquanto descansava e estocava meu chakra nos calcanhares.
-- Nem parece que foi semana passada que começamos isso. Você está aguentando bem, para alguém que quase não tinha força física no início do nosso treinamento.
A nuvem de poeira se dissipou, mostrando um campo de batalha completamente destroçado. Haviam buracos e crateras em todos os lados, resultado dos frequentes
Ōkashō que a sensei usava para me atacar.
"Mas que treinamento de resistência cansativo" pensava, ofegante, prendendo a respiração para que ela não me detectasse. "E estes pesos? Para quê servem?"
Eu tentava afrouxar os pacotes em minhas pernas um pouco, mas a cada vez que eu tentava fazer isto, eles se apertavam cada vez mais. Maldito treino.
Então voltei-me rapidamente para a direção da garota de cabelos rosa. Mas, não estava lá. Não precisei de pensar muito para perceber que ela estava atrás de mim, preparando outro
Ōkashō.
Como num reflexo, lancei minha perna em sua direção, a qual se chocou com seu punho. No exato momento, liberei o chakra que armazenava em meu calcanhar, conseguindo quase impedir o impacto do soco.
A dor foi apaziguada, mas ainda foi forte, fazendo com que minha perna queimasse em dor. E mal soltei um gemido, ela deu um salto, girou no ar e tentou me atacar com o outro punho.
Recuei, lançando meu corpo para o lado, fazendo com que o
Ōkashō passasse raspando em meu ombro direito. Ignorando a dor, lancei em sua direção minha outra perna, que ainda tinha energia armazenada, e executei em seu ombro direito meu primeiro
Tsūtenkyaku com perfeição. Ela foi lançada para o lado, rolando, até parar em uma pedra à uns oito metros de distância.
...
Houve uma pausa por um momento. Ela estava lá, deitada no chão, como se estivesse morta. O vento que soprava a poeira do local (quase não havia grama para balançar, visto que as crateras ocupavam a maior parte do local.
"Acabou?" pensei. Andei em sua direção, ou melhor,
manquei em sua direção, enquanto amarrava uma gaze em meu ombro esquerdo, para curar o golpe anterior. Eu tinha outros ferimentos, mas eles já estavam todos atados, pois eram de dias anteriores, dando assim tempo de regenerar.
-- Haruno-senpai, está tudo bem?
Cutuquei-a, e senti algo duro. Então meu coração disparou, e virei seu corpo, revelando na verdade um manequim de madeira que vestia suas roupas.
-- O que...
Kawarimi?
Olhei para trás, e vi, apoiada numa das únicas árvores restantes do lugar, a sensei, aplaudindo.
Ela se levantou, e tirou um pergaminho do bolso. Desenrolou-o, mostrando vários riscos, e contou-os, calmamente.
-- #122... #123... #124... #125. 125 tentativas deste jutsu, e só agora você conseguiu executá-lo perfeitamente.
-- Mas... mas você desviou! Não foi tão perfeito assim...
Ela levantou a manga de sua camisa e me mostrou seu ombro, o qual estava com algumas faixas e uma pequenina mancha vermelha de sangue.
-- Eu desviei da pedra, não do seu golpe.
-- Então... eu... eu... consegui!
Dei um pulo de alegria, mas perdi o equilíbrio por causa de minha perna machucada, e caí de cara no chão. Ela deu um sorriso, e me ajudou a levantar.
-- Uma semana, hein?
-- Estou esgotado...
-- Que tal irmos no Ichirasu Ramen?
-- Eu pago.
Retirei minha manta, e com alguns selos, invoquei Minazuki. De alguma maneira, ela já estava muito amiguinha com Haruno-senpai. Ela se amarrou em minha perna machucada, e começou a expelir o muco curativo, enquanto andávamos em direção à cidade.
E foi mais ou menos assim que eu aprendi a usar o
Tsūtenkyaku.