Citação :

-Então só faltam quinze minutos… Será que vão mesmo destruir a aldeia? – Pergunta-se Eiji sentando-se no chão na intersecção entre mim e a Miyuki.
O silêncio instala-se na sala, um aviso de destruição a uma aldeia onde nós estávamos hospedados. Fôramos presos por razões ainda desconhecidas, pelos menos por nós. E por cima disto tudo, temos que encontrar uma maneira de sairmos daquela prisão. Vai ser uma noite longa… Se pelo menos eu trouxesse o meu livrinho de palavras-cruzadas...

“Uma vez invocados, os demónios são impossíveis de serem mortos. Só uma alma o suficientemente carregada de escuridão vai conseguir ver por eles e escutar a música que o levará à origem de tudo.”

20h40min…

-Já passou a meia hora… - Aviso preparando-me a mim e aos meus companheiros para o que vinha.
O silêncio instala-se na cela, impedidos da liberdade por um par de ferros, vemo-nos impotentes de fazer algo para ajudar a inocente aldeia. Olho para Eiji e Miyuki, não se via medo na cara deles, nem mesmo pânico, de certeza que já passaram por muitas coisas e não seria isto que os iria assustar.
-A meia hora passou! – Grita a mesma imagem reflectida nos céus – Não vejo ouro à frente do portão!
A meia hora passou e os aldeões eram demasiado orgulhosos, ou estúpidos, para entregarem o ouro de livre vontade. A imagem, que antes dera o aviso, voltou nada satisfeita.
-Agora vou destruir isto, TUDO! - Grita especialmente no último vocábulo desaparecendo depois.
Após a imagem desaparecer o silêncio reina por todo o lado. Estava tudo demasiado quieto, muitos começaram a pensar que era realmente uma brincadeira de crianças e que não havia nada com que preocupar.



Mas os pensamentos são interrompidos por um estrondo, ninguém comenta. Nós olhámos para fora da janela, conseguíamos ver o medo da lua e a fuga das nuvens. Algo muito mau estava para aparecer, algo muito mau mesmo… Depois do estrondo uma melodia misteriosa ecoa por toda a aldeia, seguida pela melodia ouve-se gritos e guinchos dos aldeões. Ouve-se o pânico geral, a multidão a fugir, crianças a chorar, cães a ganir e a tentar fugir do fim do mundo.
-O que se passa? – Pergunto preocupado limitado por não conseguir saber o que se passava lá fora
-Não dá para ver nada! – Grita Eiji que era o único que estava à janela e que nos estava a por a par da situação, mas não conseguia acalmar-se com o cenário que se instalava à sua volta.
Ouvia-se estrondos, casas a ruir, os mesmos gritos da multidão a escapar de algo assustador, e nós sem puder fazer nada. O problema é que o guarda à frente da nossa cela estava igualmente assustado e preocupado. Não sabia o que fazer, mas acaba por receber uma visita de um vulto que não pudemos identificar.
-Foge! S-são… Demónios! Estão… A-a-a-a destruir… Destruir tudo! – Gritava o vulto em pânico mas que ainda vinha avisar o guarda da nossa cela. Depois dar o aviso, o vulto troca olhares connosco e some depressa.
-Nani? Vou sair daqui agora! – Grita o guarda mais preocupado com a sua vida do que com a nossa, os seres humanos serão sempre egoístas, de alguma forma ou de outra.
Uma sombra de dentro da nossa cela levanta-se e corre para as grades empurrando-a com força. Estávamos ali há mais de quinze minutos e ainda nem déramos pela aquela pessoa a partilhar a cela connosco.
-Não nos deixes aqui filho da puta! – Gritava a sombra empurrando as grades o máximo que conseguia, tanto ele como nós não queria ser morto pelas coisas que estavam lá fora.
-Cala-te! – Ordenava o guarda enquanto reunia os seus pertences para fugir – Criminosos como vocês merecem morrer… Fiquem gratos a Deus! (Parar OST)



O guarda acaba de falar quando passos estrondosos se ouvem perto de nós. Pelo som dos passos a ficarem cada vez mais altos, e os consecutivos estrondos a ficarem mais perto de nós e mais fortes, podia-se dizer que algo grande caminhava na nossa direcção. De repente o que estava lá fora pára. Ficámos todos calados e pacientes à espera de algo.
-Goshujin-sam…
-Shiu! – Interrompo a Miyuki baixinho à espera do que vinha.
A interromper o silêncio vemos uma força sobre-humana a levar uma parede à frente em conjunto com a porta da cela. Em câmara lenta consigo ver uma garra a partir os tijolos da parede, seguido pelas grades de aço e depois a rasgar o corpo do guarda a meio. Assustámo-nos após ver aquilo, o vulto gigante, que causara aqueles estragos todos, vira as costas e prepara-se para destruir outras coisas deixando-ns desamparados e sem tecto.
-Vamos aproveitar! – Grito levantando-me e a desejar fugir daqui também.
Todos se levantam e aproximamo-nos do homem que partilhava a cela connosco. Pouso a minha mão no ombro dele, mas este acaba por se ajoelhar e cair ao chão de frente. Viro-o e vemos três cortes profundos na barriga causados pelas garras que viramos à pouco.
-… - Ficámos todos calados, Miyuki fecha os olhos fazendo luto enquanto Eiji desvia a cara para o lado deprimido por não poder ajudá-lo.
Fazemos um minuto de luto e saímos dali o mais rápido que conseguíamos passando pela parte de cima do corpo do guarda.
Cá fora era o caos total, casas arder ou casas completamente destruídas, era tudo o que existia à nossa volta. Ainda ouvíamos as pessoas a gritarem assustadas e a esconderem-se onde conseguiam. Três gigantes destruíam tudo o que conseguiam ver sem se preocupar com o ouro, se calhar o verdadeiro plano era só fazer um massacre à aldeia e não roubar o dinheiro.
-Vamos sair daqui o mais depressa possível! – Ordeno um pouco assustado com tudo o que ocorria à nossa volta.
-Hai! – Obedecem os meus dois colegas seguindo-me na corrida desenfreada que eu tomava.
Enquanto corríamos conseguíamos ver que aquela “epidemia” espalhara-se por toda a aldeia, a esta hora não havia nenhuma casa de pé. (Parar OST)



Tento esquecer-me de tudo, mas sou interrompido por um bastão a esmagar uma casa mesmo à nossa beira. Interrompemos o passo e olhámos para o nosso lado, um gigante recolhe o seu enorme bastão pousando-o no seu ombro enquanto “olha” para nós com a sua cara tapada por uma espécie de pano vermelho.
-O que fazemos? – Pergunta a Miyuki assustada pela assombração à sua frente.
-Não façam gestos bruscos… Assim ele não se assusta! – Soluciona Eiji.
Baka! – Grito começando a correr – Achas que ele é um gato?
Mesmo assim os outros dois não se mexem, o gigante eleva o seu bastão ao alto e solta um grito que entoa nos nossos ouvidos provocando um desconforto ao nosso cérebro.
-Tens razão, não é um gato! – Grita Eiji acompanhando-me finalmente na corrida seguida pela Miyuki.
O gigante esmaga o chão onde anteriormente estavam os Nukkenins de Kiri e volta a recolher o seu bastão seguindo-nos lentamente.
-E agora…? – Pergunto-me parando ao lado de um poste ofegante mas ainda a ver o gigante a seguir-nos
Ninguém responde, a não ser a rapariga que solta um gemido enquanto aponta para cima a tremer, eu desvio o meu olhar e abro bem a boca.
-Merda…

Espero um dia conseguir escrever tão bem assim, hahahah
Parabéns, consigo me sentir como se fosse um dos personagens

É fácil ,, mas há gente aqui no forúm que escreve melhor

Não te sintas demaisado, o Tsu é "inimitável"

muy bueno admito tua habilidade nata de fazer um texto fácil de ler, não se tornou cansativo, fizeste um texto corrido mas ainda assim bem claro, meus sinceros parabens
Tome cuidado quando fores escrever na primeira pessoa e acabares por trocar os tempos, horas voce escreve no passado, outras no presende

Sim tenho uma habilidadezinha de escrever Fillers rápidamente . OBrigado ^^

Sim, já recebi alguns avisos sobre isso :S, é um problem que vou tentando corrigir :S

Sim senhor, bem escrito e misterioso. Continua ^^

Thanks Rid3r, a tentar melhorar a cada Filler ^^