Agacho-me a tempo, o poste de luz atrás de mim é completamente arrancado do chão por uma garra. Dou um salto para trás para conseguir ver o que estava atrás de mim. Um gigante corpulento com os olhos tapados por um pano branco e a boca cozida, portava um par de garras, essas que me lembram as que destruíram a prisão à um tempo atrás.
-Tenho que conseguir… Tenho que proteger o Goshujin-sama! – Pensa a rapariga retirando o seu antebraço confortavelmente, algo que me desconfortava mesmo só vendo – Tsubaki no Mai!
O gigante do bastão surge por detrás de mim, grunhe e eleva o seu bastão pronto para me esmagar sem piedade. Viro-me para trás e encaro aquela besta da natureza, o medo percorre-me pelas veias, cheguei mesmo a pensar em fugir, mas algo não me deixava escapar, algo incontrolável. O demónio abaixa o bastão ferozmente decido a esmagar-me, mas é a rapariga Kaguya que coloca-se na sua intersecção, usando o osso protege-me do ataque mortal.
-Goshujin-sama, escape agora! – Grita rapariga bloqueando o avanço do gigante.
O demónio portador das garras dá um passo em frente e prepara-se para me tentar acertar com uma daquelas unhas assustadoras. Dou um passo para trás e faço uns gestos com a mão velozmente que era seguido por uma inalação de ar - Katon: Gōkakyū no Jutsu! – Expiro o ar que, comprimido com o chakra Katon, resulta numa enorme bola de fogo que atinge o inimigo no peito, pelo impacto este recua um pouco, mas continuava inalterado – Nani? – Murmuro afastando-me ainda mais da criatura enquanto esta se mexia para os lados afastando o fogo que se incrustara no corpo.
O gigante puxa as garras para trás e aponta na minha direcção, fico incrédulo ao ver que estas criaturas conseguiam ser tão fortes e assustadoras. Oiço a melodia que entoava por todos os cantos e permaneço imóvel mais uma vez, o gigante tenta atingir-me com as suas armas mas é intersectado pela marioneta de Eiji, olho para ele enquanto controlava-a desesperado para me proteger.
-Que merda Tsutao-sama, saia daqui AGORA! – Ordena o rapaz levantando seriamente o tom.
Quando o rapaz grita eu volto a sentir o meu corpo. Já não estava paralisado pelo medo, apercebendo-me que os demónios só me queriam a mim. Dou meia-volta e começo a correr na direcção da saída da vila. As casas desabavam à minha volta, ainda podia ouvir algumas pessoas a gritarem desesperadas e outras a correrem para a saída da vila tal como eu. Consigo ver um idoso a prosseguir para a saída, no mesmo momento que pisa o solo de fora da aldeia, ocorre uma explosão por debaixo dele. Um enorme manto de poeira levanta-se cobrindo o corpo desintegrado da pessoa. Cesso o meu avanço e fico a olhar à minha volta.



-Armadilharam a porra da aldeia toda! – Grito desesperado para sair deste inferno.
Oiço algo a vir na minha direcção, dou um passo em trás e vejo uma kunai a cravar-se no solo mesmo aos meus pés. Olho em frente e vejo um humano encapuçado a segurar numa flauta enquanto sorri cinicamente para mim.
-Tsutao-kun, que surpresa agradável! – Cumprimenta o indivíduo fazendo-me uma vénia.
Fico calado, não sei para quem é que o maluco estava a falar mas de certeza que era inimigo. Agacho-me o máximo que posso até ficar na posição de “lai”* enquanto seguro na katana. O homem sorri para mim e coloca a flauta na boca.
-Que foi Tsutao? Sentes intimidado pelos meus amigos? – Pergunta o homem com a flauta na boca fazendo algumas notas, notas estas que controlavam os demónios sem eu saber.
-Não sei quem é esse Tsutao que estás a falar… Sou Kouta! Sakamoto Kouta! – Grito correndo na direcção dele pronto para desembainhar a espada.
-Entendo… - Sussurra o homem parando de tocar na flauta.
Uma ensurdecedora explosão ocorre atrás de mim, quando olho para trás vejo o corpo de Eiji a bater contra uns destroços lentamente. A rapariga grita pelo seu nome e vai socorrê-lo sem se preocupar com os demónios que a circundavam. Paro o meu ataque enquanto encaro o meu inimigo.
-Deixa-os em paz, enfrenta-me só a mim! – Grito sempre a segurar no embainhe da katana.
-Ahahah! Entendo, Tsutao ou Kouta, sempre preocupado com os seus amigos… Muito bem tu contra mim, vamos! – Grita o homem fazendo um selo, os demónios desaparecem numa fumaça branca – Mas não vou hesitar na tua morte! – Após proferir isto coloca a flauta na sua boca e começa a tocar na sua flauta.
Sinto-me estranho, sem me aperceber entro num Genjutsu incrivelmente complexo. Afastei-me quinze metros do meu inimigo, havia duas filas laterais de crianças que me conduziam até ele. Mas estas crianças não paravam de chorar, o som do choro a entrar-me pelos ouvidos e a causar incómodos no cérebro, obriga-me a pousar as palmas das mãos nos ouvidos, mas mesmo assim aquele som irritante conseguia entrar.
-Merda… Isto…. – Começo a sentir-me desesperado, pelo cérebro só me ocorre o pensamento de cortar as orelhas fora, assim não ia sentir mais esta dor auditiva. Chego mesmo a desembainhar a katana e a colocá-la sobre a parte detrás do ouvido – Por favor, Kami, por favor não quero ouvir mais isto! –



Começo a suar incontrolavelmente, apertava e tremia com a katana enquanto sentia a lâmina fria a tocar-me na pele. Estava desesperado e sem saber o que fazer. Na casa destroçada, Miyuki remexia com o corpo inanimado de Eiji. Este não respondia, tinha um golpe profundo na perna, outro na barriga e um corte mais ligeiro nas costas. Tinha sido totalmente massacrado, por causa minha.
-Este mundo… Eu odeio este mundo… - Vociferava dizendo as maiores idiotices, o meu sistema nervoso já estava a ser afectado pela choradeira da criança, e pelo Genjutsu.
Ajoelho-me no chão e remexo no cabelo furiosamente, as crianças não param de chorar enquanto o homem da flauta só sabia sorrir ao ver-te completamente dominado e mercê ao seu Genjutsu.
-Sempre pensei que Tsutao-kun aguentasse mais… - Murmura o inimigo começando a caminhar na minha direcção.

Continua…
___________
*Lai – A arte de matar com o desembainhe da espada e depois voltar a embainhá-la.

Está muito bacano, por momentos parecia a luta da Tayuya contra o Shikamaru. Acho que descreves muito bem os duelos, bem melhor do que eu

Só uma coisinha a apontar, mesmo que ele cortasse as orelhas ia ouvir aquilo na mesma, para deixar de ouvir tinha era de lixar os timpanos.

Gostei bastante, continua

e lês os meus fillers *.*

Luffy escreveu:

Está muito bacano, por momentos parecia a luta da Tayuya contra o Shikamaru. Acho que descreves muito bem os duelos, bem melhor do que eu

Só uma coisinha a apontar, mesmo que ele cortasse as orelhas ia ouvir aquilo na mesma, para deixar de ouvir tinha era de lixar os timpanos.

Gostei bastante, continua

e lês os meus fillers *.*

Claro que leio

Na sua situação o Kouta (Tsutao) nunca se lembraria de lixar os tìmpanos pois estava em pânico

Citação :

-Que merda Tsutao-sama, saia daqui AGORA! – Ordena o rapaz levantando seriamente o tom.

O Eiji não o devia tratar por Kouta?

Hmm, quero saber quem é esse flautista que parece ser um velho conhecido do Tsutao. Keep going ^^

RiD3R escreveu:

Citação :

-Que merda Tsutao-sama, saia daqui AGORA! – Ordena o rapaz levantando seriamente o tom.

O Eiji não o devia tratar por Kouta?

IXIII!!!! Pois é lol, é o vicio custa a sair , vou tentar não repetir o erro, mas não prometo nada