- Citação :
- -A nossa mãe? Ela não é a nossa mãe! A nossa mãe está em Konoha, não te iludas! – Berrava o meu irmão.
-Não te iludas tu e acabou! Não te vou deixar atacá-la! – Respondo-lhe aumentando o meu tom.
O meu irmão aperta o punho retirando uma kunai do seu bolso – Então vamos à moda antiga. Vou dar cabo de ti e provar-te que não é a nossa mãe!
-Então vem…
Filler 30 – Plano K
A Kaguya dá um passo em frente no intuito de me ajudar na batalha contra o meu irmão, as outras raparigas, Oichi e Dan Dan, fazem o mesmo, mas para o impedir de travar uma batalha contra mim. Trocámos olhares furiosos enquanto afastamos as raparigas da enorme tensão que se formava entre nós. A temperatura da caverna estava a descer consideravelmente e sentíamos o bater da chuva por cima de nós, mas sem que esta nos atingisse.
E é ao som de uma gota de água a bater no solo por cima de nós que o duelo começa, agito a katana furiosamente começando a correr na direção do meu irmão, este que não se intimida e projeta cinco Shuriken na minha direção com uma pontaria de mestre. Notava-se o seu desenvolvimento desde o nosso último duelo, mas eu também me tinha desenvolvido. Sem grande pressão consigo eliminar as Shuriken e rapidamente estava a apertar uma das veias do pescoço de Yasuo com a ponta fria da minha lâmina.
-Desiste – Recomendo trocando olhares com ele.
Este atrapalha-se um pouco, com certeza já tinha um plano em mente mas não contava com a minha velocidade para chegar até ele, simplesmente ativa o seu Sharingan, exibindo a única vírgula que este incorporava, e dá um mortal para trás. Abaixo-me a tempo para desviar dos pés soltos que me iriam ferir a cara e rebolo para o lado para criar mais distância entre nós. Abaixo-me até à largura dos joelhos com a katana semi-embainhada enquanto o meu irmão retira uma Fuuma Shuriken das costas.
-Olha, esta é nova… - Penso para os meus botões observando-o a afastar as pontas da Shuriken gigante e depois a apontá-las para mim.
Este arremessa a Shuriken gigante a qual bloqueio com a katana, contudo esta tinha vindo com convicção e estava a levar a avante obrigando-me a, com um pouco de jeitinho, mudar a trajetória para o teto. A Shuriken gigante crava-se no teto soltando alguns fragmentos que o constituem, mas já estava a ouvir “Gōkakyū no Jutsu” e quando olho para o lado uma bola gigante de fogo atirava-se contra mim. Sucede-se uma pequena explosão, algumas brasas soltam-se ficando retidas na atmosfera do local. Yasuo sorria vitorioso.
-Kachang! – Grito aparecendo por debaixo do solo e agarrando-lhe no tornozelo.
-Q-que merda é esta? – Pergunta depois de se sentir completamente enterrado e a ver-me emerso e debruçado à frente dele.
Sem dizer nada desembainho a katana e continuo a apontá-la para o seu pescoço, trocámos olhares pela terceira ou quarta vez e este começa a zangar-se.
-Tsutao, caralho pah ouve o que te digo! Ela não é nossa mãe! – Gritava Yasuo tentando mexer-se debaixo de terra, embora em vão.
-Mesmo depois da rápida luta continuas a dizer isso? És estúpido ou queres morrer? – Suspiro.
-Hai, prefiro que me mates do que te deixar ir com essa mulher da Shin no San! – Admite o jovem Uchiha desativando o Sharingan e fechando os olhos.
Um ardor invade-me o coração, ignoro este sentimento doloroso e levanto-me. Elevo a katana bem alto e preparo-me para decapitá-lo, tal como ele deseja. Contudo tenho os braços presos, agarrado pelas raparigas, estas que faziam tudo para proteger Yasuo. Miyuki age logo, retira o osso do seu antebraço e dá um espantoso salto colocando-se na nossa interseção e apontando o osso para Oichi e Dan Dan.
-Miyuki-san tem calma… - Peço-lhe gentilmente. A rapariga hesita mas dá um passo para trás e apoia-se a mim carinhosamente – Quem são vocês as duas?
As raparigas olham incrédulas uma para a outra e depois trocam olhares comigo, a que usava uma saia roxa começava-se a rir enquanto a peituda olhava para o corpo da Kaguya que me defendia enquanto Yasuo remexia-se para tentar sair dali.
Atrás da minha mãe surgia um vulto, esta dá meia-volta e quando dá por ele ajoelha-se de imediato numa espécie de vénia. O vulto estava cheio de cores e não se dava para distinguir o aspeto do homem a não ser os intensos olhos pretos.
-Saikosai-bi-sama! Bons olhos o vejam… - Cumprimenta.
-Igualmente doce Okuni-chan, mas temos problemas maiores! – Cumprimenta o vulto com uma voz muito turva.
A mulher levanta-se e olha de lado para o grupo de amigos de novo reunidos, fecha os olhos e suspira voltando a olhar para o vulto com uma expressão mais tristonha, algo que não comove o líder.
-Eu trato disto, cumpre o resto do plano! – Ordena o homem fazendo um selo do rato.
Atrás de Okuni ocorre uma explosão que nos alarma a todos. Olhamos todos para o centro e uma enorme fenda começava a abrir-se, no centro esta suspirava jatos de lava para todos os cantos enquanto brasas pairavam para o centro, o próprio inferno aparecera para nos cumprimentar! Após o estranho Jutsu o líder da Shin no San desaparece da mesma forma que apareceu, vai se lá saber como…
Instala-se o pânico entre nós, as raparigas tentam retirar Yasuo debaixo da terra enquanto eu e a Kaguya vamos esquivando-nos dos jatos de lava que surgiam aleatoriamente. A minha mãe vê-me em perigo, salta para a minha beira e agarra-me contra o corpo dela e depois dá outro salto, aproveito o balanço e agarro na mão da minha aprendiza trazendo-a comigo, esta que conseguia se agarrar à minha perna e aproveita a boleia da salvação. De longe conseguia ver que Yasuo salvara-se mas que estava muito perto da morte. Uma pedra atinge-me na cabeça e fico sem sentidos pousando a cabeça no ombro da minha mãe.
Não sei o que aconteceu depois… Mas quando recupero lentamente os sentidos, sinto uma fofura que não sentia há muito tempo. Olho para baixo e vejo-me sentado em cima de uma cama, não estranho de início e levanto-me, à primeira vista parecia-me uma cama de hospital, uma janela que conduzia à paisagem do lado de fora, medicamentos ordenados alfabeticamente em três prateleiras que se prolongam ao longo do quarto e uma jarra com uma rosa em cima da mesinha de cabeceira ao lado da cama onde eu repousava anteriormente. Sinto o abrir da porta e volto-me a enrolar por dentro dos lençóis e finjo-me ainda a dormir. Uma enfermeira percorre a zona até chegar perto do meu corpo.
-Acorda. – Pede gentilmente enquanto abana com o meu corpo.
Finjo-me acabado de acordar, espreguiço-me e coço os olhos olhando para a mulher que me examinara este tempo todo. Olho para os lados fazendo-me de desnorteado e aconchego-me até estar de pé na cama.
-Onde estou? – Pergunto com uma voz calma.
-Em Konoha pequeno Tsutao Uchiha, em Konoha. Bem-vindo de volta! – Esclarece a enfermeira acabando de anotar algumas coisas num caderno – Descansa por agora! – E retira-se para fora do quarto.
Sinto algo estranho no peito, afasto os lençóis até estes jazerem no chão e olho pela janela. Via todos os edifícios iguais ao de Konoha, conseguia ver miúdos a brincarem e até podia ver a torre do Hokage.
-Quando é que… Cheguei?
~~CONTINUA~~
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SE algum ADM ler este Filler que me faça o favor de mudar para Konoha