Redondezas de Sunagakure no Sato…
Uma semana depois da destruição da parcela de Taki….
Caminhava descalço, os quentes e finos grãos de areia a se incrustarem na minha pele robusta, sem sentir dor prossigo em frente na direção do grande portão eu se erguera perante mim. Acompanhado pela minha aprendiza, Mitsuki Kaguya, empreendemos viajem à procura de Amegakure. E vai-se lá saber como, viemos parar a uma vila completamente diferente.
-Onde estamos Mitsuki-san? – Pergunto à jovem rapariga enquanto seguro o meu chapéu que se apressara a voar com a suave brisa do vento.
A rapariga encostava-se ao meu braço, apesar de ser tudo numa pose formal a qual eu permitia, e examinava a composição do portão que tantas dúvidas nos causavam.
-Sunagakure no Sato, Kouta-sama… - Esclarece a jovem rapariga enquanto aperta bem o seu robe, que misteriosamente se estava a desapertar e a deixar os seios a descaírem-se, e prossegue para o portão da potente vila.
Mantenho-me calado enquanto observo a Kaguya a desvanecer-se lentamente pelos aglomerados de grãos a esvoaçarem pelo vento de forma constante. Mas sinto um estorvo na visão, afasto as pernas enquanto olho para a frente espantado. O que foi aquilo? Mesmo à minha frente, é como se a paisagem perdesse as cores a cada vibração que sentia no olhar.
-N-nani?? – Perguntava, um momento pausado bate sobre o meu coração. Permaneço calado, mas este momento é amedrontado por uma forte dor na vista.
Coloco os olhos à visão e ajoelho-me sobre a quente areia, já não parecia tão quente, nem tão fina como há pouco. A dor intensifica-se e, aos poucos, ligeiros fios de sangue escorriam pelos meus olhos, abro os olhos para tentar aliviar a dor ativando o Sharingan despropositadamente e exibindo o 2º Tomoe que obtura recentemente.
-M-merd… - Tentava falar mas não conseguia, mais vibrações surgiam na minha visão e aos poucos e poucos ia perdendo os sentidos…
Um vulto aparece à minha frente. Não me era estranho logo conclui que fosse uma miragem do deserto, mas este aponta para mim de uma forma intensa. O vulto estava todo escurecido só dando para distinguir um Sharingan estranho que este portava…
-Ts… T… Ati…..-o…. – Ele não leccionava palavras legíveis e tremia constantemente, eu também tentava comunicar com ele mas a intensa dor nos olhos era um obstáculo.
Redondezas de Amegakure…
Acordo de um salto, sobressaltado e ofegante olho para todas as esquinas que me separavam do brilhar da lua. Ao meu lado dormia Mitsuki serenamente. Acalmo-me mentalmente enquanto estabilizo a minha respiração. Ao contrário do sonho sentia-me bem, olho para o lado e a minha aprendiza encontrava-se bem de igual forma.
-Só foi um pesadelo… - Comento enquanto olhava para a minha amiga, esta que tendia sempre a mostrar-me o grande decote dela… - Depois da tempestade vem a bonança… - Pensava enquanto olhava para os peitos da inocente Kaguya…
Abstraio-me de tanta perversidade e ausento-me da tenda. Olho para a muralha que não estava muito afastada de mim. Observo enquanto alguns Jounnin vigiavam a sua amada vila de estranhos, achei aquilo familiar, muito familiar….
Mas mais uma vez estas memórias doentias só me causavam dores de cabeça que eu acabava por evitar. Estalo o pescoço e sinto uma pinga fria a bater-me no penteado, deslizava pelos longos cabelos até bater na relva que eu pisava naquele momento.
-Maldita Amegakure e maldita chuva… - Praguejo enquanto socorro-me para o quentinho da tenda mais uma vez…
Sento-me no banco que acompanhava a mesa enquanto me tentava relembrar da localização da parcela da chuva, o meu próximo alvo. Mitsuki virava-se para o outro lado virando o rabo para mim. Desconcentro-me após ver a perfeição no que a minha aprendiza se estava a tornar…
-Eiji… - Relembro após olhar para a rapariga e a esquecer-me que ela prometera o seu amor ao meu falecido amigo.
Perto da tenda de Tsutao…
-Merda começou a chover de novo! – Grita o rapaz pousando as suas mochilas e preparando-se para construir uma tenda.
A rapariga peituda e a outra depressa o acompanham a construir a tenda, e aos poucos esta ganha a forma ideal para os abrigar da tempestade de lá de fora.
-Finalmente chegamos a Ame o nosso primeiro alvo! – Festejava a rapariga “não-peituda”.
-Hai… Tenho pena que tenhamos perdido o Tsutao pelo caminho… - Opina o rapaz…
-Yasuo-kun… De certeza que vamos voltar a encontrar o teu irmão… Tenho a certeza… - Comentava a peituda enquanto dá um pequeno beijo nos lábios do rapaz de nome Yasuo.
-Hai, Dan Dan de certeza que vamos encontrá-lo, certo Oichi?
-É claro! – Responde a rapariga.
Os adolescentes levantam-se das suas cadeiras enquanto sobem as suas morais velozmente.
Zona desconhecida….
-Saiko-sama (abreviação daquele nome tão grande), o senhor sentiu isto? – Pergunta o típico conselheiro que sempre acompanhava o líder da Shin no San.
-Ahaha sim, sim estou a observar desde a bola de cristal! – Antecipa o sábio homem enquanto acaricia a bola azulada de que ele falava – Kouta vai encontrar o seu irmão, contudo não se lembra dele, o que irá acontecer?
O conselheiro permanece calado enquanto vê o seu amo a agitar o chá contido na chávena perante ele, depois este pega-lhe e inala um pouco do líquido, quando acaba solta um “Ah!” refrescante e volta a pousar a chávena suavemente.
-Meu amo, creio que, com o aparecimento do irmão, Tsutao pode voltar a recuperar as memórias. Isso não lhe vai estragar os planos? – Pergunta o conselheiro fazendo o seu trabalho, questionar sempre as piores hipóteses para criarem estratégias defensivas.
O líder estala os dedos e a imagem da bola de cristal muda, agora aparecia uma mulher a observar um corpo encapado e estendido no chão. O conselheiro aproxima-se lentamente e observa a bola de cristal em conjunto com o seu líder.
-Ainda temos esta senhora nas nossas mãos, com ela o rumo do nosso pequeno protótipo irá mudar, ahahhaha! – Ria-se enquanto observava uma das suas soldadas a mexer em corpos mortos.
-E então o Rin`nnegan meu senhor? – Pergunta o conselheiro…
-Isso esperará, isso esperará….
~~CONTINUA~~