Duelo da team 4 (Drow Elf e L Mars)[1ª Ronda] Team 4 Vs. Team 14
O Sol castigava as equipas naquele imenso estádio. Estavam ambas frente a frente, encarando-se e esperando o sinal do Jounin para começarem a "matança".
Do lado direito a equipa inimiga atendia numa formação curiosa, mas perigosa: dois estavam na frente e um atrás, formando um triângulo. O de trás sorria levemente e por vezes perdia-se olhando o vazio, afogado em pensamentos, enquanto os outros inimigos encaravam os adversários com tanta confiança que de certa forma chegava a ser intimidante.
- Não olhe nos olhos dele, entenderam?! – Arice sussurrava autoritária aos companheiros. – Concentrem-se e não deixem ele vos atrapalhar.
- Tch... Não se preocupe comigo... – Sussurou Datte de volta protegendo seu orgulho.
- Não se enganem, pois é necessário lutar para vencer, e não existe sequer opção de vir a morrer – Toukimura mexeu nos seus cabelos e deu um sorriso de canto de boca olhando para a kunoichi.
A equipa da esquerda estava em uma formação parecida e com poucas modificações, Arice estava na frente de Datte e Toukimura.
O juiz que estava entre os participantes olhou para todos um a um tentando achar alguma irregularidade, por fim, não conseguindo perceber nada, virou-se e ergueu a visão até a sala dos Kages, talvez pedindo a permissão para iniciar o combate.
Ele olhou novamente para as equipas em um desejo de boa sorte e levantou a voz sobrepondo todo e qualquer ruído dali.
- Bom, ninjas, por favor, preparem-se! – Ele levantou uma das mãos preguiçosamente. – Primeira ronda, Time 4 versus Time 14... - Dizia prolongando o silêncio, mantendo o braço no ar. - Comecem! – E com um súbito movimento baixou o braço e desapareceu com um Shunshin, desaparecendo da arena.
- Agora, Arice! - Gritou Datte mal a luta havia começado, dando o sinal para que a sua parceira agisse.
- Hai! – Disse a Gennin de Iwa tirando da bolsa uma esfera lançando-a perto do adversário.
Uma enorme cortina de fumo ergueu-se na arena escondendo tanto a equipa de Arice como a equipa adversária. Porém, ao contrário do que Toukimura pensava, aquilo não foi o suficiente para esconder a presença dele e de seus companheiros, pois uma marioneta de aspecto humano surgia em meio ao fumo atacando o vaidoso shinobi com uma lâmina que surgia do seu braço. Em resposta à investida, o Gennin de Kusa com uma notável rapidez retirou uma kunai e defendeu ao ataque dando um pulinho para trás por culpa do impacto.
A marioneta parou no ar, e conscientemente recuou escondendo-se no meio da névoa.
- Ó lindo shinobi, é sua vez de agir, faça o que planeamos, para que eles possam cair. – Toukimura disse pausadamente recitando à sua curta estrofe.
- Cale-se, Ó bichinha. – Foi a resposta do ruivo enquanto rapidamente fazia seus selos. A fumaça dispersou e revelou algo já esperado por Arice.
No campo apenas dois shinobis os esperavam; Um vestido do todo de vermelho com uma bandana de Suna e outro com um cabelo curto e pele queimada e ao lado deles a mesma marioneta que havia atacado Toukimura anteriormente.
- Então o terceiro está escondido... – Datte disse entre os dentes.
- Tomem cuidado, vocês dois. – Arice disse pensativa. – Não esperava por um manipulador de marionetas... O que você sugere, Toukimura-kun?
- Seguir nas nossas palavras, não há porque mudar, sei que vamos conseguir, temos que os matar. – Ele aclamou limpando o pó de suas vestes.
- Ótimo, vamos continuar com o plano inicial! – Disse a rapariga aumentando o tom de voz.
- Hai! Vamos começar então. – Datte sorriu.
Toukimura e o ruivo avançaram com velocidade contra os inimigos que cochichavam a certa distancia. O primeiro a mover-se foi o loiro de Kusa Toukimura que tirou do bolso shurikens e lançou contra os inimigos que foram defendidos pela marioneta com uma espécie de escudo de puro chakra formado a partir do seu braço.
- Ei, bonitinho, nosso alvo é a marioneta, entendeu? – Ele disse ao Gennin de Kiri.
Datte tirou um pergaminho do bolso e invocou um bastão em suas mãos. Seu adversário surgiu empunhando uma zambatou dando contínuos golpes com a pesada arma fazendo o Gennin recusar alguns passos para poder defender.
Enquanto isto Toukimura atacava seu adversário de cabelo curto com sua kunai, seu inimigo tinha uma aparência no mínimo diferente, usava um caixão negro nas costas e vestia roupas desérticas o que na concepção do vaidoso Toukimura era um visual ridículo.
- Olha bem, gatinho, o que acha de ter umas aulinhas de moda comigo? Eu juro, meu inimigo, que te faço a estrela mais brilhante do Deserto. – E com um dos olhos deu uma rápida e maliciosa piscadela.
- Er... Perdão, senhor, mas eu não posso. – Respondeu o Gennin de Suna com uma expressão séria, mas visivelmente embaraçado com o comentário.
- Pare de conversar e lute, bichinha! – Datte gritou ao parceiro enquanto desviava com dificuldade do golpe do inimigo de vermelho.
A marioneta também entrava na luta após levar algum tempo ali, parada. Uma fina e afiada lâmina surgia de seu pulso revelando-se uma katana, com velocidade o boneco adversário escolheu atacar o Gennin de Kiri, que girou seu bastão de forma a afastar seu oponente shinobi e defender a marioneta.
- Toukimura! Já estou pronto! Podemos começar! – Ele gritou enquanto recuava.
- Hai! – O loiro de Kusa respondeu enquanto investia uma outra vez contra o Gennin de Suna o qual lutava.
Datte recuou dando alguns pulos para trás sendo perseguido pelo seu inimigo de vermelho, porém, uma lâmina atravessou seu peito vindo de trás. A marioneta surgia após aproximar-se sorrateiramente por trás.
- Hahaha... Maldito... – O ruivo sorriu. – Peguei você...
O clone desfazia-se em corvos que rodeavam a marioneta até formar uma verdadeira nuvem de pássaros negra. E o verdadeiro Datte surgia a alguns metros do solo fazendo selos.
- Shuriken akui kurō! – Ele gritava fazendo os corvos em volta da marioneta transformarem-se em shurikens e alvejarem a mesma.
- Isso! Lindinho! – Toukimura disse mexendo nos cabelos.
- Preste atenção na própria luta, merda, cuidado! – Datte gritava para Toukimura que estava distraído.
O gennin dos cabelos curtos atacava com sua kunai o rapaz loiro de Kusa porém não teve sucesso pois do nada surgiu Arice que conseguiu defender o seu companheiro com uma Kunai. Desviou-se do braço esticado do Gennin de Suna e uma lâmina saía projectada do seu pulso direito, acertando no ombro do seu oponente que foi obrigado a recuar, caindo no chão.
- Perdão, mas eu não posso perder de alguém que se veste tão mal, bonitinho. – Ele piscou novamente.
Porém, antes que eles pudessem cantar vitória, o adversário ferido de Toukimura esticou os braços de forma anormal até os envolver como uma cobra.
- Mas que merda! – Datte disse enquanto acelerava para interferir, porém, foi impedido tendo que defender um golpe do inimigo que usava as roupas vermelhas. – Me deixa passar, porra!
- Perdão, Datte, certo? Bom, não posso deixar você passar, pois preciso garantir que percam essa batalha. – Ele sorriu então e golpeou outra vez.
Os braços apertavam os dois Gennins da Team 4 mas para surpresa de Toukimura, a Gennin de Iwa desaparecia deixando um tronco no seu lugar. Toukimura fazia toda a força possível para se libertar, mas nem pó isto conseguia, parecia que aqueles braços eram feitos de metal... Ou madeira...
A pele do inimigo começava a sair revelando uma couraça dura de madeira.
- Doton! Gaban Kyu! – O verdadeiro shinobi adversário de Toukimura emergia a partir do solo. – Vocês não foram os únicos a fazerem estratégias. – Ele dizia sem mostrar qualquer expressão.
- Com uma lentidão torturante várias grandes rochas ergueram-se e despejaram-se contra Toukimura e a marioneta.
- Toukimuraa! – Datte gritava na esperança de ouvir uma resposta vinda daquelas pedras maciças. – Maldito! Você o matou! Ele era uma bichinha mas ainda assim era uma boa pessoa! – A raiva era bem visivel nos olhos de Datte.
- Por favor, desista. – O sunanin que acabara com Toukimura dizia calmo. – Acabou, você esta só.
- Hahaha – Um outro shinobi surgia dentre a vegetação que rodeava a arena. – Foi tão fácil, não foi, meus irmãos? – Ele dizia após invocar a partir de scrolls duas marionetas humanóides, uma de madeira negra e outra mais amarelada.
- Seus malditos... Não pensem que acabou ainda... – Datte disse entre os dentes enquanto ofegava de cansaço. – Agora! Arice-san!
Várias shurikens surgiram de uma copa de árvore indo para várias direcções diferentes.
Dezenas de kunais surgiram de todas as direcções indo contra os oponentes uniforme mente fazendo-os unirem-se em torno da marioneta para usá-la como protecção.
Arice surgia em um Shunshin ao lado de Datte, ela tinha um sorriso confiante na face e parecia alegre.
- E ai, conseguiu? – Datte perguntou inseguro.
- Sim... Pode chamá-los. – Ela respondeu orgulhosa.
Quatro clone de Datte subiam à superfície em volta da equipe inimiga que ainda resistia de pé, porém, cada clone tinha no peito um selo explosivo.
Arice fez o selo do tigre nas mãos e gritou confiante.
- Katsu! – As bombas explodiram destruindo os clones e afectando os inimigos todos gravemente.
Poeira levantou e o estrondoso som ecoou, porém, da cortina de fumaça milhares de braços de madeira surgiam investindo contra um Datte sem forças e uma Arice inexperiente.
- Hanna ninpo: Hyakkorioran – Uma nuvem de pétalas com certa graça foi lançada contra aqueles milhares de braços envolvendo-os em pleno movimento e explodindo em uma performance quase cinematográfica.
- Toukimura? – Arice exclamava surpresa vendo aquilo. As pétalas empurravam as pedras e revelavam o Gennin no meio daquele turbilhão segurando um scroll, sua face estava distorcida pelo ódio, pela raiva, pelo sangue na sua cara e o cabelo desalinhado. Não parecia o mesmo ninja preocupado em estar deslumbrante. Tinha um olhar furioso, intimidante.
- Seu maldito! Usou as pétalas para amaciar o impacto das pedras! – Datte disse sorrindo.
- Onde estão? Onde foram aqueles cabrões?! Nunca vou perdoá-los! Como podem ter me coberto de terra e do meu próprio sangue! Olhem para mim! Eu estou todo sujo! Vou ter de usar um outro fato na próxima ronda! – Dizia dramatizando imenso.
A nuvem de pó e o fumo das explosões dispersavam-se revelando o que sobrara dos inimigos, o único ainda de pé era o controlador de marionetas que muito ferido ainda teimava em não cair. Arice atirou com alguma graciosidade um senbou com uma Kibaku Fuda ao ultimo sobrevivente, que se afixou no seu peito. Ele olhou os seus inimigos um ultima vez e depois para a Kibaku Fuda, e antes que Arice tivesse tempo, caiu desmaiado no terreno arenoso da arena.
O primeiro combate daquela peculiar equipa tinha sido ganho.
Arice olhava para a destruição que havia na arena e para o estado dos seus companheiros.
-- Prometo... que no próximo combate poderão contar mais comigo. - disse num tom confiante, mas sussurrante. Não sabia se Datte ou Toukirama tinham ouvido, mas isso não lhe importava.