Soun, um garoto muito tranquilo do clã Seigen. Seu clã já havia formado vários chunnins e jounnins em Kumo. Se originaram de uma tribo que habitava os montes de próximos à fronteira de Kumo com o resto do norte do País do Trovão. Com o estouro da Guerra Kumo-Konoha pelas disputas de linhagens e pelos Bijuus esse clã foi solicitado numa aliança para fazer parte das fileiras de Kumo. Eram conhecidos por sua coragem e seu uso de furtividade nas montanhas. Algumas das técnicas de ataque furtivo de Kumo foram por eles desenvolvidos quando ainda não eram Shinobis.
Soun aos 7 anos viu seu mundo se escurecer... viu o olhar de sua família se fechar para ele. Já não conseguia enxergar. Segundo os médicos da vila, tratava-se de uma doença degenerativa que acabava com suas córneas. Sua orgulhosa família e clã viam nisso mais um potencial perdido, não pela guerra ou pelo assassinato, mas por uma fraqueza natural. Os sobreviventes Seigen perdendo para um inimigo mais invisível e vorpal que outro ninja qualquer.
Aos 10 anos
Após 3 anos tendo que aprender a andar na escuridão, a ler com seus dedos e conviver com o silêncio de sua família ninja ele muito insistiu e conseguiu a benevolência de seu pai que não queria um filho mutilado e inútil. Foi qando ele consegui ir para a Academia Ninja.
"Aprender ao menos o que for possível", dizia ao seu pai. Ele sentia-se deixado de lado. Havia convivido com a exclusão por 3 longos anos de escuridão. Caído no chão e se ferido por vezes nas armas deixadas sem cuidado. Agora só havia uma resposta que pudesse sair da pergunta dele a seu pai:
- "Sim, meu filho. Eu tenho esquecido de você por causa de seus olhos. Mas eu percebi que você não teve medo esse tempo todo de se ferir. Andou nas ruas na sua cegueira. Sei que você nunca será um ninja, mas poderá ao menos aprender algo útil para apoiar Kumo."
"...nunca será um ninja...". Aquilo doeu mais que qualquer tropeço ou lesão que sofreu na escuridão. Parecia que toda sua estima havia ido embora. Estava animado com o sim, mas recebeu um não mais dolorido que qualquer outro. O sangue Seigen em suas veias que não temeu os ninjas fundadores de Kumo ou Konoha, esse sangue não aceitava a limitação. Resistiu aos ninjas quando ainda não dominava o ninjutsu. Não conseguia aceitar mas sua cabeça teimava em pender para baixo diante daquelas palavras.
Ao chegar na Academia um pouco do sofrimento havia acabado. Estava animado com todas as coisas. Via alguma chance de mudar sua vida. Afinal, era o lugar onde os ninjas que deteram Bijuus, lutaram contra o céu e a terra, venceram os heróis que ressucitaram. Havia uma chance...
A primeira semana foi um terror: zombarias, implicâncias, armadilhas e a ira de seu pai por saber que seu filho era indefeso a essas coisas.
- Soun, eles caçoam de você. E você é indefeso a eles. Não posso permitir que um Seigen passe por isso...
- É que eles são mais espertos e treinados que eu, Otōsan. Mas eu irei aprender... - disse correndo antes que seu pai dissesse que aquilo era devido a sua cegueira.
- Como fará isso? Como se livrará de emboscadas ninja se não se livra de abusados...
- Otōsan, lembra-se que eu consigo ouvir os corvos pousarem sobre a casa, e sinto a textura dos pontos da leitura melhor que uma pessoa normal?
- Claro que sim, mas um ninja precisa perceber até mesmo alguém o perseguindo distância para ser eficiente e sobreviver, alguns até mesmo lêem os olhos do adversário. Basta treino...
- Então, Otōsan - interrompeu bruscamente mais uma vez, com sua cabeça agora em reverência. - Faço essas coisas que falei sem treino algum, apenas com a necessidade de ver o que ainda não posso ver!
Seu pai ficou chocado com aquelas palavras e com a com a segurança de sua atitude. Resolveu dar alguma atenção, lembrou que as percepções ninjas podem ser treinadas. Disse:
- Soun, vou te dar uma nova chance. Aprenda a treinar suas percepções como um ninja e livre-se das ameaças daqueles meninos. Se conseguir permitirei que continue a estudar a arte ninja.
Na semana seguinte ele foi se aperfeiçoando, deixava seu ouvido sensível e mais treinado que o normal direcionar. Seu tato conseguia perceber quando lhe colavam pergaminhos de piadas. Logo se via constantemente ameaçado por mais e mais alunos. Procurando saber com quem pudesse como aperfeiçoar-se para fugir de armadilhas acabou sabendo por um chunnin sobre os ninjas sensores de chakra. Insistiu com seu pai para que o treinasse, coisa essa em que ele não era apto. Seu pai procurou um desses ninjas que após algumas semanas o treinando voltou a casa dos Seigen dizendo que Soun havia progredido muito rapidamente e que era uma pena não poder ser aproveitado nas missões devido sua cegueira. Soun se alegrou e insistiu consigo que o que ele precisava não era de olhos e sim de mais habilidades. Devido aos resultados do treinamento seu pai o permitiu ainda ser instruído na Academia.
Os meses foram passando e por mais que Soun se esforçasse havia problemas: sem enxergar demorou a aprender os selos e não poderia ler os pergaminhos de instruções de jutsus. As armadilhas passavam agora a ser mais pesadas e difíceis: shurikens de madeira difíceis de perceber, colegas melhores treinados que apareciam escondidos, uso de jutsus de velocidade quase impossíveis de se desviar. Era mais lento que os demais e quando questionado sobre seu atraso quanto ao aprendizado dizia: "é que devo ser mais lento" ou "eles devem ter mais aptidões para essa coisa ou aquela que eu...".
O ano se arrastou e ele até então só havia se desenvolvido em duas coisas, perceber manifestação de chackra perceber até ninjas silenciosos perto de si e decorado os selos e muita teoria. Era horrível com os jutsus, errava os alvos em treinos de shuriken e senbou e não tinha nenhuma chance com katanas.
Quase desestruturado e cheio de questionamento de seu pai e orientadores da Academia, triste por dentro mas com uma cara de "morro mas não desisto, vou aprender quando velho, serei debochado mas serei um ninja... não são meus olhos, preciso é de mais aptidão."
O que ele não sabia é que durante algum tempo, longe dos seus sentidos um olhar curioso e interessado, muito perspicaz e visionário o observava:
- Aquele menino não para!! - pensava ela, seus cabelos em chicas espetadas para o alto naquela cor ruiva. Sua roupa shinobi rasgada nos joelhos, aqueles spikes em todo o braço esquerdo. O vestido Branco muito fino e de alças que tinha um corte na parte das pernas com formato de arco.
Ele pensava enquanto lançava as shurikens: - Não vou aprender tão cedo se não vejo onde acertar ou onde acertei.
Ela pensava:
- Perfeito. Com todas as dificuldades que ele tem vai ser um exemplo perfeito de como posso ensinar a qualquer um a ser um ninja.
A fumaça explodiu em seu rosto e ele caiu para trás. Perguntou alito levantando a Shuriken para o nada e disse:
- Quem é dessa vez. Já estou melhor que antes e possote acer...
- Fique quieto menino falante. Eu sou sua nova tutora a partir de hoje.
- Mas quem é você ? - perguntava enquanto sentia aquele cheirinho doce que vinh dela.
- Eu sou sua Sensei ... Hiko Yokina!!!