Mais uma manhã em Kirigakure. O sol lançava seus primeiros raios sobre a terra úmida enquanto pássaros cantavam comemorando mais um dia. E lá estava Kimura, caminhando numa das ruas da vila. Solitário, as pessoas ainda abriam suas casas. Chegou logo ao portão principal da cidade, onde colocou a mochila no chão e começou a alongar-se. Esticava braços, pernas e tronco. Enquanto isso, ele via a troca de guarda nos altos muros, além de alguns outros ninjas que buscavam proteção à sobra de uma barraca. Como passava lá quase todos os dias, os ninjas não estranharam sua presença. Assim, terminando o alongamento, pôs as mochilas nas costas e começou sua corrida ao campo de treino. Suas passadas eram fortes e longas. Corria por sobre as árvores, que úmidas, precisava concentrar chakra para não cair. Assustava pássaros que alimentavam seus filhotes na sua passagem, até que, após alguns minutos, chegou.

Mestre Chino ainda dormia, e sabia que seria bastante doloroso caso ele acordasse seu mestre, então resolveu começar o treino sozinho. Estava ofegante da corrida, mas isso não o conteve, pois em instantes efetuava diversos shunshin em volta do campo. Forçava seus músculos para fazê-lo atingir grande velocidade. Um, dois, três shunshins até que, ao terminar um deles, escorregou o pé esquerdo numa poça de lama e caiu deslizando. - Merda! - Reclamou baixinho ao levantar-se. Entediado em fazer mais shunshins, Kimura resolveu fazer algumas flexões. Como já estava sujo, decidiu por fazer lá mesmo. Agachando-se mais uma vez, ele pôs as mãos na lama e desafiou-se a fazer três séries de trinta flexões sem deixar o nariz encostar-se à lama. E assim começou. Seu corpo subia e descia em ritmo frequente e numa velocidade moderada. Como já tinha um físico mediano, completou a primeira e a segunda sessão com pouca dificuldade.

A terceira sessão foi a mais difícil. Seu suor pingava e se misturava à lama, enquanto seus gemidos baixos eram abafados pelo barulho das folhagens ao redor, balançando com o vento. Seus braços já se esforçavam bastante, até que, quando faltavam apenas às últimas cinco, perdeu a fixação do braço direito e escorregou, caindo com o rosto na lama. Rapidamente rolou seu corpo para sair da poça. Kimura limpou o rosto e olhou em volta, com receio que alguém risse de sua situação, mas seu mestre ainda dormia. Assim, levantou-se e caminhou até o riacho e lá se lavou. Seus braços ainda estavam rígidos, então resolveu praticar agilidade com as pernas. Lembrou-se de duas grandes árvores que margeavam o campo de treino. Estavam separadas apenas por cerca de dois metros. Seria suficiente para treinar sua agilidade. Indo até o local, Kimura juntou suas mãos às costas, segurando-as firmemente e olhou para o alto das duas árvores.

Já era hora. Saltando com o pé direito na primeira árvore, ele concentrou o chakra no pé num preciso Kinibiri e o empurrou para ganhar impulso e chegar até a outra. Felizmente efetuar a conseguiu a manobra. Seu corpo pairava no ar, perfazendo os dois metros de distância e lá, concentrou chakra no pé esquerdo e o grudou na árvore impulsionou seu corpo para a segunda árvore. E assim foi. Saltando de um lado para o outro, visando sempre o topo. Seu corpo alongava-se e contraia-se sempre que saltava, até que, após dez metros de subidas e sucessivos saltos em ziguezague, atingiu o topo da primeira árvore, e de lá, saltou numa grande pirueta até o solo, onde deu um longo rolamento para amortecer o impacto da queda. Então, virou-se novamente e repetiu os movimentos de subida. As árvores balançavam um pouco em virtude de sua elasticidade, o que dificultava o exercício, pois as distâncias diminuíam e alongavam-se.

Chegou novamente no alto, mas, ao invés de descer num salto e terminar com o rolamento, preferiu manter o controle de chakra e usar o Mizu Kinobiri para deslizar rapidamente no tronco até descer ao solo, onde, empolgado, efetuou mais duas piruetas e um salto mortal, mas ao aterrissar, escorregou na lama e caiu feio. Pensava que estava sozinho, mas a gargalhada de escárnio o fez perceber que seu sensei estava acordado e pôde ver seu desastre de aproximação. – Patético! - Gritava Chino, continuando. – E então, vamos almoçar? - Com essas palavras, Kimura percebeu que o sol já estava alto, realmente já era hora de almoçar. Enquanto Chino sentava à mesa, Kimura foi até o riacho e se lavou novamente. Retornou em seguida e retirou da mochila dois recipientes com o almoço dos dois, além de suco e alguns doces de arroz. O velho ficou agradecido pela refeição, pois comeu tudo em poucos minutos.

- Não vamos treinar aqui hoje. - Disse o velho.
- Aonde vamos então? - Perguntou Kimura.
- Existe um local bom para duelarmos logo além do riacho.
- Como assim duelarmos? - Perguntou preocupado.

Com um sorriso sarcástico, Chino só se levantou e deitou no seu saco de dormir. – Vamos descansar um pouco. Quando acordar, iremos. - Falou. O genin até achou bom, pois estava exausto do treino e com o almoço, seu corpo pedia certo descanso. Logo, desenrolou seu saco de dormir e deitou sob a sombra das árvores até que adormeceu profundamente. Então, após duas horas de sono, Kimura foi acordado por Chino com um chute não muito forte, mas foi suficiente para doer. Com um grito, o genin levantou-se, esfregou os olhos e seguiu Chino que já tomava a dianteira em direção ao riacho. Apressadamente, ele pegou todo o seu equipamento e correu em direção ao seu sensei. Eles caminharam por cerca de trezentos metros. Passaram pelo riacho e então alcançaram um pântano raso, com suas árvores podres e negras. O local fedia, mas parecia que o cheiro não incomodava seu mestre que, com os pés cobertos por fina camada de lama se virou.

- Hoje, você terá sua segunda lição do mundo podre que chamamos de "ninja". - Disse o velho.
- Porque este lugar? Isso aqui fede. - Reclamou o genin.
- Claro que fede. Este local é o reflexo do mundo o qual você escolheu para seguir.
- Como assim? - Perguntou Kimura, intrigado.
- Apesar da morte que está a sua volta... - Disse o velho enfiando a mão na lama e trazendo consigo um caranguejo. - ...ainda pode existir vida.

Kimura entendeu o que ele queria dizer. Seu peito se encheu de inspiração e vontade. Chino parecia que havia percebido que seu pupilo começava a acordar para o que o esperava no mundo de fora. Assim, largou o caranguejo de volta à lama e se pôs em posição de combate, retirando sua tanto da manga de seu sujo quimono. O garoto fez o mesmo, retirou seu tanto das costas e se pôs em posição, aguardando o próximo passo de seu mestre. O vento gelado invadia o local, criando pequenas ondas no chão lamacento. A relva era um pouco densa, mas ainda havia espaço suficiente para movimentar-se. Kimura começou a aumentar o espaçamento de suas pernas dando sinal que iria começar. Seu sensei sorriu de forma estranha e partiu para o ataque. O genin o acompanhou com fúria. Seus pés espirravam água negra para todos os lados e os dois corriam para o inevitável choque de forças.

Para não escorregar na lama, Kimura preocupou-se em manter seu chakra concentrado em seus pés enquanto lutava. Efetuando diversos shunshins, os dois vultos se encontravam em pleno ar, criando faíscas com o choque de suas armas. Kimura se defendeu e aparou o que podia. Os ataques eram rápidos e muito fortes. Tanto que Kimura precisava usar toda sua força para não derrubar sua arma no chão. Seus músculos retesavam a cada pancada. Os golpes vinham de toda a direção e eram muito difíceis de serem acompanhados, por isso Kimura lutava dando pequenos passos contrários, fazendo com que Chino errasse alguns. E era nesse momento que ele escolhia contra-atacar. Sua tanto cortava o ar e tentava fazer cortes nos membros, cabeça e pescoço em sucessivos ataques. Mas infelizmente, todo esforço era em vão. Chino parecia estar a um ou dois passos à frente do genin.

Então, ao aparar mais uma vez o golpe, Kimura deu um forte salto para trás, recuando. Neste momento, Chino fez rápidos selos e um imenso dragão de terra saiu do chão. O genin mal pôde respirar, quanto menos defender-se. Juntando os dois braços à frente, protegendo a cabeça, o dragão acertou-o dolorosamente junto com pedras, lama e lascas de madeira podre que estavam a sua volta, desfazendo-se em seguida. Com grande projeção, Kimura viu que acertaria um carvalho podre, então ajeitou o corpo como pôde ainda no ar, e esticou as pernas para efetuar o Baunsubaunsu no obstáculo. Entretanto, de tão veloz que vinha, o carvalho não aquentou, quebrando ao meio e caindo ao solo com o impacto. O genin gemeu de dor. Então, entre as lascas da árvore, ele suportou a dor e levantou-se tirando a lama do corpo.

Logo seu sensei avançou num shunshin e tentou acertá-lo com um chute descendente. Kimura então cruzou os braços acima da cabeça e aparou. Balançando o corpo para baixo, ele se fez parecer que iria realizar o Konoha Shofu, mas ao invés de dar um pontapé ascendente, preferiu pegar a tanto que derrubara no chão e girar num só movimento tentando acertar a perna de apoio do sensei, que se esquivou num salto curto para trás. Vendo que seu mestre lhe dera as costas para recuar, o genin realizou um shunshin para grande altura, e quando Chino se pôs de pé novamente, só viu a sombra do esperto genin movimentando-se no chão. Então, lá do alto, Kimura guardou a tanto e rapidamente arremessou um shuriken. Assim, concentrou seu chakra no local exato e preocupou-se em acertar todos os selos necessários.

Suas mãos perfizeram todos os movimentos rápidos com perfeição e logo Kimura gritou: - Kage Shuriken no Jutsu! - Assim, dezenas de shurikens caíram do céu em direção ao sensei, que se defendeu como pode dos diversos projéteis, levando alguns cortes nos braços. E quando a chuva terminou, Kimura caiu no solo dando um rolamento para amortecer o impacto e num só movimento reiniciou o ataque. Entretanto, Chino parecia ultrajado por ter sido enganado, então, furioso, fez os selos e criou três bunshins dele, os quais interromperam o avanço do genin. "Agora a coisa ficou séria." - O jovem pensou. Os clones golpeavam por todos os lados. Kimura aparou um, dois, três murros, mas logo caiu de uma rasteira, mas em milésimos de segundos ele conseguiu concentrar chakra suficiente para realizar a técnica de substituição, deixando apenas um galho podre em seu lugar.

Entretanto, parecia que seu mestre sabia para onde ele havia ido, pois os três clones avançaram em direção a uma grande árvore a qual utilizou como cobertura. O genin já estava ofegante quando os clones chegaram e só teve tempo para concentrar novamente seu chakra nos pés e subir horizontalmente no largo tronco com cinco passos, olhando para trás em seguida. Os clones fizeram o mesmo, perseguiram-no horizontalmente e logo começaram a tentar acertá-lo. O jovem estava enrascado. Esforçava-se para manter o controle de chakra enquanto aparava os golpes fortes de taijutsu. Tentava ao máximo não tirar os dois pés da madeira para que não se desequilibrasse, mas era impossível ficar parado diante tamanha força e velocidade. Kimura gingava, agilmente tirava os pés da madeira para esquivar-se e depois usava sua força bruta para trazê-lo de volta ao tronco.

Ele se enroscava no grosso galho e balançava para escapar dos três, retornando para o tronco principal. Defendia chutes e pontapés que de tão fortes faziam seus braços ficarem doloridos. Enquanto isso, os quatro subiam horizontalmente pela árvore. Logo o garoto começou a ficar cansado. Com seus movimentos lentos recebeu um grande chute no ombro, o que o fez desconcentrar-se da quantidade de chakra para manter-se na horizontal, caindo de grande altura. Então, para não machucar-se, o genin concentrou seu chakra nas juntas do braço e esticou o braço esquerdo com o Nan no Kaizo, conseguindo esticá-lo até o tronco, onde mais uma vez concentrou seu chakra na mão, prendendo-a e conseguindo deter sua queda. Vendo isso, os clones começaram a descer. Kimura não aguardou.

Já no chão, pondo o braço na posição correta, retirou uma tarja explosiva e a grudou o tronco da árvore podre, realizando um shunshin momentos antes da explosão. E com grande estrondo, a árvore pendeu, desequilibrando os clones, que saltaram lá do alto. Aproveitando a oportunidade, o genin retirou diversos shurikens e kunais amarrados com fios shinobi e arremessou em direção a um deles. Como ainda estava caindo, o clone não conseguiu esquivar-se, sendo vítima da técnica da prisão de cordas, o clone foi totalmente amarrado, caiu no chão e estourou em fumo. Restavam dois. Assim, Kimura efetuou um grande salto de costas, e assim que aterrissou, sacou dois shurikens ao mesmo tempo em que concentrava seu chakra fuuton nos pulmões. Inspirando grande quantidade de ar, misturando-o com chakra fuuton focalizado, o genin rapidamente soprou os dois shurikens fazendo-os girar com velocidade.

Logo o garoto os arremessou para os dois clones que desviaram dos projéteis, continuando o avanço. "Merda!" - Angustiava-se. Enquanto isso, Chino descansava à sombra de outra árvore seca, tomando seu saquê tranquilamente. Então, rapidamente os clones chegaram a distância de combate. O genin esquivava-se com dificuldade com pequenos saltos e contra-atacava com os shurikens imbuídos com chakra. A luta era feroz. Kimura já estava cansado, mas por orgulho resistia. Então, quando viu suas últimas forças se esvaindo, desativou os shurikens, inspirou ar e o misturou ao chakra, comprimindo-o. E logo que prendeu a respiração, sacou rapidamente uma bomba de fumaça, arremessando-a no chão. O campo de batalha ficou coberto por fumaça.

Enquanto Kimura ouvia os clones tossindo no meio da cortina de fumaça, o genin realizou um shunshin para longe, procurando a cobertura das árvores secas. Mas antes, numa estratégia, focalizou seu chakra no cérebro. Fazendo rápidos selos, ele sussurrou: - Kohoki no jutsu. E logo a ilusão alterou a posição da árvore de onde estava, deixando-o ilusoriamente "dentro" da árvore onde se escondia. Assim tinha tempo para recuperar um pouco as energias. Entretanto, seu chakra já dava sinais de que iria acabar, pois a ilusão começava a falhar. Precisava fazer alguma coisa. E foi assim que teve uma ideia. Então, enquanto a cortina de fumaça era levada ao vento e os clones começavam a procurá-lo, o genin instalava duas tarjas explosivas amarradas com fios shinobi no tronco. Concentrando um pouco do chakra que tinha, ele fez os selos necessários e sussurrou: - Bushin no Jutsu.

E uma ilusão dele mesmo sentou-se no pé da árvore seca, enquanto Kimura efetuava um shunshin até outra árvore próxima levando consigo os fios shinobi, escondendo-se entre dois galhos grossos. Os dois clones perambulavam à sua procura até que um deles fez sinal ao outro indicado a direção do bunshin. A ilusão intangível, como estava sentada, não possuía grande sombra, e como não ventava, não deixava transparecer sua falta de substância. Kimura esperava enganá-los até a última hora, quando puxaria os fios shinobi. E assim aconteceu. Os dois se aproximaram num rápido salto, só então perceberam que se tratava de uma ilusão. Kimura puxou os fios e os dois viram as tarjas se incendiarem. Surpresos, não perceberam que o genin estava em sua retaguarda.

Soltando os fios rapidamente, Kimura concentrou o resto do seu chakra e atirou um shuriken, fazendo os seis indicados sem errar, ele fez o shuriken criar dezenas de cópias de si mesmo. Alguns deles alvejaram um dos clones, projetando-o contra a árvore e estourando em fumaça. O outro conseguiu saltar a tempo, escapando os projéteis e da grande explosão que encheu o ambiente de fuligem alaranjada dificultando a visão do último clone. Vendo isso, o genin efetuou outro shunshin gemendo de cansaço, logo chegou junto a cópia e lhe deu um forte pontapé de baixo para cima. Parecia que a cópia não havia se preparado para este golpe, pois este voou. Assim, o menino saltou alto e se pôs de cabeça para baixo, agarrando-o, onde prendeu seus pés no pescoço da cópia, caindo velozmente para o chão. O golpe foi fortíssimo. Parecia que seria a última tentativa que faria para derrotá-lo, pois usou toda a sua força.

O chão tremeu e com as pernas pra cima, a cópia jazia com a cabeça enterrada no chão. O genin então saiu ofegante e definitivamente exausto da cratera lamacenta. Mas estava feliz por ter realizado este feito, afinal, havia vencido três cópias do seu sensei. Entretanto, quando olhou de volta para a cratera, uma pequena explosão de fumo evidenciou que a cópia havia efetuado o Kawarimi e substituiu seu corpo por um galho. Surpreso, Kimura gelou quando sentiu a fria lâmina de um tanto encostada em seu pescoço. - Muito bom! Mas ainda não o suficiente. - Sorriu com escárnio a cópia, logo sumindo. O genin não podia se mexer, precisava descansar. Enquanto isso ficava remoendo o que fizera de errado durante o combate. Tentava imaginar o porquê que sua estratégia havia falhado. Até que o verdadeiro Chino se aproximou e, olhando para o genin deitado, disse: - Lembre-se: Nunca jogue todas as suas fichas num plano apenas. Tenha sempre uma carta na manga. - O menino deu de ombros e virou para o lado fingindo querer dormir, mas na verdade estava triste por não ter ficado forte o suficiente.

Reservado

Habilitações Ninja

Ninjutsu: 19,75 + 0,5 = 20,25
Taijutsu: 14
Kenjutsu: 13,25 + 0,5 = 13,75
Genjutsu: 3,75 + 0,25 = 4
Selos: 5 + 0,25 = 5,25
Trabalho de Equipa: 3,5


Habilitações Corporais

Força: 11,25 + 0,25 = 11,5
Agilidade: 14,75 + 1,25 = 16
Controlo de Chakra: 17 + 1,5 = 18,5
Raciocínio: 3,5 + 0,5 = 4
Constituição: 17,5 + 1 = 18,5


Total – 6/6

Comentários - Achei um pouco exagerado o pós-flexões, eu pelo menos penso que quando estamos cansados não temos um bom controle de chakra, e o Kimura mesmo com tanto cansaço ainda consegue fazer um kinobiri preciso...
No mais, foi um ótimo treino, gostei da escrita leve e divertida, o mestre troll e a filosofia do pântano e do mundo shinobi.


Algum adm actualize, por gentileza

Actualizado.