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[Missão - Rank C] Destruindo Pontes EJWNGUN
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[Missão - Rank C] Destruindo Pontes EJWNGUN


E o ciclo da vida repete-se! As pacíficas vilas voltam a unir-se para combater um mal em comum. Vem conhecer o melhor e mais antigo role play de Naruto, totalmente em português.
 
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 [Missão - Rank C] Destruindo Pontes

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Ozzymandias

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MensagemAssunto: [Missão - Rank C] Destruindo Pontes   [Missão - Rank C] Destruindo Pontes Icon_minitimeSáb 28 Dez 2013 - 18:00

Título: Destruindo Pontes
Descrição: Um conjunto de três pontes estão sendo construídas nos pântanos próximos à fronteira sudoeste do País dos Ventos. Preocupados com a perda da renda garantida, os donos das balsas  - que atravessam o canal por preços exorbitantes - estão contratando secretamente  nukenins para destrui-las antes do término da construção. O problema é que alguns gennins da Vila da Areia foram contratados pela empreiteira para proteger os alvos. Acabem com a resistência e destruam as pontes. Boa sorte.  

Participantes: [2-3 Nukenins]


  • Hiroshi Daisuke
  • Vlad


Recompensa: 600 ryos + 1 scroll de novo jutsu + 1 ponto de cumprimento


Última edição por Orochi em Sáb 28 Dez 2013 - 20:27, editado 2 vez(es)
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Tio Tsu

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MensagemAssunto: Re: [Missão - Rank C] Destruindo Pontes   [Missão - Rank C] Destruindo Pontes Icon_minitimeSáb 28 Dez 2013 - 19:57

É para andar à pancada com Suna!!!!

I`m in!
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MensagemAssunto: Re: [Missão - Rank C] Destruindo Pontes   [Missão - Rank C] Destruindo Pontes Icon_minitimeSáb 28 Dez 2013 - 20:47

Por enquanto a missão vai está parada, pois o Orochi tem uma missão ainda para ser avaliada  Ladrões de Camelos. Quando ela for avaliada pode se dar o inicio a ela seguindo a ordem de inscrição. OK
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Tio Tsu

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MensagemAssunto: Re: [Missão - Rank C] Destruindo Pontes   [Missão - Rank C] Destruindo Pontes Icon_minitimeSeg 30 Dez 2013 - 3:23

E que a pancadaria com Suna begins!

Postas primeiro Orochi, sigo-te imediatamente ^^

Edit:  Agora mesmo! Very Happy

Edit: Apenas para constar, eu estou de olho Wink
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Ozzymandias

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MensagemAssunto: Re: [Missão - Rank C] Destruindo Pontes   [Missão - Rank C] Destruindo Pontes Icon_minitimeTer 31 Dez 2013 - 13:26

INTRODUÇÃO

Aquele dia estava destinado a ser outro dia rotineiro em sua breve vida. Daisuke sonhava por uma noite em acordar um pouco mais tarde, porém, o ruído dos comerciantes que montavam seus quiosques próximos a sua janela já começava a incomodar seus ouvidos outrora burgueses. - Mas que merda! Será que eles não se cansam? - Reclamava ao revirar-se na cama para enrolar seus ouvidos com o travesseiro de palha. E como nos outros dias, aquela manobra não deu certo. Impaciente, o rapaz deslizou para fora do colchão e encontrou o chão frio de madeira que o obrigou a levantar num salto acrobático. Aquilo se repetia já por duas semanas desde que começou a trabalhar na limpeza dos barcos de seu chefe. Uma maneira de domá-lo talvez. O problema é que ele era preguiçoso demais para já estar acostumado com a rotina diária de acordar cedo, trabalhar até o sol se pôr para então retornar à pousada e dormir. E cumprindo a rotina destes dias, ele se dirigiu ao banheiro para tomar um breve banho, arrumando-se em pouco tempo para enfim descer os degraus que o levaram ao refeitório lotado de trabalhadores das docas. Apesar do cheiro da comida, o lugar já estava empestado com o fedor de suor dos homens aglomerados nas longas mesas. Procurando um local para sentar - distantes daqueles que sabia que não tomavam banho há dias - ele pegou a bandeja com ansiedade e a começou a deslizar pelo balcão, esperando as porções de comida que o chefe cozinheiro preparou na noite anterior. Nojento. Mas sua fome era mais desesperadora do que a aparência da gororoba que diziam ser comida. Tudo ocorria como nos dias anteriores, sentava-se calado sob as chacotas veladas de seus companheiros que o criticavam por ser higiênico. "Porcos." - Pensava revoltado ao começar a comer, mal sabendo que logo pela manhã, seu destino lhe traria mais uma perigosa aventura.

Daisuke tinha o costume de baixar a cabeça para evitar qualquer conversa desagradável. Contudo, seus sentidos lhe avisaram de que alguém o observava. Aquele calafrio que sentia sempre que era alvo de alguma coisa, seja alguma pegadinha ou até briga mesmo, mas nada acontecia. Curioso, levantou a cabeça e procurou pela ameaça, mas o que viu foi apenas um jovem magro coberto com uma capuz de couro que olhava diretamente para ele. Recostado no corrimão do andar de cima, a presença trazia um pesado manto aberto no meio de onde se percebia uma roupa elegante com alguns penduricalhos dourados, sem contar com os grandes anéis que ele trazia nas mãos cruzadas. A figura parecia procurar alguma coisa, ou alguém, mas sempre que desviava a visão por poucos segundos, sempre se voltava para as costas do loiro, como se não o quisesse perder de vista. - Ei cinderela... Aquele rapaz parece que gostou de você. - Brincou um dos que dividiam sua mesa, acotovelando-o esperando a gargalhada dos presentes. Não demorou até que o loiro fosse motivo de escárnio. Dando de ombros, o jovem se levantou num arrastar de cadeira que ecoou no salão do refeitório que silenciou com seu súbito movimento. Acenando negativamente a cabeça, constrangido demais para encarar o admirador, Daisuke caminhou até o lixo, onde despejou o resto de sua comida e começou a subir as escadas rapidamente até seu quarto. Esperava que aquele comportamento intimidasse qualquer flerte do jovem que ainda o acompanhava com os olhos, mas logo que chegou ao nível superior, o jovem se virou na sua direção. - Não tenho interesse em garotos. - Balbuciou totalmente constrangido. O jovem abriu um sorriso mostrando seus dentes perfeitos para só então baixar o capuz para se mostrar uma linda mulher de cabelos presos no topo da cabeça. Seus olhos verdes contrastavam com sua pálida pele outrora escondida sob a escuridão de sua vestimenta que escondiam suas formas femininas.

- Não vim à procura de amantes. Procuro ninjas para uma missão. - Sussurrou a jovem.
- Que tipo de missão? Não envolve limpeza de barcos, envolve? - Retrucou com impaciência na voz.
- Digamos que envolve a destruição de certas construções. - Respondeu com a voz aveludada.

Aquelas palavras soaram nos seus ouvidos como música. Afinal, há semanas que ansiava por um pouco de ação. O problema é que não sabia que seu chefe autorizaria sua partida. Mas logo se tranquilizou quando a moça esclareceu que Nero (seu chefe) tinha um interesse especial no sucesso dessa contenda. - Por aqui. - Sussurrou a garota, levando-o para uma pequena varanda onde poderiam conversar com mais privacidade. E com vista para o mar, Daisuke ouviu que a garota se chamava Lisa, e ela era filha de um dos comerciantes da fronteira sudoeste do País dos Ventos, no meio do grande pântano salgado onde não se ouvia muito. Segundo ela, seus pais comandavam o transporte local através de grandes balsas capazes de deslizar sobre o charco e tudo estava ótimo até que o Daimyo resolveu uma equipe de engenharia para construir três pontes que os deixariam obsoletos, afinal, passar pelas pontes sem pagar era melhor que alugar balsas. - Então são essas pontes que terei que destruir? - Perguntou animado. Lisa acenou negativamente, avisando que recrutara mais três ninjas que formarão uma equipe, já que ninjas de Suna estariam dando proteção ao local. Um martelo pareceu atingir sua nuca quando ouviu estas palavras. Ele não havia esquecido que era um fugitivo e que conhecia a maioria dos ninjas que se formariam com ele. Mas o fato de haver alguma chance de enfrentá-los num combate real era aterrador. Vendo o medo nos olhos do rapaz, a garota perguntou se ele ainda gostaria de aceitar a missão. Alguns segundos de um silêncio desconfortável se seguiram até que Daisuke repensou e deu de ombros. "Seja o que Jashin quiser." - concluiu para si, acenando positivamente para a garota que abriu um sorriso contente no rosto, levantando-se para então entregar-lhe um pergaminho indicando o ponto de encontro num lugar inóspito dentro do pântano para não chamar a atenção das autoridades.

- Estarei lá. Pode deixar que esta missão será concluída. - Sussurrou o jovem, guardando o pergaminho no bolso.
- Espero que sim. Quem sabe não conversaremos mais quando terminares? - Sorriu a contratante, com malícia.



CAPÍTULO I - ENCONTRO OBSCURO


O sol já começava a se esconder no horizonte quando Daisuke juntou chakra para efetuar o último shunshin até aterrissar no fim da estreita faixa de floresta que dividia o escaldante deserto do charco fétido do pântano. Procurando pelo pergaminho em seu bolso, ele o abriu para descobrir onde estava exatamente para então saber com certa exatidão para onde iria. "Falta pouco." - Sussurrou ofegante, enquanto direcionava sua energia para a sola dos pés para adentrar no pântano, pisando na superfície da água malcheirosa. Como a vegetação não era frondosa, seu único caminho seria através das dezenas de troncos finos que fervilhavam no local. - Vamos lá. - Concluiu ao iniciar uma rápida corrida por entre os galhos que subiam alguns metros para então interromper o pouco se luz do sol. Tudo estava mais escuro. Daisuke ziguezagueava velozmente por entre os galhos, sempre atento com as várias protuberâncias que quase não eram vistas na superfície para evitar qualquer tropeço. Seu suor já começava a gotejar pela umidade do local, enquanto preocupava-se em fechar a boca para proteger-se dos milhares de insetos que insistiam em persegui-lo. Um terreno bastante difícil de ser atravessado, mesmo para um ninja. Assim, quando faltavam apenas alguns quilômetros para chegar ao ponto de encontro, uma grande bocarra surgiu na escuridão para tentar agarrá-lo. O crocodilo era gigantesco e acabara de sair das profundezas à procura de uma presa fácil. Surpreso e em velocidade, Daisuke arqueou o corpo e alterou o envio de chakra aos pés para parar seu avanço, mas era tarde demais. A bocarra tentava se fechar. Braços e pernas contraíram ao máximo, procurando toda força que o rapaz tinha para impedir que a poderosa mandíbula conseguisse engoli-lo, mas parecia que o animal ganhava espaço a cada segundo.

Daisuke gemia enquanto ele tremia com o choque de forças e quando lhes faltavam apenas alguns segundos para virar comida de crocodilo, uma lâmina rasgou o ar e atingiu a cabeça do bicho. O metal da katana estalou contra a carapaça do crocodilo gigante, mas não fez grande estrago. - Duro demais! - Gritou Vlad ao tentar justificar seu ataque ineficaz, recuando num salto acrobático. Concentrado no que fazia, Daisuke nem percebeu que a ajuda já havia chegado, ficando ainda mais concentrado quando começou a juntar chakra nas extremidades para lhe garantir mais poder. Agora as forças começaram a se igualar e o animal começou a se debater tentando jantá-lo de qualquer forma. "Não vou morrer aqui!" - Gritou em seu interior quando começou a forçar sua saída, mas quando já estava fugindo, ele viu uma pequena granada de fumaça arremessada por Vlad entrando pela garganta do animal. Bem inteligente. A granada de fumaça estourou na garganta do crocodilo fazendo-o desistir da presa para se preocupar com sua própria saúde, girando o corpo num espasmo incontrolável até sumir na escuridão, deixando o loiro ofegante e sentado no charco. Maldita lagartixa anabolizada. Vendo a abertura, Vlad levou seu chakra para as pernas e realizou um rápido shunshin até o rapaz para então agarrá-lo e usar sua força para colocá-lo no ombro num gemido de esforço quando começou a retornar ao acampamento que improvisara no ponto de encontro. Exausto pela luta com o monstro, Daisuke aproveitou a "carona" em tempo de averiguar sua integridade física quando percebeu que uma das presas do animal havia cortado de raspão a lateral de seu braço. Um filete de sangue escorria por seu uniforme completamente sujo pela lama e materiais orgânicos. Nada que merecesse muitos cuidados. Só então teve tempo de observar seu salvador. Estranhamente grisalho para a idade que aparentava, ele trazia uma armadura de couro que o loiro nunca vira antes, além de algumas cicatrizes no rosto. Ele não parecia um inimigo, e mesmo que fosse, um inimigo o deixaria terminar sua batalha contra a lagartixa para então atacar. Era o que ele faria.

- Essa foi por pouco. Eu me chamo Vlad, e você? - Comentou Vlad de maneira séria.
- Não gostaria de falar sobre isso agora. Ok? - Sussurrou envergonhado.
- Já chegamos. Melhor cuidar dessa ferida. - Concluiu o mineiro, jogando-o no chão.

Olhando em volta, Daisuke pôde ver o que ele considerava um "acampamento". Era apenas num trecho de solo firme, coberto com vegetação ressequida que fora agrupada no centro para fomentar a pequena fogueira onde mais dois homens se aqueciam. - Tiveram problemas? - Perguntou um dos homens com flagrante tom de provocação. Sem se importar, o loiro deu de ombros e rasgou um pouco do uniforme para amarrar o ferimento após ter lavado com água potável. Vlad também não pareceu se importar com as brincadeiras do homem e simplesmente dirigiu-se a um amontoado de folhas verdes onde sentou e começou a comer uma espécie de carne-seca. "Então esses serão meus companheiros de missão." - Concluiu ao estudar todos eles. - Não ligue para meu amigo aqui. Eu me chamo Kamu e este é Jabu. - Disse o outro com ar mais respeitoso. Kamu era um homem corpulento por causa de seu excesso de peso. Careca e bronzeado, ele parecia ter vindo de algum lugar distante, pois seu sotaque era de difícil compreensão se falado rapidamente. o outro, Jabu, era um sujeito magro e arrogante. Tinha um olhar traiçoeiro que deixaria qualquer um com receio de cochilar no mesmo local que ele. A companhia seria perigosa, e isso deixava Daisuke ainda mais ansioso pela missão. Não sabia o que os aguardava. Quem iria encontrar. Estas perguntas dificultaram seu sono o bastante para que ele se voluntariar a fazer as primeiras horas de vigília da noite enquanto mantinha a fogueira acesa. Uma tarefa fácil, era o que esperava. O encontro estava marcado para a manhã do dia seguinte e ele gostaria de estar bem apresentável quando a recrutadora chegasse. Assim, enquanto os outros três dormiam, Daisuke retirou uma kunai da mochila e começou a manipulá-la para passar o tempo. A noite estava tranquila e estranhamente, desde o crocodilo há algum tempo que não via outro animal sequer passar nos limites do acampamento. Isso o assustava um pouco.

Perdido em seus pensamentos ao observar alguns vaga-lumes que cercavam o local, Daisuke mal pôde notar o tempo passar e quando conseguiu ver a posição da lua no céu, percebeu que já era hora de trocar o turno. Levantando-se vagarosamente, ele bocejou e seu corpo já lhe pedia para deitar. - Kamu. Acorda. É sua vez. - Sussurrou ao chutar o companheiro que se levantou num susto, procurando por sua katana na lateral de seu colchonete, golpeando o ar na direção do pescoço do garoto. Surpreso, Daisuke inclinou a cabeça o suficiente para esquivar-se do golpe. Só então Kamu percebeu que não se tratava de um inimigo. - Gordo filho da puta! Quer me matar?! - Reclamou o desbocado, quando notou um fino filete de sangue descer de seu pescoço. Envergonhado pela atitude agressiva contra um aliado, Kamu corou e sem pedir desculpas, levantou-se caminhando até a fogueira para iniciar seu turno de sentinela. Observando o loiro se deitar fazendo careta para ele, o nukenin rechonchudo sorriu mais uma vez e atiçou o fogo ao colocar mais madeira no local. "Primeiro e último vacilo que darei." - Concluiu o ninja ao se deitar e se proteger do frio com sua boa e velha manta de algodão. Não demorou muito para cair no sono, pois o cansaço da viagem cobrava seu preço. Assim, sem ao menos ter sonhado, o frio intenso lhe incomodou a ponto de acordar um par de horas depois. Tudo estava escuro. A fogueira estava apagada. Olhando para o colchonete de Kamu, Daisuke o viu sua silhueta remexer de maneira vagarosa. "Não acredito que ele dormiu e deixou a fogueira apagar." - Revoltou-se ao se levantar pronto para dar-lhe um grande chute naquela pança. Ainda sonolento, ele cambaleou a esfregar os olhos até se aproximar do homem e quando não viu sua katana à vista, juntou força na perna e desferiu um forte chute direto em sua barriga. Ninguém gritou.

De repente, a silhueta grosseira se remexeu e deslizou para fora do acampamento na direção do charco quando, num silvo discreto, outra serpente gigantesca se elevou há cerca de sete metros de altura em direção à lua encoberta pela densa vegetação, deixando à mostra dois olhos gigantes com suas pupilas verticais. - O... O filhote da cobra comeu o gordinho! - Gritou em desespero para os outros ninjas ao mesmo tempo em que saltava para esquivar-se de um bote que a serpente gigante desferira.  Levando as duas mãos à bolsa que trazia às costas, ainda pairando no ar, Daisuke retirou seis shurikens e os arremessou com toda força na direção do réptil menor que fugia com o corpo, mas a serpente já se perdia nas profundezas deixando os projéteis atingirem a lama enegrecida da margem. Acordando em meio à luta e escuridão, Vlad e Jabu saltaram de suas camas e convergiram chakra para escapar da trajetória da cobra em seu primeiro ataque. Direcionando sua energia mais uma vez, Vlad realizou outro shunshin na direção de sua armadura, com pressa para vesti-la, enquanto o outro alcançava sua zambatou para contra-atacar. - Parece que estamos cercados! - Desesperou-se Jabu ao perceber que existia uma dezena de filhotes de cobra gigante ganhando a margem por todos os lados. Agora os três ninjas estavam costas-a-costas se preparando para a investida dos animas. Daisuke rapidamente sacou mais uma kunai, enquanto Vlad retirava sua espada da bainha num ruído metálico característico e Jabu, por sua vez, elevava sua lâmina gigante e ganhava à frente da cobra-mãe. - Vou acabar com ela. Vocês protejam minha retaguarda! - Comandou o arrogante ao se precipitar sobre a serpente voraz. A madrugada agora se tornara uma luta de vida ou morte contra o réptil gigante e suas crias. Será que os ninjas aguentarão até a manhã para entrar em contato com o contratante? Será que algum outro morrerá nas presas da serpente?

...Vejam nas cenas do próximo capítulo.
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Tio Tsu

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MensagemAssunto: Re: [Missão - Rank C] Destruindo Pontes   [Missão - Rank C] Destruindo Pontes Icon_minitimeSex 3 Jan 2014 - 2:40

Introdução


Desde o incidente na mina que Vlad se perdeu. A monotonia da sua antiga vida, os hábitos, o prazer que esse tédio lhe trazia... Tudo se perdera numa fração de minutos. Arrastado para uma aldeia próxima, aliviado por ter sido salvo daquele desastre, o minerador vagueava pelas suas ruas, à espera de algo que fizesse sentido...
A lua brilhava intensamente, mostrando o seu esplendor e plenitude. Tais características não eram apreciadas pelo olhar taciturno de Vlad, que se fixara ao solo, contando cada pedra que as suas botas chutavam. Só se abstraiu da sua fixação quando alguém encapuçado caiu aos seus pés, queixando-se de algo no ombro.
- Está tudo bem? – Perguntou o homem, demonstrando parcial preocupação no seu tom de vez. Estendeu a mão como um convite para ajudar o desconhecido a erguer-se.
- Então você derruba-me e depois pergunta se estou bem? – Afinal não era um desconhecido, a sua voz feminina denunciava-a totalmente. Ela aceitou o gesto de Vlad para se erguer e, nesse momento, o capuz fugiu da cabeça, mostrando uma mulher de cabelos castanhos presos na cabeça e olhos verdes; um beleza única que fez a boca do minerador abrir-se de espanto – Se não me ajudasse a levantar, dava-lhe uma estalada!
O minerador não esboçou reação face ao aviso da nova conhecida. Apesar de bela, a sua pose, forma de falar e gestos não indicavam ser alguém de grande poder. Na verdade, assemelhava-se mais a uma nobre perdida numa aldeia de agricultores. Talvez fosse essa a razão de andar de robe...
- O senhor parece-me muito capaz... – E a maneira que trata o Vlad por “você”, ao menos demonstra algum respeito – Será que podia ajudar-me num pequeno trabalho? É algo que o pode interessar, pagamos bem!
Finalmente, um assunto de interesse após tanto tempo – Um pequeno trabalho? Estou interessado...
A mulher sorriu, maravilhada com a disponibilidade que o minerador demonstrou. Olhando à sua volta, convidou o homem a segui-la para um beco entre algumas casas ali perto, correndo para lá sem esperar uma resposta de Vlad. Duvidando, inicialmente, das verdadeiras intenções dela, seguiu-a relutantemente. Cruzou a esquina e deparou-se com o beco: de escassa luminosidade, o minerador apenas distinguia alguns objetos naquele espaço apertado (os mais indesejados eram detetáveis pelo cheiro, infelizmente). A doce voz da mulher foi o farol que o guiou entre a escuridão até um braço o arrastar por entre uma porta bruscamente.
- Aqui podemos falar em privado! – Ouvi a voz dela, mas a luminosidade daquele quarto ainda era pior que a do beco até ela acender uma pequena vela que aliviou a vista cansada de Vlad. Era um quarto pequeno, todo feito em madeira e, provavelmente, uma pequena divisão de uma casa alheia desta aldeia. O quarto não fazia sentido, pois apenas tinha uma mesa no seu centro, onde residia a vela acesa e alguns papéis, e a porta pela qual Vlad entrara. Não tinha mais saídas, o que fazia o minerador pensar que fora propositadamente construído para aquela mesa – O meu nome é Lisa e sou filha de uns comerciantes da fronteira sudoeste do País dos Ventos. Os meus pais comandam o transporte local através das grandes balsas que são capazes de deslizar sobre o charco – Aproximou-se da mesa e, com um olhar, fez Vlad imitar o movimento – O negócio corria bem, recebíamos bem e, com isso, éramos felizes... Até o Daimyo contratar uma equipa de engenheiros para construir três pontes. Não preciso explicar que as pontes nos vão estragar os negócios, certo?
O minerador anuiu, incerto se entendera o esquema da família dela.
- Bem, a tua tarefa é ir até ao local – Apontou para os papéis que, vistos de perto, aparentavam ser plantas da construção do trio de pontes que irão prejudicar os negócios da família de Lisa – E destruir as três pontes. Simples, não é? Já há alguns homens prontos para ajudarem. – Dito isto, começou a remexer nos seus bolsos até retirar um leve pergaminho – Vai para esta localização e encontra-te com o resto da tua equipa. Boa sorte!


Capítulo II – Madrugada de répteis


A maneira como Jabu se atirou para cima da serpente-mãe... Seria ele assim tão idiota? Desta forma morreria tal igual ao outro companheiro (cujo nome Vlad nem se lembrava)...
A grande espada oscilou contra as presas do réptil gigante, deixando para trás o minerador e uma criança rodeados por pequenas cobras que, apesar de não serem individualmente um problema, assustavam como um grupo que eram. A primeira atirou-se contra o loiro num salto ágil, abrindo a boca e ameaçando com aquelas presas pequenas e letais. O rapaz defendeu-se ao esquivar-se da investida, tendo ainda agilidade para neutralizar a cobra com uma potente cotovelada. Quando as outras viram o corpo da sua semelhante jazer no solo, sem vida, ficaram mais nervosas. O sibilo era constante acompanhado pelo irritante mexer das caudas.
- Acho que agora... – A voz do homem grisalho fez-se ouvir pelo meio dos sibilos e das múltiplas caudas a chicotear contra o solo – Seria uma boa altura para dizeres o teu nome...
Num ataque insano e furioso, uma fila de cobras avançou contra os homens que se viram na obrigação de se afastarem um do outro para terem espaço de luta.
A lâmina de Vlad depressa degolou a primeira da sua vítima, passando rapidamente para chacinar outra. Uma das crias encontrou uma abertura na defesa do humano, mordendo fortemente a perna e fazendo-o soltar um uivo de dor. Rodopiando a espada, a sua ponta desceu magnificamente, esmagando cada osso do crânio daquela cobra ousada. Outras duas, descontentes pela morte das suas semelhantes, atiraram-se à cara da sua presa, que se esquivou num ágil mortal à retaguarda. Porém, a inexperiência fez com que o mortal não corresse como esperado e, infelizmente, a aterragem foi um impacto doloroso das costas contra o solo. As cobras, obviamente, não hesitaram em cravarem as suas presas nas costas do desajeitado humano...
O Hiroshi, por sua vez, lidava melhor com a situação do que o minerador. Claramente muito mais experiente em luta que o seu companheiro, defendeu-se do salto de duas cobras ao agachar-se, sentindo as caudas irrequietas dos répteis a passarem por cima de cima. Outras duas tentaram atacar enquanto o Nukkenin estava numa posição baixa porém este ripostou com um pontapé circular em ambas, arremessando-as para longe da ação. Ergueu-se, sempre ágil, e sentiu a ferrada de uma quinta cobra na sua mão. Olhou-a, indiferente, e reparou que ainda eram muito novas para que o veneno, se é que já tinham veneno, fazer efeito em homens com a constituição deles. Assim, imune ao veneno, mas sentindo a dor das presas a perfurarem a sua carne, pegou no réptil pela cabeça e tirou-a do seu braço com ar de gozo. Vendo que pelo seu flanco direito as primeiras duas retomavam a carga, atirou a que tinha na mão contra a da direita e acabou com a última num pontapé ascendente, derrubando três de uma vez e encarregando-se da sua onda. Satisfeito consigo mesmo, olhou para o lado para ver que o seu companheiro estava no solo, numa posição nada agradável e a ser mordido incessantemente por duas cobras. Riu-se...Num Sunshin, apareceu subitamente por detrás das duas cobras e matou cada uma com um poderoso soco que lhes esmagou as cabeças.
- O meu nome é Hiroshi Daisuke! – Apresentou-se a meio de gargalhadas, afastando-se para deixar que o minerador recuperasse o seu equilíbrio – Não acredito que perdeste para estas merdinhas! – O seu riso era agora mais sonoro, claramente a fazer pouco de Vlad que, para espanto do Nukkenin, não esboçou reação.
- Finalmente sei o teu nome... – O minerador estava agora sentado na relva, rodando a cabeça até estalar o pescoço. Levantou-se cuidadosamente, apresentando algumas dores nas costas devido à posição pouco ortodoxa em que acabara após enfrentar os dois bebés – Chamo-me Vlad, prazer! – Apresentou-se, pela segunda vez, estendendo a mão para apertar a do seu novo conhecido.
O loiro esboçou uma cara confusa, após ainda se rir por alguns segundos, à intimidade com a qual o homem grisalho se apresentava. Abriu a boca, preparando-se para dizer qualquer coisa, mas foi interrompido com Vlad a colocar-se defensivamente à sua frente, estendendo a espada ao máximo que o braço lhe permitia.
- Ei, o que...
- Oufuu! – Gritou o espadachim, descarregando o chakra concentrado pela lâmina e rodopiando com ela sem prévio aviso. Com reflexos astutos, Hiroshi foi capaz de esquivar-se do súbito rodopiar da lâmina ao agachar-se, sentindo-a a raspar pelos seus cabelos. Antes de poder protestar ante o descuido de Vlad, uma rajada emergiu da espada, emergindo-os numa cúpula de poderosos ventos que rodopiava à volta deles. Ainda espantado pela rapidez com que o Ninjutsu surgiu, Hiroshi demorou alguns segundos antes de aperceber-se que aqueles ventos imobilizavam dezenas de cobras bebé em pleno ar.
Então Vlad percebera o grupo de cobras bebés antes de Hiroshi, mas como o seu parceiro estava muito ocupado a rir-se, viu-se obrigado a criar uma defesa rápida mas eficaz. Se calhar o minerador não era tão fraco quanto o Nukkenin pensava...
- Os ventos vão acalmar-se, mas elas ainda estarão algo atordoadas... – Dizendo isto, o espadachim recolheu a espada para perto de si e, noutro movimento veloz, cortou o ar à sua frente. Para Hiroshi, o seu novo parceiro estava a ficar maluco para andar a cortar o nada à sua frente, todavia, segundos depois, um pequeno tufão emergiu da lâmina, atravessando os ventos cruzados da cúpula e atingindo três cobras imobilizadas, arremessando-as para fora da defesa e para longe da vista dos dois humanos – Iki! Então devíamos matá-las antes que recuperem os sentidos, são muitas...



Off: Desculpa se não estiver assim muito bom, hoje não estou nada inspirado
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MensagemAssunto: Re: [Missão - Rank C] Destruindo Pontes   [Missão - Rank C] Destruindo Pontes Icon_minitimeSex 3 Jan 2014 - 23:17

CAPÍTULO III - ENCONTRO COM O CHEFE DA VEZ


Era até engraçado ver os animais se debatendo indefesos em pleno ar. "Exercício de tiro!" - Brincou Hiroshi ao sacar alguns shurikens de sua mochila. Rapidamente acompanhando as repetidas manobras de corte de seu companheiro de missão, que gingava sua katana lateralmente para cortar o vento e as pequenas serpentes. Começando a fazer mira, Daisuke começou a arremessar os projéteis com força suficiente para atravessar os ventos atribulados e atingir os animais furiosos que chiavam como se pedissem auxílio da mãe que não veio. A carnificina ainda durou alguns segundos quando a cúpula começou a perder força e por fim sumiu, deixando apenas as carcaças sem vida embaterem na vegetação rasteira numa confusão gotejante quando o pântano caiu novamente num lúgubre silêncio. Estava calmo até demais. "Onde está Jabu?" - Indagou o loiro enquanto fitava a escuridão à procura do outro contratado. Nenhuma movimentação ou ruído. Dando de ombros, exaustos, os dois se sentaram no centro do descampado com a intenção de descansar e esperar os primeiros raios de sol surgirem no horizonte quando eles ouviram um grito distante acabar com toda tranquilidade. - SEUS IDIOTAS! AJUDEM-ME AQUI! POR FAVOR! - Suplicava Jabu, como uma garota mal amada. A serpente o havia arrastado para dentro do pântano cerca de cinquenta metros para tentar engoli-lo quando este atravessou sua boca com a lâmina gigante. Desde então os dois mediram forças até que o animal começou a vencer de maneira que o homem engoliu seu orgulho e pediu ajuda. Os dois se entreolharam e se permitiram apreciar aquele momento por algum tempo para então direcionar seus chakras nas pernas e partirem na direção dos gritos. Não demorou muito para atravessarem o charco e chegarem ao local da disputa, onde Jabu já fraquejava dentro da boca da serpente, agarrando-se por sua vida no cabo da espada que atravessava a lateral da mandíbula do bicho.

Ao perceber a aproximação dos dois ninjas, a serpente se ergueu e começou a recuar quando Hiroshi utilizou seu chakra para atingir grande velocidade ao mesmo tempo em que sacou seu bastão de três partes e atingiu o bicho com toda força que tinha. Com o golpe, a cobra se inclinou para frente, deixando a base de seu crânio desprotegido por tempo suficiente para que Vlad saltasse com agilidade e desferisse um golpe lateral de sua lâmina que rasgou a jugular da serpente num único saque - "Hadan!". A katana retornou a sua bainha e a serpente caiu sem vida no solo lamacento. - Por que demoraram tanto?! - Reclamava Jabu que se esforçava para se desprender da mandíbula imóvel da serpente. Sorrindo maliciosamente, os dois ninjas se aproximaram e usaram seus músculos para forçar a abertura da bocarra até que num gemido de esforço, conseguiram libertar o homem que deslizar para fora todo lambuzado. Ao verem a cena, apesar do cansaço e da noite mal dormida, os dois caíram na gargalhada ao verem a situação de Jabu que tentava se lavar com o resto de água potável de seu cantil. - Seus pulhas, vamos retornar. - Concluiu o nukenin furioso, resgatando sua lâmina dos restos do réptil. Assim, os três caminharam até a clareira onde ficava seu acampamento e reorganizaram sua bagagem em tempo de ver o sol surgir no horizonte. Daisuke já estava acostumado em acordar naquele horário, porém, como não conseguira dormir direito na noite anterior, seu corpo parecia ter uma tonelada. Vlad também parecia cansado, pois se sentou sobre sua mochila e deixou-se largar para cair no sono pesado em segundos. Jabu, por sua vez, ainda com o ego ferido, parecia decidido a aguardar a contratante, começando a cambalear pelo acampamento com impaciência enquanto resmungava baboseiras que o loiro sequer quis ouvir. Queria apenas descansar, seguindo o exemplo do grisalho ao se deitar por cima da mochila aproveitando a fria névoa que cobria o local naquelas primeiras horas da manhã. O sono veio rápido. Em seus sonhos, os olhos de Lisa o assombravam. De beleza estonteante, ela era rara flor em meio ao charco. Aquilo o intrigava.

E enquanto o astro solar avançava no céu, uma pequena embarcação se aproximava da localização dos três ninjas. - Ohayô! - Gritava um homem para avisar aos estranhos de sua chegada. Era um barco pesqueiro sem remos, com uma pequena cabine no fundo onde só se podia ver o leme de madeira através do vidro que refletia a luz do sol. O balseiro do lado de fora espetava uma longa vara nas águas procurando a passagem mais segura pelos emaranhados de raízes que poderiam encalhar o bote. Com o grito, Hiroshi e Vlad levantaram as sobrancelhas para descobrir o motivo de tanta comoção. - Nossa carona chegou. - Balbuciou Jabu, ainda envergonhado pelo seu vexame anterior. Os outros dois se levantaram com dificuldade e começaram a recolher seus pertences e assim que a pequena embarcação arrastou seu casco na clareira, Jabu se juntou a eles e logo todos estavam prontos para partir. O barqueiro sorriu amigavelmente e os comunicou que chegariam ao local da reunião em pouco tempo dependendo da maré. "Lisa estará lá?" - Pensava o rapaz à medida que o barco deslizava para fora do pântano em direção ao mar. Não demorou muito até que eles ganharam o mar aberto com uma linda faixa de areia branca à direita onde algumas gaivotas planavam sobre suas cabeças. Essa linda paisagem se seguia até um pequeno morro rochoso onde uma residência se elevava. Com dois pavimentos ao estilo japonês medieval, era um imóvel luxuoso totalmente esculpido em madeira enegrecida com verniz. Murada apenas por uma cerca viva onde se podia ver alguma dezena de seguranças, o local se estendia até um deck onde algumas embarcações menores estavam amarradas balançando com as suaves ondas. - O meu senhor está aguardando vocês. É só seguir o garoto ali. - Comentou o sorridente barqueiro ao se aproximar do deck e ancorar a nave. O mensageiro já os recebia com reverência, indicando o caminho a seguir. Vlad parecia admirado com tanto luxo, tantos empregados. Realmente eles eram bastante ricos. "Mais um ponto positivo para meu casamento com Lisa." - Refletiu Hiroshi, fazendo-o esboçar um sorriso matreiro.

- Acho que estás pensando a mesma coisa que eu. - Sussurrou Vlad com o mesmo sorriso no rosto.
- Bom, aí teremos problemas, porque acho que ela gamou em mim. - Respondeu pretensioso.
- Calem a boca. Estamos aqui em missão! Comportem-se. - Aquietou-se o magro.
- Cala a boca você, almoço de cobra! Gritando como uma garotinha! - Provocou ao tentar imitá-lo.

- Seu idiota! Você vai ver quando eu te pegar! Venha cá! - Gritou Jabu, pronto para esmurrar o garoto que usou o tamanho avantajado de Vlad para se proteger. A confusão estava feita. Os dois falavam mal um do outro ao mesmo tempo enquanto se encaminhavam até a residência quando escutaram uma tosse forçada para que prestassem a atenção em quem estava a recebê-los. Lisa. A senhorita de olhos verdes hipnotizantes. A presença dela interrompeu completamente a discussão, dando origem a um silêncio constrangedor. - Meu pai os espera. Por aqui, por favor. - Ela comentou. Os três logo a seguiram até uma grande varanda onde um senhor elegante os aguardava.

- Pai, estes são os homens. - Sussurrou a garota de modo solene.
- Ah! Que bom que estão aqui. - O velho assentiu na direção dos três.

Lisa havia puxado muito de seu pai. Ele era um senhor aparentando seus sessenta anos com cabelos longos e grisalhos também presos a um coque acima da cabeça. No seu rosto, a marca do tempo lhes garantia algumas cicatrizes e rugas, mas os olhos verdes, misteriosos como de uma raposa, faziam do conjunto uma bela simetria. - Toshio ao seu dispor. Por favor, por aqui. - Concluiu Toshio, indicando a lateral da varanda. Aprumando-se respeitosamente, os três ninjas o seguiram pelo espaço amadeirado, tentando segurar suas vestes contra o vento forte que vinha do mar. Enquanto isso, sempre sorridente, o senhor explicava a situação já esclarecida por sua filha. A princípio ele não era o único comerciante interessado na destruição das pontes, comprometendo-se a pagar qualquer um que consiga destrui-las. Hiroshi estranhou o calafrio que sentiu quando o mesmo confirmou que uma equipe de três genins e um chuunin havia chegado há cerca de três dias no canteiro de obras. - Pouco antes de o sol nascer, vocês partirão para o local. Espero sigilo total. - Ele concluiu. Lisa por sua vez trouxe um pergaminho a qual entregou a Jabu que se adiantou como se já se considerasse líder da equipe. Curioso, Hiroshi ainda esticou o pescoço para conseguir ver o conteúdo do pergaminho que apontava o local exato das três pontes e o caminho secreto que a balsa atravessaria até o local da construção. O magro acenou positivamente e se inclinou como um verdadeiro vassalo. Orgulhos, o jovem loiro apenas deu de ombros e saiu na direção dos quartos que o criado havia indicado. "Preciso somente de um bom dia de sono." - Pensou ao entrar num longo corredor que desembocava na seção de quartos da grande mansão. Como ainda não passavam das dez da manhã, todos os ninjas escolheram seus quartos e descansaram um pouco até a ocasião do almoço. E para decepção de todos os três, Lisa não estava lá. Que pena. Contudo, durante a refeição, Jabu indicava como agiriam. Uma vez lá dentro, Vlad se encarregaria de colocar os papéis explosivos nas vigas mestras para deixar que a gravidade faça seu serviço.  Parecia um bom plano. Inteligente. Mesmo que para aquele magro. "Tomara que dê tudo certo." - Desejava Vlad, ao retornar ao quarto para dormir um pouco antes de saírem para o canteiro.


Continua...
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MensagemAssunto: Re: [Missão - Rank C] Destruindo Pontes   [Missão - Rank C] Destruindo Pontes Icon_minitimeQua 8 Jan 2014 - 14:57

CAPÍTULO IV - AS PONTES BIFURCADAS


Horas depois...

Era exatamente três horas da manhã quando os três ninjas se encontraram no ancoradouro de madeira na extensão da residência. Daisuke ainda estava sonolento, apesar de ter dormido praticamente o dia inteiro. Assim, sorrindo aos companheiros de missão ele se espreguiçou e aguardou até que um pequeno barco surgiu da escuridão do mar sem ondas e se aproximou acenando com a mão. Silêncio total. - Todos estão prontos? - Perguntou o barqueiro com discrição. Meneando a cabeça, os três ninjas adentraram e se apertaram na estreita embarcação que começou a navegar na fria e escura madrugada com um empurrão do barqueiro. Remando contra as poucas ondas de um mar tranquilo, eles iam margeando o litoral de areia branca com o barqueiro sempre de olho nas estrelas como se buscasse sua localização até que a margem aos poucos se transformou no já conhecido pântano que estava ainda mais escuro que a própria noite enluarada.

Sentados, Jabu, Hiroshi e Vlad estavam calados. Nervosos ou ansiosos pela conclusão da missão, todos sabiam que não tinham ideia do que enfrentariam, mas o loiro tinha uma preocupação a mais: Será que conhecia os sunanins? Essa pergunta martelava tanto em sua cabeça ao ponto dele se distrair e não perceber quando a barca alterou sua trajetória bruscamente na direção do pântano e adentrando-o através de um pequeno córrego que segundo o homem os levaria até o canteiro de obras.  - Estamos a dez minutos do local. - Sussurrou o barqueiro. Com estas palavras, os três ninjas começaram a conferir seu equipamento e se concentravam à medida que se equilibravam na madeira do assoalho úmido. A tensão estava à flor da pele. Principalmente quando começaram a ver uma fraca iluminação no horizonte através dos finos caules da vegetação pantaneira. Nesse momento o barqueiro freou a barca. Era hora de ir.

- Vamos. - Comandou Jabu, considerando-se o líder da missão. Daisuke e Vlad se entreolharam e sorriram de maneira envergonhada, mas acabaram por acompanhar o "líder" ao levar chakra para os pés e descer da embarcação que se afastou sorrateiramente na noite. Jabu tomou a iniciativa, deslizando sob a água rasa de forma bem silenciosa ao mesmo tempo em que os dois saltavam as raízes expostas pela maré baixa, tentando não cair e chamar atenção. "Chegamos." - Pensou o loiro quando mais uma vez um frio na barriga o incomodou. Olhando a posição da lua e estrelas, Daisuke percebeu que já eram quase quatro horas da manhã e por isso pareciam que todos os trabalhadores estavam dormindo. Agachando-se atrás de densas raízes, os três buscavam algum vigia no local deserto e mal iluminado com algumas poucas tochas espalhadas nos limites do acampamento.

Era um imenso descampado. Toda vegetação havia sido retirada para dar espaço aos grandes pedregulhos que eram transportados por um guindaste mediano feito de bambu. No lado esquerdo, cerca de dez pequenas barracas de lona branca ao redor de uma fogueira que se apagaria em pouco tempo, e no lado direito estavam os três alvos. Já com a construção adiantada, a ponte começava no lado esquerdo e passava rente às barracas dos trabalhadores e num arco que se elevava há três metros do charco, seguro por firmes vigas de madeira até descer novamente onde se bifurcava em mais duas pontes que divergiam para direções diferentes. Uma bela estrutura incompleta. E enquanto os dois ninjas ainda observavam o lugar a procura dos sunanins, Vlad já começava seu trabalho procurando alguns pontos para que pudesse demolir o local com o menor esforço possível. "Não será tarefa fácil." - Pensava ao perceber que a estrutura estava ainda mais avançada do que esperava. - Achei! - Sussurrou o loiro, apontando para um pequeno vulto próximo às barracas.

- Ainda não vi os outros. - Preocupava-se Jabu.
- Talvez se chamarmos a atenção deles. - Dizia Vlad.

- Sim. Já sei como tirá-los do esconderijo. - Concluiu o loiro ao convergir chakra pelo corpo e realizar um rápido selo. E de um discreto estouro de fumaça surgiu uma serpente negra como a noite. Os dois ficaram se perguntando o que ele iria fazer, mas antes que perguntassem o loiro já tinha saído de suas vistas, deslizando silenciosamente pela água na direção do sunanin. Nervos à flor da pele. O coração de Daisuke batia forte enquanto se aproximava mais e mais do menino que parecia cochilar sentado na própria mochila. A serpente se aproximou ainda mais e se preparou para dar um bote que certamente iria acordá-lo e consequentemente ele gritaria pelos outros para ajudá-lo a tirar o veneno - Apesar de não ter nenhum. Os outros dois assistiam ao longe a serpente ganhar a margem e enrolar-se para abocanhar a presa quando esta parou e desfez a postura para ir à direção de algumas rochas num local longe da iluminação das tochas.

- O que ele está fazendo?! - Perguntou o mineiro ao líder. Jabu não lhe respondeu, apenas aguardou tentando esconder suas mãos trêmulas. Enquanto isso, Daisuke seguia os fios de chakra que percebera assim que aproximara do gennin. "Uma marionete." - Pensou ao ver a fraca iluminação dos fios de energia que controlavam a marionete que fingia dormir. Não demorou muito para encontrar o garoto e para o seu alívio, não o conhecia. Então, dando a volta e se embrenhando entre as rochas, o loiro desfez o henge num salto e com a mão esticada como uma lâmina cega, ele golpeou a nuca do garoto que caiu inconsciente na mesma hora que a marionete rolou para o chão. Um deles fora eliminado. Sorrateiramente, Hiroshi saiu da proteção das rochas e fez sinal para que os outros avançassem. Vlad e Jabu só entenderam o que aconteceu quando alcançaram as rochas onde o sunanin ainda dormia. Sacando uma kunai rapidamente, Jabu a desceu querendo cortar o pescoço do gennin indefeso e o sangue espirrou.

- Que diabos?! Não é para matá-los!? - Sussurrou o loiro, com tremenda dor por ter bloqueado a kunai com a mão esquerda. Nesse momento Vlad agarrou o pulso de Jabu e o apertou com grande força para que este soltasse a lâmina. O loiro então fez careta para retirar a lâmina encravada nas costas da mão, e enfaixou o ferimento par anão atrapalhá-lo. Sem comentar nada, apenas com uma careta de desdém, Jabu deu de ombros e se virou à procura do próximo ninja a ser imobilizado. Pegando sua linha shinobi, o loiro amarrou firme o gennin e tampou sua boca com parte da atadura que não precisou para cuidar do ferimento. - Acho que já posso começar a trabalhar por aqui. - Sussurrou o mineiro, solicitando os papéis explosivos. Acenando positivamente, Hiroshi alcançou sua mochila e entregou todos os papéis que ele possuía que, segundo o ninja grisalho, eram suficientes para derrubar as três pontes. Então, quando iriam começar a dar os primeiros passos na direção das pontes, eles não mais encontraram Jabu. Ele sumira sem avisar aonde iria.

Dando de ombros, os dois só queriam sair dali e retornar vivos da missão, assim, ambos começaram a se esgueirar por entre as barracas onde se podiam ouvir os roncos dos construtores. O coração dos dois batia forte e a tensão podia ser sentida no ar. "Aqui." - Indicava Vlad com o indicador. Virando-se de costas para vigiar, Daisuke aguardou o ninja estudar a estrutura da primeira ponte e usar chakra para prender-se à viga de pedra e escalar alguns metros até a intersecção das rochas. Tudo estava calmo. Calmo até demais. Logo, o minerador desceu da estrutura e tocou o ombro do loiro para começarem a caminhar até a segunda ponte. O ambiente estava sinistro. A lua acabara de entrar em nuvens escassas, deixando todo o caminho em sombras que zanzavam de um lado a outro devido à leve brisa fria que banhava o local. E o que mais preocupava: Jabu não aparecia.

Continuando a missão, os dois ninjas usaram a estrutura para se esconder, saltando agilmente por entre as madeiras de sustentação para enfim usar seus chakras em velozes shunshins até que conseguiram chegar ao segundo alvo. Mais uma vez Vlad estudou a estrutura e direcionou sua energia para escalar o local e instalar os papéis explosivos nos pontos de sustentação. - Isso vai cair como dominó. - Comemorou ao apontar o último alvo que não era tão distante. Daisuke o acompanhou e levou chakra às extremidades para escalar a segunda ponte, de onde puderam ver a cobertura da terceira. Mais uma vez um calafrio percorreu as costas do loiro. O nukenin então começou a procurar qualquer fonte de ameaça quando viu um pequeno vulto se aproximar rapidamente. "Fomos descobertos?" - Preocupou-se o grisalho. Mas logo se tranquilizou quando a lua saiu da escuridão e mostrou que era Jabu que se aproximava silenciosamente.

Acenando positivamente, os dois ninjas se agacharam no parapeito da ponte a aguardaram a aproximação do líder. - Muito bem, pessoal. Já terminaram o serviço? - Perguntou ao se juntar a eles. Nesse momento Daisuke sacou uma kunai e golpeou o homem visando seu peito, mas resvalou apenas em seu uniforme, pois o alvo se esquivou com grande agilidade. Surpreso, o homem sorriu e desfez o henge, mostrando-se um rapaz com cerca de dezoito anos. Vestido com sua jaqueta característica, o chuunin passou a mão no rasgo em seu uniforme e fez um sinal com a outra mão quando outros dois vultos se aproximaram na retaguarda. Estavam cercados e acuados. Vendo que a luta era inevitável, Vlad sacou sua katana e armou seu lançador de granadas, enquanto o loiro se colocou em posição de luta com os punhos em riste.

- Como você descobriu que não era ele? - Perguntou Vlad.
- Você acha que ele falaria conosco sem nos xingar? - concluiu o jovem, gargalhando.


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MensagemAssunto: Re: [Missão - Rank C] Destruindo Pontes   [Missão - Rank C] Destruindo Pontes Icon_minitimeDom 12 Jan 2014 - 22:22

CAPÍTULO FINAL - COMBATE DEMOLIDOR


Novamente a lua foi encoberta pelas nuvens negras e a brisa fria atingiu o grupo de ninjas. Sem nenhum sinal de Jabu, os dois ninjas agora estava mercados por três sunanins que pareciam se divertir com a emboscada. - Estamos enrascados - Sussurrou Vlad ao pressentir que seriam atacados a qualquer momento. Mais experiente e aliviado por não conhecer nenhum deles, Daisuke não se abateu. Em vez disso, o loiro piscava charmosamente para uma das gennins que o cercavam. Eram duas que acompanhavam o chuunin na verdade. Com pele bronzeada do sol causticante do deserto, ambas tinham olhos verdes e para sua surpresa eram gêmeas perigosas, pois ambas sacaram duas katanas num estranho movimento espelhado. "Mas que diabos." - Reclamou Vlad, vendo que estavam em menor número. Acenando positivamente para seu companheiro para apoiá-lo nesse momento difícil, o ninja não esperou e juntou as mãos num rápido selo.

-KAI! - Gritou Daisuke, serrando os olhos instintivamente para se proteger da grande explosão. "Boom!" - O ruído ecoou por todo o pântano que estremeceu enquanto a primeira e a segunda ponte desabavam por sobre eles, obrigando-os a se dividirem em velozes shunshins, grudando os pés com seu chakra para saltitar entre os pedregulhos. Poeira e escuridão. Nenhum dos ninjas conseguia mais ver o outro ou seus adversários. Daisuke terminou o seu salto num longo baunsubaunsu na direção do chakra, onde repousou e deslizou lateralmente para absorver o impacto da queda, quando viu dois vultos, um deles caiu pesadamente na água - e ele torceu que não fosse seu companheiro de missão - enquanto o outro parecia ter repetido sua manobra, deslizando para fora da nuvem de poeira exibindo sua jaqueta rasgada. O chuunin estava com ele. Mas e o outro?

- Sayime, vá ver se tua irmão está bem. - Comandou o chuunin. A garota então se levantou totalmente molhada, mostrando seus atributos sensuais pelo uniforme colado ao corpo. "Nossa". - Pensava o loiro, ansioso para "combater" com essa ninja. Acenando positivamente, Sayume se recompôs e tentou partir ao encontro de sua irmã, quando freou bruscamente o avanço por causa dos shurikens que o loiro arremessou para impedir sua trajetória. - Ele não vai me aguentar sozinho. - Apontou o loiro, mandando um beijinho de escárnio para a ninja que corou na mesma hora. Sacando uma tanto, o chuunin não aguentou a provocação e avançou num rugido de fúria. Daisuke recuou num "backflip" e esquivou-se do ataque por pouco, mas logo percebeu uma aproximação nas suas costas, obrigando-o a dividir sua energia para repelir a água rasa no pé esquerdo, mantendo o direito firme no mesmo lugar.

A lama espirrou contra os olhos da bela sunanin que ficou surpresa pelo novo uso do 'Mizu', deixando sua lâmina apenas riscar a braço do nukenin numa estocada rápida. "É uma pena, mas serei obrigado." - Chateou-se quando rodopiou seu bastão-triplo para atingi-la na têmpora, mas a madeira foi bloqueada pelo chuunin que se aproximou com velocidade e impediu que sua pupila fosse ferida. Daisuke recuou mais uma vez e pensou na situação. Uma ponte ainda estava de pé e pelo ruído de combate, Vlad e as outras ninjas se digladiavam do outro lado dos destroços enquanto os construtores corriam pântano adentro para fugir do dano colateral. Precisava de um plano. Maldito Jabu! Enquanto isso, o chuunin repousava sua subordinada atrás de umas pedras para retornar à luta enquanto dava-lhe tempo para recuperar a visão.

- Katon: Hōsenka no Jutsu! - Berrou o ninja da areia, enviando dezenas de pequenas bolas de fogo na direção do loiro que avançou ziguezagueando através dos fogos até se aproximar com muita agilidade, mas uma explosão se rompeu na retaguarda, projetando-o pelo chão na direção do inimigo que o aguardou cair pesadamente no chão à sua frente para descer sua lâmina. El havia arremessado uma kunai com papel explosivo entre as bolas de fogo, camuflando-a na escuridão. Ótimo plano. Seria fatal se o loiro não fechasse as mãos para aparar a lâmina com toda força de seus músculos. Surpreso com a força do ninja, o chuunin chutou o garoto com toda força. Daisuke foi projetado contra uma rocha e quase desmaiava, mas se recuperou novamente em tempo de desviar do corte que rasgou a pedra e por pouco não levava seu braço. "O cara é bom!" - Exclamava enquanto se esquivava mais uma vez.

Até agora ele só conseguia se defender. Aquilo não iria acabar bem. Então, tomando a iniciativa após mais uma esquiva, ele saltou por cima de outra rocha enquanto golpeava o ar com seu bastão na direção do adversário que simplesmente girou a lâmina para bloquear o ataque, mas não viu Daisuke que largara sua arma e convergira boa quantidade de energia no punho para desferir na rocha que explodiu num espetáculo de pequenos pedregulhos. Sayume de longe gritou em desespero, já que ainda não conseguira limpar seus olhos. Aquele golpe suicida ferira a ambos os ninjas. Levantando-se com uma grande dor de cabeça e alguns arranhões, o nukenin procurava pelo chuunin, mas só encontrou um pedaço de madeira. "Lascou." - Pensou no momento em que percebeu um forte nevoeiro. Lá dentro ele começava a se lembrar de todo mal que tinha feito às pessoas de sua Vila.

O nevoeiro o fez lembrar-se de suas traquinagens e sofrimentos de suas brincadeiras de mau gosto. - Preciso sair! - Ele gemia através do genjutsu. Ofegante de terror, ele juntou as mãos num rápido selo e enviou chakra ao cérebro na tentativa de se libertar. Mas ao invés de se libertar com o "Kai", ele sentiu uma lâmina rasgar suas costas. O sangue espirrou. - Você vai morrer seu rato! - Vibrou o sunanin com a lâmina ensanguentada. Daisuke caiu de joelhos com a dor que o forçara a sair do genjutsu. Sua visão começou a ficar turva, mas num movimento desesperado, ele levou a mão à mochila e sacou uma kunai, arremessando-a contra o líder que sorria sadicamente. O projétil passou rente ao ombro do chuunin que gargalhou de seu último erro, mas logo seu sorriso se transformara em desespero quando o nukenin cuspiu sangue e disse: - Não mirei em você. - Concluiu seu plano ao acenar para Sayume que acabava de saltar a rocha, pronta para o combate.

O chuunin esqueceu o adversário e num shunshin se pôs entre a kunai e a garota esperando o impacto que não aconteceu. O nuke havia puxado o fio shinobi em tempo de impedir o projétil de atingir a sunanin. "Não queria matar aquela preciosidade." - Ele pensou quando rangeu os dentes em dor e levou energia às pernas para explodir em velocidade e atingir o ninja da areia ao elevar o braço em gancho num poderoso 'Lariat' embebido com boa quantidade de chakra. O chuunin foi arremessado contra a garota e ambos embateram a rocha atrás deles, fazendo seus corpos serem arremessados para o alto e então atingirem o pilar da terceira ponte com bastante força. A garota perdeu os sentidos na mesma hora, enquanto o chuunin ainda tentava se levantar, apoiando-se na katana.

Cambaleando pelo sangue perdido, Daisuke fez uma mira precária e arremessou mais três kunais com toda força restante. Os projéteis rasgaram o ar com precisão. O primeiro atingiu logo acima do ombro e o aprisionou contra o paredão. O segundo atingiu sua perna, fazendo-o pender e o terceiro resvalou na espada, retirando-a da mão do ninja. - Quem é rato agora, hein?! - Gritou o nukenin ao se aproximar do inimigo, levantando-o com a força do braço direito. Sua fúria era maior que sua dor. Assim, vendo que o ninja da areia havia desistido da luta, o jovem juntou chakra no braço e o arremessou com toda força para bem longe. O chuunin desapareceu na escuridão, deixando o loiro com a gennin desacordada. Levando-a nos braços, ele cambaleou para um lugar que considerava seguro quando Vlad o alcançou. Ele tinha ferimentos por todo o corpo, mas estava vivo. Ou pelo menos isso.

Vendo-se que estavam totalmente acabados, os dois ninjas sorriram com suas bocas ensanguentadas e se dirigiram a última ponte. - Derruba esse pilar que ela vão ao chão. - Aconselhou o grisalho. Obedecendo ao comando, Daisuke juntou chakra mais uma vez e atingiu o pilar que estourou com grande ruído. O pilar pendeu de um lado e começou por derrubar os outros num espetáculo de reação em cadeia até que toda a estrutura sumiu num piscar de olhos. Suspirando, já vendo a luz do sol no horizonte, os dois se apoiaram e caminharam para o ponto de extração quando viram um estranho movimento entre as raízes. Apertando os olhos para enxergar na penumbra, os nukenins avistaram Jabu. Amarrado e amordaçado, o magro suplicava por socorro, mas, fingindo não perceber, eles continuaram a caminhar sob os protestos do homem que em seu silêncio forçado os estava xingando muito. Mas muito mesmo.


FIM
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MensagemAssunto: Re: [Missão - Rank C] Destruindo Pontes   [Missão - Rank C] Destruindo Pontes Icon_minitimeSeg 13 Jan 2014 - 15:40

Avaliação de Hiroshi Daisuke:

HN:
Ninjutsu: 13+0,25=13,25
Taijutsu: 29,75+1=30,75
Kenjutsu: 13,75+1=14,75
Genjutsu: 1,5+0,25=1,75
Selos: 7,75+0,25=8
Trabalho de Equipa: 1

HC:
Força: 24+1=25
Agilidade: 24+1,25=25,25
Controlo de Chakra: 24,5+1=25,5
Raciocínio: 6
Constituição: 25,5+1=26,5

Total avaliado: 7/7
Total de Habs.: 170,75+7=177,75

Comentários: Boa missão. Lamentavelmente, deixei-a meio, mas compenso-te agora com a rápida avaliação ^^.
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MensagemAssunto: Re: [Missão - Rank C] Destruindo Pontes   [Missão - Rank C] Destruindo Pontes Icon_minitime

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[Missão - Rank C] Destruindo Pontes
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