[Filler 14 - Saga Pupilo] Midori

Assunto: [Filler 14 - Saga Pupilo] Midori Qui 24 Jul 2014 - 0:08

Midori

- Bem-vindo a Cha no Kuni. São 155 ryous por favor. - disse o condutor
Saltei da carruagem e atirei uma pequena bolsa. O saco em pele fez as moedas no seu interior chocalharem quando o homem a agarrou num ágil movimento:
- Fique com o troco. - respondi-lhe
Endireitei os óculos de sol escuros e tirei do bolso do casaco a hitaite de Konoha. Sentia-me um pouco mal e nostálgico ao colocá-la na cabeça, mas era algo que eu tinha de fazer. Eu era um foragido de uma das maiores vilas de todo o mundo shinobi e estar ali, no atual centro de encontro entre shinobis das grandes vilas, era estar a atirar-me aos lobos. Quanto mais eu passasse despercebido, melhor. Talvez eu encontrasse algum conhecido por ali. Não...isso seria demasiado coincidência....ou azar. Agarrei na mochila e comecei a caminhar para a pousada onde iria ficar hospedado. Numa vila tão pitoresca quanto aquela, a pousada era difícil de se encontrar, mas as placas expostas em pontos específicos ajudavam. Em meia-hora cheguei ao colorido edifício, meia-hora que podia ser cinco minutos se as placas fossem bem expostas. Empurrei a porta e adentrei na calorosa recepção, dirigindo-me ao balcão num tom azul-pastel. A idosa que se encontrava por detrás do balcão olhava-me com os seus embaçados e redondos óculos com uma extrema graduação. Mesmo que a pensão cheirasse bem, o hálito a tabaco da idosa estragava todo aquele ambiente fofinho. A sua voz rouca e irritante era o que complementava todo aquele cenário deprimente:
- O que deseja? - cuspiu
Tirei os óculos e pousei-os em cima do balcão:
- Há uma reserva em nome de Uchiha Takeshi. Venho fazer o check-in.
Ela olhou-me de alto a baixo:
- Como se chama?
Ergui uma sobrancelha:
- Uchiha Takeshi....
Ela tentou esconder o desprezo que sentia, mal, mas também não queria saber. Abriu um caderno cheio de folhas e post-it's coloridos e passou o dedo ossudo e pálido pelos nomes escritos a tinta da china:
- Não há nenhuma reserva com o nome Uchiha Takesh.
Passei a mão pelo cabelo e repeti:
- Há uma reserva em nome de Uchiha TaKESHI. Venho fazer o check-in. Não é Takesh, é Takeshi!
Ela revirou os olhos e tentou fingir uma surpresa:
- Oh! Aqui está.... Peço desculpa pela confusão.
Ela virou-se e tirou uma chave dourada com uma plaqueta, esticando-a para mim. Agarrei nela e olhei para o número do quarto, 118, escrito nela:
- Agradecido. - disse-lhe secamente
Agarrei nos óculos e caminhei para as escadas. Não estava com paciência para aturar o raio da velha e nem queria saber das pragas que me rogava. Avancei pelo corredor esbranquiçado. Aquilo mais parecia uma casa de bonecas do que uma pensão:
- 114....115....116....117..........118! - exclamei baixinho
Inseri a chave na ranhura e rodei-a, abrindo a porta. Era um quarto não muito pequeno, nem muito grande....era adequado para o seu propósito: dormir. Atirei a bagagem para cima da cama e aproximei-me da janela. A vista que a janela proporcionava da paisagem de Cha no Kuni era magnífica, mas eu não tinha tempo para ficar a ver aquilo, não agora. No extremo norte da vila encontrava a tão movimentada arena. Era uma grande arena, quase tão grande como a de Konoha, mas esta tinha um toque mais....arquitectónico e decorativo ao mesmo tempo. Da janela, era possível ver-se nítidamente o cartaz anunciando o início dos torneios. Fechei as cortinas, colocando o quarto num mar de escuridão. Pus a chave num dos bolsos e saí do quarto, não me atrevendo a olhar para o raio da mulher quando passei pela recepção. Da pensão até à arena eram cerca de quinhentos metros sempre a direito e num escasso espaço de tempo estava frente a frente com a maravilhosa construção. De fora podia-se ouvir os gemidos das batalhas e os aplausos dos insaciáveis espetadores. Entrei na arena e avancei para as filas do meio. Um combate qualquer estava a decorrer e, bem....ele estava a ser muito violento. Um homem jazia no meio da arena, com as suas roupas rasgadas e uma pequena poça de sangue por baixo. Alguns metros à frente, uma jovem lançava um ninjutsu mortal a uma semelhante sua que agarrava um outro homem no pescoço. Não conseguia ver bem quem era, mas o público ao meu lado acabou por identificá-los:
- Ayame está descontrolada! Será que ela vai matar Shirou, como ele fez com o irmão dela? - dizia a mulher
Como assim aquela era Ayame? Eu cresci com ela. Nunca nos demos muito bem e apenas convivíamos em crianças quando a inocência era demasiada e juntávamos-nos em brincadeiras infantis com outros conhecidos e desconhecidos, mas eu conheci-a e aquela não podia ser a Ayame. O jutsu que a sua semelhante lançara atingia a ela e a Shirou, ferozmente. Sangue espirrava dos dois shinobis conforme o ataque de vento dilacerava a carne. Instintivamente levantei-me, agarrando-me ao corrimão que protegia aquele andar. Estava horrorizado com tudo aquilo. A partir dali tudo passou muito rápido e no fim, Ayame desmaiara e fora levada para casa, juntamente com o seu irmão. De Shirou não sabia o que lhe tinham feito, mas também não estava minimamente interessado. Não sei se devia ir visitar a konohanin ou ficar no meu canto. Ora mal não ia fazer. Saí apressadamente da arena e dirigi-me a uma pequena banca de florista que vira na chegada à arena:
- Kon'nichiwa, hanaya-san. Pode me fazer um pequeno arranjo de rosas amarelas, por favor? E se tiver aqueles cartões com frases para certas ocasiões, pode colocar um de melhoras, por favor?
- Hai, hai! - disse a senhora sorrindo
Em pouco tempo tinha na mão um arranjo de belas rosas amarelas com um cartão branco com a frase "Rápidas melhoras". Pedi emprestada uma caneta e assinei o cartão. Ainda pensei em deixar uma pequena mensagem, mas queria que a memória dela fizesse o resto do trabalho:
- Obrigado...
Entreguei a caneta e tentei saber para onde era a residência de Ayame em Cha no Kuni. Depois de fazer as perguntas certas ás pessoas certas, descobri que ela estava na residência dos Sakuragi. Segui as indicações que me deram e não foi muito difícil encontrar a tão vistosa e maravilhosa mansão dos Sakuragi. Toquei à campainha e passado um pouco, um mordomo abriu a porta:
- Boa tarde, o que deseja da mansão Sakuragi?
Limpei a voz e respondi:
- Sou Uchiha Takeshi e vinha entregar estas flores a Ayame-san. Sou um....amigo....de infância e assisti ao duelo e queria vir desejar-lhe...
Mas fui interrompido pelo mordomo de nariz empinado:
- A senhorita Ayame não está disponível para receber visitas. Entregue-me as flores e não se preocupe que as mesmas serão-lhe entregues.
Não havia nada que eu pudesse fazer e não queria força a entrada:
- Hai, gomenasai...
Dei-lhe as flores e fechou-me a porta na cara. Fiquei desiludido por ter um obstáculo destes para recuperar uma antiga amizade, mas novas oportunidades surgirão. Agora tinha mais coisas a tratar:
- Hora de encontrar o Katsu...

Assunto: Re: [Filler 14 - Saga Pupilo] Midori Qui 24 Jul 2014 - 16:12

Rich escreveu:: - Kon'nichiwa, hanaya-san. Pode me fazer um pequeno arranjo de rosas amarelas, por favor? E se tiver aqueles cartões com frases para certas ocasiões, pode colocar um de melhoras, por favor?

Citação :: - Hai, hai! - disse a senhora sorrindo
Em pouco tempo tinha na mão um arranjo de belas rosas vermelhas com um cartão branco com a frase "Rápidas melhoras".

Porra, as floristas de Cha no Kuni não são lá muito profissionais. Então o Takeshi pede rosas amarelas e recebe vermelhas? Já sei que se o Katsu quiser rosas que não deve ir a essa florista

.

Então o Takeshi e a Ayame são amigos de infância? Aposto que nem a Ayame sabia ahah! Brincadeiras à parte, desta não estava à espera. Parece que de repente a personagem da Shibi Shibs está a ficar muito popular, toda a gente quer dar-se com ela! Mas o Takeshi desistiu logo das mamas e quer voltar para o corpo nu do Katsu. Vamos ver onde é que ele anda P: .

Continua ^^

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