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E o ciclo da vida repete-se! As pacíficas vilas voltam a unir-se para combater um mal em comum. Vem conhecer o melhor e mais antigo role play de Naruto, totalmente em português.
 
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 Missão rank D - De volta a academia

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Tio Tsu

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MensagemAssunto: Missão rank D - De volta a academia   Missão rank D - De volta a academia Icon_minitimeSáb 25 Out 2014 - 13:55

Titulo da missão: De volta a academia
Descrição: Os professores requisitaram gennins para ajudar os estudantes da academia com mais dificuldades. O vosso objetivo é simplesmente ensinar as crianças o que é ser um verdadeiro ninja!
Recompensa: 300 ryos + 1 Scroll de Novo Jutsu + 1 Ponto de Cumprimento
Número de Ninjas: 2 a 3 ninjas
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MensagemAssunto: Re: Missão rank D - De volta a academia   Missão rank D - De volta a academia Icon_minitimeSáb 25 Out 2014 - 13:58

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MensagemAssunto: Re: Missão rank D - De volta a academia   Missão rank D - De volta a academia Icon_minitimeSáb 25 Out 2014 - 14:52

Também vou nesta xd
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MensagemAssunto: Re: Missão rank D - De volta a academia   Missão rank D - De volta a academia Icon_minitimeSáb 25 Out 2014 - 19:03

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MensagemAssunto: Re: Missão rank D - De volta a academia   Missão rank D - De volta a academia Icon_minitimeSáb 25 Out 2014 - 19:16

Podem começar. Ordem de postagem é a seguinte:

-Rich
-Tsu
-Filipe
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Tio Tsu

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MensagemAssunto: Re: Missão rank D - De volta a academia   Missão rank D - De volta a academia Icon_minitimeSáb 25 Out 2014 - 21:58

O sol reluzia tenuemente, escondido por entre algumas nuvens que tentavam, em vão, cobrir todo o seu esplendor. Era mais um belo dia de verão, embora um pouco mais friorento que o habitual, o que impedia as pessoas de Iwagakure no Sato de permanecerem nas suas casas. As pontes pétreas e os centros da vila por elas conectados estavam repletos de diversas pessoas, ocupadas nos seus afazeres mundanos.
Por entre tanta confusão, Sokei tentava não se destacar, fosse por que razão fosse. Cobria toda a sua boca com o cachecol azulado, dado pelo seu pai antes de partir de Kusagakure, e observava o comportamento das pessoas, analisando tudo o que conseguia com o Kashikogan. Achava tanto movimento fascinante (talvez por não estar tão habituada ao ter nascido num país de menor de dimensões). Encostada a um dos corrimões da ponte, com ambos os braços pousados sobre o cilíndrico ferro, a adolescente observava distraidamente um casal em discussão num terraço a alguns metros abaixo de si. A discussão estava acesa e a ser ganha pelos argumentos pouco lógicos e voz esganiçada da rapariga que levava o rapaz a retrair-se e a entrar num modo de submissão. A Fukeru estava deveras fascinada com o facto do rapaz se deixar levar tanto pela conversa da sua namorada, distraindo-se do seu real propósito. Quando, por um breve desviar de olhos, reparou nas horas apresentadas num relógio rústico de consideráveis dimensões colocado na parede que conduzia à saída do terraço onde estava o casal, Sokei sobressaltou-se-se.
Desviando-se agilmente de todos os transeuntes com rápidos saltos e trocas de velocidade, correu toda à ponte que conectava um dos centros da vila e o palácio da Tsuchikage. Acordara cedo porque fora convocada para uma missão, a sua primeira em Iwagakure, e queria ser das primeiras a chegar para poder analisar os membros da equipa que a iriam ajudar e perceber se eles seriam úteis ou não para a tarefa em questão. No entanto, ao chegar onde estava há momentos atrás, distraiu-se com a gritaria de dois adolescentes e, quando olhou, acabou por contemplar a discussão deles. Felizmente, só estava atrasada uns minutos. E nada arrependida.
Foi paciente quando teve de se apresentar aos ninjas responsáveis pela segurança do palácio, apresentando-se e recebendo um certo escárnio por ser uma ninja estrangeira a tentar comparecer numa reunião com a líder deles. Sokei achou tais precauções perfeitamente naturais, entretendo-se a observar as atitudes dos dois Jounin e suas habilidades. Quando finalmente conseguiu passar por essa barreira, apressou-se a subir os incontáveis degraus que levavam ao escritório da Tsuchikage. Bateu à porta calmamente e esperou pela permissão para entrar. Quando foi concedida, abriu-a e entrou.
No escritório, a primeira coisa que reparou foram as três pessoas envoltos da secretária, que parecia ser o centro de atenção. Por detrás de algumas pilhas de papéis pousadas atabalhoadamente sobre a secretária encontrava-se uma mulher com cabelo curto e preto e um sorriso forçado dirigido a Sokei: a Tsuchikage Kurotsuchi. À sua frente, separados pela mesa, estavam dois adolescentes (embora um aparentasse ser uma criança). Os dois viraram-se para trás quando a porta se abriu e encararam a Fukeru com curiosidade, que lhes foi devolvida com um Kashikogan observador.
À direita, uma rapariga de cabelos castanhos como avelãs apressou-se a fazer uma vénia, algo atrapalhada, como forma de cumprimento. Quando se ergueu, Sokei reparou nos seus olhos castanhos que complementavam com o cabelo. No entanto, depressa a sua atenção desviou-se para o seu corpo, olhando-o rapidamente com o seu Doujutsu. A morena vestia-se com um longo robe rosa, sem mangas, que descia até os seus joelhos. As pernas eram cobertas com meias elásticas e calças-de-rede, roupa confortável para uma kunoichi. Nem o facto de haver duas bolsas ninjas, uma em cada coxa da rapariga, passou despercebido a Sokei.
- Alta e algo magra; não aparenta dedicar-se muito a treinar para situações mais físicas, além de que os seus músculos e consequentes movimentos não demonstram a sincronização de alguém habituado a treinar com armas. E o facto de ter duas bolsas para armamento ninja nos seus lados direito e esquerdo comprovavam a sua inexperiência com armas por não ter nenhum braço favorito ou melhor que o outro; o que apenas comprova a minha teoria. Presumo que se especialize nas outras duas áreas: Ninjutsu e Genjutsu. – Relatou a Fukeru mentalmente, observando agora as atitudes dela.
- Hayashi Miyuki! – Apresentou-se forçosamente, como se se obrigasse a fazê-lo, tentando sorrir o máximo que a sua timidez lhe permitia – Prazer…
- Acanhada; nota-se que não está acostumada, ou que evita, interações com outras pessoas. Esta sua gentileza leva-me automaticamente a concluir que é uma pessoa pacífica em combate e que não explora todo o seu potencial. Nota-se que, tal como eu, não é uma kunoichi nascida em Iwa devido a essa sua personalidade tão passiva. Não é muito interessante… - Desapontou-se, olhando de seguida para o rapazola à beira de Miyuki que lhe deveu o olhar.
Enquanto Miyuki se atrapalhava toda por ter sido ignorada e se perguntava se tinha feito algo de errado ao apresentar-se, o rapaz loiro e a adolescente de cabelos brancos fitavam-se por alguns segundos que, para os dois, pareciam longos minutos.
- Calmo e sério, consequentemente mais complicado de se avaliar. Um rapaz de altura quase igual à minha ou à de Myuki Hayashi, que é a mais alta de nós os três, depressa me faz concluir que ele está longe de ter a nossa idade. Não obstante, o seu corpo apresenta mais desenvolvimento e habilidade do que os nossos. Certamente muito mais interessante que aquela rapariga além… - A Fukeru lançou-lhe um sorriso pouco alegre, numa tentativa de criar alguma espécie de conexão, que foi devolvido com igual empatia pelo pequeno rapaz.
Aparentemente apresentados, embora Miyuki continuasse acanhada por se ter apresentado aos seus dois companheiros de equipa e nenhum deles lhes ter dito os seus nomes, a Tsuchikage soltou uma leve risada.
- Admito que tentei ficar irritada contigo, Sokei. Não te esqueças de que ser pontual para os nossos compromissos é um dever como cidadã, por muito ninja que sejas! – Reclamou, com um tom mais simpático do que era esperado de uma pessoa com tanto estatuto como ela. Sobre o silêncio da Fukeru, que na verdade nem estava a ouvir o que Kurotsuchi falava por estar entretida a olhar para os títulos das capas de uns livros numa estante distante, continuou – Mas o meu avô avisou-me da vossa excentricidade. É algo que vou ter de aprender a lidar com!
Instalou-se um momento de silêncio em que todos esperavam pela resposta da kunoichi oriunda de Kusagakure à provocação da Tsuchikage. Sokei estava tão abstraída a absorver os títulos dos livros da estante, memorizando-os para que mais tarde procurasse lê-los, que demorou um pouco a aperceber-se do repentino silêncio. Olhou à sua volta, confusa por não estar a perceber nada.
- Já podemos ir? – Perguntou com toda a inocência que conseguia meter na sua voz.
Kurotsuchi e o rapaz loiro suspiraram enquanto Miyuki limitou-se a rir nervosamente, por não saber como reagir antes as atitudes aluadas da sua companheira de equipa. A Kage tossiu, para tentar recompor o discurso, e pegou num papel entre a montanha de muitos outros na sua secretária.
- Não me vou enrolar muito sobre a vossa missão. É simples: hoje haverá uma turma que não terá professor, por razões que não necessitam de explicação, então decidi incumbir vocês os três de tomarem conta dela. Não é nada de mais, expliquem um pouco como têm sido as vossas emocionantes jornadas como ninjas, exibam-se um pouco e outras coisas. Sejam originais e entretenham-nos até termos alguém para lhes dar aulas. Perceberam a missão?
Miyuki foi a primeira a acenar afirmativamente com a cabeça. Sokei reparou que esta missão também era, provavelmente, a primeira dela, devido à pilha de nervos em que se encontrava apenas por realizar uma tarefa simples como tomar conta de uma data de miúdos. O rapaz loiro, por sua vez, manteve-se calmo e demonstrou ter entendido perfeitamente o objetivo, sorrindo e afirmando, com toda a convicção, que seria algo fácil. Quando a Tsuchikage se preparou para os mandar embora, a Fukeru deu um passo em frente.
- Kurotsuchi-sama, primeiro quero perguntar uma coisa. - Anunciou, continuando de seguida sem esperar para ter permissão - Devo assumir que a falta de professores na Academia se deve à invulgar movimentação que hoje há em Iwagakure? Presumo que a senhora ordenou aos Chuunin encarregues de ensinar as turmas para controlarem a movimentação nas pontes que conectam os diferentes centros da vila. No entanto, não julgou que essa tarefa de controlo seria tão demorada, pelo que está a ordenar equipas de Genin a ocuparem os tempos livres das crianças. Estou certa? – Sobre o silêncio da líder de Iwa, Sokei assumiu que podia continuar - E pelo que vi, as pontes apenas vão ficar mais e mais ocupadas. Portanto, vou assumir que os Chuunin ainda vão demorar a poder voltar às suas respetivas tarefas. Quanto tempo vamos ter de ficar a entreter as crianças? Eu diria horas; com azar, muitas horas. É esse o seu plano, Tsuchikage-sama?
A mulher suspirou. Dedilhou na superfície da secretária com uma certa impaciência e então levantou a cabeça para fitar intensamente Sokei.
- Ainda não foram?!
Percebendo que havia irritado a Kage, Miyuki e o rapaz loiro apressaram-se a agarrar a sua companheira pelos ombros, arrastando-a para fora da visão da líder antes que algo fosse atirado com intuito de magoar seriamente. Fora do escritório, entreolharam-se, como se se tratassem de animais desconhecidos à espera que o outro fizesse o seu primeiro movimento.
- Não podias ser mais chata, Fukeru. – Falou o rapaz loiro, numa tentativa invulgar de cortar o silêncio, captando a atenção de Sokei.
Os dois voltaram a fitar-se por algum tempo, levando Miyuki a colocar-se entre eles por pensar que algo mais grave podia acontecer. Tinha medo que a sua primeira missão pudesse ser prejudicada pelo desentendimento dos seus dois colegas. No entanto, surpreendeu-se.
- Este pensamento não me têm saído da cabeça. Tu és muito mais novo que nós as duas e, no entanto, aqui estás tu a realizar missões connosco. Será porque és seres muito bom para a tua idade ou por nós sermos fracas para a nossa? – Perguntou Sokei com um tom verdadeiramente curioso, colocando os dedos debaixo do queixo, numa autêntica imagem pensativa, enquanto contemplava o loiro.
- Eu sou mais forte, com certeza. – Respondeu o pequeno com bastante convicção, soltando um inesperado sorriso. Parecia satisfeito com a espécie de elogio que Sokei lhe havia dirigido.
- Aí está a fraqueza dele: elogios. – Percebeu a Fukeru, deliciando-se por ter descoberto mais sobre o comportamento daquela criança tão interessante – Agora devo parar de distrair-me com estas coisas e concentrar-me na missão.
- Chamo-me Kenichi Okamoto. Já sei o teu apelido, mas não o teu nome. Como te chamas? – Apresentou-se, muito mais sociável do que há pouco, esticando a sua mão.
- Sokei. – Respondeu a Fukeru sucintamente, apertando a mão do rapaz.
Miyuki continuava entre os dois, mas sentia-se completamente ignorada. A Fukeru e o Okamoto pareciam estar a divertir-se muito ao conhecer-se um ao outro, ignorando involuntariamente a pobre Hayashi que não sabia como superar a sua timidez para juntar-se à conversa deles.
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MensagemAssunto: Re: Missão rank D - De volta a academia   Missão rank D - De volta a academia Icon_minitimeDom 26 Out 2014 - 1:33

Bem, o Tsu disse-me para ignorar a ordem de postagem e postar eu em vez do Rich, portanto cá vai:

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Enquanto os três shinobis se encaminhavam para fora do edifício, Kenichi reparou na lingauagem corporal de Myuki, que apenas caminhava cabisbaixa e calada, parecendo embaraçada pela conversa que ele e Sokei estavam a ter ao se conhecer.

-Hey, Myuki certo? - Disse Kenichi atrasando o passo para poder estar ao mesmo ritmo que a kunoichi - Que se passa? Pareces um pouco em baixo..
-Comigo? N..nada - Respondeu Myuki algo tremida - Apenas estou nervosa por ser a minha primeira missão em Iwagakure.
-Oh, rapariga - Disse Kenichi pondo um braço à volta da rapariga - Vais estar nervosa enquanto estás a tentar impor autoridade num grupo de rapazes e raparigas, pré-pubsecentes e hiper-activos?
-Tu és pré-pubscente, Kenichi! - Afirmou Sokei com frieza.
- Hey, a adolescência começa aos 12 anos, e essa é a minha idade actual! Eu já não sou pré-pubscente! - Disse Kenichi com uma ligeira revolta, mas conseguido soltar um ligeiro sorriso de Myuki.
-Isso são só coisas que um pré-pubescente diria - Retorquiu Sokei sabendo que iria irritar Kenichi ligeiramente - Para além de que a nossa missão é entreter os jovens da academia, porque haveriamos de querer impor autoridade sobre eles?
-Bem, não queremos que eles andem soltos pela sala a causar caos. Ainda trazem a academia abaixo - Disse Myuki, preocupada com a vista de Sokei sobre a missão deles.
-Como é que um grupo de meros estudantes "pré-pubescentes" conseguiria trazer abaixo um edificio inteiro? - Perguntou Sokei tentando acalamar as preocupações de Myuki.
-Bem, com a habilidade correcta até nem é algo difícil de se conseguir - Disse Kenichi com um sorriso ligeiro, lembrando as suas experiencias na academia de Sunagakure.

Os 3 shinobis sairam do edificio do Tsuchikage, de volta para a balburdia que era a actual vida urbana de Iwagakure. Eles viram difícil manter-se juntos no meio de um mar de tanta gente, mas Sokei conseguiu guiar os seus dois companheiros pelo meio de todas as pessoas, incluindo atravessar a ponte que se dirigia directamente para a academia. Quando finalmente se encontrava à porta, depararam-se com a questão de como iriam encarar os jovens.

-O que é que vamos fazer para entreter esta multidão de jovens? - Perguntou Sokei tentando formar um plano para como iriam proceder na academia.
-Hey, eu tenho uma ideia - Disse Myuki sacando de uma folha de papel do seu bolso - Podia ensinar-lhes como fazer origamis! É a minha especialidade. Até consigo fazer Shurikens de papel! - Continuou a kunoichi com um ligeiro entusiasmo.
-Eu consigo fazer algo semelhante - Disse Kenichi fazendo dois selos, invocando algum barro das suas pulseiras - Eu consigo moldar barro em vários animais e animá-los praticamente trazendo-os à vida - Continuou ele demonstrando a sua habilidade ao engolir o barro com a boca que tinha na palma da sua mão direita, de seguida moldando um pequeno pássaro e soltando-o, para que este voasse por cima dos 3 shinobis - E como habilidade acrescentada.. Katsu! - Proferiu o shinobi fazendo com que o seu pequeno pássaro arrebenta-se no meio do ar, causando uma pequena explosão.
-Isso é uma habilidade, algo... peculiar - Disse Myuki algo nervosa, novamente.
-Sim, é algo a que as pessoas se dificultam a habituar - Respondeu Kenichi, com uma voz ligeiramente mais triste, olhando para o par de bocas extra que tinha nas palmas das suas mãos.
-Bem - Interviu Sokei - Eu não estou peculiarmente entusiasmada com o facto de estarmos a levar itens com potencial letal para uma sala cheia de jovens, mas acho que consegui pensar em algo com possamos entrete-los.

Os 3 shinobis entraram na sala de aula e depararam-se com cerca de 3 jovens, entre os lugares dos alunos e a zona do professor, a provocar uma zaragata entre eles, enquanto os outros cerca de 10 alunos observavam e torciam por eles. 

-Meus jovens vão já para os vossos lugares, isto não é um sítio para estarem à luta uns com os outros - Comandou Sokei, com voz autoritária, fazendo com que Myuki ficasse nervosa outra vez, com medo que os jovens não obedecessem, embora eles o tenham feito.
-Ah, parece que estou a ter uma sensação de dejá-vu - Disse Kenichi num tom de gozo, fazendo Myuki soltar uma pequena gargalhada.
-Muito bem jovens - Disse Sokei, enquanto subia as escadas que se situavam entre os lugares dos alunos - Nós hoje vamos tar encarregues de tomar conta de vocês devido a vossa falta de professor.
-E se nós não quisermos obedecer-te madame? - Disse um dos 3 jovens que Sokei tinha mandado para o lugar antes, levantando-se do seu lugar.
-Aí talvez tenhas de te precaver com o meu colega - Disse Sokei apontando para Kenichi - Ele às vezes não consegue controlar as suas bocas.

O jovem olhou para Kenichi confuso, e este retirbuiu acenando de volta para ele, fazendo questão de evidenciar a boca extra que tinha na sua palma da mão. O estudante, visivelmente intimidado com a peculiar característica física de Kenichi, voltou a sentar-se. Sokei continuou a subir as escadas até chegar ao topo e voltou-se, fixando o olhar em Kenichi e Myuki, mas falando para os jovens: 

-Bem, vamos começar a aula!
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Rich

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MensagemAssunto: Re: Missão rank D - De volta a academia   Missão rank D - De volta a academia Icon_minitimeDom 26 Out 2014 - 14:18

- É preciso ela ser tão rígida com estas crianças? São apenas estudantes... Também nós já passámos por uma fase destas. - pensava Myuki, enquanto os olhos passavam por todas as caras na sala - E eu, o que poderei ensinar? Luta? Não, não, eu vou ensinar técnicas de batalha a estes alunos, não sou nenhuma professora para tal. Bem, sempre posso ensinar-lhes origami.
Só após terminar o seu monólogo mental é que a Iwanin percebeu que Sokei já tinha iniciado uma explicação detalhada sobre uma guerra qualquer algures pelo país da Água.
- Aquela rapariga é estranha...Deve ter um Q.I extremamente elevado, de certeza. Ou isso, ou é mesmo inteligente. - reparava Myuki, enquanto Sokei continuava a sua tão minuciosa explicação, embebecida por poder partilhar o seu conhecimento com aquela turma. Por algum motivo, Myuki espreitou por cima do ombro, tendo um vislumbre de um Kenichi a preparar duas pequenas esferas de barro.
-Dali, de certeza, não vem coisa boa. Tenho de tirar as crianças o mais rápido possível daqui!
- ...E foi assim que se mataram, sem dó nem piedade, doze mil, trezentos e setenta e cinco pessoas, das quais mil e dez eram crianças com idades compreendidas dos 0 aos 7. Agora passemos para... - falava a Sokei
- Origami! - interrompeu Myuki. Ao ver as atenções agora centradas em si, sentiu a sua cara a ferver e, possivelmente, tão vermelha como um tomate - Q-quer dizer: Vou agora ensinar-vos o-origami. - sorriu nervosamente. A turma voltou ás suas posições iniciais nas suas mesas, retirando, cada um, uma folha branca dos seus cadernos:
- Vou-vos ensinar a fazer shurikens de papel... - concentrou uma pequena parcela de chakra na sua mão direita, esticada para a turma, e uma folha de papel formou-se. Tão rápido ela apareceu como se modificou, transformando-se numa shuriken perfeita, que levitava a escassos centímetros da palma da sua mão - Esta shuriken é tão resistente como uma feita de metal... - e sem aviso prévio, a shuriken rasgou o ar na direção na parede ao fundo da sala, cravando-se nela com um batuque seco, porém audível -...mas não vos posso ensinar isso, por isso, vamos começar com o básico. Comecemos por cortar a folha A4 num quadrado... - e esperou toda a turma recortar um quadrado quase perfeito - Depois dobramos o quadrado ao meio....Agora dobramos aqui....E aqui....Encaixamos esta peça nesta...Viramos e dobramos mais uma vez e....uma shuriken totalmente feita de papel. - disse erguendo uma nova shuriken perfeita para toda a turma ver. Grande parte ela festejou ao ver a sua shuriken quase tão bem feita como a da sua mentora, mas também haviam outros tristes e irritados por não terem conseguido tal feito. Quando Myuki ia começar a explicar uma nova peça, Kenichi impôs-se:
- Ora bem, agora é a minha vez! - saltando da cadeira onde estava anteriormente sentado. As duas bocas nas duas mãos estavam fechadas, mastigando qualquer coisa - Quero apresentar-vos C........0! - gritou entusiasmado. As bocas abriram-se de repente e lançaram algumas esferas pequenas.
- Aquilo....Aquilo....Aquilo são bombas?!
Os olhos de Sokei analisavam cada esfera rapidamente, e tão rápido analisava como organizava um plano para retirá-las dali. Os seus dedos acariciavam o seu queixo enquanto pensava, tão abstraída ao perigo eminente. Myuki não pensou, lançando chakra às shurikens criadas pelos alunos, fazendo-as levitar para, de seguida, lançá-las ás esferas C0. Sokei, finalmente, se deu à decência de intervir. Fechou as duas mãos e esperou, olhando bem para as esferas e para as shurikens:
- Daqui a 0.842 milésimos de segundo, as esferas estarão alinhadas num ângulo 0º, com margem de erro de cerca de 0,154741º, por isso... - raciocinava a Sokei - ...é agora.. - abriu as mãos e lançou dois projéteis de puro chakra concentrado. Numa imensa confusão de papel, chakra e barro explosivo, tudo isso ao mesmo tempo, o barro explodiu, para medo dos presentes, porém C0 eram apenas bombas de fumo, sem nenhum mal que pudesse ferir alguma criança. Kenichi ria-se como um louco, enquanto Myuki olhava perplexa para ele. Sokei continuava fria e calculista, analisando cuidadosamente e minuciosamente cada aluno daquela sala:
- Estás doido? - perguntou a tímida Iwanin ao bomba-humana.
- Calma, está tudo bem. - disse-lhe num tom jucoso. Levantou-se novamente e invocou barro das suas pulseiras - Agora EU vou-vos ensinar a moldar barro. Como puderam ver, o meu barro tem características....únicas, o que o torna uma verdadeira arma mortal se não for utilizado com cuidado. Com este barro eu posso moldar qualquer tipo de animal e.... - explicou enquanto moldava um gato à escala real - ...posso animá-lo! - e o gato saltou, para espanto dos alunos. No meio daquela alegria toda, um rapaz levou a mão, esperando a atenção de Kenichi. Quando dada a autorização para falar, perguntou:
- Ele explode? - disse com toda a sua incoência
- Sim, explode, mas não posso fazer isso aqui. Para além de correrem o risco de se magoarem gravemente, não tenho autorização para tal.
Myuki olhou para a atenta Sokei, que nunca parava de analisar todos os presentes ou as habilidades que os seus colegas de missão demonstravam às crianças, sem expressar uma única palavra:
- Muito bem, QUEM QUER VIR REBENTAR BARRO!? - anunciou Kenichi
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MensagemAssunto: Re: Missão rank D - De volta a academia   Missão rank D - De volta a academia Icon_minitimeDom 26 Out 2014 - 19:55

-Muito bem crianças - Disse Kenichi para os alunos em geral - Venham ter comigo aqui à frente e venham buscar barro para vocês moldarem o vosso animal favorito! - Continuou o shinobi visivelmente entusiasmado.

As várias crianças começaram-se a levantar-se dos seus lugares ordeiramente e a dirigirem-se em direcção a Kenichi, fazendo uma fila indiana à frente da cadeira onde este estava sentado. Sokei seguiu os aprendizes de shinobi e posicionou-se ao lado de Myuki, vendo de lado as acções de Kenichi.
Quando o primeiro estudante se posicionou à frente do shinobi, este fez 2 selos, invocando uma pequena bola de barro da sua pulseira, que de seguida foi engolida pela boca da sua palma direita. A sua boca devolveu de volta a bola, que fisicamente parecia igual, ao jovem à sua frente e este voltou ao seu lugar. Kenichi continuou esta acção com cada aluno que se chegava à frente a ele: Fazia os selos, engolia a bola de barro com a boca da sua palma da mão, infundido chakra nela e devolvia a bola depois aos alunos que olhavam para o shinobi a repetir esta acção, ora curiosos, ora entusiasmados. Kenichi repetiu esta acção cerca de 15 vezes, e, quando todos os alunos já estavam sentados nos seus lugares, o shinobi entuou em voz alta para eles:

-Agora moldem o vosso animal preferido e digam-me quando estiverem todos prontos - Ele disse com um sorriso na sua cara.
-Ainda me tens de explicar como é que essa tua habilidade funciona - Inquiriu Sokei, aproximando-se de Kenichi, seguida por Myuki.
-Como assim? O que queres saber? - Perguntou Kenichi intrigado.
-Como é que fazes um simples bocado de barro explodir assim? - Retorquiu ela, sentindo Myuki inclinar a sua cabeça para perto deles para poder ouvir melhor a conversa.
-É fácil, concentrando chakra usando as bocas que tenho nas minhas mãos - Respondeu o shinobi com um ligeiro sorriso na sua face.
-Sim, mas a questão aqui é que, segundo aquilo que eu sei, mais ninguém no mundo possui essa distinta característica física - Respondeu a kunoichi pressionando Kenichi
-Isso já é uma longa história - Disse Kenichi baixando o tom de voz e olhando para as suas mãos - Uma que prefiro não contar agora...
-Já estamos prontos senhor Kenichi! - Disse uma pequena rapariga levantando a sua escultura: uma borboleta.
-Ok, então - Disse Kenichi um pouco atrapalhado por ter sido chamado de senhor - Vamos lá fazer fogo de artifício!
-Kenichi.. - Sussurrou Sokei ao ouvido dele - Não estás à espera de arrebentar com aquilo tudo cá dentro pois não?
-Hum, não tinha pensado bem nisso realmente - Disse Kenichi realizando-se do seu erro.
-Envia os animais lá para fora e arrebenta-os lá fora - Disse Sokei - Eu tenho uma ideia

Kenichi concentrou o seu chakra e fez com todas as esculturas se começassem a movimentar em direcção à porta por onde ele e as suas companheiras tinham entrado. Ao mudar o seu olhar para a direcção da porta, Kenichi viu Sokei no seu campo de visão fazendo uns selos e concentrado chakra. À primeira vista o shinobi não viu nenhuma alteracção nas criações dos estudantes, mas ao olhar para eles, Kenichi reparou que estavam todos a olhar para a parte de tecto directamente a cima dele. Quando as criações estavam todos finalmente na rua, Sokei fez sinal a Kenichi e este, concentrado mais o seu chakra, fez com que as criações de barro explodissem no patio da academia. Embora o barulho tivesse vindo todo da rua, os estudantes da academia ficaram a olhar admirados para o tecto da academia, fazendo ainda com que alguns se levantassem e batessem palmas.

-Hey, tive uma ideia - Disse Myuki no meio do alarido provocado pelos alunos - E que tal se a seguir fossemos lá fora, ao recreio deles?
-Não me parece uma má ideia - Concordou Sokei, virando-se de seguida para os alunos - Muito bem meninos, de seguida vamos todos lá para fora! Por favor sigam a minhha colega Myuki!
-Tu tens de me dizer como fizeste aquilo - Inquiriu Kenichi a Sokei, tentando fazer-se ouvir por cima do barulho das passadas dos estudantes.
-É fácil! Genjustu, Kenichi! - Disse Sokei com um pequeno sorriso - Usei o meu Sushii no Genjutsu para fazer parecer que as criações de barro estavam num lado, quando na verdade estavam noutro.
-Quero ver a maneira como fizeste parecer que animais terrestres voavam! - Disse Kenichi num tom irónico, enquanto Sokei seguia Myuki e os estudantes.

Ao começar a andar para a rua, Kenichi viu no canto do seu olho uma menina ainda sentada no seu lugar, com lágrimas a correrem-lhe pelos olhos. Era a menina que tinha criado uma borboleta.

-Hey, que se passa querida? - Perguntou Kenichi, como uma voz doce, ajoelhando-se em frente à rapariga.
-A minha borboleta explodiu - Sussurrou a rapariga entre soluços.
-Gostavas muito da borboleta era? - Voltou ele a perguntar com um pequeno sorriso de compaixão.
-Hmmhmm - Murmurou a jovem abanando a sua cabeça.

Kenichi então fez dois selos e invocou uma pequena bola de barro da sua pulseira, moldando-a depois numa forma de borboleta.

-Aqui tens - Disse o shinobi apresentando a borboleta de mãos abertas para a jovem - Uma borboleta nova, não explosiva
-Obrigado senhor Kenichi - Disse a jovem com um largo sorriso, tirando a borboleta das mãos de um Kenichi visivelmente corado.
-E agora vamos lá para fora, ter com os outros?
-Sim, vamos! - Disse a rapariga levantando-se a passo acelerado em direcção à porta.
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Tio Tsu

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MensagemAssunto: Re: Missão rank D - De volta a academia   Missão rank D - De volta a academia Icon_minitimeTer 28 Out 2014 - 18:54

As crianças correram animadamente pelos corredores da academia, ignorando os fracos pedidos de Miyuki para irem com mais calma. Sokei notou a ausência de Kenichi e de uma das alunas, pois decorara o número de alunos da turma, e ficou para trás, acompanhando a sua parceira de equipa num passo lento, pronta para ajudar o seu outro colega caso fosse necessário.
As crianças deliciaram-se com gritos de felicidade quando chegaram a um dos recreios de academia, os restantes ocupados por outras turmas com os respetivos substitutos dos professores, correndo desenfreadamente para ocuparem os seus lugares nos múltiplos baloiços de diferentes cores, feitios e formas. Infelizmente, não havia suficiente para todas, pelo que rapidamente se geraram pequenas alianças para partilharem ou brigas infantis para verem quem é que ficava com o quê. Miyuki apressou-se a tentar resolver as brigas das crianças, separando-as ou dando-lhes conselhos sobre como deveriam resolver as divergências. Dificilmente era ouvida. Por sua vez, a Fukeru limitou-se a sentar-se num dos bancos virados para todo o recreio, quedando-se a observar o que acontecia com a sua habitual perspicácia.
Minutos depois, observou que da academia saiu Kenichi de mão dada com a aluna que faltava. Caminhavam os dois a sorrir: a criança feliz com a borboleta de barro que trazia nas mãos e o Genin com um imenso orgulho estampado na cara. No entanto, notava-se uma certa irritação nos olhos da miúda, facilmente oculto a qualquer olhar menos de um Kashikogan, que a pequena tentava ocasionalmente coçar. Sokei preferiu ignorar o assunto.
Largaram as mãos um do outro e o Genin deixou que a criança fosse a correr para se juntar ao resto dos seus amigos que já estavam a brincar. Vendo Sokei sozinha no banco, atenta aos miúdos, Kenichi decidiu juntar-se a ela. Sem esboçar nenhuma palavra, sentou-se à beira dela e suspirou. Sentiu-se incomodado pelo facto da Fukeru não ter esboçado qualquer tipo de reação ante a aproximação dele, estranhando a atenção tão focada que ela dava ao recreio. Momentos depois chegou Miyuki, exaurida após finalmente ter conseguido acalmar os ânimos dos mais pequenos, juntando-se à restante equipa que descansava no banco.
- Trabalho divertido, não é? – Perguntou Kenichi com certa animação, tentando afastar-se da concentração sepulcral ao redor de Sokei.
A morena suspirou, sentando-se à beira do rapaz, ficando ele no meio das duas adolescentes, e encostou-se ao banco. Esticou o corpo o máximo que podia e então finalmente se deu ao prazer de descansar.
- Eles são uns fofos… – Foi a única coisa que conseguiu dizer como resposta, fechando seguidamente os olhos e entrando num estado de aparente dormência.
O Genin loiro bufou. Uma queria dormir e a outra parecia aquelas crianças novas que ficavam horas frente à televisão sem sequer piscar os olhos. Estava aborrecido e queria distrair-se, pelo que olhou para o recreio à procura de alguma diversão. As crianças brincavam no escorrega, nos baloiços, naquele peculiar cavalo balouçante e noutras diversões e estavam tão divertidas e animadas que Kenichi chegou ao ponto de as invejar. Uma delas, a pequena a quem fizera a borboleta anteriormente, desceu sorridente pelo escorrega, sempre a segurar o molde de barro entre as mãos com o cuidado para não o estragar, e quis repetir a experiência de seguida. No entanto, quando se virou e tentou subir as escadas, esbarrou contra um rapaz. Acabou por tropeçar e cair de costas no chão, soltando um pequeno gemido de dor, enquanto que o responsável apenas soltou umas gargalhadas. Durante a queda, a borboleta de barro escorregou pelas mãos da sua dona, caindo suavemente sobre a areia do recreio.
- Tem cuidado, Hitoaku… – Falou o rapaz com um tom irónico, olhando para a rapariga debruçada aos seus pés. Tinha corpo de uma criança normal: pequeno, magro, cabelo e olhos castanhos. No entanto, parecia ser algo popular entre as crianças da turma. Os seus olhos castanhos encontraram a borboleta que Hitoaku deixou cair, aproximando-se lentamente dela enquanto a rapariga se ia levantando com alguns gemidos – Ou então ainda és pisada! – E tendo dito isso, pisou propositadamente a borboleta com toda a força que conseguia, esmagando o frágil barro contra os incontáveis grãos de areia, soterrando algumas das suas partes esmagadas. Vendo que o choro era iminente na cara da rapariga, o moreno saiu do cenário com uma pequena risada, juntando-se às crianças que brincavam no baloiço e que nem notaram o sucedido. Atrás deixou uma Hitoaku que não demorou a chorar, juntando-se a ela um pequeno grupo de colegas de turma que se preocuparam com ela e a tentavam acalmar.
Kenichi levantou-se quando testemunhou aquilo, preparado para dois possíveis berros ao rapaz seguidos por palavras carinhosas à pequena para a consolar. Contudo, nada fez quando o braço de Sokei, também ela de pé, estava à sua frente. Ele procurou a cara dela para perceber o que queria, mas os olhos da adolescente continuavam atentos ao recreio.
- Interessante… - Foi a única coisa que disse.
O Okamoto quis reclamar, já que não achava a situação nada interessante, mas não foi a tempo de o fazer. A adolescente de cabelos brancos distanciara-se dele, caminhando calmamente na direção dos baloiços no qual o rapaz de cabelos castanhos brincava com os seus amigos. Queria ser o Genin loiro a julgar o insolente, mas o choro da pequena Hitoaku perturbava-o demais, não demorando a correr na direção dela.
Quando Sokei chegou aos baloiços verdes, viu que o rapaz brincava com três crianças, dois outros rapazes e uma rapariga. Sabia o nome deles, pois também decorara o nome de cada uma das crianças da turma, e podia ver com o Kashikogan que as crianças tinham pouca ou quase nenhuma experiência nas artes ninja. Queria que o rapaz percebesse a sua má atitude, já que uma das crianças a chorar era prejudicial para o objetivo da missão, mas não queria magoá-lo, tanto física como psicologicamente. Coçou o queixo enquanto pensava em como resolver a situação. Olhou para trás na esperança de poder encontrar algo que a ajudasse.
Kenichi estava ajoelhado à beira da criança que chorava, rodeado pelas crianças curiosas ou preocupadas, a segredar-lhe palavras carinhosas. Infelizmente, nada parecia surtir efeito enquanto mais e mais choro saía. Com um bocejar, Miyuki apareceu à beira do seu companheiro, olhando confusa para o que estava acontecer, ainda demasiado sonolenta.
- Eu não estou a perceber bem o que se está a passar mas… - Falou, metendo a mão numa das bolsas para retirar um pequeno papel, concentrando chakra nele para o moldar na forma de uma pequena borboleta branca e bem definida com o seu Origami. Depois estendeu-o à frente da criança – Não achas esta mais bonita que as de barro?
O choro cessou por momentos quando as pestanas se levantaram e revelaram uns grandes olhos avermelhados, que fitaram com um brilho único a borboleta de papel à sua frente. Hitoaku agarrou-a, deliciada, e não proferiu uma única palavra. Miyuki sorria para ela com uma enorme doçura.
- Eu acho que o barro é mais bonito… - Resmungou Kenichi para consigo mesmo, invocando barro nas palmas das mãos e focando nele chakra. Como não queria qualquer propriedade explosiva, demorou apenas segundos para conseguir moldar uma segunda borboleta. Depois também a entregou a Hitoaku – Melhor que uma só mesmo duas, não é?
A criança aceitou, cada vez mais feliz, tendo cada borboleta de materiais diferentes nas mãos. O sorriso parecia não querer sair-lhe da cara, que então foi direcionado para os dois Genin por ele responsáveis.
- Obrigada! – Agradeceu, numa voz límpida e extremamente doce, capaz de corar o loiro e a morena que não souberam como reagir a tanta inocência e pureza. As outras crianças então rodearam Hitoaku, tanto para apenas ver as suas duas borboletas como para brincar com elas, afastando-a de Myuki e Kenichi que ficaram a observá-la a afastar-se.
E nessa altura, Sokei arquitetou um plano que poderia funcionar.
Quando o rapaz de cabelos castanho saiu do baloiço para ver o porquê de tanta animação em torno de Hitoaku, algo invejoso por não ser ele o centro das atenções, Sokei aproveitou. Aproximou-se e atirou-se calmamente para cima dele, caindo ambos no chão sem que nenhum se magoasse. Analisando com o Kashikogan, depressa descobriu os pontos mais sensíveis no corpo do rapaz, dedilhando neles para provocar o máximo de cócegas. A criança não resistiu, gargalhando sonoramente.
- Ataque de cócegas! – Avisou a Fukeru depois do dito ataque com um tom forçosamente carinhoso, não cessando a brincadeira por muito que a criança lhe pedisse. Só depois de subtis lágrimas de felicidade surgirem no rosto dele é que decidiu parar, afastando-se, algo ofegante pelos rápidos movimentos exigidos, do moreno deitado na areia, exaurido de tanto se rir. Deixou-o descansar por alguns minutos antes de se aproximar novamente, agora com outras intenções – Divertiste-te?
A criança ainda se riu um pouco antes de se debruçar sobre a areia e olhar divertidamente para a Sokei.
- Sim!
A Fukeru sorriu. Não por compartilhar da felicidade, mas por umas razões mais profundas.
- Então vêm comigo, tenho mais uma coisa divertida para te mostrar. – Pediu, não forçando mais o tom divertido. Levantou-se e afastou-se uns metros das crianças e dos seus companheiros de missão, esperando pacientemente pelo moreno. Este estranhou inicialmente, mas não conseguiu imaginar qualquer problema no pedido. Avisou os seus amigos que ia brincar com a rapariga de cabelos brancos e então aproximou-se novamente dela com um sorriso – Estás preparado?
O rapaz acenou afirmativamente com a cabeça, ansioso para o que quer que fosse que a adolescente lhe estava a preparar. Esta escondeu as mãos por detrás das costas, para aumentar ainda mais a ansiedade e curiosidade da criança, e concentrou chakra nelas. Quando as puxou para a frente apresentou um pequeno cão feito de barro. Uma obra um pouco mal trabalhada, mas aparentemente muito especial para o rapaz moreno, que arregalou os olhos quando a viu.
- Isso não é…
- Teu? Sim. Encontrei-o acidentalmente enquanto fazia cócegas. As mãos escorregam… - Retorquiu Sokei com certa ironia, reparando como o seu plano estava a funcionar. Usar o ataque de cócegas para ganhar a confiança da criança, algo muito simples, e aproveitar para retirar-lhe a figura de barro. A seguir despertar a atenção com o objeto roubado. Só faltava o resto… - Reparei o que fizeste à Hitoaku. Gostei do que vi.
Os olhos dele brilharam, perdendo a sua desconfiança anterior.
- A sério? Eu não gosto mesmo daquela chata! Está sempre a chorar e isso irrita-me muito!
Sokei suspirou. Então era apenas isso? Apenas fizera aquilo porque ela chorava demasiado? Então não o devia ter feito, pois assim não choraria mais… Voltou a suspirar. Mais infantil do que lógico; era de se esperar de uma criança…
A Fukeru agachou-se até conseguir olhar nos olhos da criança. As suas safiras encontraram-se com as inocentes avelãs do moreno, prendendo-as com a sua intensidade. Esticando a palma da mão, deixou que o cão de barro fosse a barreira entre os dois.
- Não devias fazer essas coisas, por muito que não gostes da pessoa. Tenho a certeza que também não gostarias que to fizessem, não é verdade? – E dito isso, esmagou o barro com a sua própria mão, fazendo-o desaparecer como se nunca tivesse lá. A criança chocou com o acontecido, olhando ora para a mão vazia da Sokei, ora para as suas safiras, na procura de uma justificação de ter feito aquilo – Agora não estás feliz, pois não?
O moreno abanou a cabeça.
- Estás com vontade de chorar, tal como a Hitoaku, não é?
Desta vez abanou a cabeça afirmativamente.
- E isso irrita-te?
A criança negou.
- Então, não o voltes repetir. A tristeza que estás agora a sentir é igual à que deste à Hitoaku. Não é boa, pois não?
A criança voltou a negar com a cabeça. Pequenas lágrimas escorriam pelas suas bochechas e molhavam a areia aos seus pés. Sokei suspirou pela infantilidade de toda a situação, mas mesmo assim não a menosprezou. Levou as mãos a um dos relevos do cachecol, que aparecem involuntariamente por ser demasiado grande para os ombros e pescoço pequenos dela, do qual retirou o verdadeiro cão de barro. Mostrou aos olhos lacrimejantes da criança, que soltou um gemido de espanto ao ver a sua figura de volta.
- A anterior era só uma ilusão de uma técnica para perceberes o que eu te queria dizer. Devolvo o teu cão, já que pareces gostar tanto dele. – A criança agarrou no cão, ainda espantada por o ver inteiro e exatamente como o havia feito, levantando a cabeça para fitar Sokei – Promete que não voltas a fazer aquilo.
- Eu… Eu prometo… - Balbuciou, enxugando as lágrimas que teimavam a escorrer, por muito feliz que tivesse no momento, não tirando os olhos da Fukeru.
- Ainda bem. – A adolescente viu-se obrigada a afagar os cabelos da criança, por achar que iria ser algo bom para o momento. – Agora vai ter com a Hitoaku e dá-lhe um grande beijo. As raparigas costumam gostar disso como pedido de desculpa.
A criança acatou com um abanar de cabeça, soltando um inesperado agradecimento. Depois virou costas e correu para ir ter com Hitoaku, gritando pelo seu nome. A rapariga pareceu relutante inicialmente, com medo que fosse perder as suas duas novas borboletas, mas foi surpreendida quando o moreno a beijou na face. Todas as crianças soltaram os seus protestos de repugnância perante tal alto, excluindo Hitoaku e o moreno que ficaram corados.
- Mas… Era para ser na boca… - Murmurou a Fukeru para si mesma, algo desapontada.
Agradados pelos resultados do esforço de Sokei, Kenichi e Miyuki aproximaram-se sorridentes.
- Vou querer saber o que fizeste. Preferia que ele não se aproximasse mais dela e beijos é um exagerado… - Comentou o loiro, colocando ambas as mãos sobre a cintura e observando com satisfação – Eu resolveria de outra maneira…
- Claro que resolverias. Comportamentos infantis resolvem-se de forma infantil por pessoas infantis… - Respondeu a Fukeru, sorrindo ao Okamoto, para sua confusão. De seguida, afastou-se dos dois e aproximou-se das crianças.
- Eu fiz alguma coisa? – Perguntou o loiro para Miyuki, confuso pela resposta da Genin de cabelos brancos. Ela não soube responder, limitando-se a mexer com os ombros timidamente. Kenichi apenas ficou mais confuso.
A Fukeru aproximou-se do grupo de crianças e tossiu levemente, preparando a sua voz.
- Juntem-se todos, por favor! – Gritou, captando a atenção de todas as crianças e até dos seus companheiros de missão, que não sabiam o que viria daí – Não tarda muito para que eu e os meus colegas acabemos o nosso dever aqui! – Sobre o aviso, muitas das crianças soltaram pretextos de desagrado – E por isso, para acabarmos este nosso dia, vamos mostrar-vos algumas das nossas habilidades como ninjas! – O desagrado depressa passou a euforia. Ao ver de Kenichi e Miyuki, as crianças ficaram surpreendentemente animadas com aquela proposta – Eu e a minha equipa vamos lutar um pouco entre nós, para mostrar-vos algumas técnicas e golpes. Quem, no final, conseguir imitar, receberá um pequeno presente!
Todos gritaram de agrado, excetuando Sokei que sorria pela sua pequena ideia e Kenichi e Miyuki que foram apanhados de surpresa. Aos poucos, cada criança foi se sentando por cima da areia, procurando a posição mais confortável para assistirem ao que se seguiria sem problemas. A Fukeru afastou-se dos seus dois companheiros e levantou ambos os braços, cerrando os punhos para dar a clara ideia que iria lutar contra eles, independente das opiniões deles. O Okamoto ainda estava algo surpreso pela ideia, mas depressa aderiu, afastando-se por sua vez de Miyuki para ganhar espaço de ambas as suas oponentes. Apenas a Hayashi é que estava incerta se aquilo seria realmente o melhor a fazer-se.
- Nós não devíamos… Brincar com eles? – Perguntou, tímida como sempre, colocando as mãos por detrás das costas para mostrar a sua passividade ante a súbita decisão da sua companheira.
Num Shunshin, Sokei aproximou-se da sua colega e tentou um chute virado à cara. Miyuki assustou-se pelo súbito ataque, tropeçando atrapalhadamente e caindo de rabo no solo arenoso. As crianças riram-se da queda, pondo a adolescente ainda mais acanhada do que já era. Kenichi aproveitou o momento para carregar chakra nas mãos já munidas de barro, transformando-o em pequenas esferas de C0 que depressa foram arremessadas contra ambas as suas adversárias.
As esferas saltitaram pelo chão até perto das duas adolescentes, explodindo imediatamente para criar uma nuvem de fumo. Miyuki levantou-se entre todo o fumo, pronta para se defender e ainda relutante quanto a atacar. Por sua vez, a Fukeru mantinha-se atenta a todo o seu redor, preparada para qualquer ataque. Não demorou para que as duas começassem a tossir quando respiraram o fumo.
As crianças foram ao rubro. Notava-se que Kenichi tinha uma fã em especial: Hitoaku.
- Ele não pode ter usado o fumo para obstruir o meu Kashikogan se nem sabe que eu o possuo. Usou para nos abrir defesas, inconsciente que isso também obstruiria o meu Doujutsu. A sua vantagem sobre mim será simplesmente o maior poder e diversidade de técnicas. Mas devo ser capaz de dar a volta… - Raciocinou Sokei, preparando-se para um ataque de qualquer lado. Não se ralou muito com Miyuki, pois sabia que ela não tentaria nada.
- Não se preocupem se eu vos ferir muito! No final posso curar-vos! – Provocou o loiro num tom irónico, pensando no que poderia fazer a seguir para se exibir um pouco às crianças.
A provocação foi suficiente para que a Fukeru pudesse localizar o seu adversário pela sua voz. Por muito que o fumo a cobrisse, o Kashikogan não era tudo na bagagem da jovem kunoichi. Realizou alguns selos e deixou que chakra se concentrasse na sua garganta.
- Gostaria de confirmar se as pessoas loiras são mesmo assim tão burras! – Declamou, usufruindo-se do seu Utsusemi no Jutsu para fazer com que o som da sua voz saísse de uma área afastada de si, mas ainda dentro da cobertura da nuvem de fumo. Este Ninjutsu era perfeito para desnortear completamente Kenichi, pois assim ele seguir-se-ia pelo som da voz dela como localização e atacar o lado errado. De seguida era simplesmente ir à área escolhida para o Ninjutsu, esperar que o Kenichi atacasse em vão e de seguida contra-atacar. Simples, porém eficaz.
Concentrando chakra no barro, o Otakomoto atirou mais das esferas C0 para onde lhe parecera ouvir a voz da sua colega. Tinha melhores técnicas para usar e exibir-se às crianças, mas tinha medo de as usar em Genin que lhe pareciam mais fracas que ele. As esferas estouraram e adicionaram ainda mais fumo ao que já existia. Desta vez, as crianças não estavam tão impressionados.
Foi então que, ao mesmo tempo que arremessava as esferas, Sokei apareceu de um Shunshin à sua frente, sobressaltando-o pela inesperada ofensiva. Julgou que se tratasse de um clone, ou até uma ilusão, mas o pontapé no peito seguido por outro nos calcanhares, que o atirou dolorosamente ao solo, eram bem reais.
- Konoha Daisenpū! – Pronunciou a adolescente, observando o seu adversário no chão e com algumas dores, dando um pequeno salto para trás e sorrindo. O plano correra na perfeição.
Embora as dores no corpo o incomodassem, o loiro ergueu-se mesmo assim. Os seus olhos estavam mais sérios que nunca. A Fukeru conseguira enganá-lo e consequentemente magoá-lo; não tinha mais razões para se controlar tanto como estava a fazer anteriormente. Quando se preparou para contra-atacar, diversas folhas de papel surgiram pelas costas de Sokei.
- Cuidado! – Bracejou, usando um Shunshin para se colocar entre a sua parceira e os projéteis de papel, unindo alguns selos e batendo com a palma da mão no solo, espalhando chakra no mesmo - Doroku Gaeshi!
A parede de lama ergueu-se repentinamente e bloqueou eficazmente todos os papéis afiados, não cedendo minimamente. Kenichi olhou para a sua adversária de cabelos brancos, que acabara de defender, e sorriu-lhe amistosamente. Embora agradecida por ter sido defendida (mesmo que fosse capaz de esquivar-se sozinha), ela não facilitou.
- Tokken! – Gritou, atirando-se numa carga de ombro que Kenichi mal conseguiu desviar. – Hōshō! – Voltou a gritar, esticando a palma da sua mão noutra tentativa de golpe, que o seu oponente voltou a evitar.
As crianças voltaram a gritar de emoção pelo espetáculo que viam, imunes ao simples facto que, se não fosse a parede de terra de Kenichi, algumas poderiam ser atingidas pelas shuriken de papel
Farto de estar encurralado, o Okamoto deu um maior salto à retaguarda, suficiente para criar espaço entre si e a oponente. Quando reparou que ela pretendia avançar com mais Taijutsu para cima dele, não teve outra escolha senão neutraliza-la imediatamente. Socorreu-se à sua bolsa para retirar uma mão de makibishi, que depressa espalhou na areia à sua frente. A Fukeru parou de correr no exato momento em que viu as pequenas armadilhas a serem instaladas, observando-as a desaparecerem por entre alguns grãos de areia.
- Utilizar makibishi entre a areia para os esconder e ficar mais difícil de eu os evitar. Ele até que é inteligente. – Concluiu a Fukeru, pensando em como poderia avançar por cima daquele campo minado sem saltar, pois, caso o fizesse, seria facilmente atingida. Contudo, não teve tempo para pensar nisso quando o loiro realizou alguns selos e de seguida atirou quase uma dezena de pássaros contra si. Ela achou o movimento estranho quando analisado com o Kashikogan – Ele moveu o braço como se atirasse armas básicas e aparecem-me pássaros. Ele escondeu os verdadeiros projeteis num Genjutsu? Não posso usar o Kai sem ser atingida pelas armas, portanto terei de improvisar!
Focalizou nas mãos pequenos cilindros de chakra com recurso ao Shotto no Chakra no Jutsu, arremessando-os habilmente para repelir os projéteis do adversário. Todavia, depressa a Fukeru apercebeu-se que já não tinha quase nenhum chakra para usar e que os cilindros estavam a exigir demasiado dela. Incapaz de criar suficientes para evitar a ofensiva adversária, teve de agachar-se para não ser ferida gravemente por um dos pássaros de Kenichi, que rasou no seu ombro, arranhando-o superficialmente e soltando um pequeno fio de sangue. Sokei grunhiu de dor, atirando-se para o chão mais cansada pela exigência do chakra do que fisicamente. Estava ofegante e com ar de quem não queria, ou realmente não podia, lutar mais.
O Okamoto já estava preparado para dar mais luta, mas quando viu a sua oponente a atirar-se para o chão cessou as suas hostilidades. Olhou então para o lado e viu que a nuvem de fumo criada por si anteriormente havia finalmente amainado, mostrando a tímida Miyuki que havia ficado escondida este tempo todo para evitar qualquer luta.
- Olá, pessoal… Não vos magoei agora há pouco, pois não? – Perguntou com sincera preocupação, olhando para Sokei no meio do chão exausta e depois para Kenichi que dava ar de quem tinha vontade de lutar mais um pouco, intimidando-a ligeiramente.
- Vamos lutar, Miyuki! – Pediu o Okatomoto, apressando-se a retirar algumas armas das suas bolsas e a apontá-las para a outra colega de equipa – Tu ainda não mostraste nada!
- Eu não quero lutar! – Quase gritou a Hayashi, reunindo uns selos rapidamente e espalhando chakra no ambiente à sua volta. Uma espessa névoa começou a rodeá-la, cobrindo perfeitamente a posição e obstruindo a visão de Sokei, que embora cansada ainda observava os seus parceiros, e de Kenichi – Eu não quero lutar!
O loiro acabou por abaixar as armas, algo desapontado. Olhou para Sokei, à procura de ajuda para a situação, mas a Fukeru não se expressou minimamente. Continuava ofegante e notava-se que, aos poucos, se ia acalmando e recuperando forças.
- Não vou obrigar ninguém a lutar. – Avisou e reparou imediatamente que o nevoeiro criado pelo Kirigakure no Jutsu se ia desfazendo gradualmente – Então, parece que acabou, não é?
As crianças não pareciam completamente satisfeitas com o resultado. Vibraram com o pequeno confronto entre o loiro e a adolescente de cabelos brancos, mas ficaram um pouco dececionadas por verem a kunoichi a ir ao chão com tanta facilidade. Depois depositaram as suas esperanças em Miyuki, só que esta foi outro desapontamento. Esperavam mais daqueles ninjas. Hitoaku foi a primeira a levantar-se e a aplaudir (obviamente para o seu ídolo) e depressa todas as outras a imitaram. A equipa de Iwanin sentiu-se melhor com a onda de aplausos que recebeu. Entreolharam-se, satisfeitos por terem proporcionado um bom espetáculo à turma.
- É aqui que está a equipa encarregue da turma 28? – Uma voz grossa ecoou no corredor que conduzia os estudantes e funcionários da academia ao recreio onde estava Kenichi e a sua equipa. Todos olharam para a entrada e viram um Chuunin da vila, com as respetivas roupas a condizer, a sorrir para eles – Já conseguimos controlar o tráfego nas pontes. A vossa missão está completa! Parabéns!
Os três Genin não conseguiram deixar de soltar um suspiro e murmúrio de alívio. Kenichi e Miyuki urraram de alegria, mais alto do que a rapariga desejava, e Sokei ergueu-se, em melhor estado do que estava anteriormente. Os três juntaram-se e trocaram algumas palavras amistosas, congratulando entre si o facto de finalmente terem acabado a missão.
Não demoraram a ir para o escritório da Tsuchikage fazer um pequeno relatório da situação, nada exagerado considerando a importância da missão, e receberem as suas recompensas. Os três ainda se juntaram à frente do palácio da Kage antes de se separarem para falarem mais um pouco. Kenichi queria ainda jantar com as duas antes da separação e convidou-as. Sokei aceitou sobre o pretexto que seria ele a pagar e Miyuki não quis ficar de parte. Assim, o dinheiro da missão seria gasto numa boa jantarada.



FIM
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MensagemAssunto: Re: Missão rank D - De volta a academia   Missão rank D - De volta a academia Icon_minitimeQua 29 Out 2014 - 21:41

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MensagemAssunto: Re: Missão rank D - De volta a academia   Missão rank D - De volta a academia Icon_minitimeSex 31 Out 2014 - 21:26

AVALIAÇÃO DE SOKEI FUKERU (Dedos Ligeiros)


HABILITAÇÕES NINJA

Ninjutsu: 3,75 + 1 = 4,75
Taijutsu: 5,5 + 0,75 = 6,25
Kenjutsu: 1
Genjutsu: 4 + 0,5 = 4,5
Selos: 2 + 0,5 = 2,5
Trabalho de Equipa: 0,25 + 0,75 = 1


HABILITAÇÕES CORPORAIS

Força: 1,25
Agilidade: 4,25 + 0,75 = 5
Controlo de Chakra: 2,5 + 1 = 3,5
Raciocínio: 5 + 0,5 = 5,5
Constituição: 4,25 + 0,25 = 4,5


AVALIAÇÃO: 5,25 + 0,75 T.E. = 6

TOTAL: 33,75 + 6 = 39,75


**********


AVALIAÇÃO DE HAYASHI MIYUKI (Paz e Amor)


HABILITAÇÕES NINJA

Ninjutsu: 4 + 0,75 = 4,75
Taijutsu: 1
Kenjutsu: 1 + 0,5 = 1,5
Genjutsu: 3
Selos: 2 + 0,25 = 2,25
Trabalho de Equipa: 1 + 0,5 = 1,5


HABILITAÇÕES CORPORAIS

Força: 1
Agilidade: 3
Controlo de Chakra: 4 + 0,75 = 4,75
Raciocínio: 3 + 0,25 = 3,25
Constituição: 1 + 0,25 = 1,25


AVALIAÇÃO: 2,75 + 0,5 = 3,25

TOTAL: 24 + 3,25 = 27,25


**********


AVALIAÇÃO DE KENICHI OKAMOTO (Unabomber)


HABILITAÇÕES NINJA

Ninjutsu: 9 + 1,25 = 10,25
Taijutsu: 5,75
Kenjutsu: 8,75 + 1 = 9,75
Genjutsu: 2,25 + 0,25 = 2,5
Selos: 6,25 + 1 = 7,25
Trabalho de Equipa: 3,5 + 0,5 = 4


HABILITAÇÕES CORPORAIS

Força: 2,75
Agilidade: 5,25 + 0,5 = 5,75
Controlo de Chakra: 10,5 + 1 = 11,5
Raciocínio: 4,5 + 0,25 = 4,75
Constituição: 3,25 + 0,5 = 3,75


AVALIAÇÃO: 5,75 + 0,5 = 6,25

TOTAL: 61,75 + 6,25 = 68


**********


COMENTÁRIOS:

Foi uma ótima missão - e loooooooooooonnnnnnnnnnnnnnnnnnggggggggggggaaaaaaaaaaaaaa. Sim. Esgotei minha velha visão. Porém, notei que a personagem do Rich foi mal utilizada, deixando apenas uma função no background. Outra coisa é que esperava ver o início do Kashikogan... Uma ninja ainda se acostumando com as informações que chegavam à sua mente e tal. Para quem tem raciocínio ainda baixo, não foi muito coerente desenvolver tantas conjecturas feito Sherlock Holmes. Faltou coerência nesse ponto. Mesmo assim, ganhou bons pontos de raciocínio. Por hoje é só. Recompensa completa. Só aguardar alguém atualizar.
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