Apresento-vos a Shorei Yume, uma curta saga (isto é, pretendo que seja curta) que visa explicar a razão de Sazamy mover-se para Sunagakure e começar a sua peculiar jornada shinobi, bem como introduzir algumas das personagens mais importantes para mim. Shorei é uma palavra com múltiplos significados, sendo que Shorei Yume pode significar "um sonho próximo" ou "o sonho de crescer".

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Um silêncio constrangedor havia-se instalado no gabinete do Kazekage. Gaara que se encontrava sentado na sua confortável cadeira era fitado por uma jovem mulata de expressão ambiciosa, sentada no lado oposto da secretária, e um monge nos seus trinta anos que vestia um haori vermelho, mantinha-se de pé, encostado a uma parede e aparentava estar isento de emoções.
— É um prazer ouvir tal proposta, Sazamy-san. Mas o país das pirâmides nunca teve muita influência no exterior e é difícil confiar em vocês desta forma abrupta. — Explicou-se o ruivo sem preocupação com o impacto das palavras utilizadas.
A miúda de cabelos verdes levantou a sua mão direita e nesse momento o seu sorriso inverte-se, uma luz vermelho claro envolve os seus dedos que colidem numa pancada seca e barulhenta com a mesa.
— Não me insultes Kazekage-dono, eu sou Amy-sama, descendente do imperador e sumo-sacerdotisa de Kinjitou no Kuni, o país que enviou bens alimentares e recursos medicinais para Kaze no Kuni durante as duas últimas guerras. — Levantou a mão da mesa, o que libertou uma minúscula nuvem de fumo e revelou uma impressão da mão dela, desenhada em madeira escurecida por estar ligeiramente queimada. — Para o bem das duas vilas deves aceitar-me como genin de Sunagakure.
— Ninguém em suna vos pretende insultar por isso vamos analisar os termos com mais calma, Amy-sama. — Gaara concentrava-se em escolher delicadamente as palavras a utilizar, já sabia que isso poderia achincalhar a conversa numa direcção indesejada. Novamente uma onda de silêncio banhou os três, mas acabou por ser interrompida com três toques à porta.

— As vossas bebidas. — Disse uma voz feminina no exterior do gabinete, ao que o Kazekage respondeu «entre».
Uma jovem-adulta entra no gabinete e serve os três participantes da reunião.
— Decidi fazer chá de camomila Kazekage-sama, parecia-me estar um tanto nervoso.
— Obrigado.
— O seu saké, Tenshi-san?
— Acertou, obrigado. — Agradeceu o misterioso guardião desta vez com um largo sorriso.
— E o café da moça, tome. — Ofereceu com os olhos fechados e uma cara simpática, mas momentos depois abriu-os ao notar que a jovem não agarrava na sua bebida.
Desta vez a luz vermelho clara envolvia ambas as mãos da princesa, que estava com uma cara indignada, esta cena alastrou-se por uma dúzia de segundos com a pobre empregada a tremer, sabia que na presença de Gaara, jamais algo lhe aconteceria, mas aquela expressão não deixava de ser aterrorizadora. Sazamy cancelou o jutsu em sincronia com uma mudança de coração:

— Traga-me outra chávena de café mas desta vez com quatro pingas de leite e um pau de canela, e uma garrafa inteira de saké para esse homem.
A empregada suspirou aliviada mas hesitou com o pedido caprichoso da pirralha, olhou para Gaara como se aguardasse a confirmação deste.
— Já agora, traga-nos uma travessa de bolachas, esta reunião será longa. — Pediu o cabecilha da areia com um sorriso relaxado, depois manteve-se em silêncio e aguardou até à mulher abandonar a sala. — Creio que te irritaste pela forma como Fuuna-san se referiu a ti, estou correcto?
— Precisas mesmo de perguntar? Eu sou Amy-sama, serei a chave que vai salvar o mundo da ruína, e essa faxineira barata atreve-se a chamar-me de «moça»? — Reclamou ela num tom mimado e acelerado, de certa forma irritante. — Rogo uma praga de vinte gafanhotos nela!
Ao terminar a frase bebeu todo o café num só gole e lançou a chávena para a direita sem sequer olhar, ignorando as consequências de suas acções. Numa questão de instantes, montinhos de areia são libertados de vários jarros de barro que faziam parte da decoração do escritório, e voam até bloquear a chávena voadora, de seguida a areia forma uma bela urna onde ficaram depositados os pedaços estilhaçados de porcelana.
Tenshi observou cuidadosamente a cena com o seu ar ausente de emoção, e ao ver que tudo tinha acalmado deu mais um gole na sua bebida alcoólica.

— Pareces-me demasiado instável e pronta para danificar os nossos próprios bens. No contracto diz que eu seria o único estrangeiro de Kinjitou a saber quem tu realmente és, mas ficas indignada porque alguém não te trata com o devido respeito. Amy-sama, mesmo que seja uma honra tê-la no nosso arsenal, estas são as razões que me levam a pensar duas vezes antes de aceitar a proposta. — Declarou o ruivo, expondo o conflito que se dava entre o seu interesse em Sazamy e preocupação do bem de todos.
As palavras do Kazekage eram sábias e a mulata reconhecia que estava errada, mesmo sendo incapaz de o admitir. Terminou o seu chá e a urna que portava os cacos de porcelana transformou-se numa prateleira de areia que recolheu os recipientes de bebida vazia, e levou-os ao lixo.

— Mas estou bastante curioso de como é que essa proposta surgiu. A ideia foi sua Amy-sama?
— Claro! — Respondeu-lhe ela com um sorriso orgulhoso, apesar de não ser nada claro para o sunanin que pouco conhecia da cultura do país das pirâmides.
— Podia contar mais sobre a sua história? — Questionou o kage, mostrando-se deveras interessado.
— Mas que raio, só vim aqui receber a tua aprovação, não foi para contar a história da minha vida. — Levantou-se com o intuito de aumentar a sua expressividade. — Mas tens sorte que até 'tou com vontade de falar! Vamos começar pela minha vida árdua...
— Árdua? — Esboçando um sorriso malandro, o guardião vestido de vermelho que até ali só tinha aberto a boca para dizer o necessário interrompeu-a.
— Silêncio ó bebedolas. Como eu estava a dizer vamos começar pela minha vida árdua de  princesa, descendente do imperador e sumo-sacerdotisa de Kinjitou no Kuni...




O poderoso Sol abraçava Akarui no Sato, a vila dourada esculpida em quatro andares por onde o Rio Eikō fura. Nas suas margens os alegres trabalhadores davam o seu melhor para alimentar o país, sendo acompanhados por jacarés que são de extrema utilidade na pesca.
Subindo o primeiro andar, que estava definido por uma escadaria em ouro e uma cascata de cerca de seis metros, alcançamos o piso da nobreza, onde estes têm as suas casas mais requintadas, empresas e mercados. Todos os habitantes se cruzam e cumprimentam-se alegres, mesmo com a injustiça da sua hierarquia conseguiam manter uma harmonia, saciados por terem as ferramentas de que precisam para se manterem vivos.
Subindo um pouco mais chegamos ao terceiro andar, onde se encontram os templos e outros edifícios dedicados aos sacerdotes, o quarto andar onde se encontra o palácio real é visível, mas isso por enquanto não nos interessa, o que nos interessa é o meu templo privado, situado na maior pirâmide quadrada do terceiro andar.

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Filler-Inteiro-De-Diálogo no Jutsu! Este filler não estava nos planos (eu sabia que a saga não seria tão curta como eu queria ._.) mas achei que tornasse mais interessante a organização da história e assim fosse mais fácil para mim fazer treinos / missões com outros membros sem ter de terminar a saga. O próximo filler já vai ser mais mexido!

Já agora é a primeira vez que utilizo os honoríficos japoneses por isso se estiver a utilizá-los incorrectamente avisem ^^'

Nossa... Que garota atrevida! Chega em suna, tem a honra de ter uma conferência com o honorável Kazekage Gaara e ainda acha ruim ele querer saber um pouco mais sobre ela. Sinceramente, Gaara está muito bondoso, houve um tempo não muito distante que ela teria levado um murro de areia bem na cara ^^

Mas deixando isto de lado, foi um bom filler, apresentando uma nova gennin a Suna que ao que parece terá um grande choque de realidade quando perceber que nesta vila ela é só uma pessoa normal.


Continua mano o/

Thx Brian! Bom saber que gostou e era exactamente essa a mensagem que queria passar com o filler x)
Ela pode ser "folgada" mas não imagino o Gaara a agredir uma pita que ainda por cima faz parte da realeza de um país que ajudou sunagakure.

Mimada, atrevida e irritante. Seriam os adjetivos que usaria para descrever essa garota, porém ainda sim ela é interessante e me faz querer perceber mais sobre ela.
 Realmente o Gaara mudou, em tempos atrás certamente teria levando um belo tapa ou até um golpe de areia

Eu estou curioso para perceber como ela vai agir dentro da vila, quando de fato for coloca no mundo comum e notar que ela será por muitas vezes ridiculariza por tentar mandar nas pessoas ou vai acabar apanhando por destruir algo que não gosto

Sobre ter sido só falas, eu acho interessante demonstra bastante o que o personagem quer e como ele age e fala com os outros, demonstra muito da personalidade dos personagens e isso é interessante para o desenvolvimento da personagem.

Aguardando a continuação com ansiedade!

Concordo com o Brian. O Gaara teria-a escorraçado do gabinete só pelo atrevimento dela se não se tivesse tornado uma pessoa bondosa e íntegra
(honestly, até eu o faria, mas isso sou eu que não tenho paciência para aturar essas coisas! Tanto que fiz a minha personagem ser o exacto oposto disso. O clã dela é humilde, foi criada de forma humilde e depois veio descobrir que os avós eram mesmo ricos e poderosos. Não se adapta a tamanho luxo )

Olha que até gostei do filler. Não me importo com diálogo desde que tenha sentido ter (e não seja small talk). No caso, como não estiveram a falar do tempo, estava bem
Quanto aos honoríficos, depois de dizeres isso, fiquei de facto a questionar-me se o Gaara usaria -sama ao dirigir-se a ela. Mas sim, parece-me que ele fosse permanecer educado, ainda que tenha uma posição alta
Só tenho um conselho para te dar relativamente a isto: cuidado com os verbos Por vezes, escrevias como o Gaara a tratá-la por tu, outras vezes por você (de forma implícita). Tenta alguma coesão nisso.

E pronto, já me alonguei um bocado no comentário
Continua o/

Gaara sempre um amorzinho <3
Queria ver a cara da Temari e do Kankuro se eles estivessem nessa reunião, seria muito engraçado ve-los controlar a raiva hahah.
"Faxineira", usada como xingamento por uma princesa, me trás boas memórias ;-;

Gostei, principalmente da forma como retratastes Gaara, achei bem condizente com a personalidade de líder dele (como pudemos ver na série quando todos os outros kages o criticavam por ser o mais novo, ele assumiu uma postura paciente, equilibrada e com respeito). Continue

Obrigado a todos por ler!

DarkSoldier escreveu:

Mimada, atrevida e irritante. Seriam os adjetivos que usaria para descrever essa garota, porém ainda sim ela é interessante e me faz querer perceber mais sobre ela.
 Realmente o Gaara mudou, em tempos atrás certamente teria levando um belo tapa ou até um golpe de areia

Eu estou curioso para perceber como ela vai agir dentro da vila, quando de fato for coloca no mundo comum e notar que ela será por muitas vezes ridiculariza por tentar mandar nas pessoas ou vai acabar apanhando por destruir algo que não gosto

Sobre ter sido só falas, eu acho interessante demonstra bastante o que o personagem quer e como ele age e fala com os outros, demonstra muito da personalidade dos personagens e isso é interessante para o desenvolvimento da personagem.

Aguardando a continuação com ansiedade!

O Gaara é dos personagens originais que mais "cresceram" no anime, não é por nada mas nos exames chuunin ele andava a matar pessoas ó calhas só para "confirmar a sua existência" e depois acaba por ser o Kage com mais juízo

Shibiusa escreveu:

Concordo com o Brian. O Gaara teria-a escorraçado do gabinete só pelo atrevimento dela se não se tivesse tornado uma pessoa bondosa e íntegra
(honestly, até eu o faria, mas isso sou eu que não tenho paciência para aturar essas coisas! Tanto que fiz a minha personagem ser o exacto oposto disso. O clã dela é humilde, foi criada de forma humilde e depois veio descobrir que os avós eram mesmo ricos e poderosos. Não se adapta a tamanho luxo )

Olha que até gostei do filler. Não me importo com diálogo desde que tenha sentido ter (e não seja small talk). No caso, como não estiveram a falar do tempo, estava bem
Quanto aos honoríficos, depois de dizeres isso, fiquei de facto a questionar-me se o Gaara usaria -sama ao dirigir-se a ela. Mas sim, parece-me que ele fosse permanecer educado, ainda que tenha uma posição alta
Só tenho um conselho para te dar relativamente a isto: cuidado com os verbos Por vezes, escrevias como o Gaara a tratá-la por tu, outras vezes por você (de forma implícita). Tenta alguma coesão nisso.

E pronto, já me alonguei um bocado no comentário
Continua o/

Yay tenho direito a um comentário alongado da Shibi \o/

É a Amy-Sama! All hail to Amy-Sama!
O Gaara chamou-lhe por -san a primeira vez que se referiu a ela mas depois percebeu o respeito que ela exigia, se ele a tratou por "tu" depois disso é erro porque sou um tanto descuidado a escrever verbos >.<
Ainda me lembro de stores a atrofiar comigo por misturar tempos verbais e narrativa em primeira e terceira pessoa.

Lipe-sensei escreveu:

Gaara sempre um amorzinho <3
Queria ver a cara da Temari e do Kankuro se eles estivessem nessa reunião, seria muito engraçado ve-los controlar a raiva hahah.
"Faxineira", usada como xingamento por uma princesa, me trás boas memórias ;-;

Gostei, principalmente da forma como retratastes Gaara, achei bem condizente com a personalidade de líder dele (como pudemos ver na série quando todos os outros kages o criticavam por ser o mais novo, ele assumiu uma postura paciente, equilibrada e com respeito). Continue

Lipe sempre a inspirar-me :X
Pode ser que vejas isso ainda nesta saga!

Fico feliz por trazer boas memórias, espero um dia ler mais sobre a Lizzy :3

Anotherx escreveu:

espero um dia ler mais sobre a Lizzy :3

Acho que ela vai aparecer no natal nos OVA's com participações de outros personagens principais :'D