Passara uma semana desde que fizera sua ultima missão e sua casa precisava de um reabastecimento de mantimentos gerais, então Akiri, esse iniciante nas artes ninjas decide ir até o mercado geral fazer as usuais "compras do mês". Chegando lá, acena para a balconista de longe com medo de assusta-la com sua falta de presença, mas eventualmente chega no balcão, com dois sacos com alimentos relativamente cheios, pois mora sozinho e não precisa de muitas coisas, então a balconista diz:

-O preço é 32,50, por favor.

O garoto puxa uma quantia de dinheiro de seu bolso e entrega na mão da moça em silencio, pois sempre se sentiu de forma "estranha" perto dessa balconista desde que começou a frequentar esse mercado e se porta de maneira discreta para não alarmar a menina. Depois de coletar o dinheiro, ela disponibiliza as compras do rapaz em uma caixa, assim de maneira mais fácil para carregar de volta para sua residência. Ao sair da loja, escuta a moça dizer:

-Muito obrigado. Volte sempre.

O rosto de Akiri fica automaticamente avermelhado e a vergonha toma conta de seu corpo juvenil, mas devido á sua timidez crônica, se mantém calado e se retira da loja com as suas compras dentro de uma caixa de madeira em seus braços para facilitar a tarefa de carregar de volta para a sua residência. Enquanto estava andando pelas ruas de Sunagakure, pensava sobre a vendedora e sobre o que ela falara anteriormente:

"Será que ela gosta de mim? Não, acho que ela fala isso para todo o cliente que vai lá. Mas... ela parecia mais bonita hoje, será que ela se preparou para minha chegada? Acho que eu devia perguntar para ela na próxima vez."

Distraído com os seus pensamentos, o jovem esbarra em um homem que andava na direção contraria á dele e, devido ao peso da caixa, se desequilibrou e as compras caíram no chão. Akiri, que estava jogado no chão junto com suas mercadorias desperdiçadas em uma tentativa pífia de resgatar qualquer coisa que ainda estivesse aceitável, e quando percebe que seu dinheiro havia sido em vão, põe as pontas de seus dedos na superfície do chão onde se encontrava a maioria dos restos de suas compras, respirou fundo e, muito calmamente se levanta do chão com movimentos longos e demorados. Enquanto fazia essa sequencia de ações, seus pensamentos eram tanto de raiva de si mesmo, quanto de raiva de homem que tropeçou nele, mas dentre todos os pensamentos que passavam pela sua mente naquele momento, um se mostrava insistente em perseguir sua cabeça, que era:

“Hunf, acho que a culpa é minha por ficar dando chance ao azar. Preciso me desculpar com o moço,”.

Quando se virou em direção ao senhor, percebe que o mesmo também havia de cair no chão, momento depois de se encontrar com Akiri e o garoto corre para ajudar o necessitado, mas quando chega perto, o homem misterioso se levanta do chão em um movimento rápido e com muita agilidade, o bastante para assustar de leve o jovem que se aproximava lentamente com um pouco de medo, e enquanto chegava perto, o homem se vira para o garoto e antes que pudesse perceber Akiri já estava sendo imobilizado pelo homem misterioso. Enquanto tentava desesperadamente se soltar do seu agressor, percebe que não se passava de um abraço, coisa que não experimentava desde que seus pais faleceram. Mesmo que estivesse gostando da sensação, continuava tentando sair até que finalmente consegue e nesse momento escuta a voz ligeiramente familiar dizendo:

- Você não mudou nada, garoto. Continua fazendo as mesmas bobagens, Akiri-

O rapaz olha nos olhos da pessoa e todos os pensamentos se esvaem e são substituídos por memórias de um tempo feliz de sua vida, porque quem estava em sua frente era seu primeiro mestre e a homem mais próximo de um pai que o jovem possui no mundo. Com um sorriso largo e olhos transbordando alegria, Akiri fala:

- Tio Kosoku! Quando o senhor voltou?-

O senhor põe sua mão direita no topo da cabeça do garoto e começa a aperta-la lentamente e, com uma expressão de raiva estampada em sua face, diz:

- Quantas vezes eu já falei para não me chamar de “Tio”. É “Sensei”, Akiri.-

O jovem, sentindo uma dor incomensurável em sua cabeça, não muda de expressão e continua rindo de alegria por ver seu mestre de novo depois de tanto tempo. O tempo passa e os dois perdem horas conversando sobre as aventuras de Kosoku nesse mundo cheio de aventuras e perigos e, eventualmente o fato de Akiri ter conquistado sua bandana surge na conversa e o antigo mestre diz:

-Então quer dizer que você se tornou um ninja de verdade? Você pode se tornar forte o quanto quiser, mas nunca vai conseguir me derrotar!

Akiri, revoltado com essa afirmação responde:

- Ei você pode falar o que quiser, mas você estava fora por dois anos, então não vá tirando conclusões sem um teste apropriado.

- Hehe. Um teste, é? Então vamos ver se é verdade. Encontre-me onde nós íamos treinar no inicio de tudo. Estou precisando me exercitar mesmo.

O homem acena para o rapaz enquanto virava as costas e se direcionava para o limite da vila de Sunagakure, onde conheceu Akiri ainda quando criança pela primeira vez e, agora o rapaz sente seu corpo ser tomado por puro entusiasmo e corre em direção á sua casa para obter seu equipamento de batalha e treinar com o seu mestre de longa data.

YEY! Um vizinho!

É um filler com um ambiente muito leve e quase familiar.
Não sei já se cheguei a ler o 1º, mas agora estou mais interessado mesmo no 3º ;P

É um texto bem morno e fluído, se assim posso dizer. Percebi que o teu personagem tem uma certa obsessão por mulheres, ou no mínimo, pela menina do mercadinho, ahaha.

Espero o desfecho desse reencontro, e acho provável que Kosoku seja uma ferramenta essencial para o desenvolvimento como shinobi de Akiri. Anyway, aguardo.