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Crônicas dos Generais de Ouro e Prata - O Destino do Filho EJWNGUN
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Crônicas dos Generais de Ouro e Prata - O Destino do Filho EJWNGUN


E o ciclo da vida repete-se! As pacíficas vilas voltam a unir-se para combater um mal em comum. Vem conhecer o melhor e mais antigo role play de Naruto, totalmente em português.
 
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 Crônicas dos Generais de Ouro e Prata - O Destino do Filho

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Ozzymandias

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MensagemAssunto: Crônicas dos Generais de Ouro e Prata - O Destino do Filho   Crônicas dos Generais de Ouro e Prata - O Destino do Filho Icon_minitimeSex 15 Abr 2016 - 22:22


O DESTINO DO FILHO


Seu quarto ainda estava mergulhado na bagunça e na destruição. Absorvido entre os cobertores ensopados, Noburo fitava para o teto por onde os primeiros raios de sol daquela manhã começavam a se esticar e iluminar a escuridão que tudo tinha se tornado. Matar alguém próximo. - Era o que a placa dizia. Noburo procurou em seu coração e não foi difícil entender quem seria seu alvo: Sua irmã pequena. A criança tinha apenas quatro anos e era a única que conseguia lhe arrancar algum carinho. Contudo, a ideia de matar sua irmã ainda era dolorasa demais. Dolorosa demais para arriscar. Mas, enquanto ao poder? Enquanto ao poder que lhe era de direito?

Resistência a este ato seria pouca, afinal, a essa hora sua mãe ainda dormia e seu pai - enterrado no trabalho com a ANBU - não retornara para sua casa há mais de duas semanas. Finalmente fechou os olhos e se levantou. Caminhando em direção à porta, seus pés ainda escorregavam nas várias poças d'água de chuva espalhadas pelo chão. A porta se abriu revelando um corredor escuro. Sua mão esquerda buscou uma kunai na mochila que ainda trazia na anca e o metal brilhou contra a iluminação natural que vinha da varanda. Olhos vidrados e chorosos. Suas mãos tremiam e suavam. Seu coração batia forte. A porta do quarto de sua irmã estava entreaberta. O cheiro de talco e perfume infantil invadiu suas narinas fazendo-o frenar.

- Vamos... Você precisa desse poder. - Sussurrava como se quisesse convencer a si mesmo. A porta rangeu por alguns segundos quando o jovem viu algo que não queria ver - Noburo... Acordado tão cedo? - Perguntou sua mãe, que acabara de deixar a pequena de volta a seu berço. Merda! Aquela mulher não deveria estar ali. Deveria estar dormindo! Afinal, a bebê não chorou. Ele teria escutado certamente. Ou não. Noburo estava totalmente absorvido por seus pensamentos tentando medir as consequências que tal ato horroroso lhe traria. Mas aquilo não importava mais. A mulher agora fitava a lâmina nas suas mãos. Avançando em grande velocidade, o gennin descontrolado olhou nos fundos dos olhos de sua genitora. Hanmaru arregalou os olhos e num instante a lâmina perfurou seu coração.

A dor invadiu seu corpo que começou a tremer. Sua vida se esvaía rápido e a única coisa que pôde fazer foi acariciar o rosto do filho querido enquanto caía. Noburo chorava capiciosamente. Agora não tinha mais volta. Mas precisava do poder! Queria o poder! Seus olhos não mudaram com a morte da mãe. Não tinha alternativa. Novamente avançou e terminou de rasgar a garganta da mãe. Era o fim para ela. O sangue espirrava em seu uniforme e seus pés pisotearam a grande poça de sangue na direção do berço. Sua irmã ainda dormia tranquila como um anjo. Olhinhos fechados, com um sorriso sem dentes, ela sonhava pacificamente. Logo a lâmina trêmula invadiu aquele cercado angelical e começou a gotejar o vermelho nas vestes brancas... Tinha que ser assim. Torcia para que a alma de sua irmã lhe perdoasse por tudo que ele estava prestes a fazer.

***

Uma fina neblina ainda cobria as ruas da Vila da Folha naquele início de manhã rotineiro. Abrigando-se das pequenas gotas de orvalho ao caminhar pelas calçadas, as muitas pessoas que já circulavam nas ruas bocejavam sonolentas e apertavam os olhos para compensar a grande luminosidade matutina, passando por sobre barulhentas revoadas de pássaros que antes descansavam nas frondosas árvores espalhadas pela cidade e agora procuravam se aquecer ao sol. - Nunca me acostumo com essa paisagem. - Suspirava Kahako ao frenar seu avanço após alcançar o topo da muralha que dividia a Vila da floresta. Realmente aquele era uma visão linda. Sentando-se à beirada, o ANBU aguardou a chegada de seus subordinados para liberá-los de mais uma missão bem sucedida.

Prendendo a máscara de corvo na cintura, ele se permitiu admirar Konoha mais uma vez. Suas linhas precisas e organização impecável inspiravam-no a seguir em frente, afinal, tinha a quem proteger. Sua família acabara de aumentar e, apesar de alguns conflitos com seu filho mais velho, nada o desestimulava. Contudo, ao bem da verdade, ele já planejava deixar a ANBU para se dedicar mais a família. Kayako sonhava em ver seus filhos crescerem como pessoas boas e com carater, apesar da ambição herdada do sangue Uchiha. Mais um suspiro com saudade de casa e rapidamente seus comandados se aproximaram. A missão finalmente tinha terminado. Perseguir e prender aqueles nukenins na fronteira não fora uma tarefa fácil. A equipe estava exausta.

- Devemos informar o sucesso da missão, Capitão? - Perguntou o cão.

- Não. Vão para suas casas. Terei com o Kage assim de rever minha família. - Respondeu sorridente. Em concordância, sua exausta equipe assentiu e sumiu por entre as árvores do parque logo aos pés da muralha e após mais uma olhadela na paisagem, o capitão os perseguiu pela vegetação a dentro na direção do bairro Uchiha. Na verdade não era muito longe dali. Após a destruição de Konoha pela raposa e a realocação do distrito para um lugar mais periférico elevou as animosidades entre seu clã e a Vila. Mas aquilo era passado... Tudo está bem agora. - Pensava com esperança no futuro. Passos rápidos e mais alguns saltos e ele estaria em casa. Aterrorizando na última esquina, Kahako começou a ouvir uma estranha movimentação no local.

Curioso, o ANBU dobrou o último obstáculo e se deparou com um grupo de policiais reunidos na entrada de sua residência. Cercada por alguns cones e fitas amarelas com os dizeres: área restrita, a frente de sua residência era palco de algo muito sério. Mas o que aconteceu aqui?! Seu coração disparava e mesmo podendo chegar em milésimos de segundo, seu corpo parecia diminuir a velocidade a cada passo como se não quisesse encarar a sinistra realidade. Seja lá qual fosse. Sua aproximação logo foi percebida por alguns parentes e agindo como policiais, interromperam seu avanço. Sérios e solenes, os policiais pareciam segurar as lágrimas e um deles soluçou antes de falar: - Sua família... Sua família está morta.

- Não pode ser?! - Desesperou-se, acabando por empurrar e esbarrar nos outros que ainda tentaram impedi-lo de entrar em casa. Não conseguiram. Ofegante e nervoso, Kahako era o sinônimo de angústia e ansiedade enquanto disparava pelo pequeno jardim onde mais alguns policiais organizavam as últimas provas reunidas. De tão rápido, estes não perceberam o ANBU que entrou na sua residência e frenou. Seu rosto empalideceu e seu estômago quis devolver o breve desjejum que tivera antes de chegar na Vila. A sua frente, várias pegadas de sangue ressequido marcavam onde o assassino deixara. Não era difícil acompanhar de onde elas vinham. Dos quartos! E Kahako disparou pelas escadas, ouvindo alguns comentários dos investigadores e uma voz conhecida de todos.

- Que tragédia. - Sussurrava Naruto, cabisbaixo e choroso com a cena que presenciava. - Kahako... Não. - Ele ainda tentou puxar no braço do ANBU que adentrou no quarto ao mesmo tempo em que viajou só de ida para o inferno. O quarto de sua filha parecia pintado em escarlate. No centro dele, logo após o berço revirado, o corpo de sua esposa e, para seu desespero, o corpo de sua filha recém-nascida estava deitado de bruços. Pequenas mãos agarradas a uma boneca de pano. - ARRRGGHHHHHH!!!! - O grito horrendo ecoou pelo distrito Uchiha. Naquela manhã, Kahako perdera sua sanidade. - QUEM FOI?! ONDE ESTÁ NOBURO?! - Inquiriu. Seu olhar de ódio a todos dali automaticamente ativou pela primeira vez seu mangekyou sharingan com lágrimas de sangue e desepero.

- Ele despertou... - Sussurraram os presentes.
- Acreditamos... Que... Noburo foi o responsável. - Lamentou outro investigador.
- Estamos fazendo buscas na Vila, mas até agora não o encontramos. - Revelou o inspetor.

Naruto estava sem palavras. Lágrimas brotavam de seu rosto.

- Cuidarei disso eu mesmo. - Kayako sussurrou.
- Não faça isso. Não sucumba à vingança, por favor. - Suplicou Naruto.

Mas apesar do apelo do homem, o coração de Kahako estava perdido. Acenando positivamente, a ANBU deixou-se levar para o hospital onde fora sedado e tratado por alguns dias. Não havia notícias de seu filho assassino. O pirralho sempre quis ser poderoso... Ele leu a placa. - Concluiu. Kahako sabia que aquela abominação deveria ser destruída, justamente para evitar essa sina Uchiha em buscar o trauma para se desenvolver. Aquele caminho que seu filho escolheu deveria ser encerrado. Como homem, como pai e como ninja. Noburo precisava ser encontrado e executado. E tinha que ser ele a fazer isso. O destino agora levara o pai à ter com o filho. - Já é hora. - Sussurrou, levantando-se da cadeira de rodas.

Olhando pela grande janela do hospital, Kahako estava sozinho em seu quarto simples, mas não por muito tempo. Ele sabia que em poucos minutos a enfermeira lhe traria o almoço e antes que isso acontecesse, o ninja teria que fugir. Ir de encontro às ordens do Kage. Tornar-se um nukenin. Ser desonrado. Contudo, para Kahako, ele e sua família já tinham sido desonrados há quase uma semana... Noburo trouxe a desgraça para os seus e por isso, mesmo depois de pesar as consequências para os seus atos, o pai resolveu caçar o filho. Vivo ou morto. Seu coração batia forte e mesmo a adrenalina que corria em seu corpo naquele momento tenso superava a frieza em seu coração. Seu corpo se moveu. Indo até o armário Kahako buscou sua roupa civil e já vestido, saltou pela janela. Ele pagará.


CONTINUA...
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Haetae

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MensagemAssunto: Re: Crônicas dos Generais de Ouro e Prata - O Destino do Filho   Crônicas dos Generais de Ouro e Prata - O Destino do Filho Icon_minitimeSáb 16 Abr 2016 - 2:29

Imagine ler este filler escutando essa trilha sonora e o ápice dela casar perfeitamente com a hora que o homem entra no quarto da filha!! Perfeito!

É outro dos motivos pra eu odiar Uchiha! Arrogantes, desprezíveis, facilmente corruptíveis, loucos por poder e métodos extremos de obtenção de poder. Nas palavras do Tobirama: " Uchiha bom é Uchiha morto! " xd

Agora vamos ver uma family fight, quero ver onde o Daisuke vai se meter nisso mas já tenho uma teoria que nem confirmação precisa!

Ótimo filler, continuarei acompanhando! Crônicas dos Generais de Ouro e Prata - O Destino do Filho 906945
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