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Crônicas dos Generais de Ouro e Prata: Acerto de Contas Final EJWNGUN
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Crônicas dos Generais de Ouro e Prata: Acerto de Contas Final EJWNGUN


E o ciclo da vida repete-se! As pacíficas vilas voltam a unir-se para combater um mal em comum. Vem conhecer o melhor e mais antigo role play de Naruto, totalmente em português.
 
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 Crônicas dos Generais de Ouro e Prata: Acerto de Contas Final

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Ozzymandias

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Ozzymandias

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MensagemAssunto: Crônicas dos Generais de Ouro e Prata: Acerto de Contas Final   Crônicas dos Generais de Ouro e Prata: Acerto de Contas Final Icon_minitimeSeg 8 Ago 2016 - 17:11

Bem-vindo às Termas de Oshikagawa. - Era o que dizia a placa à beira da trilha de seixos. Com seus olhos cansados e o suor molhando o resto de suas roupas gastas, Noburo ainda suspirava tentando conter seu ódio que parecia incontrolável. A besta dentro de si clamava por vingança e aquele "boneco" pagaria pela arrogância de testá-lo. De caçá-lo. E para isso, o Uchiha renegado estava no caminho certo. O mesmo caminho que suas últimas vítimas revelaram pouca antes de morrer, esperando que aquela informação fosse suficiente para salvar-lhes a vida. - Tolos e fracos. Todos eles. - Dava de ombros pela crueldade que sempre o consumia antes mesmo de cogitar qualquer ato de perdão contra o inimigo.- Tolos e fracos... - Sussurrou ao mover seus pés na direção das termas. A trilha ainda se estenderia por mais alguns quilômetros, passando por uma antiga pedreira que existia na região e que deixara para trás apenas uma imensa depressão por onde a estrada circundava.

Seus chinelos faziam um ruído estranho naquela estrada lisa e isso aliviou um pouco atenção do conflito que viria em poucos minutos. A localização exata não lhe foi fornecida, mas não demoraria muito para que ele arrombasse todos os quartos para procurar o maldito que tinha armado isso tudo. Desde que conhecera aquele nukenin, ele contava os dias em que conseguira dormir por mais que quatro horas. Aquilo cobrava sua saúde, pois, diferente de seu inimigo, ele ainda era humano. Talvez se descansasse aqui, antes de enfrentá-lo? - Seu corpo sugeria, mas seu ódio o impulsionava para frente, passo após passo. - Ele não perde por esperar. - Sussurrou mais uma vez, quando um ruído discreto obrigou-o a levar sua mão trêmula à empunhadura. Os passos pareciam vir do lado oposto à trilha, escondido por trás dos grandes pedregulhos deixados pela pedreira, que margeavam o caminho como uma cobertura natural para os viajantes. Quem será que viria de lá? Um comerciante? Seu próximo adversário?

- Ninguém em especial. - Tranquilizava-se ao notar um homem velho, com roupas de samurai surradas caminhando pela estrada despreocupadamente. Um transeunte apenas. Seu coração voltou a bater normalmente e por alguns segundos a adrenalina do suspense começava a se dissipar enquanto o homem se aproximava cada vez mais. Mesmo assim, os olhos treinados do Uchiha se esforçavam para visualizar melhor aquele estranho, quando algo lhe chamou a atenção: O homem olhava diretamente para ele. Vendo através da estreita abertura no chapéu de palha, Noburo percebeu que o estranho estava com os olhos lacrimejados, pois eles carregavam um leve brilho do reflexo fraco da luz solar poente. Porque o homem estava choroso? Talvez alguma decepção amorosa que teve nas termas? Aquele pensamento arrancou um singelo sorriso de toda aquela frieza, o que o distraiu por poucos segundos com a ideia de brincar com o homem quando este passasse por ele, mas à medida que o estranho se aproximava, suas mãos começavam a retirar as travas das duas espadas que carregava.

- Espero que você não tenha medo da morte! - Noburo ameaçou o estranho, ainda há uma boa distância do outro. O estranho não respondeu e parou onde estava. Sua respiração ofegante - talvez de cansaço ou simplesmente nervosismo - ecoava pela grande depressão na lateral, deixando aquele comportamento ainda mais sombrio. Contudo, apesar de toda aquela pompa, Noburo não estava disposta a esperar mais por alguma explicação e sacou sua lâmina enquanto retornava a avançar. Seus calçados ainda faziam aquele ruído estranho quando, há poucos metros do indivíduo misterioso, o Uchiha parou ao vê-lo retirar o chapéu de palha e finalmente se revelar. Num misto de desespero e ódio, Kayako não tinha ideia que aquele reencontro faria aflorar toda dor e tristeza daquele dia fatídico em que sua família foi morta. - Pai? - Perguntou. O velho não respondeu. Talvez porque realmente não conseguia. Não tinha palavras para expressar-se naquele momento... Momento em que finalmente faria justiça. Foi quando ele controlou seu coração e falou com a voz entrecortada:

- Você vem... Comigo, Noburo. Será julgado em Konoha. - Ele suspirou.

Pai?! Como assim?!

- Não faça piada, pai! Saia do meu caminho! - Retrucou o revoltado.

De uma distância segura, Daisuke assistia embasbacado a reviravolta que o destino lhe trouxera: Sem querer, ele tinha acabado de colocar pai e filho frente à frente, para um acerto de contas. Era bom demais para ser verdade. O destino era realmente cruel com certas pessoas. Hehe. Aquela situação... Com um pouco de sorte... Poderia ser bastante lucrativa. E foi exatamente o que começou a acontecer. Então, após um breve conflito de palavras sobre honra e família, além do choro do pai arrependido por não estar presente na vida do descendente, os dois enfim levantaram suas lâminas para o combate. O nukenin queria pipoca para assistir de camarote a derrocada de algum deles. - De preferência daquele fedelho que me derrotou. - Comentou sorridente, ainda disfarçado entre as densas folhagens da floresta que margeava o outro lado da depressão. Enquanto isso, Kayako estudava seu filho. Usando a experiência ganha a duras penas em missões arriscadas na Anbu, ele agora procurava em sua mente alguma estratégia para levar de volta seu filho desgarrado. Apesar de tudo.

- Já falei para sair do meu caminho! - Irritou-se Noburo, juntando forças para se atirar contra seu pai.

As lâminas se chocaram num espetáculo de faíscas que brilhavam intermitentemente à cada passagem, acompanhado pelo estampido agudo do metal sendo dobrado à força. Saltando pela trilha com grande velocidade, Daisuke percebia os vultos se afastarem e logo as chamas eclodiam numa explosão flamejante. Até o momento parecia que havia um impasse ali. Talvez porque Kayako estivesse se controlando para não machucar o filho, ou simplesmente Noburo não tinha forças suficientes para derrotá-lo. Mas mesmo assim, os olhos vermelhos malditos trocavam ameaças entre arremessos de shurikens, kunais e papéis explosivos numa destruição descomunal que fez com que a trilha começasse a ruir e desabar na direção da depressão. Saltando entre as rochas os dois Uchihas se degladiavam com ferocidade até que a poeira do desmoronamento os encobriu. Curioso com o que acontecia, o nukenin apenas conseguia ouvir os ruídos do choque de espadas e as fagulhas dos vários jutsus katon quando um grunhido de dor fez seu coração palpitar.

- Argh! Maldito! - Esbravejou o filho, com o braço ensanguentado.
- Já falei Noburo! Venha comigo! - Retrucou o pai, ofegante.          

A poeira finalmente baixou e Daisuke viu Kayako se aproximar do filho que agarrava o braço ensanguentado. De joelhos, o rapaz ofegava e parecia completamente tomado pela raiva. Uma besta ensandecida que aguardou o pai se aproximar para arremeter sua lâmina com grande velocidade. Um golpe surpresa. Kayako sentiu a carne de seu abdome ser rasgada, obrigando-o a se afastar num salto e tentar recuperar-se do corte profundo que acabara de receber. Aquilo deixava claro que o filho não se importava com a saúde do pai. Nenhuma preocupação mesmo. - Não faça isso Noburo! Não deixe o ódio te consumir! - Suplicava o velho, com o rosto transformado pela dor, mas quando percebeu que seu filho não pararia por livre vontade, Kayako levantou sua espada numa postura final. Tossindo com a saliva, como um cachorro louco, Noburo rangeu os dentes para mover o braço ferido para adorar uma postura mais agressiva, movendo os braços à frente, com a lâmina invertida. O silêncio que antecedia a tempestade. O Akatsuki tinha certeza de que estaria emocionado se ainda fosse humano...

- Noburoooo! -
- Kayakoooo! -

E os dois convergiram para o centro da arena improvisada e por um milésimo de segundo as espadas se cruzaram e os corpos se chocaram com grande força. Gemidos baixos de dor e finalmente os dois homens se afastaram. Suas lâminas sujas com o sangue do adversário, os dois cambalearam alguns passos para trás e só então perceberam as perfurações em seus peitos. - Eu... Te... Amo... Filho... - Kayako agoniava ao se ajoelhar e, com as mãos esticadas para o filho, como se quisesse ao menos tocar seu rosto frio. Os olhos então se transformaram nos seus últimos momentos. Os três tomoes ganharam vida própria, desenhando e se unindo numa nova forma concêntrica. E antes de que seu filho pudesse perceber, o pai triste fechou os olhos e caiu morto. Ele perdeu?! - Pensava Daisuke, já preparando a investida contra o rapaz quando o viu enfim cambalear na direção do pai. Noburo sangrava bastante, mas ainda tinha forças para se ajoelhar próximo ao pai e dizer algumas palavras que o nukenin não ouviu. Parecia que o Uchiha não se importava mais com nada... Apenas ficou ali, parado ao lado do pai morto. Vendo a abertura, o nukenin acionou o selo hiraishin encravado no corpo de Noburo, e com a mão espalmada, atiçou contra a nuca do rapaz, derrubando-o na mesma hora.

- Mas então foi isso... O velho poupou a vida do filho. - Sussurrou ao ver que a perfuração não tinha atingido o coração por milímetros. Acho que o amor pelo filho o fez desviar na última hora. - Convenceu-se ao invocar um grande pergaminho que trouxera consigo. Desenrolando-o ao lado do corpo de Kayako, Daisuke efetuou os selos e, sem perceber a preciosidade que tinha nas mãos,  o cadáver do velho Uchiha era selado no objeto. - Já para você... Meu rapaz... Tenho outros planos. - Sorriu ao ver Noburo ainda inconsciente. Aqueles olhos poderiam ser de grande valia no mercado-negro... Ou para ele próprio, na busca de ser um lutador completo. Então, baixando-se até o rapaz, suas mãos ágeis abriram as pálpebras da vítima e o chakra fez o serviço. O famoso sharingan agora lhe pertencia. Então, após devolver o pergaminho para a marca em seu pulso, ele jogou o desafeto inconsciente sobre os ombros e sumiu rapidamente do local antes que olheiros pudessem atrapalhar seus negócios ilegais.



FIM


Última edição por Ozzymandias em Sáb 18 Fev 2017 - 22:07, editado 4 vez(es) (Motivo da edição : Sem razão especificada)
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