RVN nunca vira tal coisa. Nevava… em pleno deserto. Não demorou muito tempo até ele se aperceber que a neve era artificial. Grandes motores de fazer neve se encontravam colocados em redor de Sunagakure, tornando este dia muito mais parecido com o natal habitual em todo o mundo. Apesar de toda aquela neve, o calor permanecia em toda a vila, aquele calor seco que acompanhava o dia-a-dia de todos os habitantes daquela vila.
Todos os ninjas de Sunagakure tinham recebido um convite para o jantar deste mesmo dia, o jantar de véspera de natal. Rumores corriam que algo nunca antes visto iria ocorrer nesta noite, e esse algo só era possível se todos contribuíssem de bom grado, e comparecessem ao jantar. Faltavam cerca de duas horas para o jantar ter inicio e RVN decidiu sair de casa para ir até ao local onde estava montada uma enorme tenda, local onde se iria realizar o jantar. No caminho, RVN encontrou Hyuuga Fawkes, que o cumprimentou de imediato e desejou boas festas ao chunnin, que retribuiu com grande simpatia. Os dois chegaram ao local passado pouco tempo e depararam-se com uma tenda oval gigantesca, branca e com umas grandes portas de vidro. No topo da tenda encontrava-se um pinheiro todo enfeitado que culminava num ponto tão alto que a visão dos dois ninjas não conseguia visualizar. Aquele ambiente, em conjunto com toda a neve que caía naquele local fazia com que o espírito natalício de todos os que passassem por ali atingisse o auge pois não havia nada tão bonito e que libertasse tanto a imaginação e a felicidade como aquele ambiente.
- Ermh… RVN! Aquilo ali colado à porta envidraçada é mesmo uma pessoa? – pergunta Fawkes, perplexo com o que via.
RVN fitou o local para onde Fawkes apontava, e qual foi o seu espanto ao reparar que para não variar, Takumi já se encontrava desejoso por entrar para o jantar.
- Takumi!!!! Estamos aqui! – gritou RVN com toda a sua força.
Takumi não reagiu.
- Hey! Estás surdo ou quê?! – grita Fawkes, ajudando RVN a chamar Takumi.
- Epá caluda! Estou a tentar ouvir a voz do Arashi que vai dar inicio ao banquete! Estou a morrer de fome! – responde Takumi.
Com isto, um cão aparece vindo de sabe-se lá onde e morde o calcanhar de Takumi que solta um grande grito de dor. RVN e Fawkes libertam de imediato uma grande gargalhada e Akon aparece, cumprimentando os dois e dirigindo-se para Takumi e Suzuki.
- Parece que ele não gosta que andes aí a sujar os vidros… - diz Akon com um grande sorriso na cara.
Takumi olha para trás e apercebe-se que o ser que lhe estava a provocar aquela dor agoniante era nada mais nada menos que Suzuki. Ao dar conta de tal facto, Takumi enxuta de imediato Suzuki e começa a refilar com este. Mal acabou de dar o ralhete ao cão, felicitou o dono por se ter tornado chunnin com um desempenho formidável no exame. Entretanto, Kiba-kun, Kyo Lopes, Namikaze Yoh, Maria-chan e Yumi apareceram todos juntos e todos na galhofa, sendo que o Namikaze Yoh era o que menos expressava toda a alegria. Todos os ninjas de Suna formaram um grande circulo e sentaram-se a conversar, sendo que Takumi preferiu ficar em pé e o mais perto das portas de vidro possível. Faltava cerca de meia hora para o jantar começar e já todos os ninjas de Sunagakure se encontravam presentes e prontos para entrar. A pontualidade era sem dúvida um aspecto de que Arashi não se podia queixar por parte dos “seus” ninjas. Os vários ninjas puseram a conversa em dia e passado a tão esperada meia hora, a voz de Arashi entoa em todo o pátio sabe-se lá bem vinda de onde:
- Ninjas de Sunagakure e principalmente meus amigos. Desde já agradeço a disponibilidade e prontidão por parte de todos de se apresentarem aqui, e em especial a do nosso amigo Akon que se disponibilizou a vir até à vila e comparecer neste jantar de família que espero que seja do bom grado de todos. Façam o favor de entrar.

Ao dizer isto, as grandes portas de vidro começam a abrir, e de imediato Takumi, em grande corrida se dirige para o interior do recinto, procurando os primeiros bocados de comida. De imediato, Takumi é impedido de entrar com um forte empurrão por parte de 5 Anbus que controlavam a entrada.
- Eih!! O que raio se passa convosco? Eu sou um ninja de Sunagakure e fui convidado para este jantar! – grita Takumi todo exaltado, apontando para a bandana e para o convite que trazia consigo.
- É melhor teres calma.. – aconselha Namikaze Yoh.
- Não vale a pena, ele é mesmo assim… louco por comida – diz RVN, rindo-se da situação.
- Lamento mas a entrada vai-se dar por ordem alfabética – avisa um dos Anbus que possuía uma lista dos nomes na mão. – Akon!
Akon com grande despacho pega no seu companheiro e leva-o para a entrada do recinto.
- Parece que afinal eu é que vou entrar primeiro! Eheh! – goza Akon.
A gargalhada foi geral.
- Está descansado Takumi, eu ainda entro depois de ti… - informa Yumi, tentando acalmar Takumi.
Demorou cerca de quinze minutos até que todos os shinobis se encontrassem dentro da grande tenda. O interior da tenda estava repleto de cores e animação. As paredes estavam repletas de projecções animadas de renas a dançar, e gnomos, e pais natal. Neste jantar ninguém comia sentado. Cada um se servia por si do que quisesse. Isto, só por si dava um grande movimento e uma certa dinâmica à sala. Todos pareciam que não comiam à dias. As travessas estavam constantemente a ser substituídas por outras repletas de comida pois a comida desaparecia à velocidade da luz. Arashi também se encontrava a comer, embora este se estivesse a servir numa mesa VIP para evitar a confusão. Toda aquela alegria e juventude deixava Arashi muito orgulhoso e feliz. O Kiba-kun e o Kyo Lopes, como grandes companheiros de missão que eram, passaram o tempo todo a meter a conversa em dia e a partir de certa altura do jantar, começaram a ir atrás de Takumi, roubando a comida a este só mesmo para o irritar. Passado umas duas horitas do inicio do banquete, já só Takumi e mais um ou outro ninjas se encontravam realmente a comer, Arashi decide interromper todas as conversas:
- Meus amigos, vamos dar inicio ao grande momento da noite.
Todas as mesas começaram a levitar como que por milagre, e deram lugar a um grande circulo negro rodeado por umas ranhuras no chão em forma de mão que se encontravam espalhadas em todo os seu perímetro.
- Vamos invocar o pai natal! – grita Arashi.
O espanto percorreu toda a tenda.
- Peço a todos que coloquem as vossas mãos nos orifícios apropriados para estas e que deixem o vosso chakra fluir por estes orifícios para que a invocação seja possível.
De imediato todos os ninjas se colocaram em posição e começaram a libertar o chakra. Um grande monte de chakra começou a fluir, acumulando-se e ganhando altura no circulo central da tenda. Uma energia estranha vinda da árvore de natal que se encontrava no exterior da tenda e que terminava no interior desta e mesmo no centro do circulo fez com que todo o chakra começasse a ganhar cor e forma, sendo que passados cerca de dez minutos, o monte de chakra ganhou vida e uma forma definida.
- Oh Oh Oh! – profere a figura formada por chakra.
Com isto, todos os ninjas se afastaram do local onde se encontravam e admiraram aquela figura gigantesca com grande admiração.
Um burburinho intenso tomou conta da sala nos minutos seguintes até que a voz imponente do pai natal voltou a soar:
- Oh oh oh!! Boa noite a todos. Lamento imenso mas não posso estar presente por muito mais tempo. Ao contrário do pai natal que vocês supostamente conhecem, eu não vos vou oferecer nenhum presente. Apenas vos vou pedir uma coisa que penso que é muito importante. Cresçam, evoluam, tornem-se alguém.

Mal estas palavras acabaram de ser proferidas, o chakra todo espalhou-se, formando um espectáculo pirotécnico magnífico, com um brilho e uma cor únicas. Quando o fogo-de-artifício terminou, o silêncio permaneceu mais uns cinco minutos. Parecia que apesar de poucas, as palavras do pai natal tinham tocado a todos. Todos se identificaram com aquelas palavras e prometeram a si mesmos tornarem-se alguém, crescerem e defender a vila que tanto amam.

Fim


Espero que tenham gostado do que leram