Vitan, Hiagushi e Sophia avançaram ao longo da câmara em direcção à enorme estatua.
- O que é isto? – Vitan olhava fascinado para tamanha obra de arte.
- É quase como se conseguisse-mos sentir os sentimentos da estátua. – Disse Sophia.
- Sim, uma expressão de… dor, sofrimento… é medonho… - Vitan engoliu em seco.
O coração de Vitan batia a mil, estava tão próximo, sentia o seu espírito a tentar arrancar-se do seu corpo, sentia a sua alma gritar no seu interior, ouvia vozes na sua cabeça, vozes tristes, vozes que ansiavam por liberdade, que estavam perdidas. A sua cabeça parecia querer explodir, tal era o mar de confusões que assombrava a sua mente. O tempo em seu redor parou, tudo à sua volta desapareceu, e este ficou sozinho, diante daquela enorme estátua, foi então que o ruído de metal a arrancar-se de pedra ecoo pela câmara num barulho ensurdecedor, que libertou Vitan dos seus pensamentos.
- O que foi isto? – Vitan foi obrigado a baixar-se para não ser atingido pela porta de metal que saia a voar da nuvem de pó e estilhaços que se havia levantado.
- Quem são vocês? – Três vultos aproximavam-se por entre a nuvem de destroços. Um deles, com os braços transformados em brocas, uma jovem mulher mastigando espalhafatosamente uma pastilha e um misterioso homem que baralhava um baralho de cartas.
- Mas que raio de sitio, húmido e frio, não vai fazer nada bem à minha pele. – Makai ignorava o grupo, olhando para as unhas.
- Para de te queixar, já não te posso ouvir. – Disse Vull.
- Tenham calma vocês os dois. Desculpem os meus colegas, chamo-me Ace, este é o Vull e aquela é a Makai.
- O que querem? Como descobriram este sítio? – Hiagushi assumia uma posição desafiadora.
- Tenha calma, não queremos problemas, só que temos algum interesse nesse rapazito. – Disse Ace, apontando para Vitan.
- Em mim? Porquê?
- Nada de mais simplesmente precisamos da tua alma.
- O quê? – Vitan, Sophia e Hiagushi estavam surpresos, por estes estranhos saberem da história de Vitan.
- Como sabem disso? – Perguntou Hiagushi.
- Isso não interessa, agora passem para cá o gaiato! – Vull não gostava de conversas da treta, e começava a perder a paciência.
- Voltem mas é para donde vieram. – Respondeu Hiagushi agressivamente.
- Ouve ó velhadas, não me faças perder a paciência. – Uma nuvem de fumo envolveu os braços de Vull, que eram agora duas longas espadas de um material transparente.
- Vull, essa tua mania de te andares a transformar por tudo e por nada. Vá lá vamos ser razoáveis, nós tivemos o trabalho de vos seguir desde Kumogakure até aqui, acho que merecemos levar o rapaz. – Gozou Ace, esboçando um sorriso matreiro.
- Só por cima do meu cadáver! – Hiagushi colocou-se à frente de Vitan.
- Assim seja. – Vull, avançou na direcção do grupo.
- Hiagushi, eu não preciso que me defendam, eu sei bem cuidar de mim.
- Eu sei… mas para o caso de não teres reparado, eles são três, vais ter com que te entreter também. – Disse Hiagushi, rindo-se, antes de investir contra o seu adversário.
- Então quer dizer que…
- Sim, queres qual? – Perguntou Sophia.
- Não vou bater numa mulher, fica tu com ela.
- Ok, eu fico com a labrega da pastilha, fica lá com o Dealer.
- Então meninos, qual de vocês quer morrer primeiro? – Disse Makai, aproximando-se dos dois.
- E que tal, tu? – Atirou Sophia.
- Temos aqui uma menina atrevida. – Makai faz um sonoro balão com a pastilha.
- Eu já te dou a atrevida. – Sophia avançou na direcção de Makai, deixando Vitan sozinho.
- Então, vamos jogar ás cartas? – Disse Vitan, rindo-se.
- Talvez noutro dia, agora queria mesmo era derrotar-te o mais rápido possível.
- Parece que não há volta a dar…
Hiagushi Vs Vull
- Spoiler:
Só no proximo Filler
Sophia Vs Makai
- Spoiler:
Só no proximo Filler
Vitan Vs Ace
- Spoiler:
Aha, pwnd!
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2 Dias após o ataque da Akatsuki a Konohagakure.
- Bem parece que já está tudo em ordem. – Antetsu e Ankuko andavam pelas ruas, ajudando no que fosse necessário. – Estás-me a ouvir Ankuko?
- Desculpe, o que dizia?
- Andas muito pensativo estes últimos dias.
- Esta confusão toda, da Akatsuki, dá que pensar.
- Acho que tens razão.
Nos últimos dias, Ankuko sofria de dores de cabeça intensas, os médicos não encontravam nada de anormal, ou pelo menos não queriam encontrar. Foi um alívio para Ankuko quando se pode deitar na cama, descansado o seu espírito. Os últimos dias tinham sido bastante duros para Ankuko, quer a nível físico como psicológico. As dores de cabeça tornavam-se mais intensas a cada dia que passava, e as estranhas visões, começavam cada a ver a ser mais reveladoras. A morte do seu pai, a viagem para Suna, o ataque daquele que afirmava ser seu amigo, Kuja, tudo, começava a ficar claro como água.