Dia Seguinte

Rima passara o dia a dormir, embora o treino com Sora não tivesse sido tão extenuante comparado com os de Lee, a preguiça falou mais alto. Também o fez para evitar encontrar Zero ou Kikuko na rua. O seu sono era tão pesado que nem reparou numa figura feminina de cabelo ruivo ficara ao seu lado todo aquele tempo, acariciando-lhe a face.

No outro dia…

Rima acordou com um fiozinho de baba a escorrer no canto da boca, sentou-se na cama e espreguiçou-se enquanto dava um enorme bocejo. Esfregou os olhos e foi tomar um banho, já vestida desceu para tomar o pequeno-almoço com a sua “avó”.

- Bom dia Rima-san, bons olhos te vejam. – Cumprimentou a velha senhora, enquanto punha pão e fiambre na mesa.
- Bom dia “vó”. – Cumprimentou Rima, dando um beijo na bochecha da senhora, em seguida ajudou-a a acabar de pôr a mesa e sentaram-se ambas a tomar o pequeno-almoço.
- Ainda não falou com o seu pai? – Perguntou a senhora.
- Não. – Respondeu Rima entre dois goles de leite.
- Devia fazê-lo, afinal de contas é seu pai.
- Eu considero-me órfã. Ele expulsou-me de casa por eu ter seguido o meu sonho. – Diz Rima enquanto barrava uma fatia de pão com doce de morango.
- Não diga isso, ele não deve ser assim tão mau para si.

- Quando eu fiz 6 anos pedi para me deixar entrar na Academia, deu-me um enxerto de porrada. Aos 8 tornei a pedir, com mais subtileza, voltei a levar porrada e não sai de casa durante um mês. Aos 10 tentei fazê-lo assinar a autorização para entrar na Academia, dizendo que era para mandar vir uma boneca. Ele descobriu passado 2 dias, tirou-me de lá a meio de uma aula e colocou grades na janela do meu quarto. Aos 14, conheci a Shizuna, ela explicou a minha situação aos pais dela e fizeram-se passar por meus pais para eu poder frequentar a Academia. O meu pai não desconfiou durante 3 meses, até ao dia em que encontrou uma kunai debaixo do colchão. Proibiu-me de sair de casa durante um ano. Aos 15, deixava um Bunshin para ir para a Academia, e por fim consegui chegar a Gennin com distinção ao fim de um ano. Quando cheguei a casa tinha as minhas malas à porta, o meu pai ouvira uma conversa entre mim e a Shizuna. Ainda acha que ele não foi mau para mim? – Narrou Rima cortando uma fatia de pão com um instinto assassino.

- Mas ele deve ter-lhe dado algum tipo de carinho, não? – Insistiu.
- Você é tão boazinha… Ele nunca me deu carinho, eu só servia para o ajudar no restaurante. A única prenda que ele me deu foi uma foto da minha falecida mãe, e apenas porque era a minha herança. – Respondeu

A senhora agarrou na mão de Rima e sorriu-lhe afectuosamente, Rima começou a corar e tentou quebrar o contacto.
- Não precisa de ter vergonha de mim, você é a neta que eu nunca tive. – Diz-lhe a velhota.
Rima começou a chorar, emocionada e abraçou a velha senhora sentando-se no seu colo, a senhora começou a afagar o cabelo de Rima. Esta sentia que finalmente encontrar um lugar a que chamar “casa”, onde estaria alguém sempre disposto a recebe-la de braços abertos e com um sorriso reconfortante no rosto.

- Posso? – Ouviu-se uma voz do lado de fora. Rima levantou-se e limpou as lágrimas, sorrindo.
- Sim. – Respondeu a velhota, Shizuna entra na cozinha.
- Boa tarde, Rima queres almoçar em minha casa? – Pergunta Shizuna
- Claro! Até mais logo “vó”! – Despede-se Rima, dando um beijo na face da senhora.

As duas amigas dirigiram-se à casa de Shizuna, sorrindo e falando alegremente. Shizuna dizia que os seus pais tinham saudades de ter Rima lá por casa, e haviam insistido em levar Rima para almoçar. Subitamente uma visão assombra Rima: Zero passeava com Kikuko de mãos dadas.
- Aquele anormal não perde tempo. – Diz Rima com os olhos a faiscar de ódio.
- Tem calma, deve haver algum mal entendido.
- Mal-entendido? Tens cá uma graça. Oh! Espera, já sei. A loira burra está com medo de se perder e cavaleiro zarolho do Zero disponibilizou-se a ajudá-la. - Respondeu Rima.
- Tem calma. Vamos andando. – Diz Shizuna arrastando Rima por um braço, nisto Kikuko repara em Rima e, maldosa, puxa Zero para si e beija-o.
- Onde é que anda a Sasame quando precisamos dela. – Diz Rima amargamente.
- Rima! – Repreende Shizuna.

- Oh que se lixe! Estou com vontade de armar confusão. – Declara Rima, Shizuna não teve tempo de a impedir, pois quando conseguiu apanhar Rima, já Kikuko estava a agarrar no nariz e Zero a segurar nos genitais.
- Sua c*br*! – Exclama Kikuko, de nariz partido, pregando um soco no lábio de Rima que começa imediatamente a sangrar.
- És uma p*t*! – Responde Rima dando-lhe um pontapé na anca.
- Parem! – Grita Zero, com uma mão nos órgãos magoados, colocando-se no meio das duas.
- Vai à m*rd*! Nota-se que gostavas de mim, nota-se! – Grita-lhe Rima dando-lhe outro pontapé nos genitais.
- Pára Rima. – Suplica Shizuna.
- Ok. Eu paro. Eles não merecem que gaste a minha energia neles. – Replica Rima jogando a mão ao lábio e olhando os dois cheia de raiva. Kikuko ajudava Zero a levantar-se. Shizuna agarrou no braço da amiga e arrastou-a para longe dos problemas.

Em casa de Shizuna.

Shizuna, colocou a chave na porta e entrou com Rima.
- Mãe! Pai! Cheguei! – Grita Shizuna, não se ouve resposta. Nisto ouvem-se gargalhadas que vêm da sala. As duas amigas dirigiram-se à divisão, os pais de Shizuna conversavam alegremente com um sujeito da sua idade e um rapaz.
- E depois ele disse que conseguia invocar o Cat of Fire, e apenas vi uma folha a queimar-se. Ahahah. – Contava o homem.
- Shakow-sensei, eu consigo invocá-lo! – Insiste o rapaz, visivelmente irritado.
- Sim, claro Dry. – Responde o homem afagando o cabelo de Dry.
- Shizuna! Oh, Rima! Que agradável surpresa! – Exclama a mãe de Shizuna, levantando-se para abraçar e dar um beijo em Rima. O pai de Shizuna fez o mesmo.
- O que tens no lábio? – Pergunta o pai de Shizuna.
- Um corte sem importância. – Responde Rima com um sorriso.
- Eu vou buscar um saco de gelo à cozinha para isso não inchar, sentem-se. – Diz a mãe de Shizuna, desaparecendo em seguida.

O pai de Shizuna apresentou Shizuna e Rima a Dry, e Rima a Shakow (Shizuna já conhecia Shakow, pois era um amigo de família).
- Então andaste à luta? – Perguntou Dry.
- Sim. – Respondeu Rima. – Vejo que és um ninja, qual é o teu rank?
- Sou Gennin, participei nos exames mas chumbei logo na 1ª fase. – Respondeu Dry.
- Eu também. – Responde Rima, ainda aborrecida.
- Aqui tens filha. – Diz a mãe de Shizuna dando-lhe um saco com gelo que Rima agradeceu, pondo-o no lábio em seguida.
- Parece que tinhas convidados mãe, eles também ficam para almoçar? – Pergunta Shizuna.
- Sim. – Responde o seu pai.
- Queres fazer um duelo comigo? – Pergunta Dry a Rima. Todos os presentes olham-no surpresos.
- Sei lá… - Responde Rima.
- Parece-me uma boa ideia. Ele precisa de treinar. Aceita? – Diz Shakow.
- Ok… - Responde Rima, encolhendo os ombros.
- Não pareces com vontade de combater. – Observa o pai de Shizuna.
- Ela quer combater, mas com outra pessoa. – Responde Shizuna, sorrindo. Rima dá-lhe uma cotovelada.
- É claro que quero! Que ganhe o melhor! – Diz, já mais bem-disposta.
- Pois bem, assim seja. O duelo será hoje às 19:00. Pode ser? – Sugere Shakow.
- Claro. – Responde Dry.
- Por mim, pode ser. – Responde Rima.

Depois do almoço, no campo de treinos.

Rima estava sentada sobre uma pedra apanhando sol, nisto surge uma sombra que lhe tapa a luz.
- Hei! – Queixa-se Rima.
- Calma, sou eu! – Responde Sora.
- Desculpa. – Responde Rima sentando-se na pedra. – Tudo bem?
- Sim. Já soube que andaste à porrada com a Kikuko e com o Zero. E que tens um duelo.
- É.
- E não contavas à tua sensei? – Pergunta Sora, dando-lhe um carolo.
- Au! Desculpa. Hehe. Sensei? Quer dizer que me vais continuar a treinar?
- Sim. Até o meu primo chegar. – Responde Sora. “Mal sabe ela que a Sasame também vem.” Pensa.
- Que bom! Sabes, até tenho saudades do Lee. Era um pouco louco, mas bom sensei.
- Ahahah! Bem, também vou assistir ao teu duelo, se perderes, não te ensino uns jutsus.
- O quê?! Mais jutsus? Que fixe!
- Só se ganhares.
- Ah, pois… Olha não convides mais ninguém para ver o meu duelo.
- Ok, mas acho que a Shizuna também vai.
- Ela é a minha melhor amiga, não me importo. Não quero é lá o Zero nem a Kikuko.
- Não te preocupes, duvido que apareçam. – “Mais provável era aparecer a Sasame.” Pensa Shizuna.

Fim.
Está aqui a explicação para o duelo.
Filler um pouco lamechas, mas também queria explicar o porquê de a Rima só se ter tornado Gennin aos 16 anos.
Saudades da Sasame?

Eu curti o filler esta bom como os outros que fazes XD.
Metrix o Zero levou com 2 pontapes nos genitais ate tanho pena dele XD.

Está bom, gostei do filler, Dry o que tavas a fazer na casa dos pais Shizuna?

Isso agora.................................XD (acabou off topic alguma coisa pm).

"vó" - > is parece o mê stak açorian (isso parece o meu sotaque açoriano).

Realmente, coitado do zero, com golpes baixos não se brinca...

Bom filler, e boa sorte para o duelo com o Dry

Obrigado pelos comentários meninos.

Ireturn o Dry estava lá, porque o Shakow é amigo dos pais da Shizuna e foi lá almoçar. Só isso.

Eu chamo "vó" às minha avós.