[Kosehiko] - Filler 7 - Nukenin familiar
Haviam-se passado seis horas desde que Sueji se havia sentado num banquinho de madeira em frente ao quarto onde o seu tio estava a ser tratado. Sueji já tinha, inclusivo, adormecido. Foi acordado por uma ninja médica, já com uma certa idade. A ninja abanava-o com um bocado de brusquidão enquanto falava:
- És tu que estás aqui para ver Myupu, rapaz? A operação acabou agora, podes entrar!
Sueji levantou-se, ainda a cambalear um bocado. Não gostava nada que o acordassem bruscamente, mas havia sido exactamente o que a velha tinha feito. Levantou-se e entrou no quarto. O seu tio-avô estava a comer um prato de sopa, com uma cara bastante animada.
- Sueji! – o tio sorriu-lhe – tenho boas e más noticias… As boas foi que a minha vida poderá progredir perfeitamente. Agora as más notícias… Por enquanto apenas poderei fazer missões de Rank D e das mais baixas possível. O médico diz que tudo vai depender da minha recuperação. O coração apanhou um golpe superficial em meia lua.
- Isso não são tão más noticias Myupu-san. Se precisares da minha ajuda em questões de sustento de família, estás à vontade.
- Obrigado, Sueji-chan, mas acho que não vai ser necessário. Por falar em questões de família… - Myupu calou-se e olhou para a enfermeira que estava dentro da sala, como que lhe pedindo para sair. Esta fez uma vénia, saiu e Myupu continuou a falar – Não sei se já sabes… Mas têm o meu filho sobre suspeitas – Sueji acenou enquanto bebia água por uma palhinha – acham que está ligado a actividades nukenins. Eu não sei se é estar a pedir demais… Mas se me pudesses ajudar a descobrir o que se passa com ele, era muito bom. Ele tem andado desaparecido… Só vem a casa para dormir, já nem de manhão o vejo. Vem sempre muito cansado… Custa-me muito investigar um filho meu, mas acho que é necessário. Tive ordens extremas do Hokage. Ele disse que se não me encarregasse do assunto rapidamente… Que iria ordenar à ANBU para o seguir. Eu não quero isso! A ANBU por vezes não têm muito cuidado.. Ainda matavam o meu rapaz por acidente..
- Não te preocupes, Myupu-san! – Sueji sorriu, e parou de beber da palhinha – Eu vou encontrá-lo… E provar que isto de ele estar ligado a nukenins não é nada de mais além de uma mentira. Provavelmente ele está apenas a fazer treinos intensivos, não temos como nos preocupar.
Depois de sair da sala e se despedir o tio, voltou à casa de Kadmos. Aksimaru e Takatsuya já não estavam lá, e tinham deixado a casa de Kadmos num estado minimamente aceitável. Porém, havia uma coisa nova na Zambatou. Sueji mirou-a bem e reparou que tinha a sua hitaite selada na espada. De lado tinha um papel deixado por Aksimaru:
“Sueji, finalmente percebi totalmente os motivos de teres desistido dos exames. Se queres que te diga nem acho que seja assim tão mau, ei de te contar a história de um familiar meu que desistiu também e foi o único chuunin no tempo dele. Aqui está uma pequena prenda para ti, achei que ias gostar. A Takatsuya acha que desististe por causa do medo. Priva algum tempo com ela quando tiveres uma horita livre.
Aksimaru Nara.”
Sueji levantou a Zambatou. Já não tinha de estar sempre a ajustar a velha hitaite, que tinha ganho a fazer um exame um pouco estúpido. Guardou a fita no bolso, e foi ao seu quarto em casa de Kadmos. Guardou lá a Zambatou, e todas as suas armas. Apenas levou como sempre, a sua garrafinha de água num bolso especial que tinha nas calças. Os seus olhos roxos brilhavam ao olhar para a Zambatou renovada. Saiu de casa, e dirigiu-se ao gabinete do hokage.
- Bom dia… Hokage-sama?
- Bom dia rapaz… - quem estava sentado na poltrona do Hokage não era Loki, mas sim outra pessoa – Sou o capitão do 1º esquadrão da ANBU de Konoha, Yamato. O Hokage Loki-sama mandou-me ficar aqui a tratar de entrega de missões e atendimento de cívis/shinobis. Precisa de ajuda?
Yamato disse aquilo de uma tirada só, e de uma cara tão séria que Sueji ficou de boca aberta a olhar para ele. Depois voltou a si e perguntou:
- Eu vinha saber mais sobre Hozuki Risoku… Deixaram a investigação com o meu tio, e ele pediu-me ajuda. O prazo para o “caso” ser entregue à ANBU ainda não acabou, por isso creio que posso ter acesso a algumas informações?
- Não vejo nenhuma hitaite… De certeza que és um shinobi?
- Sou sim, tenho a minha hitaite na Zambatou. Não a trouxe, visto que é muito pesada.
- És o miúdo de Kirigakure! Aquele que lutou contra Kazuki Hitsuyaga. Gostei de te ver a lutar, mas não me lembrava da tua cara. Desculpa, mas não te vou puder fornecer todas as informações… Tenho uma pista para tí – dizem que ele é visto todos os dias a 5 quilómetros do portão este. Está sempre sozinho, a lutar com uma árvore, a magoar-se a ele mesmo. Já se tentaram aproximar dele… Dizem que fica hóstil a quem se chega muito perto dele, e ataca para matar. Isto tudo por volta das 18:00 H. Já são 17:46… Podes ir andando.
- Obrigado, Yamato-sama.
Sueji dirigiu-se ao portão este, e andou começou a andar. Não tinha ideia como seria o seu primo, mas logo veria. Continuou a andar, até que viu uma silhueta lá ao fundo, escondida pela sombra feita pelas árvores. Sueji chegou-se algo perto, mas não muito.
- Hozuki Risoku, és tu? – Sueji perguntou, mas o primo continuou a bater na árvore, dando inclusive cabeçadas.
- Tenho de o matar… Sim… Não!
Risoku falava sozinho, e sempre que se decidia a matar a pessoa de quem falava, dava uma cabeçada na árvore e gritava “Não!”
- Risoku… Eu sou teu primo. Por favor, olha para mim, e vamos conversar.
- Vão-me reconhecer… Um dia, o meu nome vai estar por todo o lado… - Risoku parecia um louco, olhando de baixo para Sueji – Eu tenho de arranjar coragem! Se eles me vêem assim é o meu fim, de certeza.
Risoku levantou o olhar, e pareceu finalmente detectar a presença do primo.
- TU! AJUDA-ME! – Risoku agarrou com uma mão a t-shirt completamente branca de Sueji – Não… Tu não serves para entrar. Hozuki… Sueji, é assim que disseste? Pareces-me um bom rapaz, tomara que nos tivessemos conhecido em melhores condições. Foi o meu pai que te mandou aqui?
Sueji acenou, um bocado assustado com a reacção do chuunin Konohagakuriano.
A resposta deste foi um bocado estranha. Sorriu radiante, e pegou numa pedra. Sueji tentou libertar-se, mas o primo era mais forte. Pegou na pedra, e mandou-lhe direitinha na cara. Sueji cambaleou, e caiu. Ver o primo a saltar para cima de uma árvore e fugir foi o último vislumbre que teve antes de cair desmaiado.