- Tu!? – Disse Ankuko admirado.
- Sim eu, qual a admiração? – Disse o homem.
- Era das últimas pessoas que eu esperava ver aqui. – Respondeu Ankuko.
- Você é o homem que me foi visitar ao hospital… - Disse Vitan.
- O que? Tu conhece-lo? – Disse Ankuko, ainda mais surpreendido.
- Sim, ele veio à tua procura quando nos encontramos em Tanigakure.
- E tu nunca me disseste?
- Não me lembrei, também ele chegou num pé e abalou noutro.
- Quem é ele? – Perguntou Sophia ao ouvido de Vitan.
- Eu? – Disse o homem.
- Ahh, você ouviu? – Perguntou Sophia atrapalhada.
- Eu ouço sempre a voz de uma bela donzela. – Respondeu este agarrando na mão de Sophia. – Sempre que uma mulher estiver em perigo, sempre que uma mulher chorar, sempre que uma mulher precise de um ombro amigo, sempre que uma mulher… desde que seja mulher pronto. O CUH EKA ESTÀ LÁ! – Gritou Cuh Eka fazendo uma pose onde coloca um braço no ar, o braço direito sobre as virilhas (Estilo Michael Jackson), dá uma volta, puxa duas vezes a virilha, e termina com os braços cruzados e um sorriso altamente exagerado.
- Já começa o espectáculo. – Disse Ankuko, baixando a cabeça.
- Ah pois é, já me lembro, é isso, Cuh Eka, já não me lembrava. – Disse Vitan, batendo com a mão na cabeça.
- Mas o que fazes aqui? – Perguntou Ankuko. Cuh Eka aproximou-se da mesa, e puxou uma cadeira a um casal da mesa ao lado.
- Obrigado, já agora, a sua namorada anda com outro. – Disse Cuh Eka, virando-lhe as costas.
- O que? – Perguntou o homem, chateado.
- Ela tem a marca da aliança no dedo, e pelo bronzeado parece ser recente, ou ela a tirou para ir a praia, o que é pouco provável, ou não quer que saiba que é casada. – O homem levantou-se e saiu do bar, seguido pela acompanhante, que pedia perdão.
- Bem, prosseguindo, eu vim a Kumo, já à algum tempo quando ouvi dizer que tinhas desaparecido do recinto de Kirigakure, e que havias sido visto em Kumo, ficamos em pânico quando soubemos que havias desaparecido, todos pensávamos que tinhas morrido, mas quando ouvimos estes rumores, eu vim o mais rápido que pude. Quando cá cheguei, o Vitan confirmou-me os rumores de que estavas vivo mas pouco mais se sabia, e eu voltei para Suna. Passei mais alguns meses a tentar descobrir o teu paradeiro, mas sem sucesso, foi então que novos rumores sugeriam que estavas em Konoha, e parti à tua procura, calculei que tudo isto era coisa do Antetsu, mas quando lá cheguei ele negou tudo, como era de esperar mas eu também não tinha provas e nada podia fazer.
- O Antetsu está morto. – Disse Ankuko, interrompendo Cuh Eka.
- Está morto? Mataste-o? – Perguntou Cuh Eka admirado.
- Não, um dos homens que tem perseguido Vitan é que terminou a sua vida, mas não falemos disso, ele está morto e bem enterrado, não importa.
- Concordo, bem depois de uma vez mais voltar a Suna de mão a abanar, novos rumores surgiram, isto de recolher informações tem que se lhe diga, há rumores diferentes a cada esquina. Foi então que descobri que te encontravas novamente em Kumo, fiz as malas e vim o mais rapidamente possível, e felizmente encontrei-te.
- Ok, então e pensas ficar muito tempo?
- Já tenho casa e tudo.
- O que? Tás a gozar? – Perguntou Ankuko, surpreendido.
- Bem, tecnicamente ainda não tenho, está em ruínas ainda, mas irei ter.
- Como assim? – Perguntou Ankuko.
- Vitan, eu gostaria de saber se me deixas ser o primeiro morador oficial de Tanigakure? Eu tenho dinheiro suficiente para te pagar. – Afirmou Cuh Eka.
- Da minha parte não vejo problema, ainda nem sequer começamos a reconstrui-la, nem sei se seremos capazes, mas se realmente quer viver em Tanigakure, não vejo porque não, eu pretendo abrir a vila a todos aqueles que procurem um local para descansar e viver pacificamente.
- Então está decidido, até lá, vou viver na tua casa Ankuko.
- O que? Mas tomas a decisão sozinho sem me consultares? Apareces do nada e já queres ir invadir a minha casa. – Respondeu Ankuko, mais por inconformismo do que zangado.
- Vá lá não sejas assim, eu percorri meio mundo à tua procura, achas que não podes dar um tecto aqui ao amigo Cuh Eka?
- Vale a pena eu dizer que não… claro que podes.
- Obrigado Ankuko, és o maior. – Disse Cuh Eka abraçando-se a Ankuko.
- Ei, larga-me, já percebi que me estás grato e contente por me ver, mas já chega.
- Desculpa, emocionei-me. – Disse Cuh Eka, tirando de um lenço aos corações do bolso, e assoando-se sonoramente. – Isto também me vai ajudar a escapar ao processo de assédio sexual que uma velha me pôs lá em Suna.
- Tu não mudas… - Disse Ankuko.
- Vitan como agradecimento, hoje à tarde vou ser eu a treinar-te, que te parece? Se o teu sensei te deixar claro.
- Por mim não há problema, o Vitan é que decide.
- Por mim pode ser…
- Então está marcado, hoje ás 2 da tarde, aqui no bar.
- Ok, pode ser.
- Sr. Cuh Eka, não quer uma visita guiada pela vila? Temos muito que conversar. – Disse Hiagushi.
- Sr.? Não me trate assim, Cuh Eka é suficiente. E claro, agradeço o convite. – Ambos abandonaram o bar, em direcção às ruas de Kumo.
- Bem, e eu tenho coisas para tratar com o Raikage, até logo. – Disse Ankuko.
- Eu também tenho de ir. – Respondeu Vitan.
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Ai está ele de novo, o tão aguardado retorno de Cuh Eka.