Uma semana se passou na casa daquele bom estranho, de nome Kaku, em que Mytsuga como bom hospede ajudava a cuidar. Pela manha levantava-se sempre com o nascer do sol e ajudava Kaku a alimentar as poucas galinhas e cabras que este possuía. De seguida cuidavam da pequena horta que se encontrava nas traseiras da casa regando e adubando os vegetais. Pela tarde davam longos passeios pela floresta em que Mytsuga absorvia as historias que Kaku lhe ia contando sempre que paravam a beira de um lago ou qualquer outro lugar onde a sua beleza fosse digna de se admirar, para descansar as pernas e para petiscar algo que traziam na pequena bolsa que traziam as costas. Mytsuga fascinava-se com as historias contadas por Kaku, este contava acerca das suas viagens e peripécias de quando era mais novo no tempo em que corria o mundo sem destino apenas contando com as suas aptidões ninjas e amizades que fazia pelo caminho. Mytsuga embalava-se ao ouvir aquelas historias invejando aquela vida.

Assim foi passando o seu tempo na casa de Kaku. Estava tudo perfeito para Mytsuga, nem mesmo as tarefas domesticas o faziam torcer o nariz. Sendo filho de gente abastada e tendo vivido sempre numa casa com óptimas condições isso não se aplicava a ele, sendo desde sempre obrigado a realizar todo o tipo de tarefas em casa e pela primeira vez fe-lo com gosto. Mesmo sendo tudo perfeito durante o dia o mesmo não acontecia durante a noite. Durante a noite era assombrado por visões repetidas daquela noite em que tudo mudara na sua vida. A noite em que fora rejeitado, a noite em que os seus pais renunciaram ao seu direito e dever como tal. Acordava varias vezes de noite sobressaltado e todo suado voltando novamente e relutantemente a adormecer.

Todas as semanas Kaku ia a aldeia de Kuryu comprar mantimentos e por-se a par das noticias que era a aldeia com mais movimento e maior naquela região e certo dia depois de Kaku regressar da aldeia, este dirigiu-se a Mytsuga que se encontrava sentado junto a uma árvore. Sentou-se junto dele num tronco ali deitado e num tom serio disse-lhe - Não sei se sou pessoa de dar abrigo a bandidos. - Mytsuga muito atrapalhado tentou abrir a boca mas nao disse nada e baixou a cabeça olhando para o chão. Nem pensou que aquela noticiaia chegar aos ouvidos de Kaku quando este fosse a aldeia. - Na aldeia não se fala de outra coisa a não ser do assassinato de três homens pela mão de um rapaz de 14 anos de nome Mytsuga. O que me tens a dizer sobre isto? - perguntando Kaku com um tom acusador. - Foras da lei nunca hão-de ser bem vindos em minha casa rapaz - disse por fim enquanto se virava - vou fazer o jantar, pensa bem antes de me dizeres o que quer que seja! - e com isto dirigiu-se para casa a fim de preparar o jantar.

Mytsuga estava em choque, sentia-se perdido, a única pessoa que achava que o podia salvar daquela situação toda acabara de saber de tudo e obviamente pensaria que ele era um fora da lei e que tinha morto aqueles três homens. Durante cinco minutos uma teia de pensamentos atabalhoados vieram-lhe a uma velocidade tal que ele não conseguia raciocinar decentemente e pensar no que deveria dizer a Kaku. "Estou sozinho, Kaku agora manda-me embora e agora vou estar, mais que nunca, sozinho neste mundo que nada foi do que cruel. Vou aceitar o que quer que seja a decisão dele, pois sei que é um bom homem, e vou para nunca mais voltar" pensava Mytsuga enquanto se levantava limpando as lágrimas dos olhos com a manga do braço direito. "O que quer que venha a seguir acabou, a minha vida acabou!" e desistindo da vida Mytsuga percorreu aquela distancia ate a porta de casa arrastando-se.

- Kaku sei que nao acreditas em mim mas não fui eu que matei aqueles homens, mas estou preparado para ouvir a tua resposta e a tua decisão! Obrigado por me teres resgatado naquela noite e obrigado por me teres acolhido na tua casa, és um bom homem e sinto-me honrado em te ter conhecido. Agora vou-me embora e não te chateio mais e não te meterei mais em problemas. - Dito isto Mytsuga baixa-se para pegar na sua mochila mas de repente sente uma mão que lhe interrompe o movimento. - O que dizes rapaz? Que te vais embora? Não sejas precipitado! A palavra de um homem é sagrada! E se dizes que és inocente assim o considerarei pois ate hoje provaste-me que posso confiar em ti! Não sejas convencido pensando que sabes ler a mente das pessoas rapaz! Ai esta um grande ponto fraco, tanto na vida como no campo de batalha, nunca deves tomar como certo o que quer que seja. Aprende isto rapaz. - Mytsuga paralizou ao ouvir aquelas palavras. Sentiu que o abraçavam dando-lhe segurança e força. Subitamente lágrimas não de tristeza mas de alegria lavaram-lhe o rosto e então Kaku continuou. - Rapaz! Um fugitivo como tu nao pode andar por ai indefeso e correr o risco de ser apanhado por um crime que não cometeu! A partir de hoje considera-te meu discípulo!

Mytsuga numa explosão de alegria e num ataque de choro salta para cima do seu novo sensei e abraça-o. As lágrimas correm-lhe como rios e ate os animais de Kaku cá fora estranham aquela berraria e choradeira toda levantando a cabeça. - Larga-me rapaz! Que pensas que estas a fazer? Nao tens lenha para ir buscar? - Diz Kaku enquanto tenta desembaraçar-se de Mytsuga.

Mytsuga por fim controla-se e limpa os olhos.Dirigi-se para a porta e ao atravessa-la com um grande e sincero sorriso diz - Obrigado! Prometo ser um aluno aplicado e fazer orgulhoso o meu Sensei!

(Mais uma vez peço desculpa pela acentuação =\, teclado da buffa =\ )

eu gostei novamente ^^ Já não vi desta vez a falta de palavras, voce apenas pecou um pouco nas vírgulas, mas mesmo assim achei o texto interessante.
Interessante tambem foi o lado emocional, gostei de como voce descreveu a faze "sensivel" que seu personagem está passando, parabens ^^

Faço as minha palavras as do Drow, o filler está bem escrito com poucos erros ortográficos.
Vamos lá continuar e o melhor........ Melhorar

obrigado pessoal =) Yanx acho que se pode dizer tinha morto senão pode-se dizer tinha matado