Nido acordou com uma estalada forte na cara. Ainda nem tinha aberto os olhos mas já tinha em mente quem lhe tinha feito aquilo. Abrindo os olhos e ajeitando o seu cabelo negro, olhou para o seu mestre:
-Talvez também funcione um empurrãozinho, umas palavrinhas?!?
-Um empurrãozinho…Ok…
O mestre temporário de Nido, Borude empurrou Nido para o seu lado direito, o que o fez cair dentro da água gelada do lago:
-Porra pá! Não sabes acordar uma pessoa direito? - Gritou Nido.
-Pediste um empurrãozito, deito…
Nido nem queria acreditar. Ainda não tinha começado o treino e já estava pelos cabelos pelo seu mestre:
-Sai da água, tens que aprender uma técnica.
O Aburame ajeita o cabelo molhado e sai da água. Já fora da água Borude começa a falar:
-Vais ter que fazer alguns exercícios de força. Esses braços fazem-me impressão…
Nido abaixou-se, pôs-se em posição de flexão e começou a fazer flexões:
-Uma, duas, três, quatro…
Nido aguentava bem as primeiras, mas quando chegava à vigésima já estava cansado. Simplesmente parou, deitou-se de barriga para baixo e esticou os braços, pronto para recomeçar:
-Espera, eu não disse para fazeres flexões! Mas, também gostei das que fizeste. O que tu vais fazer é: sentar-te de pernas abertas, posicionar os braços entre as pernas e fazer força para levantares o cu do chão. Depois de o levantares, vais elevar as pernas ao máximo e fazer o pino. Quando estiveres a fazer o pino, fazes o pino durante 10 segundos e depois repetes… Isso é um exercício de força, agora mariquices… Podes começar a fazer!
Nido farto das palavras de Borude posicionou-se como o mestre lhe tinha dito. Começou a fazer força nos braços, tentando levantar o rabo do chão. Depois de pouco esforço, o seu rabo já estava a 2 centímetros do chão. Começou a levantar as pernas, mas os braços doíam das flexões e deste exercício. Depois de alguns segundos a levantar as pernas, estava a fazer um pino perfeito. Esperou na mesma posição durante 10 segundos e depois deixou-se cair. Que alívio. A dor desaparecera e os braços estavam em total descontracção:
-Já fiz!
- O que? À já fizeste… desculpa não vi, podes repetir?
O cérebro do Aburame parecia que ia rebentar. Mas, limitou-se a repetir. Embora difícil, era sempre melhor que lutar contra o seu mestre e acordar mais tarde agarrado a uma árvore. A dor voltara aos braços de Nido quando estava já com o rabo elevado. Fez um esforço tremendo para conseguir terminar o exercício sem fraquejar e tudo o que recebeu foi um: “Boa…”. Enervado levantou-se e olhou o seu mestre nos olhos:
-Mais alguma coisa?
-Sim, estás a ver aquela pedra ali? – Nido olhou e viu um grande rochedo. – Tens de fazer um buraco nela com pelo menos 2 cm. Eu fico à tua espera.
Nido virou-se e foi de encontro ao rochedo. Fechou os punhos e com muita raiva começou a bater no rochedo:
-1,2,3,4…
Dava quatro murros rápidos seguidos esperava 1 segundo e recomeçava. Cansativo mas eficiente. Não muito tempo depois, Nido tinha as mãos em ferida, com sangue. Nido observou e começou a dar pontapés. Sempre de direita. Quando a sandália tinha contacto com a pedra, havia dor no pé. Pouco tempo depois, Nido foi ter com o seu mestre e falou:
-Já está. Posso fazer uma pausa?
-Claro.
Borude tira um ramen da pasta e dá a Nido. Este esfomeado come que nem um louco enquanto o mestre come o mesmo que o aluno. Terminada a refeição, Nido levanta-se e diz:
-Estou pronto para aprender a técnica.
-Muito bem. Tens aqui uma pequena porção de tinta e um pincel. Empresto-tos até ao pôr-do-sol, para dominares a técnica. Basicamente é assim, molhas o pincel na tinta, concentras chakra no pincel e desenhas duas, três cobras, se quiseres até quatro. O objectivo é que elas ganhem vida e vão prender alguém, neste caso o teu oponente que vai ser este tronco de madeira. Podes ir.
Nido olhou para o tronco de madeira. Era médio, castanho claro, com dois ramos para fora, o que parecia um braço e uma perna, grosso e tinha algumas folhas. O Aburame foi para o meio da floresta a segurar o tronco e os utensílios. Já na floresta pousou o tronco e segurou no pincel. Pôs o frasco de tinta no chão e molhou o pincel. De seguida concentrou chakra no pincel e desenhou duas cobras no chão. Mas, simplesmente não se mexeram. Nido preparou-se outra vez. Concentrou chakra no pincel e voltou a desenhar as cobras no chão, desta vez utilizando mais chakra. Agora sim as cobras se mexeram, mas não muito, limitaram-se a andar até ao tronco e ficar a “olhar” para este. Nido pensando que aquilo não iria ser fácil preparou-se outra vez. Concentrou chakra no pincel e desenhou as cobras. Estas finalmente foram rapidamente ao encontro do tronco e subiram-lhe pelos dois ramos. Não estava dominada, mas estava aprendida. Voltou a concentrar chakra no pincel e desenhou duas cobras na erva. Estas mexeram-se rapidamente e subiram ao tronco. Lá prenderam ambos os membros ao tronco. Nido sorriu e pensou que tinha dominado a técnica. Mas depois lembrou-se de fazer com 3 cobras. Voltou a molhar o pincel na tinta e concentrou chakra no pincel. Desenhou três cobras que se mexeram até ao tronco. Mas apenas duas prenderam o tronco. Tentando novamente, Nido cria três cobras e concentra mais chakra. Desta vez sim todas as cobras prendem o tronco, parecendo que se este se mexesse ficaria imóvel. Nido pensa então ir mais além. Desenha 3 cobras gigantes no chão e enquanto desenha vai concentrando todo o seu chakra restante. As cobras ganham vida e vão directamente ao tronco, prendendo-o. Nido faz um sorriso de orelha a orelha. Pega no tronco, fecha o frasco de tinta e corre para o local onde estava Borude. Este olha para Nido e fica no centro da clareira. Olha para Nido e diz:
-Aqui estou eu. Faz-me ficar preso. Quando quiseres.
Nido abriu o frasco de tinta, pegou no pincel e concentrou chakra neste. Molhou o pincel e desenhou três longas cobras de tinta. Estas ganharam vida e foram rastejando até aos pés de Borude. Estas começaram a subir pelas pernas do mestre. Depois de estarem enroladas às pernas e braços do mestre, pararam. Depois começaram a apertar tentando juntar os membros fazendo com que estes não se mexessem. Depois de esperar um bocado mexeu o braço. Ainda conseguia mexer um bocado mas não muito. Rapidamente Borude pega numa kunai e corta uma cobra. Logo se que se vira para cortar a outra, a que foi cortada reaparece:
-Muito bem! Fica com o pincel e com a tinta. Dominaste a técnica. Amanhã à mais treino!