Não conseguia respirar, a prisão feita de água por aquele Jounnin afogava-me cada vez mais. Do lado de fora era-me possível ouvir os Jounnin bêbados de risos enquanto me observavam.
-Agora…tudo acabou! – Pensei, os meus olhos iam semi-cerrando, sentia a morte tão perto.
-Katon: Gōkakyū no Jutsu! – A última coisa que vira era uma enorme bola de fogo a atravessar as árvores e indo na minha direcção, queimava tudo o que tocava, de cada vez mais perto e eu já não aguentava mais, fechei os olhos e esperei pela morte.
Voltei a respirar num ápice, via a cara de Yasuo a afastar-se da minha, acabo por tossir toda a água que tinha dentro de mim e ainda me custava a respirar. Lentamente olho para o meu redor, ainda estava à beira do rio, mas à minha beira só estava Yasuo, os outros bêbados haviam desaparecido.
-Y-yasuo… - ainda me custava a falar, com o apoio de Yasuo consigo me levantar lentamente e sentar-me na relva.
-Tsutao, que confusão arranjaste agora? – Yasuo mete a mão à cabeça mostrando-me claramente que estava farto dos meus problemas, como se eu arranjasse muitos.
-Não me apetece falar sobre isto – e não me apetecia mesmo, ser atacado por bêbados e correr perigo de vida, não era o tema de conversa que eu queria ter agora.
Preparamo-nos para ir embora, mas uns arbustos mexem-se soltando um pouco de barulho.
-Shiii! – Yasuo sussurrara colocando o braço à frente do meu peito para que eu não me mexesse ou fizesse qualquer tipo de barulho.
Eu sabia que aquele Jutsu do Yasuo não ia chegar para deter dois Jounnin, os dois Jounnin então decidem mostrar a sua cara saindo dos arbustos, ziguezagueando mostrando como estavam embriagados.
-Não podemos sair daqui sem os despachar – sussurra Yasuo ainda na mesma pose de ao bocado. Não me apetecia lutar mais, já estava cansado o que chegue e só me lembrava da minha linda cama.
O Jounnin de cabelo branco dava o primeiro passo rindo-se para nós de uma forma sádica, enjoativa para nós.
-Tsutao, ele quer violar-te? – Yasuo não estava claramente a perceber nada da matéria, devia de o manter calado e concentrar-se no que vinha, mas para quê? O meu irmão mais novo era muito mais forte que eu.
O Jounnin que havia dado um passo em frente corre na nossa direcção, pega num par de shuriken e atira na nossa direcção, eu salto para o lado mas Yasuo abaixa-se e atira outro par de shuriken contra o Jounnin, este salta, eu aproveito que ainda estava no ar e concentro chakra nos pulmões, faço uns selos e grito:
-Katon: Endan! - Da minha boca saía um bola de fogo que ia na direcção do Jounnin em pleno ar, este não a consegue evitar e é empurrado pela força do Jutsu e desaparecendo entre as árvores.
O outro Jounnin é que estava mesmo com um aspecto agressivo, concentra chakra e solta uma bola de fogo gigante (Katon: Gōkakyū no Jutsu), Yasuo não se deixa intimidar e também concentra chakra e faz igualmente os selos expirando a mesma bola de fogo que o Jounnin expirara. As duas bolas de fogo colidem causando uma pequena explosão, Yasuo consegue escapar à explosão saltando para trás, mas eu estava distraído e fui apanhado por ela. O meu corpo foi projectado para longe entrando também na floresta, acabava de deixar o meu irmão mais novo com um psicopata bêbado, esperava que ele ficasse bem. Ainda estava acordado após sofrer tanto, mas farto desta noite. Levanto-me exausto e olho à minha volta, um chicote de água aparece na minha direcção a grande velocidade e eu consigo abaixar-me a tempo, o chicote acabara por acertar na árvore atrás de mim e voltava para o sítio de onde tinha vindo. O Jounnin de cabelo branco surge atrás de uma árvore a olhar-me nos olhos, claramente ele não queria falar. Estava exausto, mas o Jounnin não, não parava de sorrir para mim, via-lhe nos olhos a sede de me matar, ou então a sede de mais vinho, um desses era de certeza. O Jounnin faz uns selos e eu sabia que me ia atacar, eu estava indefeso e duvidava a minha sobrevivência a cada minuto que passava. O Jounnin depois dispara três balas de água da sua boca na minha direcção, tentei levantar-me, não dava! Tentei rebolar para o lado, não dava! Tentei pegar numa shuriken e ripostar, não dava! Rezei para não ir para o inferno, não dava! Tentei cantar à Justin Bieber, não dava! A única coisa que fiz foi fechar os olhos, colocar o meu braço à frente e esperar que o meu anjo da guarda não estivesse de folga hoje… Oiço um bater na água, abro os olhos lentamente e vejo um humano à minha frente, olho de alto a baixo.
-Daisaka-sensei! – Dou um grito de alívio, hoje o meu anjinho não tinha tirado folga.
O Jounnin ria-se e olhava para Daisaka.
-Sensei? Foi isso que te tornaste Daisaka? Num sensei? – o Jounnin partia-se a rir, Daisaka não se mostrava ofendido com a risota e eu mostrava-me estúpido, sim estúpido por não entender a situação mas só sei que chegando a casa ia rezar trinta mil “avé marias”
-Eikechi, como fugiu? – Parecia conhecer aquele bêbado de algum lado, eu só me afastava dos dois e refugiava-me nuns arbustos, estava cansado, encostava-me a um tronco numa árvore.
-Fugir? Fugir de onde? Eu… eu…. Aquilo não era a minha casa! – Eikechi grita muito alto, a sua cara de prazer transformara-se em pânico – Eu nem sei… nem sei porque me enfiaram naquilo!
Daisaka dá um passo em frente colocando as mãos entre os dois.
-Eikechi, calma amigo! Tu… precisas de cuidados… eu…Konoha pode dar-te esses cuidados – Daisaka-sensei estavam notavelmente a moderar as suas palavras, inquestionavelmente Eikechi era um maluquinho qualquer que possivelmente esteve internado num manicómio.
-Cala-te! Tu não sabes nada, cala-te! Estou farto disto, prefiro morrer a voltar para lá! – Os gritos de Eikechi eram cada vez maiores, eu estava assustado, Eikechi tinha pegado numa kunai e apontava para o seu próprio pescoço.
-Prefiro….morrer…que voltar…para lá! – O louco começara a chorar, a kunai aproximava-se cada vez mais ao pescoço, ele parecia claramente querer suicidar-se.
-Eikechi, calma por favor! – O sensei aproximava-se cada vez mais de Eikechi.
-Cala-te! – E Eikechi gritou uma última vez, empurrou a kunai para a frente e cheio de força de vontade espeta-a no pescoço até ela o trespassar por completo, o sangue que corria pelo pescoço saía pelo orifício causado pela kunai. O corpo imóvel de Eikechi acaba por cair no chão.
Daisaka faz uma cara de pena, eu estava incrédulo, aquele sujeito preferiu suicidar-se a ir para o manicómio, ou lá onde vivia. O sensei virava-se para Tsutao e aproximava-se dele lentamente.
-Tsutao, onde está o outro?
-O outro? – Parei para pensar, aí lembrei-me, Yasuo tinha ficado a lutar com o outro louco – Está com Yasuo!
Ouve-se um estrondo, Daisaka não hesita e segue o barulho, ao chegar vê o outro Jounnin de pé a rir-se para Yasuo que por sua vez estava deitado no chão queimado.
-Fuyuki! – Daisaka soltara um grito com o nome do outro Jounnin.
-Como ele sabe o nome deles todos? – De cada vez percebia menos do assunto, e estava assustado.
-Daisaka, bons e velhos tempos… - sussurrava o Jounnin voltando-se para trás. Daisaka olha-o incrédulo.
-Como fugiu Fuyuki? Como?
-Eikechi, finalmente suicidou-se não foi? – Fuyuki não se preocupava com o tema de Daisaka – Ele já estava para fazê-lo à muito.
Eu aproximo-me de Yasuo.
-Yasuo está tudo bem? Yasuo! – Abanava com o corpo dele na tentativa de acordá-lo. Este sorri misteriosamente.
-Dan Dan, não faça isso! – Claramente estava a sonhar com Dan Dan, eu não ligo, apercebo-me que estava acordado e coloco o seu corpo no meu ombro.
-Tsutao, vai para longe e espera por mim! – Daisaka pega numa Zanbatou, eu olhava para trás e via que Fuyuki tinha um Fuuma Shuriken nas mãos. Não hesito e começo a correr com o corpo de Yasuo aos ombros, corria e corria, minutos depois oiço uma explosão atrás de mim. Mas continuo a correr, na esperança de me conseguir salvar daquele inferno.
_______________________________
Continua…
_______________________________
Nota: O meu Microsoft Word não conhece o Justin Bieber, afinal ele não é assim tão famoso .
Nota2: A partir de hoje escrevo na 1ª pessoa, mais tarde explicarei.
Assunto: Filler 5 - Fuga do manicómio (parte II) 
Qui 21 Jul 2011 - 14:56
