- Citação :
- Olho para trás e vejo Dan Dan completamente estorricada, eu diria morta. Olho de frente e a sensei já lá não estava, ajoelho-me no chão e ponho as mãos nos cabelos.
-A sensei não era capaz de matar a Dan Dan-chan, não era! – Grito enquanto caio completamente no Genjutsu – Mas espera…
Olho à minha volta, algo estranho pairava no ar, concentro chakra na cabeça e faço um selo.
-Kai! – Tudo à minha volta muda, a Dan Dan desaparece e eu caio em mim, finalmente…
Saio do Genjutsu posto por Sayuri-sensei. Olho à minha volta e vejo a sensei a pegar no corpo de Dan Dan e a pô-lo ao ombro. Naquela posição conseguia ver o grande e atraente decote da rapariga, obviamente viro a cara para o lado e tento ignorar a tentação.
-Passasse alguma coisa Tsutao-san? – Pergunta a sensei aproximando-se do rapaz.
-Nada sensei, nada… - Minto virando costas para as duas evitando o pecado.
-Muito bem, então vamos voltar para o acampamento! – Ordena a sensei pondo-se a caminho do acampamento.
-Hai! – Obedeço seguindo-a de imediato. Mas enquanto a sigo eu podia ver algo de bom, conseguia ver o rabo de Dan Dan que, naquela posição, ficava de uma forma que me deixou a babar, tentava não olhar mas era-me impossível, totalmente impossível.
No acampamento…Finalmente chegamos, o acampamento ficou igual a como o deixávamos, duas tendas grandes e uma fogueira acompanhada por uma mesa de madeira no centro. A sensei dirige-se logo para o centro e pousa o corpo da rapariga no chão, eu limpo a baba que se aglomerava na minha boca e acompanho a sensei. Quando lá chego vejo Yasuo e Oichi a trocarem palavras e a rirem-se um para o outro sentados à mesa. Rapidamente acompanho-os em conjunto com a sensei. Dan Dan também pareceu acordar e levanta-se, devagarinho.
-Ai, ai, ai… que dor sensei! – Reclamava a rapariga caminhando para a nossa direcção lentamente.
-Desculpa-me Dan Dan-san, posso ter exagerado! – Desculpa-se a sensei bebendo um pouco do
sake que estava no copo e depois lança-me um olhar de lado muito bem escondido –
Mas pelo menos pude testar o Tsutao, pelo menos no seu total empenho, eu acho…O meu irmão levanta-se e ajuda a aleijada a aproximar-se da mesa deixando-a sentar-se ao seu colo, a rapariga não rejeita e senta-se sobre as pernas dele enquanto este a agarra carinhosamente. Eu fico a invejá-los, no meu mundo eu era quem estava a dar amor a Dan Dan e o meu irmão era quem roía a mesa de inveja, no meu mundo claro!
-Alguém encontrou o prémio? – Pergunta Yasuo super-curioso enquanto troca mimos com a namorada.
-Não existia prémio nenhum juventude! – Cortava a sensei bebendo outro gole, todos mostramos claras caras de desapontamento então a sensei tenta suavizar a situação – Para compensar faço o jantar! Arroz tudo bem com isso?
Todos acenamos com a cabeça positivamente e cada um sai da mesa para dar espaço à magia da sensei. E Oichi deu uma ideia, enquanto a sensei cozinhava todos íamos tomar banho num rio aqui perto que a rapariga descobrira enquanto procurava pelo tesouro, separados é claro. Eu e Yasuo pegamos em toalhas e, todos empolgados, corremos para o rio. As raparigas foram para outra zona bem afastada da nossa enquanto a sensei fica sozinha a preparar a comida.
No rio…-Que nojo irmão, estás nu! – Resmunga Yasuo tapando a cara com as mãos por ver-me nu.
Olho-o de alto a baixo, ele também estava nu, mas eu não fazia um alvoroço por causa disso, começava então a esfregar todo o meu corpo pois aquilo era um banho.
-Cala-te Yasuo, também estás nu! – Resmungo enquanto aproveito bem o banho.
O meu irmão chega mesmo a calar-se e fica a olhar para mim seriamente enquanto eu tomo o meu banho sossegado. Mas ele não fazia nada, parecia uma estátua enquanto olha-me a tomar banho, sinto-me incomodado (cheguei a pensar que ele estava a gostar de ver-me nu) e atiro-lhe o pequeno pano para ele se lavar, este apanha reflexivamente. Começo então a molhar-me mas o meu irmão fica a olhar para o pano e depois para mim, ora para o pano, ora para mim, então finalmente decido intervir.
-Queres alguma coisa?
-Como se usa isto? – Pergunta pegando no pano só com um dedo enquanto o abana de um lado para o outro.
-
Devia de te adivinhado! – Pensei enquanto olho para o Yasuo a fazer mal-uso do pano –
Ele raramente toma banho…Aproximo-me dele e explico-lhe como usava o pano para se lavar usando-o em mim, ele acenava com a cabeça parecendo entender tudo, dou-lhe o pano para a mão e ele consegue desenrascar-se. O resto do banho passou-se nas calmas e nós saímos do rio, pegámos na toalha, enrolámos à volta da cintura, pomos as nossas roupas ao ombro molhado e dirigimo-nos para as tendas. Quando lá chegamos Yasuo dirige-se para a tenda esquerda e entra todo ensopado, eu dirijo-me para a outra tenda e entro nela fechando o fecho ao entrar.
-Tsu-kun? – Perguntava uma voz por detrás de mim.
Acho estranho a voz ser feminina e viro-me. Apanho um susto do caraças quando vejo Oichi e Dan Dan completamente nuas a olhar para mim, as duas ficam petrificadas a olhar para mim de igual forma e soltam um pequeno grito pegando nas toalhas perto delas para as taparem.
-Que estás aqui a fazer Tsutao? – Grita Oichi aproximando-se demoniacamente de mim.
-Eu… eu… número errado! – Gritava virando-me de costas enquanto tentava abrir a tenda, mas o fecho estava outra vez encravado, olho para trás e vejo a Oichi cada vez mais perto de mim. – Estou a ter um déja-vu! – Gritava quase a chorar pelo fecho não se abrir num bom momento pela segunda vez.
Trinta minutos depois…Estamos todos sentados à mesa, cada um com prato à sua frente e hacchis para comerem. Eu estava de cabeça baixa, envergonhado com a situação. O meu cabelo, molhado e colado à cabeça, chegava-me aos ombros, estava realmente grande demais.
-Tsutao! – Chamava Oichi, vestida e bem bonita como sempre, a estalar os dedos das mãos furiosamente – Aquela tenda é das raparigas, a tua tenda é a outra, se acontecer a mesma coisa vais ganhar outro galo.
Ah! Esqueci-me de descrever que tinha um galo enorme na cabeça coberto pelo meu cabelo grande. A Dan Dan estava à minha frente enquanto sorria.
-Calma Oichi-chan, Tsu-kun não fez de propósito! – Defendia-me mudando o tom de voz para algo mais diabólico – Não é Tsu-kun?
-Hai! – Respondo de imediato sem poder olhá-las de frente pois era sinal de desrespeito – Só entrei na tenda porque acordei nela e pensei que fosse a tenda onde eu dormia e tal.
-Vês Oichi? Nada que preocupar! – Exclama Dan Dan retornando à sua voz querida e muito mais suave, mas a rapariga continuava de pé e a olhar-me furiosa.
-Agora vais esquecer-te que nos vistes nuas! Ou faço eu esquecer-te! – Ameaça a rapariga sentando-se finalmente para jantar.
Não digo nada, só suspiro enquanto Yasuo olha para todos sem estar a par da matéria.
Num ramo de uma árvore não muito longe estavam três vultos que observavam o alvoroço sossegados.
-Vamos mesmo ter que apanhá-los… - Afirma uma voz serena num tom desiludido.
-É mesmo… - Comenta a voz feminina do grupo.
-É para o bem de todos! – Opina o último vulto ajoelhado enquanto dá festas num quarto vulto com aparência animal.
Continua…