https://www.youtube.com/watch?v=W9GYpqVny0s&feature=related
- “ Alguém está a tentar dizer-me algo” – Pensava eu, enquanto estava sentado na cadeira de baloiço, que ficava há varando da casa. O sol bateu-me na cara, movi a mão, tapando a luz e ao retirar até saltei da cadeira, era o velho barbudo, o mesmo que me salvara naquele dia. – Olá! – Exclamei, um sorriso do homem foi o bastante para perceber que nada de mal nele havia, levantei-me, levantei-me lenta e preguiçosamente, recuperando da queda que procedera o susto.
- Diz-me rapaz, visto alguma vez? – Perguntou ele debruçando-se sobre a trave de madeira que a varada possuía.
– Não… as minhas ultimas lembranças, são as que passei com Arashi – Respondi elevando a cabeça ao céu olhando para as grandes nuvens. – Eu tenho esperança, cada dia… cada hora, estou um passo mais perto, o meu objectivo é encontrar a minha família e acabar com quem está a fazer esta maldita guerra com o meu pai! – Yi olhou-me com algum espanto e deu uma gargalhada. Ele sabia que eu não era louco, nem sei como ele me conhecia, mas de alguma forma sentia-me seguro ao pé dele.
- E se eu te dissesse que aquilo não foi só um sonho? – Proferiu em voz baixa, com um sorriso nos lábios e um olhar gozão. – Está a querer dizer-me que alguém tentou falar comigo? – Levantei-me rapidamente da cadeira com uma motivação da notícia inesperada. – Eu conheço o teu pai desde pequeno, ele não se deixaria morrer tão facilmente, nem deixara o resto da família morrer… – Fazia gestos com as mãos enquanto falava sobre o meu pai, debrucei-me sobre a trave, acompanhando cada detalhe sobre o meu pai.
- Não achas que chega de conversa sobre ele? – Questionou uma voz ainda longe daquela casa, não se avistava ninguém, até que uma pessoa se aproximava lentamente pelo caminho arenoso.
Era um dos guardas de Arashi, por vezes zangávamo-nos, mas não era por isso que eu deixava de sentir uma forte amizade vinda daquela pessoa, era como um pai para mim.
- O que estás aqui a fazer? – Perguntou Yi, coçando na cabeça.
- Explicarei tudo lá dentro, Yi… é sobre aquilo! – Exclamara o guarda olhando seriamente em direcção aos meus olhos. Entramos, yi sentou-se e eu não ficaria de pé, por isso sentei-me também.
- Takashi, o que te irei pedir será um fardo que levaras quase uma vida inteira, estás preparado? – Questionou o homem de cabelos pretos, afirmei com a cabeça em sinal de resposta.
- Bem o que eu te quero pedir é… que mates uma pessoa! – Interceptou Yi falando mais alto que o outro Shinobi. As minhas mãos tremeram, a minha pele gelou e o meu cérebro parou, tais palavras não faziam sentido, matar pessoas era algo que eu odiava, Deus criou o mundo para viver, não para morrer, naquele momento olhou para Yi e disse.
- Então? Não poderias ter disso um pouco mais simpático com as palavras?
- Nunca mais te despachavas – Respondera Yi a pergunta sarcástica do Ninja, este revirou os olhos e nem ligou.
- Será tudo uma encenação, não chegaras a matar ninguêm, usarei um genjutsu para todas as pessoas que estiverem por perto. – Explicara mais detalhadamente ao recomeçar a conversa, fiquei aliviado e coloquei a mão ao peito, suspirando, profundamente, sentia-me muito mais leve ao ouvir aquelas ultimas palavras.
- O fardo será muito maior que isso, terás de sair da vila, as pessoas pensarão que és um assassino, terás de viver nas sombras, sem que ninguém te reconheça, percebes-te? – Questionou.
- Sim, senhor! – Exclamei cruzando os braços e olhando-o com um olhar de alguma seriedade.
- Descansa hoje jovem-kun, Porque amanha começará uma vida agitada para ti! – Dissera o ninja antes de sair.