Na manhã após a missão onde Takumi, Kirin e Fujita mataram Jio, já Takumi se encontrava na sua vila. Tinha acordado de madrugada para chegar a Suna ainda pela manhã (invocando uma raposa com o Kuchyose no jutsu). Mal chegou a Sunagakure, Takumi dirigiu-se imediatamente para o escritório do Kazekage para receber a sua recompensa pela missão. De seguida foi a um dos seus cafés favoritos comer um belo de um pequeno-almoço metendo tudo na conta da família Washio. Mal chegou a casa foi recebido por Hana que fez questão de ir avisar Santaku que Takumi chegara da sua missão. Enquanto esperava por Santaku, Takumi deitou-se no sofá da sala de estar a comer uns amendoins que estavam em cima de uma mesinha que havia por ali. Poucos minutos se passaram e Santaku finalmente apareceu:
- Então sobrinho… como vai isso?
- Tudo bem… lembras-te do Jio? Que atacou Konoha?
- Lembro pois!
- Digamos que nesta missão tivemos que o matar... foi canja!
- Hum…. Muito bem, muito bem. – fez-se uma pausa. – Estás com disposição para treinar um pouco hoje?
- Claro! Estou sempre com disposição para treinar! – responde Takumi quase eufórico.
- Então deixa cá ver o que vamos fazer hoje… hum… que tal… Já sei! Vou-te ensinar a segunda invocação da família Washio! Lembras-te qual era?
- Hum… era touros não era?
- Nem mais. Antes disso vou-te fazer uma pequena introdução ao assunto. A nossa família sempre desenvolveu as suas capacidades em volta de duas palavras. Inteligência e força. No fundo, acreditamos que um bom ninja deve basear os seus e os movimentos da equipa apenas na inteligência e nunca por instinto, e mal consiga arranjar uma solução para a situação em causa, abrindo uma brecha na defesa adversária deve aplicar o máximo de força nesse golpe de maneira a que este seja o mais prejudicial para o adversário possível. Ora é fácil entender porque as kuchyoses que simbolizam a nossa família são as raposas e os touros. Raposas, símbolo da astúcia e touros, símbolo da força. Parte teórica está entendida?
- Han han… - responde Takumi, quase a dormir.
- Mas apanhas-te alguma coisa do que eu te disse por acaso?
- Acho que sim… - responde Takumi quase soltando um bocejo. – Quando passamos à prática?
- Hum… como castigo de não estares muito entusiasmado com a parte teórica vais encher que nem um javali e só depois te ensino a nova técnica!
- Nããão!!! – resmunga Takumi.
- Tarde de mais para discutir a minha decisão! Vamos começar a fazer flexões!
- já não fazia disso à tanto tempo…
Takumi e Santaku foram para o quintal e de imediato Takumi começou a fazer flexões com o pequeno inconveniente que tinha Santaku em cima dele. Fez flexões até os braços não conseguirem subir mais. Quando Santaku saiu de cima dele, Takumi pensou que não iria voltar a mexer os braços nos próximos tempos. De seguida Santaku ordenou que Takumi começasse a fazer agachamentos com Santaku e mais um empregado da casa às suas cavalitas. E assim foi, Takumi ficou um montão de tempo a flectir e a esticar as pernas até não conseguir mais levantar estas. Quando os outros dois saíram de cima dele, Takumi pensou que se saltasse era capaz de com um salto chegar à Lua.
- Bom… acho que isto já te cansou o suficiente. Vamos começar agora a tentar invocar um touro. –disse Santaku, para alívio de Takumi. – Em princípio irás dominar isto num instante pois as tuas capacidades de ninjutsu e de controlo de chakra são bastante elevadas. Isto para não falar do Kage bunshin. Bom, vamos ao que interessa. Os selos para a invocação são exactamente os mesmos e o sacrifício também é exactamente o mesmo. A única diferença é que vais ter que passar a invocar as criaturas visualizando-as mentalmente e não apenas por instinto.
- Parece fácil… - diz Takumi, interrompendo Santaku.
- Parece, mas não é. Vais ver que em situações de perigo ou de grande stress não vai ser nada fácil visualizar uma raposa ou um touro. Vamos ter que treinar isto bastante de forma a ficar quase como automatizado.
- Certo! Ao trabalho! – exclama Takumi, criando de imediato cerca de dez clones para que o treino fosse mais rápido e eficaz.
Durante a primeira meia hora, Takumi acabava sempre por invocar raposas devido à força do hábito mas a partir do momento em que invocou o primeiro touro tudo se tornou mais fácil. Takumi ficou horas a praticar a visualização mental das kuchyoses para que esta fosse o mais rápida e automática possível, invocando ora touros ora raposas de pequeno porte para que não destruíssem nada. Para terminar o dia em cheio Takumi decidiu mostrar uma das suas mais recentes técnicas ao tio que ainda não a tinha visto.
- Tio, tio! Corta-me o braço por favor… - pede Takumi.
- Estás doido? Tanto mordes-te o dedo hoje que ficas-te com a mania dos sacrifícios?
- Não, não… confia em mim, já vais ver!
- Como querias…
Takumi pega numa kunai que tinha ali perto e com um gesto rápido corta o braço de Takumi. Para seu espando, em vez de sentir a carne a cortar-se e ouvir aquele som característico da pele a rasgar, ouviu apenas um “splash!”.
- Chama-se Mizu Kawarimi no jutsu!
- Hum… técnica deveras interessante, parabéns!
- Muito obrigado!
Após isto, o resto do dia foi todo à base do convívio e da comida, tendo acabado o dia deitado na sua cama, pronto para dormir mais uma noite.