Filler 3 - "I Am Freacking Awesome"

Anteriormente…

- HOUKA KASAI NO JUTSO!! – Os três olharam para os céus onde uma figura se elevava com a ajuda de um jacto de fogo, a dita aterrou mesmo em frente da equipa com grande estrondo e aparato, levantando no ar uma densa nuvem de poeira e pequenas pedras.
- Mas que raio? – Resmungou Kuwabara, protegendo os olhos com o braço.

A poeira começava a dissipar-se, revelando uma figura feminina de pernas afastadas e mãos nas ancas com o cabelo e o que parecia ser um casaco a esvoaçarem, a figura saltou e aterrou mesmo em frente de Kuwabara que segurava agora o cabo do enorme martelo preparando-se para qualquer eventualidade. Touya mantinha-se no mesmo sítio em silêncio tentando perceber que era a figura, só Mo é que parecia não prestar qualquer atenção ao que se passava, sentado num tronco com a manga da camisola na boca e balançando as pernas de modo infantil.

- Jasus! És mesmo grande! – Esclamou a kunoichi olhando o Emo de grandes porporções de alto a baixo com grande espanto, este franziu o sobrolho.

- Estás-me a chamar gordo?! – Perguntou com uma veia já a pulsar de forma ameaçadora na têmpora e com o martelo pronto para a acção.

- Acho melhor acalmares esse teu mau feitio, uma vez que eu sou a vossa sensei, e abato gajos como tu ao pequeno-almoço. – Disse Sasame, num tom mais sério. – O meu nome é Kurohoshi Sasame e não me interessa se gostam de mim ou não, uma vez que só estou a ensinar-vos porque fui praticamente obrigada.

- … - Kuwabara limitou-se a grunhir de impaciência cruzando os braços e olhando Sasame com intenções homicidas.

- Vá, apresentem-se lá. – Pediu retomando a sua atitude bem disposta e impaciente, colocando as mãos nas ancas.

- Kuwabara. – Grunhiu o Gordo, ainda de semblante carregado (ainda mais do que o costume).

- Touya. – Disse a rapariga, com um pequeno sorriso, os olhos de Sasame quase que saltaram das suas orbitas para o decote da aluna de 15 anos, mas conseguiu conter-se a tempo.

- Touya? Quando o Raikage me deu os vossos nomes julguei que fosses um rapaz… mas já estou bastante esclarecida. – Declarou com um sorriso perverso disfarçado a custo. – E tu, ó piolho?

- Mo. – Respondeu saltando do tronco e aterrando suavemente em frente da sensei.

- Mo? – Perguntou confusa, tentando deslindar se Mo era rapaz ou rapariga.

- Mo. – Assentiu com um sorriso de orelha a orelha que perturbou um pouco Sasame.

- Mas olha lá, tu és exactamente o quê? – Perguntou confusa, Kuwabara suspirou de aborrecimento, Touya soltou um pequeno risinho.

- Mo. – Tornou a responder, Sasame olhou para Mo como se este fosse alguma ave rara.

- Estás a gozar com a minha cara? – Perguntou, levemente irritada, valeu a Mo a intervenção de Touya.

- Não, tenha calma Kurohoshi-sama. – Touya procurou aplacar a fúria da sensei. – Mo não tem género sexual.

- Han? Isso é possível? -Perguntou olhando aquela pequena figura, que parecia completamente alheada à confusão que se gerara à sua volta.

- Pelos vistos sim. – Respondeu Touya, Sasame deu um estalido com a língua, mal acreditando na fantástica equipa que lhe calhara na rifa.

- Ora bem, amanhã vamos fazer um pequeno treino para eu saber quais são as vossas habilidades e a melhor maneira de as conjugar. Hoje tenho coisas mais interessantes para fazer e uma gaiata de 4 anos à minha espera em casa. – Falou Sasame, enquanto retirava uma pequena folha amarrotada que se encontrava num bolso dos calções. – Vão lá às vossas vidas.

E dizendo isto desapareceu, sem dar tempo à sua equipa de dizer o que quer que fosse, Kuwabara acabou por se separar do grupo logo a seguir.

- Vou andando Mo, a minha mãe deve estar à minha espera. Até amanhã. – Despediu-se Touya de Mo, com o sorriso que lhe era tão característico e lhe ficava tão bem.

Mo ficou parado e aos poucos adquiriu uma expressão mais séria, de mãos nos bolsos encaminhou-se até ao cemitério da vila do Trovão, após atravessar uma grande parte das lápides chegou por fim ao seu destino. Uma campa de pedra cinzenta ainda reluzente com um nome gravado a negro.

Sentou-se à frente desta, dobrando os joelhos e apoiando os braços nos mesmos, soltando um longo e angustiado suspiro.

- Tenho saudades… - Murmurou enquanto uma lágrima límpida e quase imperceptível lhe deslizava pela sua face. – Todos temos saudades.

Mo não os via, mas sabia que ambos os seus companheiros de equipa também estavam no cemitério. Kuwabara estava em cima de um dos muros do cemitério, virado de costas para o seu interior e Touya permanecia no seu exterior, encostada a uma parede.

- Desculpa… - Pediu num murmúrio quase inaudível.

[Algures em Kumogakure]

Sasame olhava para o papel nas suas mãos, uma carta de Rima endereçada a uma tal de Hiroki.

- Sou mesmo idiota, devia ter perguntado se alguém da minha belíssima equipa sabia onde parava esta mulher… Mas enfim, entre a boazona, o gordo anti-social e a criatura assexuada, duvido que soubessem alguma coisa… Rima… Onde raio te enfias-te…

Resmungou em voz alta pouco se importando com as pessoas que passavam a seu lado, sem esta reparar uma mulher alta de cabelos curtos revoltos, de grandes seios e sem um braço passou por ela, acompanhada de um homem loiro bastante musculado.

[Somewhere]

“Rima?” Chamou uma pequena voz, que pertencia à pequena Sora, que caminhava na mais absoluta escuridão.

Ouviu sons e tentou descobrir de onde estes vinham, vultos feitos do que aparentava ser fumo moviam-se à sua volta lentamente, a pequena começou a assustar-se e desapareceu num raio dourado.

[De Vota ao Mundo “Real”]

- Estavas a dormir fofinha? – Perguntou a ama da pequena, Sora limitou-se a piscar os olhos e concentrou as suas atenções numa boneca. – É tão estranho ainda não falares…

A rapariga não viu, mas um pequeno sorriso de troça desenhou-se na cara de Sora.