[size=48]Filler Anterior...[/size]- Spoiler:
-- Faz o favor de explicar o que são estas caixas e estes líquidos – começou Hikaru, com um tom de voz ameaçador.
-- E tu, faz o favor de saíres de cima do meu filho e me enfrentares a mim. – pediu uma voz cavernosa.
Virei-me para trás, a tempo de ver uma rajada de vento a vir na minha direção. Apenas tive tempo de me desviar para o lado, a fim de a evitar. A rajada embateu numa árvore e deixou-lhe um sulco profundo. Assustei-me. Nunca na vida conseguiria vencer o entroncado homem. Disfarçadamente fiz um Bunshin e dirigi-me apressadamente para a caverna, sem o homem reparar. Com um suspiro, esvaziei a minha bolsa de kunais, meti o máximo de frascos na bolsa e saí dali apressadamente, conseguindo ludibriar o homem. Katsu correu na minha direção e rapidamente nos dirigimos para casa. Enquanto passávamos pela casa do meu padrinho, o grande Kiba, decidi entrar, para lhe falar sobre os estranhos líquidos. Akamaru, mal sentiu o odor de Katsu, correu cá para fora, e cumprimentou-nos com uma grande festa. Quando acalmou, entrei na imponente casa da minha tia Tsume. O seu cão, Komaru, já extremamente velho, deu um pequeno latido, mas não se moveu do tapete onde se encontrava deitado.
-- Hikaru-kun! – cumprimentou a minha tia jovialmente. – Chegaste num boa altura! Acabei de fazer dangôs!
-- Obrigado tia, mas vinha só dar uma palavrinha rápida a Kiba-senpai.
-- Sendo assim, sobe. Ele está no quarto.
Saí da cozinha e subi as escadas de madeiras, já muito arranhadas. Levei os nós dos dedos à madeira e bati três vezes. Uma voz lá dentro soou fortemente. Deu permissão para entrar e foi o que fiz. Mal transpus a porta, Kiba voltou-se para trás e sorriu. Levantou-se ruidosamente e estendeu-me a mao.
-- Então afilhado, o que te traz por cá? – perguntou, com um sorriso
Num ápice, contei-lhe tudo o que tinha acontecido na floresta, sem me esquecer de nenhum pormenor. À medida que a narração ia avançando, o sobrolho de Kiba franzia-se mais e mais. Quando acabei de falar, Kiba apenas me pediu para mostrar os frascos. E foi o que fiz. Ele pegou neles. Eram todos de cores diferentes, e, constatamos que eram também de cheiros diferentes. Descemos rapidamente para o grande quintal, atrás da casa. Kiba pegou num frasco verde e atirou-o contra um velho tronco. Ao entrar em contacto com a madeira, o tronco começou a arder e rapidamente se extinguiu.
-- Bem, isto foi deveras… estranho. – começou Kiba. – Parece que tenho de confiscar isto. Vou pedir à Hinata ou à Sakura para lhe darem uma olhadela.
-- Como queiras… Bem vou para casa, tenho de descansar. Adeus padrinho!
Dirigi-me a casa alegremente, com Katsu saltando alegremente atrás de mim, sempre a parar para urinar. Apesar de ter dito que estava cansado, isso era exatamente a última coisa que sentia. Sentia apenas uma excitação crescente. Tendo ouvido dizer que Kiba tinha sido um jovem extremamente rebelde e barulhento, surpreende-me agora o facto de ser tao calmo. Mandar os líquidos para análise? Eu por mim, teria ido alegremente floresta adentro, derrotando o brutamontes e arrancando-lhe informações. Estaquei. Não precisava de Kiba. Num ápice, cheguei a casa. Disse à minha mãe que ia dormir a casa de Tsuneo e subi apressadamente até ao meu quarto. Para minha pena, ainda não era Gennin, mas os Testes eram já para a semana. Meti algumas kunais numa pequena mochila e saí de casa. Katsu, como sempre, andava sempre atrás de mim, algo confuso e cansado. Cheguei a casa te Tsuneo em cinco minutos. Bati à porta nervosamente e quem me abriu foi o próprio Tsuneo.
-- Eish! Esqueci-me que tinha… - começou Tsuneo, mas não o deixei acabar.
-- Sim, sim, já sei o discurso de cor. Ouve a melhor!
Entrei sem ser convidado e dirigi-me ao seu quarto. Depressa, contei-lhe tudo. Ele, como não seria de esperar, ficou bastante empolgado e alinhou logo na minha ideia. Íamos apanhar aqueles parvos e íamos fazê-los falar. Acabei por jantar lá mesmo. Sentámo-nos no sofá, olhando constantemente para o relógio.
-- A propósito… - comecei eu. – O teu tio?
-- Está em missão, não te preocupes! – Tranquilizou-me Tsuneo.
Chegaram as dez horas e estávamos prontos para partir. Metemos as mochilas às costas e dirigimo-nos à floresta. Caminhamos durante longos minutos, enquanto eu tentava recriar a trajetória anteriormente utilizada. Finalmente encontramos a gruta. Começamos a vasculhar nas caixas, mas depressa começamos a ouvir o barulho de múltiplas vozes trepamos a umas arvores, ansiosamente. Reconheci a voz do brutamontes. Com a luz das potentes lanternas que os recém-chegados transportavam, reparamos que se encontravam por volta de quatro indivíduos do sexo masculino, incluindo o rapazinho que tinha derrotado nessa mesma tarde.
-- Bem… - começou o brutamontes – Houve um miúdo que descobriu este belo esconderijo. Portanto, precisamos de vender isto rapidamente. Até me admira ele não ter ido a correr contar ao Hokage. Bem, melhor para nós. É da maneira que temos mais tempo. Como sabem, estes líquidos foram todos criados por mim e valem uns belos milhares de ryos, se vendidos ao cliente certo. Até aqui, nenhuma dúvida, certo? Pronto, isto certamente é ilegal e o nosso principal problema não é vender, mas sim transpor os portões de Konoha com isto nas mãos. Por isso é que vos trouxe aqui. O vosso trabalho é simples. Pôr os guardas do portão inconscientes, enquanto levo isto para bem longe de Konoha. Entendido?
Quando todos os presentes acenaram, achei que era altura de intervir. Erguendo os polegares a Tsuneo, contei até três com os dedos, baixando os mesmos alternadamente. Ao meu sinal, caímos os dois por cima dos vândalos. Acertei em cheio com o cotovelo na nuca do brutamontes. O meu corpo foi percorrido por um espasmo, enquanto ouvia a minha vítima gritar numa voz arrastada.
-- Apanhem estes canalhas!
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