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“O frio não me aquece nem me arrefece. O calor não me aquece nem me arrefece.”. Jacques acordou naquele dia, quando o Outono já se começava a notar, a pensar num velho lema da sua família. Tentou ler nas entrelinhas; sabia, obviamente, que a linhagem do seu clã abordava as alterações de temperatura através do controlo do chakra mas, no entanto, não cria que aquela parelha de frases se referisse unicamente ao poder especial que corria nas suas veias e nas dos seus parentes. Havia algo mais, algo mais inquietante e que suscitava tamanha curiosidade.
Mas levantou-se. Afastou aquele pensamento matinal da cabeça e cuidou da sua higiene pessoal. Lavou-se e escovou os cabelos pretos. Invés de vestir as formais roupas do costume ou de usar a indumentária mais apropriada para um dia de treino banal, colocou-se na pele de um verdadeiro ninja e usou as vestimentas dum. Depois dum pequeno-almoço bem tomado com outros familiares que acordavam e partiam, Jacques voltou a ter em consideração a higiene e escovou os dentes.
Preparando-se para sair da grande mansão, deparou-se com alguém a treinar. Estava num pequeno terraço, onde existia uma espécie de saco de boxe, preso numa estrutura de base no chão. Treinava o seu
Netsu, habilidade especial da família.
- Já acordada, Nicole? – Perguntou, amistosamente, Jacques à sua prima. Nicole era uma rapariga gira. Era um ano mais velha que Jacques e, por conseguinte, mais alta. Tinha umas pernas finas e compridas e uma cintura estreita. Era um caso de silhueta em forma de ampulheta. Para rapariga de 14 anos, os seus atributos estão acima da média. Era, como Jacques, bastante branca, da cor da neve da terra natal. O seu cabelo era incrivelmente comprido e estava atado perto das pontas. Diferentemente de Jacques, o cabelo de Nicole era fraco e leve. Os seus dois olhos eram grandes e azuis, encantadoramente pálidos. Usava um bonito quimono branco, com uma fita à cintura.
Era uma rapariga simpática mas, no entanto, um pouco teimosa. Luta por aquilo que quer e é, no mínimo, muito competitiva. Deseja alcançar um perfeito estado pessoal, onde domina todo o seu potencial e está bem consigo própria.
É prima de Jacques e, com a viagem até à Vila da Folha, não pôde tornar-se
gennin.
- Jacques! Claro; afinal, este não é só o teu dia especial. – Declara Nicole. – Exacto, hoje vou conhecer o meu mestre e companheiros de equipa, assim como tu. Com sorte ou azar, ficamos juntos. Mas isso, sabes, nem me aquece, nem me arrefece.Jacques desparece daquele sítio, rindo-se bem alto. Saiu de casa e foi em direcção à vila: os Bernard não estavam colocados exactamente dentro da vila, mas sim nos arredores.
Caminhou pelo mesmo itinerário de sempre, até aos grandes portões, por onde passou, com a devida autorização. De qualquer das maneiras, já todos o conheciam na entrada da vila.
A vila estava agitada nessa manhã outonal: as ruas estavam cheias, os jovens estavam nervosos, os adultos ansiosos. Jacques não fugia à regra: queria conhecer o seu futuro hoje e começar a lutar pelo bem da sociedade, para participar no maior exército livre da folha.
Foi, de passos largos, até à academia ninja. À porta, estavam muitos alunos que tinham sido promovidos. No entanto, como todos sabiam, ainda haveria um último teste, que iria aprovar todos aqueles que realmente merecessem.
Antes de conseguir entrar na academia, alguém se aproximou de Jacques, por trás, e sussurrou-lhe pelo ombro:
- Jacques Bernard? – Disse a voz dócil. – O 5º Campo de Treinos espera-te. Tens 5 minutos.Quando Jacques se virou para trás, o que foi quase instantâneo, não estava lá ninguém. Pareceu-lhe sério, então apressou-se. Durante momentos, pensou que se tratava de Nicole, que queria afastar o primo da competição.
Mas fez bem em ir até ao 5º Campo. Lá, estavam 3 pessoas.
Estava lá um rapaz, que reconheceu ser Faust von Nettesheim, um rapaz louro com olhos cor de tinto. Andava sempre descalço e nunca falava com ninguém. No entanto, tirava notas razoáveis na academia. A rapariga que estava sentada ao lado era Sylvia White, uma rapariga cujo louro era mais claro que o de Faust, e que os olhos eram azuis. Andava sempre com um uniforme constituído por uma saia e camisola azuis, um laço vermelho-escarlate, meias brancas altas e uns sapatos bastante cómodos. Trazia, em contraste com toda esta formalidade, uma foice. A terceira pessoa era uma mulher.