- Citação :
- – Ainda me amas, ainda sou o teu paizinho? - Ayako cedeu, e abraçou o seu pai e nesse momento Rein gemeu, ele não queria ver aquilo e quando estava-se aproximar a Ayako e Aane, do nada algo apareceu...
e esse algo com um soco no chão fez um impacto enorme, que fez Rein se afastar de Ayako e Aane, uns bons metros.
Aquilo tudo não deixava de ser estranho, será que Ayako tinha perdoado o homem que desapareceu sem dar noticias? E que a poucos momentos tinha mostrado raiva perante ela? Bem, poderia ser bem verdade, pois o amor de pai e filha pode ultrapassar qualquer barreira. Mas Rein não estava para isso, Rein não queria ver aquela reconciliação.
***
Do nada estávamos num riacho, de águas calmas. Dois homens estavam sentados perto dessa mesma água, num silêncio estranho. O homem que tinha os seus dois pés mergulhados na água, dava para ver claramente que era, Rein. Mas este Rein era mais jovem, e a sua cara transponha muita mais energia. Do outro lado estava um homem velho, com bastante rugas pela a cara todas, e dois pequenos olhos negros por detrás de uns óculos pousados na ponta do nariz. Os dois estavam parados a olhar e a sentir aquela harmonia, que a excelente paisagem, oferecia. Foi então, que o velho, tomou a iniciativa de começar um diálogo.
- Está para nascer, está para nascer. - Rein ficou cabisbaixo, e não abriu a boca e então o segundo homem continuou. - Aquela rapariga que vai salvar toda uma operação, lembra-te que sentimentos não podem entrar em jogo. - O Fukkatsu continuava com os olhos bem fixos no chão, estava completamente pálido. - Lembra-te que o que tu podes vir fazer é para um bem maior, este mundo é feito de escolhas. Temos apenas de escolher quem realmente nós queremos agradar, e tu deves agradar o nosso lado. Não importa a amizade, não importa o carinho que nutres, o importante é a missão que te foi dada logo nos primeiros anos da tua vida.
- Nunca me deram uma justificação para isso. - Retorquiu Rein, ele estava furioso mas tinha medo, muito medo de encarar o velho. - Por favor, apenas quero uma justificação, Jiro-Sensei. - Sim aquele homem velho era conhecido, como Jiro-Sensei. Fukkatsu Jiro. Antigo Jounin de Sunagakure, segundo histórias, Jiro abandonou Sunagakure e partiu numa aventura para encontrar um poder, um doujutsu que nunca ninguém o tinha conseguido comprovar. Kurai Okami, a maldição do lobo negro. Para que é que Jiro-Sensei pretendia essa maldição? Nunca ninguém soube, nunca ninguém conseguiu arrancar do shinobi o porque de desejar tanto uma maldição, que segundo muitos shinobis, não passava de uma lenda.
- Não estou aqui para te dar justificações, se bem te lembras, nos teus primeiros anos de vida tu foste doado para uma causa, toda a tua família morreu por esta causa e agora és tu que vais destruir anos e anos de tradição? – Outro estranho caso , na história do velho Jiro, é que ele tinha por volta de quase cento e dez anos de idade, como é que alguém conseguia viver tanto tempo? Tudo era um mistério, tudo que rodava em volta de Jiro era um mistério completo. – Tu nasces, cumpres a missão, és livre. – Informou Jiro, com uma voz autoritária.
- Já caí no degredo, melhor.. – Rein parou por momentos e pela a primeira vez encarou olhos nos olhos o velho Jiro – Eu nunca saí do degredo, eu nasci no degredo! – Levantou-se arrumou as vestes, e estava prestes para abandonar o local. Jiro levantou-se rapidamente e colocou-se bem na frente do Fukkatsu mais jovem. Rein encarou o sensei, e ambos fixaram olhares e do nada Jiro desapareceu. O jovem continuou a caminhar, e deixou cair uma lágrima, uma das muitas lágrimas que estava para derramar.
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- Ayako, tens despertar o teu Sharingan o quanto antes! – Gritava Aane para sua filha, ele via urgência em despertar o doujutsu da sua filha. Mas enquanto ele dizia isso por detrás de Aane apareceu o velho Jiro, sim que depois de muitos anos ele continuava vivo. Aane rapidamente virou-se para trás, tentou atacar, mas facilmente foi derrubado. Rein estava completamente pregado ao chão e Fukkatsu Jiro caminhava em direcção a kunoichi de Konohagakure com toda a calma do mundo, fixando os olhos no corpo dela e com um sorriso de orelha, a orelha.