- Anteriormente:
"Kimera adorava o seu povo e o seu clã. Era considerada a princesa de Kusagakure devido ao seu claro sangue Fukeru, que imediatamente lhe fornecia o direito de governar sobre Kusa, (...)"
"Sim, o seu grande propósito era destronar Tadao Fukeru, o atual Kage da vila e o terrível autor deste clima tenso e autoritário em Kusagakure."
"Isso devia-se ao facto daquela organização ter sido fundada pela própria Kimera sendo esta considerada a líder deles e aquém devem suprema lealdade, um fator importante para quando a Kunoichi destronasse Tadao."
- LER ANTES DE CONTINUAR:
Neste Filler serão mencionadas algumas informações sobre o clã Fukeru e a sua respetiva que KG que, provavelmente, o leitor ainda desconhece e que só serão reveladas mais para a frente. Para aqueles que estejam um pouco curiosos sobre toda esta informação nova podem ler os seguintes links ( Clã Fukeru e Kashikogan) ou então podem esperar que seja tudo desvendado no decorrer dos Fillers, apesar de poder demorar um pouco :3
Filler 2 - Escorpiões de Diferentes Cores
-Com que então a princesa rebelde veio ter connosco? – Questionou-se Tadao no meio de uma gargalhada insana ajeitando os óculos com o dedo indicador para que não deslizassem pelo nariz – Fartaste-te de andar por aí no álcool e no tabaco, sendo seduzida por todo o rapaz desesperado?
-Não sou eu que está com a cara de quem não dá uma “queca” há meses! – Ripostou a Fukeru de imediato colocando a mão sobre a anca, inclinando-a ligeiramente ativando o seu Kashikogan sem que ninguém reparasse.
O líder de Kusagakure engasga-se com o comentário da sucessora ao poder, voltando a subir os óculos, desta vez por nervosismo. Tossiu secamente contra o punho da sua mão e olhou para Kimera interessado esta que devolvia o seu olhar avelã com desprezo e, se fosse possível, um murro no meio dos dentes.
-O que é que vieste fazer cá? Pedir para seres preza pela tua traição? – Perguntou ironicamente demonstrando, pelos seus gestos, forma de falar e de andar, confiança e uma atitude superior que Kimera não conseguia ultrapassar devido a todos aqueles homens mascarados encostados às paredes da sala.
-TU é que traíste o teu próprio clã! TU e o idiota que sucedeste! Desde a morte de Sagaru-sama que o clã só tem acumulado lixo e mais lixo. Tudo começou quando o Gyun espalhou aquelas mentiras sobre o Imagawa, sabes bem que eles nunca fizeram nada daquilo! – Vociferou a Fukeru começando a entrar num tema politico que não era assistido aos homens mascarados, mas que Tadao entendia na perfeição começando a coçar na sua barba pensando no que dizer.
-Minha querida, Sagaru-san era um fraco e idiota, não te esqueças que, se ele ainda durasse mais tempo, o clã Fukeru não era o atual líder de Kusagakure. Agradece, sim, a Gyun-sama pelo esforço que fez em expulsar aqueles malcheirosos daqui, e agradece-me também a mim por AINDA os manter longe. E tornar a tua amada vila no que é hoje…
-UMA BELA MERDA! – Interrompeu a loira mostrando, como sempre, a sua personalidade agressiva e decidida tão carismática de si mesmo – Já estou farta destas malditas disputas entre os clãs que nada resolvem! Os Imagawa nunca fizeram contratos com seres malignos, nem nunca lançaram pragas contra as colheitas de Kusagakure, isso é tudo mentira!
-Até pode ser… - Opinou o Kage voltando a ajeitar os óculos para que estes não lhe caíssem da cara, virando costas à sua sucessora e dirigindo-se a passo lento contra a grande janela do seu escritório que lhe permitia ter uma visão perfeita da vila de Kusa – Mas eles não deixam de ser uns porcos, vagabundos e que não sabem mais nada a não ser matar! Eles não têm maneiras, não sabem ser educados numa sociedade. Só pensam em festas, em álcool, diversão e diversão. De dia matam e de noite festejam os homicídios. Não passam de homens-das-cavernas!
-Como podes dizer isso dos Imagawa? - Vociferou Kimera num tom bastante audível colocando os homens encostados à parede num estado de alerta - És idiota óh Kage da ervinha?
-Olha o palavreado! E isso não muda o facto de teres ido para o Acampamento desses imundos. Bem me parecia que tinha sentido um… mau-cheiro quando aqui entraste… - Esclareceu o homem não se dignando mostrar a cara à loira, que apertava o seu punho cada vez com mais força causando bastante desconforto nos guardas pessoais de Tadao – E agora vais presa por andares aliada a esses idiotas. Mas primeiro quero que me contes a tua verdadeira razão de teres vindo aqui… De certeza que não foi para falares comigo, não és desse tipo…
-Pois não! Sou do tipo que te parte os óculos ao meio e te obriga a engolires as lentes enquanto te espeto as hastes nos olhos! – Ameaçou a rapariga começando a avançar na direção do seu líder de forma violenta começando a preparar os seus punhos para o que aí vinha.
-Vens dizer que vais destronar-me não é? – Perguntou o homem ignorando a adolescente atrás de si, dando mais atenção a alguns homens de máscaras azuis que transportavam duas pessoas encapuçadas para dentro de um edifício – Sabes, a Terceira Batalha aproxima-se. És perfeita para as minhas estratégias já que os Imagawa se afeiçoaram a ti…
A rapariga cessou o seu avanço arregalando os olhos. Tadao sorria para ela intensamente e, com um olhar insano a fitar os olhos azuis de Kimera, levantou a palma da mão que dava uma ordem automática aos homens mascarados que avançavam na direção de Kimera prontos para neutraliza-la.
Graças ao seu Kashikogan, esta rapidamente começou a analisar, ao pormenor, todo o espaço ao seu redor e os corpos dos seus inimigos obtendo todos os detalhes que precisava – O mascarado aqui à minha direita demorará dois segundos para chegar à minha beira e prepara-se para fazer-me uma rasteira. Está um a dirigir-se para detrás de mim e demorará quatro segundos para tentar um pontapé nas minhas costas enquanto tenho um terceiro na minha diagonal superior direita que demorará exatamente três segundos a retirar uma kunai e tentar acertar-me com ela mediante ainda sofro os efeitos da rasteira do primeiro… - Concluiu a Fukeru estalando o pescoço e suspirando ligeiramente – Vai ser fácil.
O confronto começou. Um segundo passou e a perna de Kimera arrastou-se para trás. Outro segundo passou e o primeiro homem já estava a dirigir-se na direção dela com a prevista rasteira pronta. Com a perna arrastada para trás, Kimera desenhou um movimento circular onde o pontapé conseguiu atingir a cabeça do homem antes que a rasteira a atingisse, afastando-o até embater com as costas na parede. Outro segundo passava e a kunai já estava a ser projetada. Kimera contorcia o seu tronco ao máximo para realizar uma ponte perfeita deixando a kunai a rasar pela sua barriga mas sem causar corte algum. Outro segundo passou e o segundo homem surgiu atrás dela para atingi-la com um pontapé, sendo facilmente bloqueado pela kunai arremessada pelo seu companheiro que o atingia no abdómen. Surge um espirro de sangue a partir do ferimento e o homem ajoelha-se no chão cheio de dores. Tadao olhava para a cena divertido.
-Vamos lá meninos, dêem-me o vosso melhor! – Picou a rapariga analisando agora os novos oponentes com o seu Doujutsu.
O primeiro homem ousava avançar, mas era facilmente varrido com um pontapé na cara que o projetava contra uma estante repleta de livros não muito longe dali. Outro mascarado tentou aparecer por detrás de Kimera e agarrá-los pelos ombros, mas foi facilmente atrasado por um coice, e depois derrotado com uma meia volta acompanhada por um potente punho capaz de arrancar alguns dentes fora ao pobre corpo do homem que encontrava-se agora abraçado a uma planta. Só sobrava mais um mascarado, aquele que tinha arremessado a kunai e que ainda não havia ultrapassado o trauma de ter morto um colega, mas, de acordo com o Kashikogan, o homem encontrava-se demasiado distraído para ser uma verdadeira luta.
Kimera avançou com um salto seguido de um pontapé giratório com a perna direita obrigando o oponente a agachar-se para ter os seus dentes intactos. Apesar de ser em vão pois, numa velocidade sobre-humana, Kimera ganhara equilíbrio e impulso no solo para aplicar uma rasteira ao homem, agarrando-o depois pelos tornozelos atirando-lhe o corpo pela janela fora.
Estilhaços caíam do edifício do Kage enquanto milhares de pessoas faziam uma roda em torno de um corpo que acabara de cair daquela janela. Uma poça de sangue começava a formar-se ao redor dele e algumas mulheres gritavam enquanto os homens se apressavam a chamar os Escorpiões para tentarem fazer algo.
-Precisavas de abusar Kimera-chan? – Perguntou o líder dos Fukeru ironicamente sendo analisado pelo Doujutsu da Fukeru.
-Como esperado dele… Não demonstra qualquer medo, mesmo após esta minha… Exibição… - Pensava a loira desativando o seu Doujutsu, que já começava a dar-lhe dores de cabeça, fitando agora normalmente o seu maior oponente – Sabes como é que eu sou! E isto não terminou, só não te ataco aqui e agora porque tenho de seguir as tradições do meu clã! – A rapariga aproximou-se da janela partida – Considera isto um aviso, quando menos esperares a tua cabeça estará embalsamada no teu rabo! – Dito isto ela saltava normalmente da janela, desaparecendo no ar como se nada tivesse acontecido deixando um Tadao sozinho a olhar para o local.
-Como esperado da fundadora dos Escorpiões. Nem os Azuis a conseguiram derrotar, aquele “Saigo no Ki” é fantástico! – Pensava o homem olhando para alguns Escorpiões Verdes algo arrebatados entrando num edifício com alguém encapuçado, claramente Kimera…
-O que é que se passa com estes gajos? – Perguntou a rapariga, agora ainda mais frustrada com o sucedido – E porque é que Escorpiões me atacaram? E porque é que aqueles cabrões usavam máscaras azuis?
-Kimera-sama, lamento informar-lhe que Kusagakure já não é o que era... - Anunciou um dos escorpiões que não tinha a ousadia de levantar a cabeça perante a postura da sua líder - Nem a nossa organização é o que era minha senhora.
-Tu aí! – indicou Kimera apontando para um homem no meio da multidão de Escorpiões Verdes que a idolatravam recebendo um tímido gaguejo seguido por um “S-sim?” – Explica-me essa coisa de Azuis e Verdes, não estou a entender!
-H-hai! Desde a partida de Kimera-sama que os métodos de Tadao-san têm ficado cada vez mais violentos. Ao ponto que a sociedade se tornou tão restringida para separar a gente militarmente capaz da que não é militarmente capaz…
-Sim isso eu já sabia. Novidades seu idiota! – Pediu a rapariga retirando o manto beije por cima do seu corpo e sentando-se na cadeira mais próxima de si.
-G-gomen! T-tadao-san sabia que Kimera-sama voltaria para conquistar Kusagakure e também sabia que nós lhe somos leais. Então ele começou a… influenciar membros nossos a juntarem-se a ele cortando toda a lealdade com você! – Explicou o rapaz tremendo por completo com o corpo e não conseguindo esconder uma voz nervosa – Os Escorpiões Azuis são Escorpiões Verdes com lavagens cerebrais e que são só leais a Tadao-san. E todos eles já têm o Dai San no Kagi enquanto poucos de nós o têm…
-Entendo… - Pronunciou-se a líder debruçando a cadeira até esta só apoiar-se nas pernas detrás – Alguém me arranja tabaco?
Todas as pessoas trocaram olhares confusos entre si. Ninguém teve a coragem de responder, não a uma pergunta tão inesperada. O confronto com Tadao já zangara Kimera o suficiente, e agora ter de aturar a sua organização tão envergonhada não a fazia mais feliz.
-Tabaco, porra! Parecem pilas mas dão para fumar! – Gritou a rapariga assustando todos os presentes na sala.
Logo um membro mais idoso começou a remexer nos bolsos do seu manto até que uma mão surge no meio de tanta escuridão com um maço de tabaco na mão. A Fukeru não conseguiu esconder um sorriso, pedindo-lhe para que se aproximasse lentamente com a sua mão. Este assim o fez mostrando-se ser o mais ousado e confiante de todos. A rapariga aceitou o maço de tabaco com um sorriso e logo pediu-lhe para que afastasse, pegando de imediato num cigarro e acendendo-o às pressas, inspirando de imediato todo aquele prazer.
-Kimera-sama, e em relação a Tadao-sama? – Questionou outro homem ousado enquanto Kimera expelia uma densa nuvem de fumo.
-Cada coisa a seu tempo, vão buscar a Ishida. Agora! – Ordenou a loira vendo os seus homens a despedirem-se dela com uma vénia e saindo da sala a meio de trambolhões desajeitados.
A fundadora deixou-se ficar sentada a saborear o seu amado cigarro. Precisava de descontrair nestes tempos negros para Kusagakure…
-Ahahah, finalmente conseguimos declarar guerra aos Imagawa, pacifistas da merda! - Exclamou Tadao olhando para o céu a partir da janela do seu escritório fitando as estrelas com grande prazer enquanto um homem surgia atrás de si quase o assustando – Porra! O que é que foi?
-Tadao-sama, os Escorpiões Verdes começaram a movimentar-se! – Anunciou um homem de máscara azul com o joelho debruçado e a cara virada para o chão num gesto de respeito.
-Obrigado. Estás dispensado, vai para casa soltado… - Pediu o líder vendo, a partir do reflexo do vidro da janela, que o homem se levantava, fazia uma última vénia e apressava-se a sair do escritório do líder dos Fukeru – Aquela insolente não vai fazer nada por agora... Agora, preciso de falar com aqueles malditos Kumokira…
CONTINUA
- Próximo Filler - Sabotagem, começa a Pré-Guerra!:
"-Onee-chan! Há quanto tempo! - Cumprimentou Kimera seguindo-se um abraço carinhoso entre ambas as raparigas... "
"-Então tira as calças e prova-mo! - Ordenou a loira colocando o cotovelo em cima da mesa de madeira encarando o jovem à sua frente com seriedade mas um olhar maroto - Vá, não és um homem?"
"A loira movimentou-se pela escuridão , refugiando-se por detrás de umas árvores quando via o feixe de luz a passar no local onde esteve outrora. Desmascarava a sua cara de ligeiro para que mostrar a sua boca, olhando para os Escorpiões Verdes em cima de uns ramos das árvores à espera de ordens."