Filler | Título com Link |
1 | Sayonara Konoha |
2 | A Ilha Erótica |
3 | Femmes Fatales (Parte I) |
4 | Femmes Fatales (Parte II) |
5 | Femmes Fatales (Última Parte) |
6 | Hanami High School (parte I) |
7 | Hanami High School (parte II) |
8 | Hanami High School (parte III) |
A Flor e o Tigre de Konoha
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Saga Conjunta - Yamanaka Hana e Nara Tora
Filler 4 - Femmes Fatales (Parte II)
Anteriormente...
- Spoiler:
_ Isso, não podemos deixar isso passar. – sorriu Tsurume e logo depois seu corpo também começava a se modificar, pelos cresciam por todo seu corpo, garras apareciam a rasgar suas mãos, uma cauda nascia e patas tomavam os lugares dos pés. Toda a transformação era dolorosa ao extremo, gritos e sangue prevaleceram por toda parte, agora só olhares de fúria seguiam as kunoichis de Konoha.
_ Ha...na... -chan.... – dizia Tora pausadamente, mas a amiga estava em choque e não respondera. _ Ha... na... -chan.... o que faremos? – perguntou Tora a engolir seco, mas mal teve tempo de ter resposta e a mulher ruiva agora com características de guepardo parte para cima de Hana e num piscar de olhos surge à sua frente a acertar uma patada no rosto da loira, com a distração Tora não percebera uma rápida flecha atingir seu braço esquerdo.
_ Não sairão daqui vivas. – falou Tsurume a mostrar as presas.
A Yamanaka não teve tempo sequer para pensar em desviar, a velocidade da ruiva era absurda – assim como sua força. A loira era arremessada por alguns metros, e a chuunin, assustada, passava a mão na sua bochecha esquerda, que ardia bastante. Sua oponente voltava-se rapidamente para um novo ataque, mas a tempo, Hana concentrava seu chakra e criava um escudo protetor, que atordoava Tsurume momentaneamente após chocar-se com o mesmo.
Enquanto isso, Tora segurava seu braço, com a flecha ainda encravada em sua carne. Com medo de que esta quebrasse – e dificultasse sua posterior retirada – resolveu tirá-la ali mesmo. Para estancar o sangramento, a kunoichi de cabelos azuis utilizou a própria hitaiate, amarrando-a por cima do ferimento. Mal o fez, a centauro disparava mais flechas, obrigando-a a dar vários saltos para esquivar-se. Sacou rapidamente seu tessen, notando tardiamente a aproximação da mulher que assemelhava-se a um guepardo, que desferiu uma patada no leque, arremessando-o alguns metros juntamente com sua dona.
Hyuume agora disparava flechas contra Hana, que mantinha seu escudo enquanto levantava-se para ajudar sua amiga. Seu rosto estava um pouco inchado, podia-se ver um fio tênue de sangue a escorrer de um dos cantos de sua boca. Tora não estava muito ferida, apenas o seu braço sangrava um pouco ainda. Esta levantou-se, usando o leque fechado como apoio, perguntando o porquê daquilo tudo. As adversárias encaravam-se entre si, lembrando-se das dores e todo o sofrimento a que foram submetidas, e novamente preparavam-se para matar as konohanins. Tsurume corria a toda velocidade para cima da Nara, que escapava como podia.
Ambas as chuunins tentavam argumentar para que cessassem o ataque e pudessem ouvi-las, mas a ferocidade das oponentes era tão grande, que mais pareciam que estavam a lutar contra dois animais selvagens. A kunoichi que tinha a forma de centauro notava que não conseguiriam machucar a Yamanaka com aquela defesa, e gritou para sua companheira concentrar o ataque na Nara. Uma garra rasgara um bom pedaço de sua blusa, arranhando-lhe a barriga, depois de Tora desviar-se de uma flecha que passara rente ao seu ombro esquerdo; aproveitando-se como pôde, a pequena adolescente tentava socar a oponente que encontrava-se perto de si, mas esta era extremamente ágil e desviava-se com facilidade:
- Hana-chan, essas guardas não estão para brincadeiras... Temos de contra-atacar logo! – dizia a Nara, com o seu leque em posição para efetuar um daikamaitachi a qualquer momento.
- Mas... Não é justo, Tora-san. Olha como elas ficaram, e tudo isso é culpa... – Hana tentava argumentar.
- Do seu pai, não sua, ponha isso na cabeça! – interrompia, um pouco irritada. – Pelo que me contaste, sequer sabias que ele estava vivo...
- Acham mesmo que iremos acreditar nestas palavras? – perguntava Hyuume, interrompendo a pequena discussão.
- Ninguém está falando contigo, centauro! – Tora respondia revoltada.
- Tora-san! – a Yamanaka repreendia-a.
- Hana, tens de pensar mais em ti! Sim, é bonito o altruísmo, mas elas querem nos matar! E não há motivos para tal, não fizemos absolutamente nada! – dizia, desviando de boas flechadas de Hyuume – Não vamos machucá-las, apenas imobilizá-las, e... ai! – interrompia sua fala, sentindo uma garra ferir-lhe o braço. – Como és chata, guepardo! – gritava, agarrando-se fortemente ao tessen, após utilizar um shunshin para afastar-se de Tsurume.
- Não sou um animal, sua vadia! – Tsurume perdia a paciência e atacava Tora com violência, derrubando-a.
Ela levantava sua mão, visando agarrar o pescoço da chuunin de seguida, mas esta sacava uma de suas aian nakkuru (que carregava à cintura) e concentrava seu chakra fuuton nela, fazendo um ligeiro corte na oponente – que percebera a tempo a intenção, e recuara rapidamente, deixando-a livre. Tora levantava-se rapidamente e agarrava seu tessen, pronta para lançar seu mais poderoso ataque fuuton, mas uma mão agarrava-lhe um dos pulsos:
- Não Tora-san, não podes fazer isto. Elas são vítimas, não temos o direito de tratá-las como inimigas! – dizia a Yamanaka.
- Nani? Perdeste o juízo? – a konohanin de olhos verdes perguntava, sem entender.
- Não, estou completamente sã. Não as machuque, por favor, Tora-san! – pedia Hana.
- Não queremos tua piedade, loirinha! – dizia Hyuume, atirando mais flechas na direção das konohanins.
- Então o que sugeres fazer? – a Nara perguntava.
- Tenho um plano em mente, porém conto contigo para ajudar-me. Apenas preciso que cries uma abertura para que eu possa me aproximar da guarda de cabelos escuros, ela não é muito ágil e possui um corpo que facilita o uso de um jutsu meu. – Hana falava ao seu ouvido, após protegê-la com o escudo.
- O que vocês tanto cochicham? Bah, não importa, vão morrer mesmo! – dizia Tsurume.
- A guepardo aí fala muito. Devias mais é calar a boca... - falava Tora, com um sorrisinho no rosto.
- Como ousas falar assim comigo, sua anã? - a ruiva tentava igualmente provocar.
- Isto mesmo, não és um guepardo, estás mais para um gatinho doméstico rebelde. Cuidado com as pulgas! E olha, centauro, pulgas selvagens são bem tensas, tu também devias de ter cuidado ao andar com essa guepardo aí...
Tsurume avançava em Tora, cega de raiva. Esta sabia bem o perigo que estava correndo, afinal era lenta perto daquela perigosa oponente. Hana aproveitava-se que as oponentes desviavam momentaneamente a atenção para sua amiga, concentrando chakra e fazendo com que seu cabelo crescesse o suficiente para cobrir seu corpo. Aquela massa de cabelos amarelos sumia pela terra e emergia pouco depois em cima de Hyuume. A Yamanaka começava a voltar ao normal, e agora encontrava-se “montada” nela, que percebendo sua presença, tentava derrubá-la no chão. Segurando-se como podia – em especial, puxando os cabelos da adversária – pôs a mão em sua cabeça, concentrando-se para usar um jutsu secreto de seu clã.
Muito provavelmente, foram os segundos mais lentos que as duas amigas passaram: não era nada fácil para Hana ter de se segurar enquanto inseria uma memória falsa na oponente, muito menos para Tora tentar fugir de uma humana meio guepardo e completamente enfurecida. A centauro parava de debater-se, e abaixava o arco – que estava apontado para Tora:
- Tsurume, elas não são nossas inimigas... Não podemos fazer isto – dizia.
- Hyuume, estás num genjutsu! Use o kai! - a ruiva gritava para sua companheira.
- Devias ouvir tua amiga, guepardo... – dizia Tora.
- Cala a boca – respondia, desferindo-lhe um soco que fazia a Nara cair. – Hyuume, o que fizeram contigo? Acorda, porra! – gritava, dando-lhe um tapa no rosto.
- O homem que nos fez mal... Aquele canalha... Pode muito bem estar querendo fazer mal à própria filha! Ele não tem escrúpulos, estamos enfrentando a pessoa errada. – Hyuume falava, levemente emocionada.
- Não sei o que fizeste à minha amiga, loirinha... Mas vai te arrepender pela eternidade! – gritava guturalmente. – Tu não sabes o que é uma amizade verdadeira!
As garras da ruiva cresciam de forma assustadora. Hana estava em choque com aquela súbita transformação, sua aparência a cada segundo ficava mais grotesca. Tora percebia que aquilo não era nada bom, e levantou-se rapidamente. Com um shunshin, colocava-se entre sua amiga e Tsurume, com o imenso leque aberto à sua frente, concentrando uma grande quantidade de chakra. A Yamanaka sabia o que significava aquilo, e ficou à frente de Tora, com os braços abertos:
- Já chega, Tora-san! Já disse, não a machuque. Ela precisa descontar sua frustração, então que seja em mim! – dizia, com a voz embargada. – Muito bem, finja que eu sou o meu pai, e bata-me!
- Enlouqueceu, garota?! – Tora estava surpresa.
Tsurume dava uma patada no rosto de Hana, que caía com o impacto. Levantou-se sem oferecer resistência, caindo poucos segundos depois, em decorrência de outra patada. Levantava-se novamente, e quando a guarda ia novamente bater-lhe, Tora puxou-lhe com violência, sacudindo-lhe pelos ombros. Hana não tinha expressão, apenas deixava cair umas lágrimas de seus olhos azuis. Afastou-se, pronta para receber mais golpes, mas a patada da guepardo não alcançara-lhe. Tora segurava – com alguma dificuldade – a mão (ou pata) de Tsurume, olhando-a olhos nos olhos:
- Eu não sei o que aconteceu com vocês, e realmente sinto muito pelo que quer que tenham passado. Mas vocês não são as únicas com problemas nesse mundo! Hana-chan cresceu acreditando que havia ficado órfã com apenas cinco anos de idade, e apenas há alguns dias descobriu que vivera uma mentira! São onze anos de total desconhecimento sobre esse tal Yashin! Enquanto ele fazia maldades com vocês, Hana chorava por não ter um pai com quem contar!
- O que você acha que sabe da vida? Estar acompanhando uma garota mimada a procurar um canalha é o que consideras amizade? – perguntava Tsurume, fazendo força para suas garra alcançarem Hana.
- Bem, como não sabemos de vossas vidas, nada sabes também sobre as nossas. Ela já salvou muitas, sabia? E respondendo-te: amizade para mim é apoiar incondicionalmente uma pessoa, protegê-la quando é necessário e estar lá quando ela fizer as maiores burradas, sofrendo junto as conseqüências, mesmo quando nada tenho a ver com aquilo. Hana é praticamente uma irmã que tenho, eu não posso abandoná-la num mundo imenso, enquanto despreocupadamente vivo na minha vila. É por justamente discordar dela que aqui estou, e não vou deixar-te machucá-la, está me ouvindo, guepardo? – finalizava Tora, sacando uma kunai.
- To...Tora-san... – balbuciava a loira.
- Tsc, gosto da tua personalidade, anãzinha. De alguma forma, fazes lembrar-me de como eu era... Não, ainda sou. Hyuume é como uma irmã, e... Foi minha culpa estarmos deste jeito. – Parecia abaixar a guarda ao relembrar de algo. – Talvez tenhas razão, a loirinha não tem culpa de ter o sangue que tem, além do mais, aparentemente vocês nada têm a ver com isto. O problema é que os chips... – arrepiava-se somente em lembrar.
- Acho que nisto eu posso ajudar! – dizia a loira, animada com uma idéia que acabara de ter.
Sem entender, Tsurume assistia atônita a Yamanaka concentrar chakra e criar um escudo em volta da centauro, e esta gradualmente começar a perder suas características animalescas. A ruiva estava perplexa com o poder de Hana, e esta tentava explicar-lhe da maneira mais resumida que conseguia. Quando Tsurume entendeu razoavelmente como funcionava o fenômeno da rejeição, ficara desconfiada a princípio, mas esperançosa em poder retornar à sua antiga vida. Decidiu tentar após sua amiga dizer que sentia-se exatamente como no dia em que quase perdera a vida. A chuunin repetiu o processo, deixando ambas as kunoichis idênticas ao dia em que haviam enfrentado Yashin, seu pai: livres das mutações, livres dos chips, livres da Nikkõ.
Tsurume e Hyuume guiaram Tora e Hana até o ponto marcado no mapa, uma pequena gruta escondida num bosque mais ao longe. Lá havia uma pequena caixa, totalmente preta, e um bilhete ao lado com os dizeres “Esta caixa só pode ser aberta em minha presença. Traga-a até mim”. Intrigadas, as konohanins tentaram abri-la, sem sucesso. As chuunins então agradeceram toda a ajuda, adicionaram a caixa aos seus pertences e despediram-se, partindo rumo ao segundo ponto indicado no mapa. As kunoichis de Nadeshiko sentiam-se bem, aparentemente Hana realmente havia tirado aquela maldição de seus corpos; sentiam-se vivas, e acima de tudo, completamente humanas. A tarde estava quente, e decidiram ir à praia :
- Hey, Tsurume... Agora podemos ter um pouco de paz né? – perguntava Hyuume.
- Hai! - respondia a ruiva, com um largo sorriso.
- Quem disse isso? – uma conhecida voz masculina ecoava no local.
- VOCÊ?! – assustavam-se as mulheres, ao reconhecerem o recém-chegado, abraçando-se e temendo por suas vidas.