Administrador | Kumo
Sexo : Idade : 28 Localização : Nárnia, where unicorns tend to live! Número de Mensagens : 5771
Registo Ninja Nome: Shikaku Kinkotsu Ryo (dinheiro): 0 Total de Habilitações: 24 | Assunto: Saga Reformulação - Filler 4 "Nuvem vermelha" Seg 28 Jan 2013 - 1:48 | |
| Filler 4 - Nuvem Vermelha Passou-se uma semana após a fuga de Kirigakure e da adoção da pequena. Nesse período de tempo, muitas coisas mudaram. Treinei diariamente o controlo de ácido e do meu corpo aquoso. Descobri, mais tarde, que o ácido era conhecido como Futton e a modificação corporal por Suika. Graças a isso, ganhei um ótimo controlo no Suiton. Como ainda estávamos em território do País da Névoa, não foi difícil encontrar pequenas lojas que vendiam técnicas algo básicas do meu novo elemento e algumas roupas que me serviam perfeitamente (sempre eram mais confortáveis que a bata hospitalar). Outras técnicas eu desenvolvi sozinho, ora descobrindo ora inventando. A pequena apresentou-se como Sekima Hakai, uma criança de um clã de ninjas. Num treino, mostrou-me como era… Impressionante. Comecei a respeitá-la por ser um prodígio. Bastou-lhe cinco minutos naquela curta sessão de treino para aprender o Kinobiri e manejar kunai`s com uma maestria quase igual à minha. Soube de imediato que não era uma criança vulgar. A sua personalidade, contudo, não correspondia aos padrões do seu lado ninja. Era brincalhona, infantil e demasiado curiosa; algo extremamente natural para a sua idade. Reparei que era muito reservada e que odiava conversar (exceto quando fazia as suas perguntas). Raras eram as vezes que me dirigia a palavra, excluindo as perguntas, sem que eu lhe tivesse falado antes. Também era muito querida e tínhamos o cuidado especial de nunca falarmos do passado um do outro nem de tratarmo-nos pelo nosso próprio nome. Sempre a tratei por “pequena” e ela decidiu nomear-me “Pai”. Não me causou incómodo nenhum, afinal, já a via como filha, e a nossa relação melhorou bastante numa única semana. Estrangeiros já nos confundiam como pai e filha, até que acabamos por habituar-nos. Decidira o rumo da nossa rota como Kusagakure. A primeira parte do meu plano era vingar a morte de todo o meu clã com o sofrimento de Tadao. Para tal, rumaria até Kimera. Conhecendo-a bem, já estaria a preparar uma ótima vingança para o seu pai, uma à qual eu queria fazer parte. O que iria fazer após a morte de Tadao? Ainda não sabia bem… Na altura algo irá ocorrer-me…
Entreguei-lhe um par de trocos, aos quais o taberneiro aceitou de bom agrado, apesar da sua boca nunca expressar um singelo sorriso. Afastou-se, deliciado com o dinheiro, e nunca mais me deu atenção. Também não queria de alguém como ele… Parei com o pensamento, se não os insultos que imaginei podiam mesmo sair-me da boca para fora. Virei-me e dei uma rápida olhada na taberna. Quase vazia, como esperado naquela hora, só com uma pequena Sekima sentada num sofá, a tentar controlar as pestanas para não adormecer. Sorri e aproximei-me dela, consciente que dificilmente me ouviria por tê-la acordado. Lembrei-me de Kimera e do seu mau-humor matinal, rezando para que a criança não partilhasse tal defeito. - Ei, pequena! - Agachei-me e afaguei-lhe os cabelos grisalhos (afinal não eram sujos como eu pensei na semana passada), fitando-a - Aguentas uma pequena viagem agora? - Sim… - Respondeu-me debilmente, seguido por um bocejo. Depois pestanejou, ainda cheia de sono - A cama… Era tão desconfortável, acho que tinha monstros debaixo dela… O taberneiro, que limpava o seu balcão, pigarreou após o comentário da minha pequena. Fitei-o furiosamente de soslaio, mas ele não me deu atenção e continuou a entreter-se com as suas tarefas. Voltei a dar atenção à pequena. - Se calhar eram só umas ratazanas ou uns lagartos - Gargalhei de leve e via-a a fitar-me seriamente - Não tiveste medo, pois não? Demorou a responder-me, como se estivesse a avaliar a veracidade das minhas palavras. Por fim, pestanejou e negou com a cabeça. Vi que não diria mais nada e levantei-me. Ela fez mais um esforço para não adormecer. - Então vamos, o Sol já nasceu e quero chegar a Kusagakure depressa! Encaminhei-me para a porta e Sekima seguia-me obedientemente, agarrando as minhas calças como se tivesse medo de perder-se ou para segurar-se em algo caso adormecesse pelo caminho. O taberneiro soltou-nos um último olhar mal-humorado, o qual não tive paciência de devolver, antes que encarássemos o amanhecer. Os olhos amarelos da pequena Sekima encararam o nascer do astro com um brilho intenso, quais duas belas pepitas de ouro, e esboçou um enorme sorriso ao ver as tonalidades laranjas a dominarem o habitual azul do céu. O vento matinal, demasiado fresco para o nosso gosto, lambeu-nos os rostos, fazendo os nossos longos cabelos dançarem a seu gosto. O barulho era exclusivo aos pássaros mais madrugadores, que começavam aquela friorenta manhã a cantarolar. - Lindo, não é? - Perguntei-lhe, não parando o caminhar e ela, apesar de impressionada, fazendo o mesmo - E ainda vou mostrar-te muito mais! - E a neve? - Perguntou-me de rompante. Não percebi de imediato, pois expressei um semblante confuso, levando a que a rapariga puxasse o tecido das minhas calças com mais intensidade - Prometeste-me neve, lembraste?! Soltei um “Ah!” mudo e sorri-lhe. Preparei-me para justificar a razão de ainda não termos visto neve… Mas um leve tremor de terra interrompeu-me. Alarmado, olhei em diversos lados, sempre à procura de algo ou alguém que provavelmente nem estaria naquela área. Sekima olhou-me, confusa e chateada pela falta de atenção, puxando-me incessantemente as calças à espera de uma resposta. - Pai, a neve! Coloquei o indicador à frente dos lábios e fitei-a seriamente. Inteligente como era percebeu e calou-se de imediato. Agarrou-se ao meu joelho e também começou a circundar a área com o seu olhar. Senti que algo estava mal, mas não queria passar o presságio para a pequena. Era escusado preocupá-la.
- Doton…
- À direita! - Guinchou a pequena e, por reflexo, olhei na direção indicada. Uma pedra gigante surgiu, derrubando árvores e direcionando-se ante nós com um impulso considerável. Não havia tempo para escapar, portanto apartei Sekima para trás das minhas pernas e encarei a pedra sem medo - Futton: Satsuei Fushoku! - Cuspi múltiplas pequenas parcelas de ácido que atingiram a pedra a meio do seu caminho e reagiriam de imediato com a sua superfície irregular. A corrosão não foi rápida, mas forte o suficiente para que a pedra perdesse mais de metade do seu tamanho e todo a sua velocidade, aterrando no solo como apenas pó. - Quem está aí? - Gritei para onde viera o ataque, contundo não recebendo resposta alguma. Estranhei, mas não desisti de descobrir o seu paradeiro - Quem está aí, porra! Um vulto surgiu a caminhar, calmamente, por entre os destroços das árvores e folhagens causados por si. Não conseguia distinguir os seus traços, pois a luz do nascer do Sol ainda não incidia naquela área em particular, o que me deixava um pouco mais nervoso. Quem é que, tão cedo, arremessa pedras a desconhecidos sem que estes lhe tenham feito nada? Era com certeza um ladrão qualquer, idiota o suficiente por achar-se capaz de derrotar-me! - Ouvi dizer que ninjas de Iwa andaram por estes caminhos. Presumo que sejam vocês… - Era uma voz grossa e bastante vibrante, masculina. O vulto era alto e musculado - Doton… - Para! - Bradei de imediato, impedindo-o de terminar o nome da técnica enquanto a pequena Sekima forçou o seu aperto - Nós não somos de Iwa, não ataques! O homem hesitou. Apesar de não poder ver-lhe a face, jurei que nos avaliava com o olhar. Os seus braços ainda não haviam descido e os dedos formavam um meio selo, dando a entender que ainda ponderava atacar-nos. - Por favor, não com ela aqui! - Desta vez proclamei pela segurança da minha menina. Não tinha medo de enfrentar aquele louco, mas com a Sekima tão perto… Por fim aproximou-se, dando a conhecer o seu rosto e corpo. E o seu aspeto era, sem dúvidas, exótico. Um cabelo alface, nunca vi nada como aquilo, espigado contrastava com a sua pele morena. A sua face, bem definida e oval, estava repleta por cicatrizes, onde dois olhos negros me fitavam. Subindo um pouco, uma badana de Iwa, com um risco horizontal a dividir o símbolo da vila em dois. Nukkenin… Não só, Akatsuki, pois ostentava um manto negro com nuvens vermelhas espalhadas ao longo do tecido que lhe cobria todo o corpo! Obviamente que Kimera já me falara da Akatsuki. A organização de Nukkenin`s mais temida de todas, onde poderosos criminosos se reuniam para lutarem contra as nações Shinobi`s. Mesmo que ela tivesse unicamente falado mal deles, os seus propósitos deliciavam a minha causa. Agora, entrar… - O que faz um Akatsuki aqui? - Perguntei-lhe, tentando contornar o facto de ele nos ter atacado. Mesmo assim, por precaução, deixei algum chakra fluir. Sekima percebeu isso, colocando-se em alerta - Não é comum ver-vos a passear, perdeste-te do grupo? - Falas muito para quem está em perigo… - Quem estaria realmente em perigo aqui? O otário que atira pedrinhas ou quem é capaz de transformar o seu corpo em nada? Cravou uma estranha espada no solo, fitando-me descontraidamente, como se acabara de fazer algo normal. Preparei-me para perguntar-lhe se estava a cavar a própria cova, mas fui interrompido com um súbito arremesso de uma pedra por parte da espada; que fora erguida aquando o aparecimento do pedregulho. - Mas que…! - Grunhi de susto, não esperando que ele atirasse algo daquele tamanho com tão pouca preparação. Tive de desfazer-me do chakra concentrado - Suiton: Mizu Kamikiri! Um feixe de água emergiu, cortando o chão em placas de terra. Água e pedra encontraram-se, mas a minha técnica fora mais eficaz, dividindo o pedregulho em dois. Cada parcela passou pelos nossos flancos aterrando pesadamente atrás sem nos causar perigo. Entretanto, o meu Ninjutsu continuou em direção ao Akatsuki, ameaçando-o. Contudo, este não se moveu um centímetro, esperando o embate com um sorriso. E assim se sucedeu. O feixe atingiu-o sem piedade, porém, os resultados foram inesperados. A água dispersou-se ao invés de cortar e, em segundos, a figura dele voltou a surgir, agora todo molhado. A sua pele estava revestida por pedra, esta que, após perder o seu propósito, desapareceu sem deixar marcas. Tal igual ao meu Suika… - És ousado em atacar alguém que sabes ser forte… - A sua voz era tão monocórdica que dava a entender que falar parecia exercitar demasiado o seu cérebro. Se calhar o meu pensamento era certo… - Agora vou ensinar-te… - Quero entrar para a Akatsuki! - Interrompi-o antes que começasse a fazer choverem pedras ou algo do género. Preferia evitar uma luta que afetasse o bosque à nossa volta, já havia sido demasiado afetado por esta loucura - Deixa-me entrar para a vossa organização, vais ver que valho a pena. Ele hesitou de novo, porém, desta vez, os seus braços desceram ao invés de ficarem parados. Soube que não considerou mais atacar-me, limitando-se a fitar-me. Avaliou cada centímetro do meu corpo, como se pretendesse encontrar mais informações sobre mim só com o olhar. - Não tenho vontade alguma de dar-te a oportunidade… - Parou de falar, olhando-me enquanto, provavelmente, cogitava no que dizia. Certamente era lento, todavia conseguiu prosseguir - Mas o líder ordenou-nos para darmos oportunidades a todos os Nukkenin`s. A tua sorte é que somos poucos na organização… Sorri-lhe falsamente. Sabia que ele não estava feliz com o meu pedido e, qualquer que fosse o ritual para entrar, ele não me facilitaria. Criamos de imediato uma certa antipatia. Não sabia explicar o porquê, mas sempre que nos olhávamos gerava-se uma tensão entre nós. Uma enorme vontade de equipararmos forças… - Para entrar tens de provar a tua habilidade - Isso já era óbvio, preferia ouvir novidades! - Vais ter de lutar contra mim - Porreiro, exatamente o que tentei evitar, mesmo com ganas do contrário - Segue-me! Virou-nos costas, assegurando que eu não lhe representava perigo algum. Deu-me o desejo de lhe atirar com uma onda de ácido para cima, mas controlei-me. Olhei para Sekima, não mostrava medo no olhar, contudo segurava-se firmemente às minhas pernas. Preocupação, talvez… - Vamos, pequena? - Perguntei-lhe, carinhosamente. Esta fitou-me, anuindo com a cabeça. Peguei nela, sabia que dormira pouco, e coloquei-a sobre os meus ombros. Esta deixou-se cair, agarrando-se ao meu peito para segurar-se, e rapidamente caiu no sono. Segui caminho, atrás dele e mantendo-me vigilante… - Notas finais:
O próximo Filler irá relatar os acontecimentos após a luta de Akatsuki entre o Katsu e Arami. Resumindo, quem quiser ler o duelo que leia e quem não o quiser não o faça, não é assim muito importante na minha história. Sobre o treino da Sekima ter-se mostrado como prodígio, também disponibilizo o link para os mais curiosos (contudo também é de leitura facultativa, pois mostrarei as habilidades da pequena mais tarde). Link do duelo Akatsuki: Aqui Link do treino: Aqui
A saga Reformulação é só para atualizar a história, explicar como o Katsu conseguiu o Futton e Suika, introduzí-lo na Akatsuki e inserir a Sekima. Os acontecimentos realmente importantes vêem na próxima saga, a segunda temporada ahah.
Última edição por Tio Russo em Seg 28 Jan 2013 - 18:32, editado 1 vez(es) |
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Administrador | Kumo
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Registo Ninja Nome: Shikaku Kinkotsu Ryo (dinheiro): 0 Total de Habilitações: 24 | Assunto: Re: Saga Reformulação - Filler 4 "Nuvem vermelha" Sex 1 Fev 2013 - 18:30 | |
| - Eve escreveu:
- Dei uma fugida dos estudos pra ver essa história de filha... Oh god, Katsu responsável por uma criança? Acho mais fácil o contrário ocorrer hahaha. O filler está bom, apesar de não decidires se estão a partir no início da manhã ou da noite (meteste um pôr-do-sol pelo meio ), estou a gostar da Sekima. Continua (se eu não der outra escapada, leio na próxima semana junto com o treino e o exame da Akatsuki )
Ahah, tenho a certeza que era de manhã, falhei foi a nomear o fenómeno do Sol ahahah. Sinto-me lisonjeado por teres escapado dos estudos só pela nova surpresa do Katsu. Ele é um bom pai!!! Obrigado por leres ^^ - Bruno Moraes escreveu:
- Bem já li seu duelo e o treino (afinal eu fui o avaliador de ambos ) então tenho uma boa noção do que está a acontecer. Esse filler explica como começou o duelo, agora quero saber o que Katsu irá agir depois de entrar na Akatsuki.
Continua irmão. Ahah, ser avaliador traz as suas vantagens. Obrigado pela leitura ^^ - Ritta escreveu:
- Acho que a relação entre ele e a Sekima é cada vez mais fofa Quando tiver tempo vou ler o treino, quero ver a prodígio a revelar-se!
Hm, então foi assim que o Katsu encontrou o dude da Akatsuki. Já li o tal duelo e gostei da luta, tinha boas táticas ^^ Agora quero ver o que se vai passar depois do duelo!
Continua! Hmm, quero mesmo passar a ideia de uma certa fofura e interdepêndecia entre eles. Espero que dê resultado! Obrigado pela leitura ^^ |
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