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Naruto RPG
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E o ciclo da vida repete-se! As pacíficas vilas voltam a unir-se para combater um mal em comum. Vem conhecer o melhor e mais antigo role play de Naruto, totalmente em português.
Sexo : Idade : 28 Localização : Nárnia, where unicorns tend to live! Número de Mensagens : 5771
Registo Ninja Nome: Shikaku Kinkotsu Ryo (dinheiro): 0 Total de Habilitações: 24
Assunto: Segundo capítulo - Prólogo II Dom 21 Abr 2013 - 21:01
Segundo capítulo - Prólogo II
Uma ligeira brisa raspou pelas paredes húmidas da caverna. As gotas de água sentiram-se lambidas e transmitiram às suas vizinhas uma sensação de desconforto, estas que repetiram o anterior feito e, em questão de segundos, tudo o que era existente naquela caverna sentia-se desconfortável. Os monges, imperturbáveis nas suas rezas, sentiam um estranho suor a escorrer-lhes pelas faces, pendendo pelo queixo até irem de encontro ao solo. Instantaneamente, desde que aquela brisa desconfortável aparecera, um intenso calor surgira e começara a castigar aqueles que não se apresentavam devidamente preparados para o resistir... Nomeadamente, os monges nas suas longas e densas vestes. Mas a primeira hesitação não surgiu aquando a chegada do calor. Monges sempre foram treinados para rezaram independentemente das condições que os tentassem impedir. Frio, calor, trovoada ou até o apocalipse, a sua reza devia ser rigorosa e cumprir os horários era uma obrigação. Mas nunca foram treinados para suportarem o próprio Sol, ou que fosse aquilo que presenciavam... As pupilas da adolescente de cabelos escarlates abriram-se. Outrora brancas, agora demonstravam uma agressiva tonalidade laranja, acompanhada por um semblante ainda inexpressivo. Os monges sentiram que deviam parar a reza, averiguar se a situação estava sobre controlo, mas não podiam parar. Assim foram ensinados, assim iriam fazer... Sentiu-se uma estranha fricção no ar. Tão estranha que o som produzido fora suficientemente audível para superar os dos cânticos e fazer os monges pararem. A sua segunda hesitação, nunca antes acontecida, e a última. A rapariga inerte contorceu-se, caindo de gatas no solo. As correntes, ainda presas ao seu corpo, revelaram trazer pequenos pedaços de pedra das paredes onde se suportavam. Pareciam fortes como a mentalidade dos monges, mas ante a rapariga eram agora frágeis... Houve a estupidez de pensar-se que ela havia morrido ou que o ritual tinha consequências ao recipiente ainda desconhecidas. Alguns monges abaixaram os braços e deixaram as reluzentes correntes penderem sobre os pulsos, outros, cegos pelos panos, tentavam perceber o que os mais experientes com a cegueira estavam a captar dos sons. A cabeça da adolescente ergueu-se e, mais uma vez, o seu olhar laranja percorreu toda a sala. O semblante e postura apresentavam-se animalescos, algo nunca antes imitado, numa posição semelhante a um lobo indomável. Alguns dos cabelos escarlates pendiam à frente da sua cara, tentando ocultar a agressão que passava ante todo o seu redor, sem esquecendo das inúmeras correntes ainda presas ao corpo da adolescente, titilando entre si a cada gesto brusco. A mordaça, cada vez mais húmida e pesada pelo constante bafo, conseguia apaziguar os consecutivos e intimidantes rugidos que aquele ser tentava proferir.
O calor intensificou-se... Todavia cegos, os monges conseguiam sentir que algo não estava bem. Tudo começara com aquela brisa e com outra tudo acabaria. Num rugido abafado pela mordaça e num retesar de joelhos e cotovelos, o olhar alaranjado da adolescente indicou as suas intenções.
- O que se passou? – Um monge viu outro a passar a sua frente em corrida, tentando de seguida acompanhá-lo – Por que há tanto barulho no templo? Os gritos provenientes da sala do ritual eram assustadores. Ouviam-se pedidos de ajuda, clemência, misericórdia ou até de uma morte rápida, tudo o que ia contra a moral dos monges. A situação era confusa, o líder nunca falara sobre esta represália do ritual, se tudo isto era mesmo uma consequência dele... Os dois monges viraram à esquerda nos longos corredores escuros e húmidos, evitavam os seus companheiros também em corrida e guiavam-se naquele labirinto eximiamente, mesmo com a visão coberta. As suas sandálias ecoavam a cada batida contra a pedra do chão mas nunca conseguiam superar a intensidade das batidas dos seus corações. Por fim, a sala do ritual... - Mas que... A multidão inteira que outrora rezava encontrava-se agora espalhada pelo local. Havia pouco sangue mas as evidências de uma luta eram constantes: crateras no solo ou parede, variadas armas espalhadas e, acima de tudo, dezenas de corpos inconscientes espalhados pelo chão. Olhando para o final da sala, via-se o “trono” onde supostamente deveria estar o recipiente, agarrado por inquebráveis e variadas correntes finas. - O-onde é que ela está? – Perguntou um dos monges, olhando cegamente para toda a divisão. Os seus punhos cerraram-se e os joelhos dobraram-se tenuemente, preparados para uma rápida fuga caso fosse necessária. Só reparou, após alguns segundos da sua pergunta, que sentia-se sozinho... – E-ei, onde estás? Um ligeiro ruído animalesco foi a sua resposta e, com uma audição apurada, seguiu o seu rasto até ir de encontro a dois brilhantes pontos. A um canto escuro da divisão, onde dois monges estavam sobrepostos um sobre o outro, inconscientes, dois pontos laranjas fitavam-no. Engoliu um seco e as mãos começaram a tremer. Os dois pontos foram acompanhados por um ligeiro ruído, aparentemente nada agressivo, e avançaram em sua direção... O monge estava assustado, mas não conseguia deixar de fitar os dois pontos, tão agressivamente belos, tão assustadoramente hipnotizantes... - Sai daí! – Uma voz grossa e masculina fez-se ecoar pelo corredor onde o monge viera. Este sobressaltou-se, como que acabado de acordar de um sonho, e recordou-se do significado dos dois pontos, recuando e tentando ganhar distância deles. Olhou de soslaio para o lado e pôde ver uma nova horda de monges, estes melhor equipados, a aproximarem-se. Sentiu um alívio e nova segurança pela espinha – Que estás a fazer Muramana? Ela vai atacar-te! Ela? O monge olhou em frente para ver uma rapariga, extremamente bela por sinal, a sair da sombra. Os seus olhos não eram humanos ao apresentarem tão intensa tonalidade laranja e a sua pose e semblante representavam melhor um animal. Um virote silvou... Instantaneamente, uma flecha presa a uma corda cortou o contato visual entre ambos para trespassar o braço da rapariga. Esta rosnou em fúria e, com uma força soberba e inesperada, arrancou o virote do seu braço e arremessou-o para nenhures, espirrando sangue pelo processo. O monge assustara-se, como se a dor do virote nem causasse incómodo àquele ser e, a única coisa que viu antes de ficar inconsciente pelo inesperado ataque dela, foram os seus cabelos escarlates com pequenas correntes atrás a titilarem entre si...
CONTINUA
Rich
Moderador | Konoha
Sexo : Idade : 26 Localização : Não olhes para trás neste momento... Número de Mensagens : 1776
Registo Ninja Nome: Uchiha Takeshi Ryo (dinheiro): 630 + vale de 200ryos na loja de armas Total de Habilitações: 257,5
Assunto: Re: Segundo capítulo - Prólogo II Dom 21 Abr 2013 - 22:59
O Russo a voltar em força. Gostei muito deste teu "2º filler introdutório". Acho as tuas descrições boas, mas qualquer elogio que te tenha a dizer é apenas a repetir-me so.... "Os monges tão f****dos, os monges tão f****dos". Estou ansioso para o próximo. Keep Going!
SlyK
Membro | Iwa
Sexo : Idade : 24 Número de Mensagens : 14
Registo Ninja Nome: Kamigan Gekko Ryo (dinheiro): 0 Total de Habilitações: 24
Assunto: Re: Segundo capítulo - Prólogo II Dom 21 Abr 2013 - 23:19
Awesome como seria de esperar, espero ansiosamente por mais!
Virtus
Membro | Kumo
Sexo : Idade : 28 Número de Mensagens : 28
Registo Ninja Nome: Yoshiaki Watanabe Ryo (dinheiro): 500 Total de Habilitações: 24
Assunto: Re: Segundo capítulo - Prólogo II Qua 24 Abr 2013 - 0:56
Lindo, lindo demais. Mas sabe o que enriqueceu muito a tua escrita? A Filler que acompanhou perfeitamente a leitura, e que uma vez mais me fez sentir dentro do ambiente. Uma descrição detalhada e que era necessária, pelo o simples facto que esta Filler para mim é uma transição, o que me faz querer ainda mais o Terceiro Capítulo. Não é daquelas Filler enormes, mas tem o tamanho ideal, e acima de tudo: Tem a qualidade perfeita para fazer-me amar cada vez mais a história da tua personagem.
Mas agora a pergunta fica, Quem é ela? quem é ela no seu interior? Uma besta?
Sennin
Administrador | Suna
Sexo : Idade : 30 Localização : Your mom's rear Número de Mensagens : 7040
Registo Ninja Nome: Kaito Ryo (dinheiro): 500 Total de Habilitações: 24
Assunto: Re: Segundo capítulo - Prólogo II Sáb 27 Abr 2013 - 20:19
Acabei de ler os dois fillers, estão bastante porreiros. A tua introdução parece-me bastante parecida a uma coisa que eu tinha em mente para o meu personagem, espero que não tenhamos tido a mesma ideia Keep going ^^
BigBoss
Administrador | Konoha
Sexo : Idade : 28 Número de Mensagens : 1663
Registo Ninja Nome: Kride Uchiha Ryo (dinheiro): 346,5 Total de Habilitações: 292,25
Assunto: Re: Segundo capítulo - Prólogo II Dom 28 Abr 2013 - 0:37
Uma excelente continuação do primeiro! A descrição foi algo soberbo neste filler, gostei imenso ^^ Para além dos monges estarem, digamos, completamente lixados, esta moça ruiva ainda vai dar que falar. Fico à espera do próximo