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F9 - Memórias EJWNGUN
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E o ciclo da vida repete-se! As pacíficas vilas voltam a unir-se para combater um mal em comum. Vem conhecer o melhor e mais antigo role play de Naruto, totalmente em português.
 
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 F9 - Memórias

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AutorMensagem
Rich

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MensagemAssunto: F9 - Memórias   F9 - Memórias Icon_minitimeSex 19 Abr 2013 - 20:46

Memórias
"Aquele que consideravam esquecido voltou..."
Acordei sobressaltada. O suor escorria-me pela testa e a roupa colava-se ao corpo. A minha cabeça latejava. Passei a mão pela testa e senti um tecido, mais propriamente uma ligadura, seguida de uma dor aguda. Ouvi-a vários passos lá fora e foi então que percebi que não estava nem na gruta, nem no acampamento e os rapazes não estavam comigo. Grades alongavam-se perante mim e pelos flancos e retaguarda estava protegida por paredes de pedra escura. Levantei-me rapidamente e agarrei-me às grades a gritar:
-EI! ESTÁ ALGUÉM AÍ! EI!
Abanava as grades a tentar fazer o maior ruído possível. Olhei para trás desesperada. Vi uma janela com 2 pares de grades mais finas que as que me prendiam. Saltei para a cama e espreitei. De repente um conjunto uníssono de passos aproxima-se da minha cela. Salto da cama e agarro-me ás grades da frente, tentando descobrir a quem pertenciam os passos. Como previsto um grupo de homens revela-se. Eram cinco: quatro atrás, vestidos com roupas iguais, e um na frente. Parecia ser alguém muito importante, pois vinha escoltado de seguranças e usava um fato preto com gravata e sapatos de igual cor. Baixou os óculos escuros revelando olhos vermelhos-escuro e disse:
-Bem-vinda a Nai no Sato (Vila Oculta da Morte) cara Hiroshi-san. Eu sou Karite (Ceifador), mas podes-me chamar de Sr.Karite.
Ainda não conhecia o homem, mas já não gostava dele. Passou a mão pelo cabelo escuro e perguntou:
-Tens alguma pergunta Fuketsu Kihaku (Alma Impura)?
-Tenho! Quero saber como vim aqui parar e onde estão os meus companheiros de viagem!
O homem riu-se sonoramente. Passou o indicador pelo olho fingindo limpar uma lágrima. Limpou a garganta:
-Perdão pela minha falta de...ética. – Conteve um riso – Os teus “companheiros” devem estar neste momento a anunciar a tua morte ao Hokage. Pff aquele fedelho não tem estofo suficiente para gerir uma vila tão importante como aquela...Desculpa, qual era mesmo a outra pergunta? Ah, sim, já me lembro. Bom parece que os teus “amigos” traíram-te. Foste trazida para a nossa amada vila como escrava. Se eu fosse a ti não esperava sair daqui a curto-prazo ou...viva!
Ele voltou a rir-se e foi-se embora. De repente voltou para trás:
-É verdade! Quase que me esquecia. Trouxe-te um presente e eu sei que vais adorar.
Estalou os dedos e um dos seus guardas entregou-lhe uma espécie de coleira de ferro. O homem abanou aquilo à minha frente:
-Agora a questão que se impõe é: vais usar isto a bem ou a mal?
O seu tom mudou assim como a sua expressão facial. Os meus olhos começaram a ficar vermelhos e quentes. Institivamente comecei a andar para trás lentamente e a abanar a cabeça em negação. O meu corpo começou a tremer incontrolavelmente:
-Muito bem... – suspirou
Estalou os dedos e um dele fez um selo. Estupidamente olhei para ele e aí entrei num genjutsu. Os meu corpo parecia petrificado. Não conseguia mexer a boca, os braços nem as pernas, apenas podia pestanejar. Outro guarda abriu a porta e entrou o estranho homem com a coleira pronta a ser posta. Em poucos segundos a coleira estava presa à volta do meu pescoço:
-Ficou perfeita! – Estalou as mãos – Vamos ver se funciona...
Ele sorriu. O genjutsu ficou fraco e por isso aproveitei para o quebrar, mas assim que concentro uma pequena percentagem de chakra, levo um choque elétrico vindo da corrente:
-Como eu disse: perfeita!
Ele virou-se e por fim disse:
-Até amanhã Fuketsu Kihaku.
A cela foi fechada e o genjutsu cancelado. Quando voltei a mexer os membros caí no chão com dores e sem ar. As lágrimas caíram pela face. Deitei-me no chão a chorar. A raiva apoderava-se de mim e a dor e mágoa ajudavam na sua formação. Levantei-me e comecei a tentar esmurrar a parede. As lágrimas caiam ainda mais violentamente, mas eu não parava. Cada murro era um grito de raiva que me drenava as forças gota a gota. Comecei a sentir o ferro no pescoço e então agarrei na coleira e fiz a máxima força para tirá-la, mas cada tentativa era um choque. Os meus gritos de dor ecoavam pelo corredor, provavelmente vazio. Estava exausta e ainda havia tanto a assimilar, mas o meu corpo não aguentava e a minha mente estava fraca. Deitada no chão, lavada em lágrimas, adormeci.
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Os meus olhos abriram-se lentamente, tentando mostrar uma realidade diferente da revelada no dia anterior. Infelizmente o meu desejo não foi concretizado. Acordei no chão com dores nas costas, pescoço e os nós dos dedos feridos. Para piorar estava com fome. Não sabia quanto tempo tinha dormido, mas tinha quase a certeza que não tinha comido nesse período. A minha cabeça continuava a latejar e eu ainda não tinha percebido como fizera aquele golpe na cabeça. Subi para cama e olhei lá para a fora.
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