Deitado numa maca, o corpo de Ankuko permanecia imóvel, a seu lado um conjunto de homens vestidos com batas verdes conversava freneticamente à sua volta.
- Não podemos voltar a fazer isso, é perigoso de mais, queres esturricar-lhe o cérebro?
- Temos que o fazer, ele começa a recuperar a memória.
- Temos de arranjar outra solução!
- Não há outra solução!
- Mas... mas…
- Mas nada! Vocês estão encarregues de manter o cérebro de Ankuko intacto!
- Vamos fazer os possíveis, senhor Antetsu!
- Vamos começar então! Kenboushou no Jutsu (Técnica da Perda da Memória)!
Todos na sala se prepararam para o que ai vinha. Utilizar esta técnica pela segunda vez tinha perigos incalculáveis á mente do alvo, e todos os médicos se focavam em manter a saúde do cérebro de Ankuko. Chakra verde fluía de 5 pares de mãos, em direcção ao crânio de Ankuko, enquanto que Antetsu se ocupava a restaurar as memórias falsas de Ankuko. O processo mal havia tido inicio quando os médicos se sobressaltaram.
- Pare, as células do seu cérebro estão a entrar em colapso, se continuar ele poderá morrer ou perder as capacidades físico-motoras!
- Raios, ele vai aguentar!
- Não, pare!
- Ahhh… Raios! – Disse Antetsu batendo violentamente na parede. – Como esta?
- Estável, parece não haver danos graves no tecido cerebral.
- Menos mal.
Os médicos executavam diversos testes sobre o olhar atento de Antetsu. Ankuko inconsciente, perdia-se no seu subconsciente, num mundo irreal, as memória ganhavam vida.
- Onde estou? – Ankuko olhava em seu redor, mas apenas via escuridão a rodeá-lo. – Está ai alguém? – A voz de Ankuko ecoo ao longo do nada. Ankuko deu um passo, e tudo ao seu redor de incendiou numa explosão de cor, formas e sons. À sua frente estava uma cidade arenosa, só se via areia, e uma extensão de casas da cor da própria areia.
- Isto é… Suna? – Ankuko entrou na vila, as ruas estavam desertas, e não se via ninguém. Chegou a um pequeno pátio em frente a um edifício alto, numa tabuleta lia-se
“Academia Ninja”. Um homem, atravessou Ankuko como se este fosse feito de fumo, Ankuko soltou um pequeno “Ah” de surpresa.
- Mas que raio… - O homem parou à sua frente, era o seu tio Antetsu. Num piscar de olhos, tudo à sua volta mudou, o pátio estava agora repleto de alunos, que aterrorizados viam um jovem rapaz investir contra o seu tio.
- Ei, larga-o! – Ankuko correu na direcção de ambos, quando se aproximou, não acreditou no que via. O rapaz tinha enormes semelhanças consigo, especialmente os olhos, vermelhos, cheios de sangue. Antetsu afastou-se, num tom rouco, as suas palavras atingiam Ankuko como se fossem Kunais.
- Antetsu- O teu pai era como tu! Um fraco. Não soube aproveitar, o poder que tinha. Era um fraco, um maricas. Se calhar não vais ser tão inutil como eu pensava, o sangue do teu pai circula nas tuas veias. Um poder, que em cem anos, não havia despertado na familia, até que nasceu o teu pai. Parece que tambem tu o tens! Um dia, um dia esse poder tambem será meu! Não esperas pela demora.
Tudo se esfumou num redemoinho de folhas, e a escuridão voltou a pintar tudo.
A cabeça de Ankuko gritava, abriu os olhos de forma espontânea, arfando e suando intensamente.
- Mas que raio se passou? – Ankuko encontrava-se no seu quarto, sentado na cama.
- Mas que sonho foi este? Parecia demasiado real para ser um sonho… - A cabeça doía-lhe. – Será que aquilo aconteceu mesmo? O tio Antetsu não parece ser assim… ou será?
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Aqui esta ele de novo Supe