Histórias
- Hoje vou ler-vos uma história de ação. Querem ouvi-la? - perguntou o homem
- SIM! -gritaram as crianças em uníssono
- Muito bem... "Num belo dia de Verão ia o Hyuuga Shinuyan a passear pelas ruas de Konoha..."
O ar quente fazia o chão secar e cada vez que colocava um pé nele criava-se uma densa nuvem de pó acastanhado. Decidi virar para um caminho mais protegido do Sol. Entrei numa espécie de beco, estranhamente escuro para aquela altura do dia e com aquele tempo. Continuo a andar até que ouço o que parecia ser metal a chocalhar. Olho para trás e vejo dois rapazes a vir na minha direção. Um tinha uma corrente a girar e outro com uma mangual a arrastar-se pelo chão.
"Isto vai dar mer...porcaria...."
Virei-me para trás e comecei a andar mais rápido, como se não estivesse preocupado. Um dos rapazes assobia, como a chamar um cão. Eu não parei e continuei a andar. Ele voltou a assobiar e depois gritou:
- Estás a fugir cachorrinho?
Parei e olhei para ele. Parecia ter uns 16/17 anos e o outro a mesma coisa, mas era mais baixo:
- Repete... - disse-lhe
Ele riu-se sarcásticamente:
- O quê, cachorrinho?
Os dois começaram a rir-se:
- Vá dá-nos o teu dinheiro e essa katana, beeem bonita, e põe-te a andar. - disse o mais baixo
Desta vez quem se riu fui eu. Fiz um selo e comecei a carregar o chakra Raiton na mão direita.
"Byakugan"
- Um jutsu? Nem pensar!
Ele girou as correntes e atirou-as contra mim. Coloquei a mão esquerda na bolsa e tirei um kunai. A energia já estava carregada e por isso fiz o selo do Pássaro, deixando a energia sair causando um flash que cegou, momentaneamente, os jovens. As correntes ainda vinham na minha direção. Dei um salto para trás e, com ajuda do Byakugan, atirei a kunai que acertou num dos aros que unia a corrente, prendendo-a ao chão. Numa rápida combinação de selos, seguida de uma concentração de chakra:
- Karasu Bunshin no Jutsu!
Em nuvens de fumo aparecem 3 clones que, juntando-se a mim, formaram um posição em losango. Os dois adversários coçavam os olhos ao começavar a ver novamente. De onde eu estava dava uma "invisibilidade" muito boa. Comecei a analisar a situação:
"Ora bem...um tem as correntes presas, mas o outro tem uma mangual, se bem que a mangual é pesada e deve ser usada só para assustar... Talvez com os clones possa desárma-lo, mas as correntes aí podem ser usadas.... Pensa, pensa...."
Já foi tarde quando me apercebi da shuriken, mas ainda consegui desviar-me levemente, levando com um pequeno corte no rosto. Olhei e vi o mais baixo com mais duas shurikens na mão:
- Vês, aquele é o real! - falava com excitação
O mais alto puxou com força as correntes e estas, a custo, voltaram para trás, deixando a kunai rodar para a direção oposta:
- Merda...
"Direções opostas, já!" - dizia para os meus clones
Cada um com um shunshin saltou para as paredes adjacentes. Concentrando chakra na sola dos chinelos, comecei a subir a parede. Ouço um chocalhar a vir na minha direção e depois sinto algo frio a enrolar-se no tornozelo. Concentro chakra na mão direita e coloco-a na parede, ficando agarrado a esta enquanto era puxado pelas correntes do mais alto. Não demorou muito até ao meu pulso ceder e eu começar a minha rápida descida de encontro ao chão. Assim que "beijo" o chão poeirento, começo a ser puxado para trás. Os meus clones estavam em posição e eu só precisava de dar o comando. A minha perna estava cada vez mais apertada pela força das correntes, por isso tinha de me apressar:
"Kunais!" - falei para os meus clones
Quatro kunais voaram do nada e cravaram-se, com precisão, nos aros das correntes impedindo-as, assim, de me continuarem a puxar. Enrolo o tornozelo nas correntes e viro o corpo, ao mesmo tempo que agarrava as correntes e puxava-as para mim. O 3º clone apareceu perto de mim, agarrou as correntes e começámos a puxar. Era a força de 2 contra de 1 e não tardou até este ceder. As kunais que estavam a prender as correntes saltaram para todos os lados quando o rapaz vinha a raspar no chão enquanto eu e o clone o puxávamos. O rapaz mais pequeno começou a girar a mangual e, assim que esta ganhou uma certa velocidade, atirou-a contra os dois clones da frente, que rebentaram numa nuvem de fumo branco. Levantei-me e enrolei o rapaz nas suas próprias correntes, fixando-as com várias kunais com papeís explosivos anexados:
- Fica aqui sossegadinho...
Desfiz o clone e preparei-me para a luta. Saquei de mais uma kunai e comecei a investida, ao mesmo tempo que verificava o seu sistema com o Byakugan. Ele puxou de novo a mangual e começou a gira-la. Eu já estava perto dele, mas mesmo assim ele atirou-a contra mim. Atirei-me para o chão com uma cambalhota e deslizei até ele aplicando, de seguida, um pontapé ascendente no braço que segurava a mangual. O braço ficou dormente e foi atirado para cima. Bastava um simples toque na mão e a mangual caía no chão. Dei um cambalhota para trás e levantei-me. Dei-lhe, de seguida, um murro leve na mão e um pontapé no abdómen. Como esperado a mão abriu-se a mangual caiu no chão. Apressei-me a agarrar nela e a puxá-la para trás. Ele cambaleou alguns metros para trás, mas rapidamente assumiu uma posição de ataque:
- Vamos fazer jogo limpo, ok? - perguntei-lhe retóricamente
Arrumei a kunai na bolsa e cerrei os pulsos, assumindo uma posição semelhante à dele. Com um shunshin avancei para ele e apliquei-lhe um gancho direito. O corpo dele cambaleou com a força do soco. Dei mais alguns passos e chutei o seu abdómen e, quando as costas arquearam-se e levantaram ligeiramente, dei-lhe uma cotovelada. Andei alguns metros para trás:
- É a tua vez...levanta-te!
Ele tentou levantar-se à primeira, mas só conseguiu à terceira. Avançou para mim tentando socar-me. Com o Byakugan conseguia acompanhar, lentamente, as investidas dele. Ele tentava aplicar vários socos, mas eu desviava-me com a cabeça ou com outra parte do corpo:
- É a minha vez....
Quando ele tentou acertar-me no abdómen, agarrei-lhe o pulso com a mão esquerda e coloquei-o junto ás minhas costas. De seguida dei-lhe uma cotovelada nas costelas aproveitando o movimento para lhe dar um murro no nariz. Larguei-o e virei-me para ele. O seu nariz sangrava e tinha várias marcas na cara:
- Dá-me tudo o que tens! - gritei-lhe
Aproveitava aqueles momentos de "pausa" para recuperar algum fôlego. Ele arfou e começou a correr, desengonçadamente, na minha direção. Assim que chegou perto de mim:
- Muito lento...
Apliquei-lhe uma cabeçada com a bandana, finalizando um Heddo Batto. Ele caiu para trás meio incosciente. Virei-me para o seu colega ainda "trancado" nas próprias correntes:
- Agora tu...
Comecei a tirar as kunais que prendiam as correntes, mas deixei as outras cravadas no chão. Se o meu plano corresse como o esperado, ele ficará explosivo. O rapaz começou a desenrolar-se nas correntes e num instante já estava de pé:
- Seu cabr...
Ele pôs a mão numa bolsa e tirou uma kunai, lançando-a de seguida. Fiz um rápido kawarimi, troncando o meu corpo por um tronco e re-aparecendo metros á frente:
- Aqui!
Ele virou-se e começou a correr contra mim. Comecei a concentrar chakra por todo o corpo.
"Só mais alguns metros...."
Assim que ele entrou no meu alcance tomei a posição do Juken. Entrámos numa nova área negra com um símbolo yin-yang e mais alguns kanjis verdes-fluorescente e comecei a distribuir os golpes:
Dois Golpes : Ni Shou;
Mais dois golpes (totalizando quatro golpes) : You Shou
Mais quatro golpes (totalizando um total de oito golpes) : Hachi Shou
Mais oito golpes (totalizando um total de dezasseis golpes) : Juroku Shou
Mais dezasseis golpes (totalizando e terminando com trinta e dois golpes) : Sanjuni Shou.
Quando terminei dei-lhe um último pontapé, aproveitando a energia acumulada com o Hakke Sanjūni Shō, que o atirou novamente para as kunais com os papeís explosivos. Virei-me e continuei a minha caminhada, interrompida pelos dois rufias. Ele levantou-se e gritou:
- I-isto ainda....não ACABOU! VOLTA AQUI! - gritava
- Acabou sim senhor.... - respondi
Fiz um selo e concentrei uma última porção de chakra:
-
Katsu!