Azura retirou o casaco e pôs levantou a gigantesca espada que repousava sobre a mesa. No início era difícil empunhá-la por culpa de seu peso, mas ultimamente o shinobi tem levantado-a sem muitos esforços. O objetivo era claro, ele tinha de derrotar todos aqueles inimigos que esperavam-no pacientemente. O local era uma planície enevoada. No horizonte via-se o mar que delimitava a grande ilha que era o pais da água. Amagi estava sentado em uma mesa ao lado de Amaya, e ambos observavam Azura enquanto deliciavam alguns biscoitos.
- O Objetivo é imobilizá-los, mas lembre-se de não matar ninguém. Entendeu? - Amagi falou distraído com um biscoito particularmente grande. - Mostre-se capaz. - Ele terminou.
E foi o bastante para o rúivo entender. Ele apertou os dedos em volta da empunhadura da Kubikiri Hocho e avançou.
O primeiro adversário aproximou-se fintando com uma kunai, ele correu em direção a Azura lançando a lâmina e logo em seguida saltou alto no ar, onde jogou mais cinco. Azura, em movimento, desviou da primeira lâmina usando a sua grande espada e, para desviar das kunais posteriores, prendeu a arma nas costas e uniu as mãos em selos rápidos enquanto sussurrava:
- Hariton: Chou Hari Kabe! - E o Chuunin pôs as mãos no solo fazendo seu chakra doton e raiton ser liberado, o tempo foi mínimo, mas o bastante para que o rapaz conseguisse fazer sua energia fundir-se no solo abaixo de si. Uma parede de vidro surgiu na frente do rapaz protegendo-o dos projéteis.
Outro inimigo shinobi surgiu a alguns metros, mas na lateral. Do outro lado, a uma distancia considerável, um adversário diferente surgiu fazendo seus selos e ameaçando um ataque.
Ambos os dois puseram a mão na boca e sopraram de seus pulmões duas imensas bolas de fogo.
Azura mal teve tempo de pensar, já ativava a propriedade mais conveniente do jutsu que usava para proteger-se, ele expandiu o seu controle de chakra pelo chão para atingir a prede de vidro e fazê-la crescer e crescer até formar um perfeito cubo em volta do rapaz. As chamas envolveram-no e transformaram o cubo em um verdadeiro forno. Uma expessa núvem de fumo ergueu-se para envolver todo aquele vidro.
O kirinin teve de tomar uma decisão dura, mas necessária. Ele optou por dividir seu chakra com um Kage Bunshin, apesar de ficar limitado depois de fazê-lo, era necessário para dividir sua atenção e aprender melhor sobre os asversários. Realizou os selos necessários e dividiu seu chakra antes de expandí-lo e fazê-lo sair de seu corpo, criando uma cópia perfeita sua. Ambos, ele e o Clone, ainda estavam cobertos pela fumaça e o elemento surpresa estava com os dois.
O Clone submergiu na terra, os shinobis adversários esperavam anciosamente a dissipação do fumo e Azura já preparava sua próxima cartada. Seu chakra já rareava, ele arrependeu-se por ter feito uma decisão tão precipitada, mas decidiu continuar em frente.
O vidro do cubo de Azura explodiu em bilhares de pedaços, de dentro da cortina de fumo o ruivo surgiu correndo e fazendo selos com suas mãos.
- Hariton! Arashi no hirei! - Ele gritou arrancando de seu corpo mais chakra para controlar os pedaços do cubo de vidro que explodira e fazê-los serem todos lançados como em uma núvem sobre os seus adversários. O os mais inteligentes conseguiram fugir, afastaram-se com saltos e tropeços para o mais longe possível, porém os menos avisados não tiveram a mesma sorte. Os pedaços de vidro ccontrolados por azura formaram uma núvem assassina que perfurava e atravessava os corpos dos adversários a quem tocava. Muitos foram subjugados pela técnica, muitos resistiram fortes e com suas armas em mãos.
Azura estava ofegante, aquele combo todo fora demais para ele, jutsus não eram mais uma opção. Ele retirou a grande espada das costas, apertou os dedos na empunhadura e, sem o menor cuidado em ser discreto, bateu com o pé no solo.
O Clone emergiu atrás de um dos adversários tão tápido quanto afundou, ele fez criar em seu pulso uma lamina de vidro grande o bastante para atravessar a coxa de um dos adversários e fazê-lo cair em gritos de dor no chão. O Azura falso não parou por ai, ainda lhe restava chakra para alguns jutsus, e seu objetivo era diminuir ao máximo o número de adversários que o original deveria lutar, e seu trabalho mal tinha começado.
O Kirinin original não tinha opção senão avançar com a sua espada contra os inimigos a sua volta. Ele avançou aplicando um corte no mais próximo, que tentou defender-se, mas se deparou com uma força aplicada muito maior que poderia imaginar. O próximo objetivo era se defender, o que era uma missão bem difícil para quem manejava uma arma tão grande. O rapaz girou para o lado tentando delinear um perímetro, um território, mas foi surpreendido com uma shuriken que cravou-se em sua costela e por sorte não aprofundou-se demais. Estava a perder terreno e sua insistência em defender e atacar estava lhe tirando seus últimos suspiros de fôlego. Foi quando ele ouviu o estrondo.
Seu clone por outro lado estava em melhor forma, usando seu chakra ainda abundante para avançar nos inimigos, ele concentrava o seu hariton nas mãos e criava lâminas e shurikens para atacar e defender-se. Uniu as mãos em selos apenas para expelir seu chakra doton no solo, proferiu palavras para concretizar as técnicas e, por fim, deu um pequeno salto.
- Doton! Dosenkiryuu! - E um grande dragão de terra formou-se do solo na frente do clone, que aproveitou seu salto para subir na cabeça da criatura e guiar-lhe o ataque aos adversários que respondiam com bolas de fogo e shurikens. Mas o Clone não era burro, ele havia preocupado-se em revestir seu corpo com o chakra doton para criar o Domu, fazendo sua pele por trás da máscara assumir o característico tom negro. A criatura de pedr e terra engolia homens e golpeava os mais ágeis, até que grande parte dos inimigos do campo desaparecessem.
O azura original já estava bem ofegante quando derrotou o último inimigo, usando o que lhe restava de chakra para criar o último jutsu, ele jogou a espada longe, que atingiu um dos adversários, e atou-se a fazer selos para transformar seu chakra em puro raiton. Um soco foi dado na terra, Azura apertou os dentes e liberou o jutsu dizendo:
- Oonami Tenka! - E uma grande teia de raios elétricos se espalhou pelo chão e atingiu os adversários próximos, os últimos do campo.
O velho Amagi tomou um gole do seu chá e bateu palminhas para parabenizá-lo.
- Então você conseguiu! - Ele disse animado. - E sem nenhuma morte… - Azura imaginou que o espanto do velho era justo.
No fim, ele desfez o clone e adquiriu suas experiências. Selou a espada em um scroll e pegou a mochila de Amaya que o aguardava calada. Eles os três caminharam silenciosos até a vila e depois foram comer coxas de frango frito.