A aula acabou como de costume. Reuni meus pertences e parti rumo ao meu lar. Era triste e solitário chegar e não ter ninguém esperando, mas eu já vivia daquele modo há cerca oito anos. Para dizer a verdade, de alguma forma estava feliz, podia ser eu mesma sem medos ou receios. Claro que sentia falta da Miku-san, mas que importava, aquilo já fazia muito tempo, embora ainda atingisse-me. Entrei no box do banheiro e abri a ducha, que estava super gelada; estremeci e soltei um gemido, misto de raiva, frustração e surpresa. Meu corpo não tardou a habituar-se a temperatura da água que caía, e ao ensaboar meu corpo, duas bolhas sobressaíam-se e voavam livremente... Até romperem-se bem diante dos meus olhos.
 

Citação :

 
A garota estava estática, pálida e assustada depois daquelas duras palavras do líder da vila. Não conseguia acreditar que aquilo tudo era verdade, em sua cabecinha pueril era algo completamente absurdo e inconcebível. Okashii levantava-se e ajoelhava-se diante dela, deixando seus olhos ao mesmo nível dos dela, tocando amigavelmente seu ombro. Harima permanecia uma estátua humana, de quando em quando seus olhos vermelhos piscavam, mas não demonstravam nenhuma emoção:
 
- Estão a trazer os restos mortais dela para o sepultamento, que acontecerá às cinco da tarde. Estarás bem? – perguntava o kage.
 
- Hai. – respondia ela, ainda atônita com tudo o que havia acontecido.
 

***

Às cinco da tarde, nos fundos do cemitério de Kirigakure acontecia um enterro. Uma caixa incomum e diferente dos caixões habituais era lentamente depositada numa cova. Uma garotinha de cabelos brancos e olhos vermelhos acompanhava a fúnebre cerimônia em silêncio, e as poucas pessoas ali presentes sentiam-se incomodados com o fato da pessoa mais próxima da kunoichi sepultada não deixar escorrer uma lágrima sequer.
 
A terra era pouco a pouco colocada por cima da caixa, e logo o buraco da cova não mais existia; uma lápide simples era posta no local, indicando quem ali jazia. As pessoas gradualmente foram embora, mas a pequena Harima permanecia no local; a única expressão de seus sentimentos por Miku foi um tímido “H” abaixo do nome da morta na lápide, que na cabeça da criança significava que um pouco de “Harima” também tinha sido sepultado. Mas é claro que ninguém entendia, ou mesmo gostaria de procurar saber.

 





O ardor do sabão em meus olhos era odioso. Lavei-os abundantemente, e depois de terminar meu banho, enrolei-me na toalha para procurar alguma roupa em meu quarto. Miku-san, gomen, sei que deves estar a odiar que faça isto, mas esqueci de escolher previamente o que vestir; prometo que limparei tudo e não deixarei nada fora do lugar. Eu não estou esquecida, hoje é o oitavo aniversário de sua morte, e portanto terás alguns presentes... Era tudo o que pensava naquele momento.
 


 


Como sempre, Kiri estava encoberta pela névoa habitual. O cemitério também estava costumeiramente vazio, assim sendo não demorei a cruzar todas aquelas gloriosas lápides e chegar aos fundos, onde uma única sepultura entre tantas parecidas era especial para mim. Ajoelhei-me, e calçando luvas, comecei a escavar a terra bem ao lado daquele túmulo – onde deitei os últimos desenhos que fiz. “Espero que gostes destes, Miku-san”, pensei enquanto cobria-os com terra; e logo eles sumiram, tal como o buraco que havia aberto, tal como Miku-san em minha vida. Olhei a lápide, o tempo apagou o que eu havia escrito, mas eu sempre renovava – e desta vez não era diferente. Alguém ajoelhou-se num túmulo mais à direita, uma jovem mulher em prantos colocava flores vermelhas. Pensei comigo porque diabos alguém desperdiça vida para dar a um morto, mas bem, que tenho eu a ver com isto? Suspirei e decidi voltar ao meu lar, e continuar o caminho que impus a mim mesma: Miku-san, ainda hei de descobrir tudo sobre aquele dia...

Adorei esse filler, todo um quê de sentimentalismo desfarçado de frieza Adorei mesmo
Harima tem umas atitudes bem fofas, tipo enterrar os desenhos e tal
Faça esses fillers mais frequentemente mulher

Uma historia que conta o fato de uma fria ninja que não gosta de demonstrar seus sentimentos. O problema é que quando uma pessoa assim liberar eles normalmente vem de um jeito bem explosivo. Agora quero saber o que aconteceu com a "irmã" da Harima.

Continua com a historia Linda 

Mais um grande Filler!
Harima por fora mostra ser uma pessoa fria, sem sentimentos alguns mas por dentro ela sofre e muito, coitada. =(