#2 Vidas Passadas: O primeiro beijo
- Ninguém já mais conquistou alguma coisa com lagrimas. Dizia Anna para sua filha Hanna.
- Eu não estou chorando mãe, só me sinto triste. Respondia Hanna.
- Tristeza lagrima você não tem esse direito Hanna, você não pode ter sentimentos, você não pode amar... A mão de Anna voa na direção da face de Hanna ó tapa lança a pequena para trás esbarrando em uma mesa de madeira e derrubando um vaso de porcelana no chão, Hanna cai no chão, seus cabelos ruivos cobrem todo seu rosto, Anna se vira e sai da sala, sua filha não olha em nenhum momento para mãe, segue de cabeça baixa. Quando Anna sai da sala uma pequena gota de lagrima escorre pelo rosto de Hanna caindo no chão, ela esta olhando para baixo e aos poucos levanta o rosto em um movimento suave, ela olha pela janela da sala e dia de lua cheia, seu brilho ilumina a sala, ilumina Hanna, realça seus olhos que brilham bastante, por fim Hanna fala;
- VADIA!
O desprezo de Hanna pela mãe começou e a partir desse dia ela nunca mais seria a mesma.
*
Kenji estava parado na praça da escola. A morte de Josh não saia da sua cabeça as imagens iam aos poucos voltando, ele ver toda á ação em sua mente como se fosse agora;
“Kenji pega um taco, corre na direção de Josh. Josh Lee, esta distraído, não percebe Kenji chegar por trás, Kenji acerta um golpe na nuca de Josh. O homem gordo cambaleia para frente, sua visão fica embasada, Josh esta sangrando pela nuca, Kenji avança, Josh se vira quando olha para trás procurando seu agressor e tarde, um segundo golpe o acerta, desta vez na maçã do rosto, quebrando alguns ossos da cara.”
Uma forte dor de cabeça toma conta de Kenji, ele geme em quanto sentado no banco, volta a si e as lembranças começam a se apagar. A expressão de Kenji fica vazia, apenas uma dor forte em sua cabeça, ele leva a mão na nuca, uma lagrima começa a escorredor do seu rosto.
- Por quê? Porque eu fiz aquilo.
- Ele mereceu. Uma voz feminina surge, como se respondesse Kenji, em primeiro estante ele pensou que fosse algo da sua cabeça, uma mão macia toca seu ombro em um movimento suave, Kenji se vira olhando para trás por cima do ombro, quando se depara com aquela imagem, linda e maravilhosa. A jovem ruiva de pele pálida esta parada olhando para Kenji, seu sorriso o eleva e seu olhar o intimida, a luz da lua ilumina o ambiente e ambos se encaram por alguns minutos, sentimentos estão rolando, romance, algo proibido para ambos talvez. A jovem ruiva se aproxima de Kenji, em um movimento suave, ela vai chegando mais perto, Kenji não consegue se mexer, ela se aproxima, Kenji sente a temperatura do corpo da menina ela chega ainda mais perto, sua boca esta próxima da boca de Kenji. A boca de Hanna toca a de Kenji, suas línguas começam a se enroscar em um movimento suave porem constante como dançar uma musica romântica dos anos 80. A respiração dos dois esta bastante acelerada, suspiros, os braços de Kenji contornam a cintura de Hanna. Os braços de Hanna se apoiam nas coxas de Kenji. Ambos se beijão sem parar como se estivessem competindo e quem parasse perdia. As mãos de Kenji sobrem pela cintura de Hanna se aproximando dos peitos dela, ele os toca tão pequenos e rígidos, sensuais, os bicos duros deixam Kenji...! Hanna se desgruda de Kenji com o rosto avermelhado, ela se vira e começa a andar para fora do sitio, ela para próxima a uma arvore e começa a falar;
- O gordo, mereceu aquilo, ele já avia estuprada uma estudante interna. Hanna abaixa a voz uma oitava e exibe uma expressão de tristeza depois continua a falar. - Foi ai que minha mãe decidiu criar as alas, que separam meninas e meninos, contratar instrutores de ambos os sexos. Mais uma pausa, ela respira fundo para concluir. - Quero deixar claro para você, esta não e uma escola igual às outras, mas por algum motivo gosto de você. Hanna terminava de falar com um pequeno sorriso no rosto porem sua expressão era de preocupação. Ela se vira e começa a voltar para a ala feminina.
Kenji não conseguiu falar nada, apenas escutou a menina, ele ficou o tempo todo maravilhado com a jovem, ele não conseguia se expressar, ele apenas foi ele mesmo, sempre calado, sempre observador e nunca o tipo de menino que preferia fazer ao invés de falar.
The End.