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https://www.youtube.com/watch?v=Fpc5oVdsT0A

Após o combate que Katsumoto eu simplesmente apaguei. Não sei como mas eu tinha sido socorrido, e tinha sido levado daquele país. Permaneci acordado por poucas horas, isso quando eu conseguia despertar, foi então que me lembrei dos dois elementos invadindo a fortaleza como os soldados berravam.

" Acho que foi Akio e aquela garota... Arghh, como era o nome dela? " — tentei me recordar, todavia, nada me vinha a mente. Todos meus pensamentos que se seguiriam foram cortados com as dobradiças da porta do hospital de Kumo ao ser aberta, era Emi.

— Óh, estás acordado! — disse-me a jounnin com um sorriso na face.

— Como vim parar aqui? — perguntei me levantando da maca com um pouco de dificuldade.

— Uma mulher com homem e com Inoue apareceram em minha casa, eles apenas deixaram vocês lá... Não contei ao Raikage por precaução, disse que vocês chegaram exaustos lá. — explicou a sensei, sentando-se na maca e olhando para a pôr do sol.

— Onde está Inoue? — perguntei calmamente enquanto caminhava até a bandeja tomando os remédios que a jounnin indicou com um aceno de mão.

— Me acompanhe... — respondeu, mudando completamente o tom.

Saímos do quarto do hospital com passos tensos, isso eu pude perceber. Já estava começando a temer pelo que viria a seguir. Os corredores estavam relativamente calmos, as enfermeiras andavam calmamente com bandejas e conduziam alguns pacientes. De repente, passamos pela ala psiquiátrica do hospital e paramos na porta do quarto 31.

— Por que estamos aqui? — perguntei inocentemente, sem saber o que estava a acontecer aquilo. Parecia uma nuvem enevoando toda a situação que provavelmente seria desagradável ou até tristonha para mim, esta teoria se formou em minha mente em poucos segundos substituindo a inocência repentinamente.

A porta se abriu e de lá saiu um médico com uma bandeja com diversas seringas vazias, adentramos ao local completamente neutro, sem decoração ao algo parecido e na cama tinha uma garota, era ela. Estava deitada, com os olhos abertos a encarar o choro de uma mulher sentada na cadeira que abraçava sua mão com todo o amor possível...Era a mãe dela.

— Inoue! — exclamei sorridente me aproximando dela e tocando em sua mão com o automail. Imediatamente a garota se retraiu para trás, não em direção a mãe pois de algum jeito ela parecia não gostar ou querer o seu carinho... Simplesmente parecia um bicho selvagem acuado numa cela, onde tinha servido de experimentos científicos.

A mãe da kunoichi me encarou, seu semblante de tristeza foi substituído por um de raiva instantaneamente, mas, o que eu tinha feito de mais? Era o braço de ferro que a assustou? Além do mais, eu não merecia pelo menos um sorriso? Afinal, eu salvei ela! Mesmo tendo sido eu que a coloquei em total perigo...

— Você... — disse com um ódio borbulhante no timbre da voz. A encarei com uma expressão completamente calma, algo raro para mim, e também, algo que pareceu apenas irritar ainda mais a senhora que se levantou da cadeira e me direcionou diversos socos em meu peito enquanto gradativamente perdia as forças e caía sobre meus braços, se debulhando em lágrimas.

" O que está acontecendo aqui? " — pensei completamente perplexo. Toquei nos cabelos da mulher, oferecendo-lhe alívio e ela apenas continuou a chorar ainda mais, sem parar. Examinei Inoue, estava deitada ainda mas dessa vez completamente diferente, seus olhos estavam vidrados devido a surpresa da cena. Agora parecia um bicho selvagem acuado e perplexo.

— O que foi? E-eu... voltei com ela!? Não era isso que queria? — perguntei em meio a gritos involuntários, um gelo eterno se criava em meu coração e me tirava o ar dos pulmões. Recuei para trás me rastejando e tocando minha cabeça, involuntariamente lágrimas começaram a cair de meus canais lacrimais.

— Você deixou-a assim! Você! Se não fosse por você, ela ainda teria memória! — gritou a mulher tentando se recompor, mas ironicamente, só causava uma destruição interna dela e minha... Sim, estava com toda a culpa nos ombros novamente, uma culpa que nem sabia mais o que era, que papo era este de memória?!

— C-como assim? — perguntei completamente confuso, a mãe da kunoichi abriu a boca pronta para esbravejar que eu era culpado, o maior demônio que pisou na terra ou qualquer outra coisa horrível para mim, todavia, a garota se manifestou. Ela disse apenas uma palavra...

— K-K-Katsuo-kun.. — no mesmo momento olhei para ela, encarei-a nos olhos e o olhar vidrado se desfez por alguns segundos até ser substituído por um grito estridente que durou segundos que pareceram décadas em minha mente. Não tardou, duas enfermeiras entraram correndo com seringas nas mãos pronto para sedá-la.

Me recompus e agarrei os pulsos nas mulheres jogando-as contra o chão com tremenda facilidade, isto apenas piorou a situação dela... Gritou e gritou, em meio a choros e soluços enquanto clamava pela mãe em pequenos intervalos entre os gritos. Emi me agarrou pelo pescoço, apertando-o com uma força que nunca vi nela e me arrastou para fora do quarto com um expressão completamente séria a fria.

— Mas que porra... Inoue! Inoue! — gritei até ser impedido graças ao golpe de taijutsu da jounnin.

— Acalma-te porra! — disse Emi calmamente, enquanto me encarava nos olhos com uma expressão completamente séria. — O doutor irá te explicar.. — finalizou, foi então que o médico apareceu com uma prancheta e iniciou o discurso da desgraça.

— A divisão de inteligência constatou que ela foi exposta a longas sessões de espionagem cerebral, foi provado que as sessões intensas e seguidas acabaram por danificar a parte cerebral responsável pelas memórias de Inoue, também foi provado que a má execução do jutsu por parte dos torturados foi um fator determinante para este trauma psicológico. — proferiu enquanto revisava diversas folhas presas a prancheta.

Como assim? E-Ela tinha perdido a memória parcial? Era o que parecia, porque ela lembrava da mãe dela embora que bem pouco. Aqueles bastardos, por ordem de Katsumoto vasculharam as memórias delas e a machucaram psicologicamente. Aquele maldito... Um ódio antigo por ele renasceu dentro de mim, minha vontade não era apenas chorar e cair sem forças, era retalhar o cadáver daquele velho maldito a ponto de deixá-lo irreconhecível e jogá-lo no mar para ser comido pelas diversas criaturas marinhas.

— E-Ela pode recuperar a memória? — perguntei. Minha voz ficou completamente séria e obscurecida involuntariamente, cerrei meu punho numa raiva e ódio tão borbulhantes que derreteriam qualquer metal que entrasse em contato.

— Não sabemos, seu quadro é estável mas ainda sim tem chances de ela se esquecer de muitas coisas... Temos feitos sessões diárias para ativar o módulo responsável pelas memórias, mas não tem resultado, e quanto resultaram, o avanço foi mínimo. Ela pode nunca mais se lembrar de algo de outrora, como você ou ela. — finalizou apontando para Emi.

— Certo... Por favor... Cure ela... Por favor, c-c-cur... — tentei dizer em uma súplica humilhante. Cai sobre minhas pernas que vacilaram com o choque emocional que tive, lágrimas surgiram em meu rosto involuntariamente, minhas têmporas ardiam em raiva e tristeza assim como meu coração.

" Ela falou meu nome... M-Mas, se ela não se lembrar de nada, se ela... Se ela... Se esquecer de tudo sobre mim?! " — perguntei-me mentalmente. O que eu iria fazer agora? Não tinha inimigos a serem punidos por isso mais, o maior deles e o responsável fora punido com a morte... Não, espere. O culpado derradeiro era eu! Eu a deixei ser levada, eu demorei para salvá-la... Se eu tivesse sido forte, se eu tivesse matado ele naquele dia nada disso teria acontecido.

— F-F-Foi minha culpa... Eu... C-Cheguei tarde demais!!! — falei num turbilhão de tristeza e raiva.

FIM