_ Hime-sama, os convidados já estão a te esperar. - diz Sebastian para a garota que usava um grande e lindo vestido púrpura (cor da realeza e também do Mangekyougan) carregado de pedras preciosas e em sua cabeça levava a valiosa coroa de princesa, usada muito raramente por Lizzy.

_ Já vou descer. - fala ela enquanto se olhava no espelho e terminava de se maquiar.

(...)

A garota descia a ampla escadaria devagar e cuidadosamente para não tropeçar no grande vestido. O Rei e a Rainha também usavam suas coroas e roupas típicas da realeza, Hana, Jow, Misaki e Kaika vestiam luxuosas roupas e as crianças de Hana e Jow também estavam vestidos como a ocasião pedia, eram membros da família real afinal.

_ Por que raios eu tenho que ficar aqui? - se pergunta Harima em voz baixa, muito incomodada com aquele vestido pesado a causar calor.

A festa oferecida à Jinsei Elizabeth por despertar o Mangekyougan corria bem, muitos garçons passavam pelo salão a servir os convidados, grandes empresários de todo o mundo estavam presentes no evento.

_ Charlie? - se assusta Harima ao ver o "garoto" vestido como um príncipe, até mesmo carregava uma espada.

_ Oi, Harima, prazer vê-la aqui. - e Charlie pega a mão da garota, se curva e dá um beijo. _ Desculpe, sei que sentes incomodada, mas tenho que fazer isso ao cumprimentar uma dama em eventos como esse. - explica o rapaz.

_ Eu fui convidada porque a rainha disse que só teria o dinheiro para me pagar após essa festa, tive que ficar ainda mais uma semana nesse lugar e é lógico que a rainha mentiu sobre o dinheiro. E você? - reclama Harima que embora estivesse a ser muito bem tratada não aguentava mais ficar naquele país.

_ Meu pai é um dos maiores investidores do País do Demônio, minha família foi uma das que contribuíram na reforma da Vila dos Deuses, oferecendo grandes recursos. Somos amigos de longa data do Clã Jinsei. - explica ele.

_ Hmm, por isso chamas a princesa por Lizzy. Eram amigos de infância? - pergunta Harima que estava tão entediada que conversava mais do que o normal.

_ Bem... pode-se dizer que sim, eu acho. - responde Charlie sem graça. _ Tenho que cumprimentar mais algumas famílias, é importante para os negócios do meu pai. Bem, até mais, Harima. - sorriu o jovem a se virar.

(...)

A festa contava com uma grande orquestra a se apresentar em intervalos de tempo e enquanto não se apresentava um outro pequeno grupo de músicos tocava músicas ambiente.

_ Sanosuke? - pergunta Harima para o garoto ao seu lado enquanto a grande orquestra se apresentava.

_ Hari-chan. - sorria o rapaz a segurar um violino e usar roupa de gala.

_ Não sabia que tinha habilidades musicais. - diz ela.

_ Aprendi violino ainda pequeno, sempre quis pertencer à orquestra da família real para poder ficar mais próximo de Hime-sama. - explica ele.

_ Nossa, aprendestes violino pela princesa chatinha? - pergunta a ninja de Kiri.

_ Também treino a carreira sacerdotal para que um dia eu possa pertencer à guarda do palácio e estar sempre perto dela. - responde o garoto fascinado pela princesa. _ Mas primeiro ainda tenho que conseguir entrar para a grande orquestra, todos param para assistir, inclusive Hime-sama. - explica ele e um "sshhh" é ouvido a pedir silêncio.

_ Soube de Bernard? - pergunta Harima em voz mais baixa para não incomodar os convidados.

_ Sim, sim, não acredito no que houve. A propósito, obrigado por estar ao lado de Hime-sama e protege-la. - fala Sanosuke com dificuldades pelas palmas que se iniciavam. _ Agora que o festival foi adiado por tempo indeterminado por causa dos ocorridos, espero que possa nos visitar e quem sabe trabalhar ao nosso lado no restaurante que faremos. Bem, tenho que ir, minha vez. - sorriu ele que pertencia ao grupo de músicos que tocavam música de fundo e eram pouco notados.

Elizabeth estava muito ocupada, as festas não eram local para diversão da família real e sim lugar de melhorar a relação com os grandes investidores. A princesa dedicava um pouco do seu tempo para cada um dos milionários presentes, não havia tempo sequer para comer ou beber algo.

_ Harima-san. - sorriu Yamanaka Hana ao ver a ninja de Kiri entrar em um local escondido o qual estava.

_ Ah, Hana-chan. - diz a garota que de tanto ouvir as pessoas a chamarem de '-chan' não conseguia chama-la de outra forma.

_ É difícil lidar com esse mundo da realeza, né? - sorria a loira a segurar uma criança no colo.

_ É um saco, quero ir para casa. - reclama Harima a se sentar ao lado de Hana. _ Essa daí é a outra possuidora do Mangekyougan? - pergunta ela a ver a criança a dormir.

_ Sim, sim, Byakuren o nome dela. Ela estava cansada por ter brincado muito durante o dia, o correto seria eu deixa-la com alguma babá e continuar lá na festa para conversar com os convidados, mas confesso que também precisava descansar um pouco. - ria a kunoichi.

_ Uma coisa que sempre quis perguntar, por que continuas a tratar Elizabeth com tanto respeito? Só por ela ser princesa? - pergunta Harima que realmente estava muito comunicativa nessa noite.

_ Então também percebestes? - pergunta Hana com um olhar triste.

_ E quem não? Ela te odeia, mas você sempre a trata educadamente e com carinho, assim como Sanosuke, Charlie, ou até mesmo Bernard. Todos são pisados por ela, mas continuam a gostar daquela garota mimada. - explica Harima a desabafar.

_ Não sei pelos outros, mas eu tento sempre tratar todos bem, sejam inimigos ou amigos. Seres humanos, assim como todos os outros seres vivos, merecem respeito, independente do que possam ter feito. Agora sobre Lizzy-chan, consegues imaginar como é difícil a vida de uma usuária do Mangekyougan? - pergunta Hana.

_ Bem, todos temos vida difícil, não é desculpa. - responde a racional Harima.

_ Correto, porém acho que você não chegou a ver nenhum espírito ainda. Agora mesmo provavelmente estamos rodeadas deles e não conseguimos ve-los. Lizzy desde que nasceu consegue ve-los e se comunicar com eles, muitas vezes se assemelham à monstros horríveis, consegues imaginar como deve ser horrível para uma criança crescer com isso? - e nesse momento Hana olha para sua filha que teria o mesmo destino. _ Fora isso grande parte do país vê as usuárias de Mangekyougan como ferramentas para livra-los do mal, como você acha que a mãe da rainha morreu? Ou a mãe da mãe da rainha? Todas elas deram a vida pelo seu povo, se sacrificaram para selar demônios tão poderosos que na época não encontraram outra solução. Todos estão sempre dispostos a dar a vida por uma usuária do Mangekyougan por essa razão, sem o doujutsu muitos espíritos malignos dominariam o mundo a espalhar o caos e o ódio. Harima-san, dê um desconto à Lizzy, ela sofreu muito na vida e ainda está a descobrir a melhor forma de lidar com tudo isso, apenas o amor pode mudar as pessoas. Se Lizzy não é uma pessoa boa, darei o máximo de amor possível para tentar muda-la, o mesmo digo de ti, sempre que precisar saiba que podes contar comigo. - sorri Hana a fazer Harima arregalar os olhos.

"Esqueci do que disseram sobre ela conseguir sentir o coração das pessoas...", pensava a ninja de Kiri.

_ Não tem porque ter medo de mim ou querer esconder o que sentes, já falei que não me importo com quais feridas as pessoas carregam em seus corações ou quais pecados pesam nos ombros, eu só quero que todos sejam felizes e se sintam amados. A vida é tão simples, nós insistimos em complica-la e assim fugimos cada vez mais da felicidade. - e Hana se levanta. _ Harima-san, não deixe as trevas dominarem seu coração, o coração de Lizzy ou qualquer outro. Seja feliz. - sorriu Hana a se dirigir ao namorado que estava na porta com as outras três crianças e os seis se retiram do local.

_ Como uma pessoa que consegue sentir o coração dos outros ainda pode sorrir para todos? - diz Misaki, mãe de Hana, a entrar na sala em que se encontrava Harima.

_ Estavas a ler minha mente? - pergunta a ninja de Kiri que já tinha conhecido a Yamanaka.

_ Não é preciso ler mentes para isso. Todos nós perguntamos o mesmo sobre Hana-chan. - explica a mulher.

_ E então, qual a resposta? - pergunta Harima.

_ Minha filha é como o sol, sempre a brilhar, gentil e alegre. Não importa quem esteja sob o sol, receberá seu brilho da mesma forma como todos os outros. Por mais que nuvens estejam a cobrir o céu, ela está lá, com seu amor a tentar alcançar as pessoas. - explica Misaki, nesse momento a ninja de Kiri sente uma pequena vontade de sorrir. _ Harima-chan, pelo visto Hana se preocupa com você tanto quanto se preocupa com Lizzy. - ao falar isso a garota que escutava fica nervosa.

_ Não me coloque no mesmo lugar que a garotinha irritante. - pede Harima com raiva, mas ainda inexpressiva.

_ Aquilo que Hana disse sobre as trevas... bem, eu não te conheço e não consigo sentir seu coração, mas se o seu coração está a ser dominado pelas trevas igual ao de Lizzy, ainda há tempo de mudar, você pode - fala Misaki quando interrompida.

_ Não sei do que sua filha e você falam... estou exausta, vou dormir. - e a kunoichi sai em direção ao seu quarto, no caminho encontra Elizabeth.

_ Faxineira, ainda estás aqui... pensei que teria vergonha de aparecer com essa sua cara de pobre nessa festa da high society. - provoca Lizzy a ninja de Kiri.

_ E você estava onde? A retocar a maquiagem para esconder o demônio que realmente és? Devo avisar que não resolveu muito, querida. - responde Harima.

_ Cada dia a faxineira está a mostrar mais as garras. E sobre a maquiagem acho que estás a falar de si mesma, a única que precisa esconder o rosto horrível é tu, mas acho que não consegues pensar direito, a roupa está a apertar sua barriga gorda né, pobrezinha. - continua Elizabeth a rir com a mão a esconder a boca.

_ Escuta, Barbie Halloween, só não vou continuar porque não sou criança igual a ti. - e Harima caminha até ficar de costas para Elizabeth. _ Ah, esqueci de falar. Parabéns pelo Mangekyougan. - diz a kunoichi a continuar caminhar, deixando a princesa parada em choque por alguns minutos.

_ Arigatou, faxineira. - responde Lizzy quando Harima já não estava perto, em voz muito baixa enquanto seus lábios se curvavam em um tímido sorriso.

O mordomo Sebastian, a utilizar um jutsu de se fundir à parede, observava tudo e dá um leve sorriso enquanto apertava os olhos vermelhos a achar tudo aquilo interessante.

Spoiler:

Uau, Hana Yamanaka, a nova filosofa do NRPG! Aquele discurso comovente que deu... Aposto que a Harima mal o ouviu . Realmente, acho que fugiste um pouco à personalidade da faxineira, considerando o que eu leio nos Fillers da Éve, mas isso não é muito importante já que vais tentando sempre justificar essa mudança de atitude.

Achei estranho o mordomo precisar de se fundir à parede para observar ou ouvir coisas sem ser detetado ahah.

Continua ^^

Eu gostei bastante do texto, apesar de também notar que a Harima estava beeeeeeeeem sociável ai  até me assustou xDGostei bastante da participação da Hanna explicando o ponto de vista da lizzy, sério, foi bem fofo aquela parte  Mas juro que ri quando veio a hora em que ela saiu ceia de moleque da festa
quero ver o que vai vir agora, que tem mangekyougan na área

o Tsukino não foi convidado... gostei de saber.

Continuando. Tive a mesma percepção do Moraes. Aquele Mordomo, e não sei porquê, deixou-me com a pulga atrás da orelha. Será coisa minha ou ele tem mesmo algo a tramar? E já agora é suposto perder me por amores pela Harima? Porque foi o que aconteceu.

Continua, quero ver aquele mordomo!