Filler 2 - Fuga

Assunto: Filler 2 - Fuga Seg 23 Jun 2014 - 15:16

Fuga

“Os meus óculos…”

O som da explosão ainda ecoava na sua mente, pedaços de madeira voavam por todos os lados e suores frios corriam pela sua pele.
A cela era escura, as paredes de cimento estavam marcadas por anos sucessivos de encarceramentos e sofrimento, as grilhetas era pesadas e impediam qualquer movimento dos seus braços. O colchão era velho e o seu corpo enterrava-se em cada centímetro do mesmo e só silencio era apenas perturbado pelos seus gemidos.
Figuras atrozes que se repetiam no seu subconsciente, uma tortura para o seu ser até que tudo acabou num longo e profundo grito de desespero.
-Os meus óculos não!
O seu corpo acordo de tal pesadelo, tinha o corpo suado e despido, a sua armadura não estava a vista, o seu kimono tinha sido confiscado assim como a sua katana e os seus óculos destruídos.
Levantou-se vagarosamente, colocando-se sentada em cima da cama, as suas costas contra a parede e os seus olhos na porta da cela.
Passos ecoaram do outro lado e uma voz apareceu no meio da escuridão.
-Tali Masamune…
O olhar da rapariga centrou-se na porta que abriu com um enorme ruído, encostou-se o mais que pode contra a parede, flectiu os joelhos e pôs os braços algemados sobre eles.
Um homem entrou pela porta, sobre a luz amarela do corredor, tinha uma espécie de gabardina cinza sobre o corpo, a cara era esguia e acabava num queixo bicudo, o cabelo era negro e espetado para cima, trazia um cigarro numa das mãos e uma data de papeis na outra. Em passos lentos aproximou-se de Tali, pegou numa cadeira que se encontrava no canto de sala e sentou-se de frente para ela.
-Ola, o meu nome é Keita Homuri, estou encarregue da tua custodia. És acusada de vinte mortes, dez feridos, destruição de propriedade do país do ferro e conduta impropria.
A mão que segurava o monte de papeis, deixou-os cair na frente de Tali. A rapariga inclinou a cabeça na direcção daquilo, deu uma vista de olhos e cuspiu sobre eles.
-Não estive nada a ver com isso, além do mais salvei o maquinista ele bem viu o que se passou.
Keita exalou o fumo para o ar e voltou a olhar para Tali.
-Essa testemunha é inválida, o maquinista entrou em choque e não se lembra de nada, como não tens mais testemunhas a tua sentença é de prisão perpetua, és desprovida de todos os teus direitos e ficas apenas com o dever de ser presa para sempre.
Com um ligeiro gesto o homem atirou o cigarro para o chão, e avançou sobre a porta que estava semi aberta.
-Aproveita os teus últimos dias de sorte aqui, daqui a três dias vais ser levada para outra cidade sobre uma escolta de samurais e aí vais ficar para o resto da tua vida, quanto aos teus pertences vão ser todos destruídos, a excepção da tua katana que vai dar uma boa peça para a minha colecção, até mais.
Um sorriso rasgou a cara de Keita,e uma ira flamejante alastrou dentro do corpo de Tali, ninguém tocava na sua katana a não ser ela.
Mesmo antes da porta se fechar Tali ardeu, o seu corpo movimentou-se a grande velocidade e embateu contra a porta.
-Tocas na minha katana e ficas sem braço seu merdas! Estas avisado, não quero saber da porcaria das tuas leis! Estas a ouvir!
A ira de Tali era tanta que ficou cinco minutos a dar pontapés na porta, ate as forças dela cessarem e o seu corpo cair no chão, o seu olhar prendeu-se nas suas grilhetas, tinha de se livrar daquela prisão tinha de fugir não podia ser capturada por samurais, todos sabiam que ela se tinha evadido do regimento. O rapaz tinha dito que ela tinha vários dias de espera, não sabia quantos ao todo mas aquilo dava-lhe algum tempo para pensar em algo.
Não tinha muitos recursos ao seu dispor por isso tinha de improvisar, mas afinal de contas ela é uma mestre ferreira, não há nada que ela não consiga fabricar.
A primeira ideia foi destruir a cama que era feita de madeira. Tali arrancou uma das patas da cama e começou a esculpir a forma de uma faca, de fosse suficientemente afiada e estreita conseguiria usa-la como uma arma perfuradora.
Ela bem tentou usar um dos pregos para abrir a fechadura das grilhetas mas a abertura era demasiado pequena e os pregos demasiado grossos e ferrugentos, se fossem maiores e afiados podiam ser usados como kunais mas assim são apenas pedaços de ferro, ou será que não. Com mais algum esforço mais parte de madeira foram arrancados da cama, mas como o barulho era muito uma voz ressoou pelo corredor.
-Pouco barulho!
Ao que Tali respondeu.
-Cala a boca! Eu faço o que eu quiser, a cela é minha!
Depois disso não voltou a ser incomodada, até os dias irem passando. Passando até passos se aproximarem da cela e o nome na cativa soar. Com isto Tali sabia o que fazer, pedaços de madeira com pregos presos neles foram dispostos á entrada como makibishis, a pequena faca improvisada estava pronta a ser posta a prova, Tali só tinha de subir para o tecto da cela usando o kinobiri e esperar.
O corpo estava suspenso sobre o tecto, a porta abriu-se e uma voz soou.
-Mantenha-se encostada na parede afastada a esta!
Não houve resposta e a porta abriu-se por completo, um dos samurais entrou na sala sendo recebido pelos makibishis improvisados, um grito de dor ecoou pela mascara e outro apressou-se a entrar, levando a mão a sua katana mas sem a retirar da bainha observou o que o rodeava, a armadura cobria o seu corpo e não havia um ponto certo para lhe acertar, Tali manteve-se sobre ele até este mostrar uma abertura sobre as placas e com um rápido movimento o seu corpo caiu sobre o samurai, o pedaço de madeira enterrou-se sobre o seu pescoço iniciando uma torrente de sangue. O samurai entrou em pânico levando a mão ao pescoço de maneira a tentar parar a hemorragia, mas sem sucesso.
Tali pegou na katana do samurai morto e dirigiu-se para o que estava no chão a retirar os makibishis improvisados dos pés, e com um movimento rápido decapitou o pobre soldado. Pondo as katanas nas costas Tali saiu para o corredor, enquanto corria ao longe avistou dois guardas, um foi apanhado por ela e o outro conseguiu escapar.
Pondo o braço sobre o pescoço só homem, Tali sussurrou algumas palavras aos ouvidos deste.
-Onde estão as minhas coisas?
O homem lutava para respirar, mas não disse nada.
-Vamos ver se assim falas.
A lâmina da katana aproximou-se do pescoço do homem, que começou a suar sem parar e com os olhos fixos na mesma.
-Estão, estão na sala atrás de ti, por favor não me mates…
Com um movimento rápido a samurai colocou o homem inconsciente e correu para a sala que o homem tinha dito. Com um olhar rápido observou toda a sala em busca das suas coisas, a sua armadura estava ali assim como o seu kimono e a sua pequena mochila.
Vestiu o kimono rapidamente deixando a parte de cima cair sobre as suas pernas e pôs a sua armadura.
-Muito melhor, já não me sinto despida.
Mas aquele sentimento não durou muito tempo quando constatou que a sua katana já não se encontrava ali.
-Aquele merdinhas vai-se arrepender!
A fúria de Tali era palpável, tinha as duas katanas na mão e corria para a saída a toda a velocidade até sair para o exterior e os seus olhos banhados pela claridade que já não via á três dias. Estava num grande pátio, e a toda a sua volta estavam guardas, todos eles preparados para atacar a qualquer momento, no meio dos guardas também estavam alguns samurais. A Tali sabia que não podia ser capturada, ou seria recambiada para os samurais e condenada como desertora. Mas mais importante que isso queria a sua katana de volta. Colocou as katanas nas respectivas bainhas e gritou.
-Keita Homuri! Quero o que me pertence e pagar o que devo e o que prometi!
DO meio da multidão apareceu a figura de Keita, tinha a mesma gabardina do mesmo dia que tinha ido falar com tali, mas desta vez esta estava aberta e exibia o seu corpo protegido por uma pequena placa de ferro. Na sua mão trazia a katana da samurai, aquele imagem inflamou o olhar dela sobre o rapaz.
-Devolve o que roubaste!
Gritou apontando para o ignóbil homem.
-Desculpa, não me parece que estejas em condições de fazer pedidos. Agora acalma-te deita as armas para o chão e rende-te.
-Um samurai nunca se rende, se é para ir presa por uma coisa que não fiz prefiro morrer em batalha.
Com isto as duas katanas saltaram das suas bainhas, e com um movimento rápido pô-se em pose de batalha.
-Luta contra mim, se eu vencer fico com a minha katana e sou livre de ir embora, se tu ganhares eu vou presa.
Tali esperava que os samurais não a conhecessem, afinal já tinha passado algum tempo desde que tinha fugido da sua cidade e não era assim tão importante como criminosa, afinal só tinha desertado.
Keita soltou um sorriso e pôs a katana de Tali em riste lançando-lhe um olhar desafiador.
-Vamos a isso…
O sorriso permanecia na cara do rapaz, mas Tali estava seria queria a sua katana e a sua liberdade mais que tudo e não ia perder aqui, não quando estava tão perto de poder fugir e seguir o seu caminho. As duas katanas pendiam nas suas mãos, os seu corpo movimentou-se vagarosamente para uma posição de ataque, sobre o seu olhar Keita parecia inseguro, não sabia quais as capacidades do seu adversário, mas não ia deixar que ele fizesse o primeiro movimento e com uma pequena flexão do pé lançou-se a toda a velocidade para o corpo do seu adversário, o seu objectivo recuperar a sua katana nem que isso significasse cortar o braço ao seu adversário.
A cara de Keita escureceu sobre aquele ataque, rápido e preciso passou pelo corpo deste, não dando qualquer oportunidade para ele retaliar, o seu sorriso tornou-se numa expressão de dor, desespero e horror, o seu braço deixou de estar pesado com o aço na mão, este tornou-se um fantasma o seu subconsciente tentava movimentar o braço ao que respondia num movimento fantasma uma saraivada de golpes. Quando a sua consciência voltou e o tremor dos olhos acabou, uma torrente de sangue caia no chão sobre o seu braço, o seu braço que tinha sido cortado num golpe preciso e rápido. Tali saltou para trás baixando-se para apanhar a sua arma e olhar na cara do adversário.
-Eu bem te disse que ias ficar sem braço.
A cara dele estava branca como o cal, sem expressão e apático, ao longe ouviu-se uma voz.
-Que se lixe o orgulho samurai! Apanhem a criminosa!
Todos os que pertenciam a força policial começaram a mobilizar, prontos para saltar para cima de Tali, esta agarrou no corpo de Keita colocando a lâmina sobre o seu pescoço.
-Parem já, ou ele morre, com o pescoço cortado ou sem sangue!
Aquilo fez os policias darem um passo a trás, Tali pousou Keita e levou a mão á sua mochila retirando um enorme rolo de ligaduras atando o local onde o braço fora cortado, estancando a hemorragia, depois disso eles avançaram novamente, mas quem os impediu desta vez foram os samurais que lá se encontravam.
-O duelo com as regras samurais deve ser honrado, por agora ela deve fugir como foi acordado, mas para a próxima pode não ter tanta sorte.
Um dos samurais olhou para trás onde se encontrava Tali, esta para não correr riscos levou o corpo de Keita com ela, caso alguém fosse tentar impedi-la sempre podia retaliar dizendo que matava o pobre coitado.
Pondo-o sobre o seu ombro começou a correr usando alguns sunshins para se distanciar do complexo até entrar na floresta adjacente a cidade, depois de uma hora de caminhada e de achar um sitio escondido no meio da floresta, deixou o corpo de Keita cair no chão enquanto acendia uma pequena fogueira, pois o sol já se punha no horizonte e a escuridão ameaçava cair a qualquer segundo. O seu captivo continuava em silencio olhando para o vazio. Tali olhou-o colocando uma das katanas dos samurais no fogo.
-Vou ter de cauterizar isso…
Aquilo impactou na mente do rapaz, devolvendo-lhe a expressão de terror enquanto lágrimas caiam dos seus olhos.

Assunto: Re: Filler 2 - Fuga Seg 23 Jun 2014 - 16:21

OUCH, ela corta-lhe o braço e depois ainda o cauteriza? Dass, a tua personagem está a começar a revelar uma vertente sadista aí, não? Até me arrepiei quando ela disse que tinha de cauterizar ._.!

Gostei, a tua personagem tem realmente uma personalidade extremamente forte e badass, não é qualquer um que se mete com ela, porra! Isto é que é mulher, realmente gostei e espero ver mais em breve ^^. Só te peço para teres mais cuidado com alguns erros que dás, pois esses eram facilmente corrigidos com uma revisão do texto antes de o postares.

Continua ^^

Assunto: Re: Filler 2 - Fuga Seg 23 Jun 2014 - 17:22

Bom eu não li o primeiro filler que postou, mas por este filler concordo com Tsu, Isto que é mulher, cortou o braço do cara e depois sem nenhum ressentimento disse: Vamos ter de Cauterizar isto. Lembro que irei fazer o exame chunnin com você e então peço por favor não me mate sou muito jovem para morrer

Uma coisa que fiquei impressionado foi o numero de samurais que vieram para escoltar a Tali, um patio cheio deles.

Também gostei bastante do que Tali fez para criar uma defesa desmontando uma cama e criando vários utensílios de batalha.

Por fim nunca pegarei em qualquer um dos seus equipamentos e continua a historia.

Assunto: Re: Filler 2 - Fuga Seg 23 Jun 2014 - 17:27

Obrigado aos dois por lerem, well não era um pátio cheio deles eram só alguns o resto era só pessoal da polícia. Não te preocupes com o Exame Chunnin vai correr tudo bem

Assunto: Re: Filler 2 - Fuga Sex 27 Jun 2014 - 1:10

Vejo que sua char é uma pessoa que cumpre as promessas e que também é muito ciumenta quando se trata de sua Espada querida. Mesmo assim se mostrou ter um bom coração já que não chegou a matar ninguém. Não sei se Keita vai se tornar alguém importante na historia dela, mas apesar dela ter cortado seu braço está ao salvar agora cauterizando o ferimento. Continue com a historia para sabermos o que vai acontecer a seguir.

Força na Historia!!! Filler 2 - Fuga 906945

Assunto: Re: Filler 2 - Fuga Sex 4 Jul 2014 - 18:28

Culpada pelo que o outro fez e a única testemunha ainda fica com amnésia, nossa que sorte que ela tem ahaha. Gostei bastante da parte do improviso com a cama de modo a usá-la como arma.
Bolas a rapariga é mesmo apegada às suas coisas, primeiro os óculos, agora a katana, credo no exame chunnin tiram-lhe o pergaminho e ela chacina até os examinadores ahaha. É uma personagem bastante engraçada e carismática, tenho pena de não a enfrentar no exame chunnin (de certeza que o Zehel lhe ia roubar os óculos...)
Não me parece que Tali seja assim uma graaaaannnde criminosa, foi acusada do que não fez ahaha azar coitadinha, estou para ver se devido a isso ela se torna mesmo uma criminosa de topo ou se é acolhida por alguma vila (vem para Kiri... just saying ^^)

Continua, fico à espera do próximo filler

Assunto: Re: Filler 2 - Fuga Sáb 19 Jul 2014 - 14:02

Gosto mesmo da língua afiada da Tali

Mulheres fortes e carismáticas precisam-se sempre

(engraçado que eu dar-me-ia bem com ela com a minha personalidade. A minha char não sei, mas eu sim ahahah)

E yeah... A frieza dela a dizer que iria cauterizar aquilo... Ouch. Eu compreendo que seja necessário, mas... o.o (isto para não falar também que cortar um braço significou nada para ela. E ela é samurai. Tipo... Acabou de colocar outro samurai sem um braço e ela deve ter bem noção do que isso significa

)

Estou a gostar bastante das ideias que estás a usar. Continua o/

Assunto: Re: Filler 2 - Fuga Sáb 19 Jul 2014 - 20:58

Tipo todo mundo sai por aí cortando os braços da galera e depois cauterizando, é algo normal, não é? Haha, amei a personagem *---* a ideia de fuga e o fato dela ficar tão fula com os objetos, muito me agrada ^^

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