Ocupados a divertirem-se no mar, Kride e Ayame estavam a ficar estranhamente íntimos devido aos avanços descarados do Uchiha. Desatentos, nenhum deles percebeu uma sombra à superfície da água que se aproximava sorrateiramente. No mesmo momento em que Kride traz a adolescente aos seus braços à tona, surge Katsu atrás com um semblante ameaçador.
- Andas a olhar para a Sekima e para a Ayame e depois mentes sobre álcool... - Pronunciou o Akatsuki com um tom grave e pouco confortável, fazendo Kride arrepiar-se com o susto e quase largar a Midori com o sobressalto - Não começamos com o mesmo pé, companheiro!
- Oh meu! - Retorquiu o Uchiha, suspirando de seguida - Será que não me consegues deixar em paz, porra?! Por uns segundos, só para conhecer melhor a Ayame!
A rapariga, até agora assunto de conversa para seu embaraço, livrou-se finalmente dos braços de Kride, mergulhando na água e apressando-se a submergir entre os dois homens, tentando servir como barreira do atrito criado entre eles.
Com um movimento de braço do Imagawa, uma pequena onda de água voou como uma chapada para a cara do Uchiha, fazendo-o grunhir de dor e irritando-o profundamente. Não demorou para que este se tentasse atirar para cima do criminoso como um animal enraivecido, parado pelos braços de uma Ayame que o tentava apaziguar. Com o outro braço, Katsu criou outra onda, agora em sentido contrário, com o impulso suficiente para levar os três novamente para a praia, fazendo com que os adolescentes tropeçassem na areia quente e caíssem sobre a mesma. Soltando um suspiro e coçando na cabeça, o Imagawa virou costas e olhou à sua volta. Um pouco afastada da confusão, sentada sobre a sua toalha e escondida do sol com a sombra do seu para-sol, estava Mei Terumi, elegante como sempre, a olhar para o mar.
- Estrago a foda de um enquanto me preparo para outra. - Disse Katsu para si mesmo, sorrindo e aproximando-se da sua nova paixoneta.

Ouviu-se um assobio, que ecoou por toda a praia, algo facilmente explicado pela utilização de chakra. Alguém queria chamar a atenção de todos e não fora de estranhar que o conseguira.
Aos poucos, todos se iam aproximando e juntando o mais próximo do ponto que teria sido a origem do som. Não tardou para que Itachi e Temari surgissem novamente no local, cumprimentando os presentes. A sunanin iniciou:
- Como sabem, isto é um acampamento e, como tal, há algumas regras a cumprir e eventos a fazerem-se. Falo, nomeadamente, das refeições, que devem ser preparadas pelo grupo e para o grupo. Os utensílios, equipamentos e ingredientes são disponibilizados pela organização. No entanto, têm que se dividir para cozinhar.
- Não podem ser sempre os mesmos a cozinhar nem irão todos fazê-lo ao mesmo tempo. Será uma tarefa dividida e rotacional - continuou o Uchiha. - Almoços e jantares.
Algumas pessoas entreolharam-se, em dúvida. Quantos deles saberiam cozinhar? Aquilo parecia a receita para o desastre e, no fundo, rezavam para que os não-aptos para a cozinha fossem ensinados ou, no mínimo, orientados.

Depois de Anos com isto parado resolvi dar uma pinta aqui

Cozinhar não era um real forte do jovem uchiha, na verdade o mesmo nunca tinha tido vontade de chegar perto de um fogão ou algo parecido antes, afinal sua mãe sempre o esperava em casa com a comida pronta. Mas já que fora obrigado a ir neste evento por seu sensei e por seu pai o mesmo resolve dar uma pequena ajuda, mesmo que seja bem pequena.

— Eu posso ajudar no que der para arrumar nos equipamentos e utensilos, já que não sei cozinhar nada. — Fala o Jovem Uchiha chamando a atenção de todos que ali estavão para si.

— Então você fica com a parte de auxiliar os cozinheiros. Alguém mais quer dar alguma opinião? — Pergunta Itachi olhando para todos os outros participantes do evento.

Ao perceber que mais ninguém se oferecia para cozinhar, o Imagawa suspirou. Coçou no queixo e desviou o olhar para a Sekima, sorridente apesar do gesso a prender-lhe o braço, a abraçar-se às suas pernas.

- Ninguém neste acampamento sabe cozinhar? Gostaria de os ver perdidos numa montanha de Yuki como já aconteceu comigo e com a Kimera! Aí é que estas crianças aprendiam a cozinhar... - Pensou Katsu, afagando os cabelos à sua pequena e apercebendo-se da fome que ele tinha e que, provavelmente, a sua filha partilhava. A necessidade de alimentar a sua família falou mais alto. A sua mão ergueu-se descontraidamente - Eu sei cozinhar um javali que vos vai deixar a chorar por mais! Mas preciso de alguns ingredientes... Vocês devem saber o que é: um javali... Uma garrafa de vodka...