A queda da águia!
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" Nada é verdade, tudo é permitido. "
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- Anteriormente...:
" Não tenho escolha, se for agora atrás do homem eles capturarão estes aqui vivos e os interrogarão. Que morram de uma vez. " — pensei, ordenando que as bestas quebrassem seus pescoços enquanto Emi tentava me impedir golpeando o dorso dos bichos que apenas se reconstituíam seguidamente. Um silêncio se fez dando espaço ao som de gorgolejar e ossos quebrando para declarar oficialmente o fim daquela pequena guerra.
Avancei na direção onde a rota de fuga improvisada fora feita e tocando a parede de terra abri uma passagem que logo se fechou ao comando, enquanto observava o olhar perplexo de Emi e o ar analítico de Osamu irem em minha direção.
— Agora posso matá-los seus vermes, e nada vai me impedir. — gritei no túnel que era mal iluminado por tochas muito distantes uma da outra. Realizando alguns selos, moldei meu chakra em duas cobras de terra que tiveram seus tamanhos ajustados as dimensões do túnel e que iniciaram sua perseguição em direção aos raptores, me indicando o caminho percorridos pelos mesmos (Doton: Hebi Ganseki no Jutsu).
Naquele túnel apenas o som de minha respiração ofegante e o rastejar das cobras que criei ressoavam naquele espaço mal iluminado e cavado, que apenas reduzia o oxigênio que já era escasso naquela altura fazendo minha visão turvar. Não demoraria, para desmaiar se aquilo continuasse.
— Soltem-me seus traidores! — gritou o nobre. Sua fala ecoou por todo o túnel até chegar em meus tímpanos e agora podia notar as sombras dos raptores deslizarem pela parede do subterrâneo. Acumulando uma dose de chakra nos pés aumentei minha velocidade, alcançando o grupo ainda mais que numa tentativa de despistar-me atiravam kemuridamas, todas em vão, afinal as cobras tinham um belo sentido e me ajudavam neste quesito.
— Vermes, servindo a Eles! Logo irão encontrar a morte! — vociferei, quando de repente perdi seu rastro e a luz lunar invadiu meus olhos me cegando por um curto período de tempo, agora estava fora do túnel e provavelmente no destino final daqueles bandidos. Abri os olhos e observei os homens segurando o nobre e lutando contra a insistência vã dele, que teimava em se soltar das garras daqueles que eram afiliados a La Hermandad.
— Assassino... Recomendo que fique fora disso! Não são assuntos seus! — bradou o ninja de Oto erguendo sua espada para frente, num movimento ameaçador que não surtiu o menor efeito sobre mim.
— Já que palavras são ineficazes, eu administrarei o julgamento de vocês. — disse friamente, retirando kusanagi da bainha e correndo numa velocidade estonteante apenas possível com o auxílio do shunshin convergido com chakra (Shunshin no Jutsu). Aparecendo alguns metros perto do primeiro capanga, enquanto que uma de minhas cobras criadas anteriormente o capturava pelas pernas, atrelando-se em seu corpo até a cintura e prendendo-o firmemente, após isto, saltei e executei um corte vertical, abrindo um corte fatal em seu dorso e matando-o na hora (Iaigiri).
O segundo homem fora rápido o suficiente para derrotar minha segunda cobra com um jutsu katon poderoso que a incediou até não conseguir mais se regenerar. O ninja investiu novamente, apelando para uma rápida sequência de selos que originaram uma torrente de fogo expelida pela sua boca que atingiu a parede de terra que havia erguido em contra partida, todavia, o jutsu ao entrar em contato a quebrou em pedaços me ferindo levemente em meu braço esquerdo, obrigando-me a recuar (Doton: Doroku Gaeshi).
O usuário katon provou sua maestria com elementos ao expelir um jutsu fuuton para uma kunai, criando uma espécie de espada de vento e aproveitando-se de minha dor repentina, investiu, cortando-me no dorso e danificando minha armadura de couro enquanto que o sangue escorria por meu corpo, dando-me uma péssima sensação de dor. Contra atacando, canalizei meu chakra em kusanagi e formando uma torrente de energia em sua lâmina a manejei três vezes enviando três ondas destruidoras de chakra na direção de meu inimigo, com espaços de tempo suficientes para este não se movimentar com perfeição (Técnica da Espada Samurai).
A primeira onda se dissipou com um jutsu katon, a segunda foi cortada pela kunai de fuuton e a terceira o atingiu no dorso jogando-o contra uma árvore que recebera uma onda de choque violenta com a batida do ninja. Este se ergueu, realizando mais uma sequência de selos disparou balas de ar que eram facilmente enxergadas devido ao fluxo que continham em seu interior e com outra sequência de selos ela transformaram-se em projéteis de fogo de alta pressão.
Saltando para os lados e misturando-me em meio a chuva de balas de fogo de alta pressão, executei um kage bunshin que rapidamente saltou para uma copa de árvore invocando um arco e flecha do pergaminho e preparando-se para atirar no elementalista de Oto. Quando cessou os tiros que consumiram demasiado chakra do mesmo, o clone alinhou a mira da flecha na direção de seu pescoço e soltando o arco, atravessou sua garganta fazendo com que este lutasse contra a seta para sua vida não ser tirada de si (Kage Bunshin no Jutsu).
— Agora, só falta você. — disse guardando kusanagi e fazendo com que a lâmina oculta da direita saltasse de seu suporte, reluzindo com a luz da lua e sedenta pelo sangue do traidor.
— Você perdeu. Tem um arqueiro mirando na sua cabeça agora mesmo, qualquer movimento em falso e puft, ele acerta sua cabeça. Sugiro que me entregue o homem para cá e se renda, talvez eu não te mate assim. — disse, blefando obviamente. Não podia deixar aquele homem vivo, ele sabia demais.
— C-Certo... — proferiu com nervosismo aparente no seu timbre. Retirou a lâmina da garganta do velho e o empurrou para mim, erguendo as mãos num sinal pacífico. Olhei para onde o clone estava e fiz um sinal de cabeça ordenando que este o matasse, e em dois segundos depois, uma flecha voou e cravou-se na sua têmpora esquerda, matando-o imediatamente.
— Perdoe-me a demora, senhor. Levarei você para a cidade, venha. — falei de maneira vitoriosa, enquanto que o clone vasculhava os bolsos e vestimentas dos homens procurando qualquer carta ou pista dos próximos movimentos de La Hermandad, quando de repente vi o clone protestar em alerta e apontar o arco contra o nobre que sorrateiramente deslizou para trás de mim sacando uma faca e atirando no clone antes de qualquer reação que este poderia ter.
— Vocês Assassinos estão por todos os lugares né? Não poderiam simplesmente ficam naquela maldita sala e não interferir nos planos né seus vermes? E estes inúteis tinham que carregar os documentos com eles...Tsc, desculpe garoto, mas você vai ter que vir comigo agora. — rosnou em puro ódio enquanto gradativamente apertava uma nova lâmina contra meu pescoço, fazendo com que um fio de sangue se formasse e começasse a descer por meu corpo, deixando-me sem reação ante tal traição.
— Tsk, traidor. Quando eu me soltar vou arrancar seu coração com minhas mãos. — disse calmamente, afinal, não queria morrer ali e agora.
— Cale a boca seu maldito. — protestou, soltando-me e descendo o cabo de sua arma contra minha cabeça, fazendo com que tudo turvasse e apagasse em segundos enquanto que a face de escárnio e raiva daquele homem preenchia minha consciência.
Continua...