Parte 1
Rapaz – Maluco? Estarei? – Disse, à medida que tirava o chapéu de palha e abria parte da capa.
Seria Ankuko quem estava maluco? Ankuko olhava para o rapaz como se estivesse a olhar para o espelho…o rapaz….era ele…eram iguais…
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- Mas, como….não pode ser….tu…és igual a mim! – Disse Ankuko baralhado.
- Finalmente encontramo-nos….irmão. – Disse o rapaz numa voz calma e fria.
- IRMÃO!?!?! Isso é impossível! Eu sou filho único, não há relatos na minha família que falem de que os meus pais tivessem tido mais algum filho. – Disse Ankuko gesticulando intensamente.
- Então, como justificas que sejamos tão iguais como um reflexo num espelho? – O rapaz não apresentava qualquer desconforto com a situação ao contrário de Ankuko.
- Não sei. De certeza que és mais uma das experiencias do meu tio. É isso. Não deves passar de alguém simplesmente transformado em mim. De certeza que é isso. – Ankuko estava mais confuso que nunca, e a esperança brilhou-lhe nos olhos quando surgiu essa hipótese.
- Não me parece, porque te custa tanto aceitar que somos irmãos?
- Porque é impossível. È difícil eu ter qualquer irmão, ainda mais um gémeo!
- Porquê? Eu não o nego, simplesmente o aceito sem o contestar. – Disse o rapaz mais uma vez sem esboçar qualquer reacção.
- Se somos irmãos, como é que nunca nos vimos um ao outro? Como é que nunca nos conhecemos?
- Digamos que, uma brincadeira do destino interpôs-se entre os nossos caminhos.
- Prova-o! Prova que o que dizes é verdade! Eu recuso-me a aceitar, enquanto não me provares o contrário! – Gritou Ankuko, emocionalmente afectado.
- Queres provas? Aqui tens. – O que se seguiu, gelou a alma de Ankuko, que se partiu em mil pedaços.
Dos olhos do rapaz, lágrimas de sangue começaram a cair sobre as suas mãos. Da sua boca, um pequeno fio de sangue começou a escorrer pelo seu queixo, pingando gota a gota. As suas mãos, envoltas num manto vermelho-sangue de chakra, moldavam o sangue nelas armazenado numa bola de sangue que flutuava a poucos centímetros do seu peito. A bola dançava á sua frente, o sangue nela era tão real como o que corria nas suas veias. Mas como conseguia ele ter um controlo tão grande sobre o seu sangue? De súbito o rapaz gritou: - Ketsueki Shougeki (Impacto Sanguíneo). - e atingiu Ankuko com a bola de sangue, que se espalhou ao longo de todo o seu corpo.
O sangue começou a entranhar-se no seu corpo. Ankuko caiu sobre os joelhos, a respiração era-lhe difícil, e aquele acréscimo de sangue no seu sistema começava a afectar-lhe os sentidos. A sua visão ficou turva e os ruídos pareciam estar a metros de distância.
O rapaz, agarrou-lhe pela gola do casaco levantando-o. Ankuko apoiou-se á cadeira a seu lado para evitar cair. Mas que técnica era aquela… pensou Ankuko. Ankuko acordou do transe pela voz do rapaz.
- Então agora já acreditas? Esta técnica que usei, é uma técnica de transfusão de sangue algo brutal, de certeza que já sentis-te a semelhança que existe entre ele e o teu. – Era verdade, Ankuko não queria aceitar, mas o sangue que o rapaz havia transferido para o seu corpo era 99% igual ao seu. Aquilo significava que eles eram sem duvida irmãos.
- Mas como? Como é possível… - Questionou-se Ankuko.
- Também em mim, corre o sangue de Asuro, nosso pai.
- Então é mesmo verdade… tu e eu…