...Há 2 anos atrás...

A passada ritmada foi interrompida ao pisar dos primeiros grãos de areia.
A visão sobre o grande deserto de Suna foi... Nostálgica!

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- WOW!!! Papá, é incrível! - De olhos esbugalhados.
Estava bom tempo no país do vento. Himura Sauto tinha o seu filho de 6 anos às cavalitas, para o poupar da cansativa caminhada. Decidira mostrar a Senshou a vila da areia, pequena no horizonte, a oriente das dunas. Por um lado, tinha receio de revelar ao filho a "grande vila shinobi" da sua nação, mas, por outro lado, sabia que essa seria uma forma de tentar matar a sua futura curiosidade. Seria inevitável que Senshou ouvisse falar de Sunagakure no Sato na sua adolescência...

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- ...as memórias vão ficando turvas... - Himura Senshou retomou a passada, começando a caminhada pelo deserto em direção à vila.

Uma hora depois percebeu que o desafio de "ser shinobi" era mais difícil para aqueles que não nasciam na vila escondida na areia. Caiu de joelhos e amparou-se com as palmas das mãos. O seu saco caiu ao lado e um par de lágrimas caiu sobre a sombra da sua cabeça.
- Masaka... «- Ah! - Senshou surgiu do nada a correr a alta velocidade. - Deixem-nos em paz! - Travou-se em frente ao seu pai, ficando de braços abertos envolto na poeira resultante da derrapagem. Estava ofegante... - Eles não são dos nossos pai! - Viu o símbolo de Kiri, um dos cinco que estava na capa de um dos seus livros. - Além disso, são criminosos! - Viu o rasgo horizontal na placa da vila.» - Despertou e forçou-se novamente para cima. Suna ainda parecia longe mas ele ignorou o facto. Também recusou olhar para trás. Foi buscar forças onde pensava já não ter, colocou o seu saco às costas e premiu os lábios contra eles mesmos...

...Aproximou-se da grande entrada nascente num deambular zonzo, mas com um olhar sempre firme.
- Hey! Ali! - Um shinobi que guardava as muralhas avistou-o. Correu a alertar um dos guardas do portão. Senshou não ouviu mais nada. Viu dois homens com o hayate de Suna aproximarem-se, sorriu com uma expressão que sentiu ser estúpida e deixou-se cair nos braços deles...

Quando os seus olhos reabriram lentamente viu acima de si uma kunuochi de pele clara que deduziu ser uma shinobi médica.
- Ele já acordou! - Disse ela para o lado com um sorriso calmo. Olhou novamente para ele.
- Eu quero me tornar um shinobi! - Senshou sentiu-se fazer novamente o seu sorriso parvo.




Enquanto que guiado por um alto chuunin auxiliar do hospital shinobi de Sunagakure, Senshou desejava conseguir desde já usar o Kage Bunshin para maximizar toda a experiência e observar todos os detalhes da vila. Usaram uma das ruas principais, com bastante movimento, cheias de lojas e mercadores. O chuunin foi simpático ao ponto de optar por um trajeto onde passaram por um pequeno "spot de treinos" urbano onde uma equipa de três gennins treinava com o seu sensei, fazendo-se quase como um guia para o recém-chegado.
Por fim, uma grande entrada com um placard no cimo: «Academia Shinobi de Sunagakure no Sato». Subiram alguns degraus, cruzando-se com dois garotos que saíram do interior a correr, como que numa brincadeira.
Senshou seguiu o alto e magro chunin com cabelo alaranjado só no cimo da cabeça. Ele parou, debruçando-se junto à receção. Uma mulher forte com óculos "fundo-garrafão" aparentemente bastante atrapalhada com a sua ocupação, agitou os braços num queixume, como que evitando dizer «Bah, que se lixe!» e virou-se para o "homem-estaca".
- Diz querido! Que precisas? - Parecia já ter confiança com ele, ou seria apenas pura simpatia.
- Este rapaz veio de uma aldeia das montanhas ventosas e deseja inscrever-se para se tornar um shinobi.
- Muito bem! - Ela olhou para ele com simpatia e ele sorriu-lhe de volta. A atitude extremamente natural da mulher deixava-o bastante à vontade. Era como que se estivesse acostumada a receber garotos já com 16 anos vindos de todos os cantos do país do vento, o que na verdade não era assim tão comum. - Vou precisar dos seus dados...
- Senshou, Himura! - Apresentou-se de imediato.
- Prazer! - Disse ela, apresentando-se também, começando a digitar as informações no computador.
- Depois tratas também de lhe arranjar um quarto? - Pediu o homem.
- Claro que sim! Podes deixar que agora eu cuido dele...


O quarto era «Perfeito!» segundo o entender de Senshou. Tinha uma cama estreita, de solteiro, armários para a roupa, uma secretária para o estudo e uma estante para livros, já com alguns. Tinha uma sub-divisão com um pequeno refrigirador e, noutra parede, um micro-ondas. Além disso uma porta dava acesso a uma casa de banho privada...
- Wow... - Senshou deixou-se cair de costas na cama após ter pousado o seu pesado saco num canto. Tinha um sorriso de orelha-a-orelha. O cansaço associado ao conforto não o deixaram permanecer desperto por mais de cinco minutos...


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Na sua maioria, as aulas eram dadas num auditório inclinado, cujos professores-instrutores permaneciam num estrado circular na parte inferior...

Senshou estava sempre muito concentrado e empenhado em aprender tudo o que lhe ensinavam. O seu empenho e maturidade permitiam-lhe avançar mais rapidamente que a maioria dos seus colegas... Durante o seu progresso na academia, Senshou saltou duas vezes de turma, indo sempre para turmas de um nível superior. Foi na sua terceira turma que permaneceu mais tempo (até se tornar gennin)... Ainda assim, todos os seus colegas eram mais novos que ele.

Ele sentia-se um pouco à parte, apesar de isso não o deixar muito incomodado. Muitos dos seus colegas de Suna se conheciam desde tenra idade e eram amigos de infância... Havia apenas uma outra pessoa, também mais nova que ele, que não nascera na vila oculta da areia. Tinha vindo com a sua mãe para a vila dois anos antes de Senshou...


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Atualidade

Himura Senshou perdia-se nos seus pensamentos e memórias, enquanto que aguardava pela manhã seguinte. Sikira ficava um pouco intrigada, vendo-o com a sua expressão inexpressiva olhando para o céu quase-sem-luz.
- A anciedade também não te deixa adormecer?
- Não sei... - Respondeu ele sem tirar os olhos do céu. - Acho que fui apanhado num genjutsu lançado pelas minhas memórias.
Sikira sorriu perante a metáfora.
- Que memórias são essas?
- Lembrava-me dos meus tempos na Academia Shinobi.
- Ah! Eu às vezes pergunto-me como será o funcionamento da formação shinobi nas capitais das principais nações...
- Talvez eu não seja a melhor pesdoa para explicar. Só comecei a aprender oficialmente aos dezasseis anos. Não nasci, nem cresci em Suna...
- Ah... Narokoto...

De novo envolvido pelo silêncio, Senshou retirou algo que tinha preso entre a sua placa metálica e a fita vermelha que a segurava à testa: uma folha, enrugada devido a um chakra de natureza Suiton.

Oh eu que estava à espera da história "principal" :p

O Senshou estava a rever a sua passagem na Academia Ninja antes de uma missão. Ok, tudo pacífico. Não sei como é que ele não armou confusão com ninguém na academia. Estou mesmo a imaginar 3 ou 4 pirralhos à volta dele a tentar chateá-lo hahahaha

Só não percebi duas coisas:

Então agora ele controla Suiton? O.o
O "...to be continued..." significa que vais continuar com a revisão de memórias do Senshou?

Ah! Eu já explico isso tudo!

Eu para já ainda não posso continuar a história principal...
...então fiz "isto"... Ihihih

Whelp acho que foi uma boa ideia desenvolveres o passado já que não podes seguir com o presente, ainda por cima quando as origens de Senshou são distintas da maioria dos outros Shinobis :p

A estrutura do filler e a forma como foi colocada a meio da missão deu a impressão de ser uma OVA de anime, estou intrigado com esta timeline por isso vê se continuas mesmo! Gostava até de ver histórias (isto é, se houver alguma interessante) de Senshou com a sua família agricultora.

Obrigado!!!

..e seja feita a vossa vontade, senhores! Hehehe

Ai, achei ótima a ideia desta tua OVA também. Eu não entendi muito bem, mas ele fez foi fugir de casa para ir à Suna pra se formar como shinobi?

Algumas cenas deste episódio me instigam sobre os sentimentos do personagem. Gosto de quando ele avista a vila ao longe e de quando se perde nas próprias lembranças contemplando o céu.

e adorei Babymetal na trilha sonora. hahahha

Não foi exatamente fugir... foi mais "sair" só.

Obrigado pelos comentários! =)